O Comercio no
alto dos 14.
A agricultura
no Ceará nas décadas de 60 e 70 foi marcada pelo cultivo do algodão, oiticica,
castanha de caju, e etc.
O comercio
desenvolvia-se em função destas culturas, que aqueciam o mercado e programavam
a indústria tão importante, aquela época, para a economia do Estado.
O Ipu viveu
boa fase comercial de sua história, o movimento, “para aqueles tempos que já
vão longe”, era intenso o movimento de caminhões e trens cargueiros que
transportavam os referidos produtos para a capital cearense e até para fora do
Estado.
Dos bairros mais antigos da
cidade, o Alto dos Quatorzes, viveu uma era de glória, destacando-se como
referencia no ramo do comercio, graças ao empreendedorismo dos comerciantes,
ali residentes, dentre os quais se destacam: Obed Paulino atuava na parte alta
do bairro, próximo a cancela onde funcionava o posto fiscal naquela época. Além
de exímio negociante, seu Obed gozava do privilegio de ser irmão de Antenor
Paulino, intermediários que fazia a ponte entre o comercio local a capital e
outros centros comprando no atacado e transportando toda produção subsidiada
pelos comerciantes do bairro até a cidade.
Pioneiro, no
Alto dos Quatroze, Antonio Soares Lima foi uma personalidade marcante não só
pela aptidão para o comercio, tino natural da genética dos Soares, mas também
pela politica de subsistência que sempre norteou os rumos a seguir nos
comércios a muitos ele ajudou dando emprego, oferecendo opções de Trabalho; ao
agricultor financiava o plantio para receber na colheita, o que muito
contribuiu para o sustento de muitas famílias.
Dos mais
antigos negociantes ali chegaram pelos idos de 1932, instalado pequena
mercearia para atender aos residentes e adjacentes, no trecho que corresponde
hoje a Praça Doroteu na época chamada “Rodagem”, nome por ele batizado e que
perdurou por muitos anos, logo criou uma fabrica de sandálias e cintos de
couro, cujos funcionários eram Mestre augusto e Sebastiao Jorge, profissionais
experientes na arte de lidar com couro.
Ao Sr. Manuel
Pretinho fincavam as compras de melancia, para os mercados de Sobral de
Fortaleza.
A família
Biluca foi outra beneficiada pela visão otimista de seu Antônio. Joao,
Sebastiao e Cuta Biluca, comercializavam produtos feitos de palha da carnaúba,
coisas muito usadas e apreciadas naqueles tempos.
Seu vasto
casarão de oito portas servia de armazém para os mais variados tipos de
gêneros.
Era grande o
movimento de clientes nos finais de semana. Dali saia carradas de algodão,
mamona, oiticica, castanhas de caju para o mercado de Fortaleza.
Mas, Antonio
Soares pode contar com a ajuda valiosa de sua esposa, Sebastiana Pontes, que
teve relevante importância na jornada de ascensão comercial.
Outro
comerciante de vulto foi o Joaquim Holanda Cavalcante, localizada onde funciona
hoje a loja de carros, vizinho ao semáforo, e ainda tinha uma pousada onde
hospedava os viajantes.
Escrito por;
Irene Soares.
Conceituada
Professora do Ipu.
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