terça-feira, 30 de junho de 2015


Velocidade do Tempo

Os tempos vão passando e passando às vezes tão rapidamente que não sentimos a velocidade do seu andar, e em outras circunstancias volta com tamanha rapidez que os ponteiros dos relógios parecem andar mais apressadamente do que antes.
Até bem pouco tempo estávamos esquecidos de alguns objetos que usamos por muito tempo no nosso dia a dia. E lá vem a mídia na Televisão, nos Jornais e Rádio, anunciando o quase impossível, “vai faltar luz”, frase quase não pronunciada entre os viventes deste Planeta há muito tempo. Era o Apagão!... (Ano de 2001). Verdade, nua e crua e verdadeira, vamos ficar no escuro não tem jeito, os irresponsáveis dos governantes até desconheciam e procuravam esclarecimentos para tais motivos. Motivos? Mais do que ninguém eles sabem de tudo. O Povo que se dane. Mas, as justificativas vêm e o inevitável aconteceu.  Era a escuridão. O mundo das trevas estava de volta.

E os objetos de antigamente também teremos que usar como: os tradicionais Lampiões de Gás, O Farol, a bem iluminada Petromax, as Lamparinas, Candeeiros ou “Bibianos”, o Ferro à Brasa para passar roupas, as famosas e bonitas Lanternas, afinal toda aquela parafernália de luminárias do passado estava de volta.

Para não deixar tão somente nos objetos ilumináveis, recordaremos como parte da história algumas das marcas de Cigarros que tiveram a sua Fama, como o: Princesa, Astoria, Kenel Clube, BB, Globo, Continental, Dalila, Yolanda, Rivera, Hollywood, Maxixe, Elite, Cigarros Turcos, Salomé, LUIZ XV, Jokey Club, Olinda, Favoritos, Liberty, Minister, Columbia, Marly, Flirt, Touriste, Belmont, Beverly, Lincoln, Coonsul, Lancaster, Capri, Hilton, Arizona, Cassino, Advance.

Outras marcas que fizeram épocas foram os prospectos de medicamentos populares em todo Brasil como: Melhoral, cuja propaganda em jingle dizia “Melhoral, Melhoral!” “Melhor e não faz Mal”.

O Biotônico Fontoura, “O Tônico revigorante para os seus músculos e nervos”. Bromil, o “expectorante que arranca o catarro do seu peito”, Café Aspirina, Saúde da Mulher, Emulsão de Scothe, o (remédio do peixe), a bendita Guaraina, Cibazol, Pílulas de Vida do Dr. Ross e o famoso Capivarol. São medicamentos que fizeram a cura de muita gente mesmo antes dos poderosos Antibióticos. O melhor Laboratório era o Bayer que tinha como Slogan “Se é Bayer é Bom”.

O Ontem como O Hoje, trazem sempre inovações na nossa linguagem mesmo quando não esquecemos os tempos em que chamávamos, e mesmo assim vamos continuar lembrando algumas coisas que pouco falamos, dos Mata Mosquitos, e Mata-Ratos de bandeirinha amarela na porta o que significava que aquela residência estava sendo vistoriada ou passando por uma profilaxia. Eles tratavam de eliminar os mosquitos e os ratos.

E os nomes de algumas casas comerciais mudaram de nome...
Um amigo nosso depois de passar muito tempo sem andar na terrinha como dizemos se depara no Centro Comercial da cidade com as mais exóticas denominações, senão vejamos:
O Galinha Morta, por vender muito barato.
Mercearia Copa 70, em homenagem ao Tricampeonato na Copa do Mundo de 70.
Zero Hora, bar localizado abaixo da Estação Ferroviária, tinha esse nome por funcionar à noite inteira.
Catatumbar era assim chamado por ser localizado perto do Cemitério.
Suspiro de Alma, bar localizado no alto da Boa Vista, fundos para o Cemitério.
Mercearia “O Poldo”, (Poldro) com uma enorme variedade de produtos comestíveis.
Mercearia “O Pombo”, não tem nada de Pombo, vende cereais e outros produtos para consumo diário.
Pizzaria “Só o Mie” vende salgados de um modo geral, mas a sua especialidade mesmo é o arroz com picados de carne, a nossa antiga “(Maria Isabel)”.
Bar “O Boquete”, especialista em bebidas e o tira-gosto feito na hora, como o churrasco na brasa.
Varejão “O Cabeça Branca”, de tudo um pouco. Hoje sua principal especialização é o Frango Assado na Brasa.
Auto Peças “Baião de Dois”, vende peças para todo tipo de automóvel, está localizada no Quadro da Igrejinha.
Bar “O Buriti”, fica no centro da cidade vendendo muitos produtos no ramo de bebidas e salgados.
Praça do “Pau Mole”. Bonita Praça localizada no centro da cidade de Ipu, muito bem planejado é um recanto agradável para todos, porém recebeu a alcunha de Pau Mole, denominação feita por Edson Dantas, por ali haver uma freqüência de pessoas mais idosas.

Não esquecemos quando o Aeroporto era chamado de “campo de aviação”, picolé de “doce gelado”. cabeleireiro de “barbeiro”, algodão doce era o “doce japonês”, WC, era chamado de “latrina ou sentina”, táxi era “carro de praça”, bar era “botequim”, restaurante era “casa de pasto”, caldo de cana era “garapa”, drama era palco improvisado com a mesa da sala de jantar, servindo de proscênio, e lençóis fazendo a boca de abertura da ribalta. Lanche era “merenda”, lanchonete era “café”, e “sanduíche era pão com qualquer coisa dentro”, piquenique era “convescote”. Ah! ia me esquecendo farmácia era “Botica”, isqueiro era “o sete lapadas”, tomar “uma” era “matar o bicho”, ou tomar uma “pilombetada” e ainda se falando em tomar uma “um tronco” também valia como tomar uma dose, camisa de mangas compridas era o “cilak, ah! ainda mais, sutiã era “califom”.

Foi-se o tempo em que se gritava, “ô de dentro” e o outro respondia “ô de fora”. Ao penetrarmos de casa adentro de nossas pessoas amigas.
E assim os tempos, os acontecimentos passam e nós não deixaremos nada mesmo cair no esquecimento.

Ipu, 18 de agosto de 2001.




Trinta e um anos passaram sem tua presença, a saudade ainda é imensa mas eternamente viveras entre nós. Nos 28 anos que aqui ficastes foram de alegrias, divertimentos, humorismo e cumplicidade. Teu companheirismo e paciência profissional, me fortaleceram para continuar na Educação,onde com certeza ,era um professor competente, dedicado e amigo. Como advogado e vereador, trabalhavas em prol dos necessitados. Foste chamado até de "Advogado dos pobres" de uma vez que, abraçavas qualquer causa do bem a fim de mostrar q a justiça prevalecia. .
Mas fostes vítima da injustiça, da maldade, da falta de amor à Deus. 
Partistes cedo, "o lugar dos justos não é aqui ". Nossa família sofre, nas sabe que, essa "Distância permite a saudade. . Mas nunca o esquecimento.!!!
Ipu: perfil urbano VII


Jardim de Iracema. Fotografia do acervo do prof. Mello
Seguindo pelas ruas pavimentadas por paralelepípedos, ainda no início do século, e símbolos do progresso para parte da população local, o viajante pode perceber que a velha Estação Ferroviária é ligada ao centro da cidade por duas vias largas, retilíneas e regulares, as atuais ruas Cel. Felix de Sousa Martins e Cel. Liberalino. Seguindo por qualquer uma delas, poderia avistar à sua esquerda o antigo prédio, inaugurado em 1927, construído para ser a sede do Grêmio Ipuense (1912) e do Gabinete de Leitura (1916), duas associações erguidas com o objetivo de fundar novas sociabilidades antenadas com os ideais do progresso e da modernidade, desejo de homens e mulheres seduzidos por tais valores. O antigo Palacete Iracema, símbolo de novos valores buscados, vendido à iniciativa privada, modificado e “modernizado”, é hoje a sede da Caixa Econômica Federal. A memória das Soirées, dos bailes, partidas literárias e saraus, realizados em seu interior, permanece apenas na mente dos mais velhos de seus frequentadores. A sua antiga sede já não lembra suas noites de “gala”.
Da calçada do antigo Palacete Iracema, na rua Cel. Liberalino, o viajante vê, a poucos metros de distância, a atual Praça de Iracema, bem no coração pulsante da cidade, onde, em 1927 foi inaugurado o Jardim de Iracema, por iniciativas de homens desejosos de espaços de sociabilidades modernas. No centro do Jardim foi erguido um coreto onde, aos domingos, as bandas de música do Centro Artístico Ipuense[1] e da Euterpe Ipuense[2] realizavam retretas para o deleite de pessoas abastadas e que se reuniam para sociabilizar-se e respirar os ares de um mundo novo buscado, sem ser incomodados pelo “populacho”, mantidos a distância pela força policial. O viajante se decepcionaria, também, ao saber que aquele logradouro foi destruído e reconstruído quatro sucessivas vezes e que a Praça de Iracema[3], atual, foi inaugurada apenas nos primeiros anos do século XX. É escusado dizer que a atual praça nada lembra a antiga ali erguida.
Seguindo ainda por uma das duas vias que ligam a Estação Ferroviária ao centro, o viajante chega a uma das duas esquinas do Mercado Público. Talvez se impressione com a robusteza do comércio, apesar de seu crescimento lento atual: para qualquer lado que olhe avista um mar de estabelecimentos comerciais e um burburinho constante, em alguns dias ensurdecedor, de veículos e pessoas circulando, algo pouco característico das pequenas cidades do interior do Ceará.
Continua...




Ipu História – Gerlene.

Tontim,

Todos esses nomes me são muito caros e me dão muuuuuitas saudades. Permita-me discorrer mais um pouco sobre essas pessoas maravilhosas.

Cleide Lima e Marcílio filhos do eminente Chico Lima, de uma prole que nos dá muito orgulho, uma verdadeira referência de gente do bem.

Florival, dentre todos os artistas do Ipu (que são muitos) este é mais um maiores. Suas histórias e estórias são muito boas. Lembro muito bem do tempo do Pavilhão.

Chico Melo, professor de todos nós, a memória e a história eterna das coisas do Ipu. Um patrimônio nosso.
                                        
Lainha minha querida amiga, fomos vizinhos.  Irmã de outra pessoa maravilhosa, a nossa cantora Maúde.

Dico, o nosso craque de futebol, gente da geração de Marcos Baú, Ferreirinha, De Borracha, "Véi Domingos" e tantos outros.

Antonio Marinho o grande empresário, pioneiro em tantas atividades.

João da Júlia, meu colega de ginásio, grande parceiro.

Alfredinho, o caçula, fim de rama (como diziam antigamente) do Seu Riomar e de D. Sezinha; atualmente grande empresário. Membro de outra família belíssima.

Pantico do Pita, ah! quanta saudades do Pantico, do Luiz, da Fátima.

A nossa querida Igrejinha, nosso grande patrimônio, hoje restaurada para nossa alegria. 

A minha querida Rua da Itália, quantas recordações. Tantos vizinhos maravilhosos.

Nair e suas irmãs, gente de minha maior estima.

Cadeiras nas calçadas. Tenho certeza que você sabe o que representa cadeiras nas calçadas. Este é um evento cultural nossas quantas amizades são formadas nas cadeiras na calçada. Um dia vou pedir ao Chico Melo para fazer uma crônica sobre as cadeiras nas calçadas do Ipu. Tenho certeza que ele tem muito material pra isso.

Pelo visto Tontim, você foi muito recepcionado na sua chegada.

Deixo o meu melhor abraço com você e com o nosso Ipu.

Gerlene.




segunda-feira, 29 de junho de 2015

Fogueira Gigante é acesa por frades na véspera de São Pedro, em Caruaru

Frade capuchinho foi içado por um guindaste até o topo do "monumento".
Bandas de pífanos, quadrilha e bacamarteiros também animaram o evento.


Fogueira Gigante (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)Fogueira Gigante é tradição no São João de Caruaru
há mais de 30 anos (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)
A noite da véspera de São Pedro (28) é uma ocasião especial para quem vai à Praça Dom Vital, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Há mais de 30 anos, os frades capuchinhos da cidade cultivam a tradição da Fogueira Gigante.
Montado em frente à igreja que fica ao lado do Convento, um dos símbolos mais populares das festas de junho alia-se à liturgia católica. Anualmente, após uma missa especial, centenas de fiéis se juntaram à multidão reunida ao redor do "monumento", que este ano teve cerca de 12 metros de altura e já foi considerado a maior fogueira do mundo. A lenha usada vem do material recolhido por equipes responsáveis pela poda de árvores no município. Por isso, alguns chamam a peça de “fogueira ecológica.”
Antes do acendimento acontecer, quem estava presente conferiu diversas apresentações de bacamarteiros. O barulho dos tiros, disparados em armas (bacamartes) carregadas apenas com pólvora, sem munição, assustava o público presente. Mas eram sustos divertidos, como frisou a estudante Priscila Araújo. Vinda de Gravatá, ela aproveitou a ida ao São João de Caruaru para apreciar, pela primeira vez, a Fogueira Gigante. “É emocionante esse espetáculo cultural! São coisas que a gente só encontra aqui,” disse, enquanto assistia aos bacamarteiros.
Fogueira Gigante em festa (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)Fogueira Gigante reúne centenas de pessoas em Caruaru, Pernambuco (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)
O evento também contou com a presença de bandas de pífanos e uma quadrilha estilizada. Priscila Quitéria é técnica de enfermagem, mas trabalha com danças no período junino. Bailarina da Quadrilha Arrastapé Dom Vital, do próprio bairro onde a festa acontecia, ela mostrava-se o quanto estava satisfeita por estar participando como figurante. “É muito importante a gente seguir com a tradição, principalmente em datas comemorativas, porque isso faz com que a cultura da cidade não morra. Nosso bairro faz tanto a broa gigante quanto a fogueira. Para nós, que aqui moramos, é muito importante vivenciar esses momentos.”
Frei Genivaldo Viana (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)Frei Genivaldo Viana acende fogueira gigante pela
segunda vez (Foto: André Hilton / TV Asa Branca)
No entanto, o instante mais aguardado foi o acendimento da peça. Como fez no ano passado, o administrador paroquial e Guaridão do Convento dos Capuchinhos de Caruaru, Frei Genivaldo Viana, utilizou um guincho para chegar ao topo da fogueira. Usando um tipo de archote, ele a acendeu solenemente. Em seguida, fogos de artifício estouraram no céu, enquanto o público aplaudia.
O religioso garante que não sentiu medo nas duas vezes em que foi içado para realizar o acendimento. “É uma experiência emocionante. Lá de cima, é interessante a gente observar o 
Os Santos juninos

São Pedro - 29 de junho

O guardião das portas do céu é também considerado o protetor das viúvas e dos pescadores. São Pedro foi um dos doze apóstolos e o dia 29 de junho foi dedicado a ele. Como o dia 29 também marca o encerramento das comemorações juninas, é nesse dia que há o roubo do mastro de São João, que só será devolvido no final de semana mais próximo. Mas como as comemorações juninas perduram alguns dias, as pessoas dizem que no dia de São Pedro já estão muito cansadas e não têm resistência para grandes folias, sendo os fogos e o pau-de-sebo as principais atrações da festa. A fogueira de São Pedro tem forma triangular.

Como São Pedro é cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa desse dia, juntamente com os pescadores, que também fazem a sua homenagem a São Pedro realizando procissões marítimas.

No dia 29 de junho todo homem que tiver Pedro ligado ao seu nome dece acender fogueiras nas portas de suas casas e, se alguém amarrar uma fita em uma pessoa de nome Pedro, este se vê na obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida à pessoa que o amarrou.


São João
Santo Antônio


 

» Conheça o Terra em outros países
Mastro de São João
Pó de café, ovos, grãos, açúcar. No buraco do mastro de São João misturam-se as oferendas que garantem boas colheitas e prosperidade.
Ainda me lembro menina surpresa com a cena. Jogar ovos no buraco. Quanta comida! Ovos se espatifando na madeira. Quero jogar também.
Um dia, consegui jogar a misturança. Cargo de importância, jogar oferendas.
Erguer mastro é sempre um acontecimento. Só depois que o mastro está erguido a festa começa. E depois, durante todo um ano, ele aguenta firme, a desbotar. Às vezes se rasga, vira um trapo, um vestígio.

A tradição de erguer o mastro finca as origens em ritos de solstício de verão europeu. Os portugueses trouxeram essas tradições para o Brasil. A quadrilha vem de uma dança de salão francesa do século 18, “quadrille”. Os padres jesuítas introduziram as festas juninas e por volta de 1600, muitos séculos atrás, já se comemorava o nascimento de São João.
São João é festeiro, gosta de música, de fogos. Tem a companhia de um carneirinho, que carrega no colo. “Acordai, acordai, acordai João.” João dorme e precisa ser acordado para a festa de seu aniversário. É dia 24.
Essa história eu escrevi especialmente para levar na festa da escola do Francisco.São João adora fogueira.
PULA A FOGUEIRA
autor: João B. Filho

Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.

Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.




domingo, 28 de junho de 2015

Tradições Juninas.


 
A Quadrilha veio para o Brasil junto com os Portugueses e incorporou-se ás nossas Festas Juninas nos séculos XVIII e XIX. Por serem grandes as movimentações daquele momento folclórico passaram a imitá-lo adaptando-se, e traduzindo para o Português os nomes de passos.
A estrutura da quadrilha Brasileira semelhante à Francesa nas invenções como o casamento matuto ou caipira, com os personagens padre, juiz, e pais dos noivos, são brejeirices nossas.
O costume de fazer fogueiras, adivinhações, vestir roupas matutas, e colorir o ambiente com bandeirinhas, permanece vivo nos costumes do povo ipuense durante todo mês de junho.
Os pratos típicos são feitos á base de milho, porque esta é a época da colheita do cereal.
Servem como referencial para comemorar a data algumas lendas e mitos como; Santo Antônio, São João e São Pedro, sendo Santo Antônio “O Casamenteiro” Afinal são santos populares em todo Brasil.
Embora tenha mudado muito, através dos anos as festas juninas ainda são umas excelentes ocasiões para confraternização entre as pessoas, com as brincadeiras, e em volta das fogueiras podemos sacralizar grandes amizades, transformando ligações fraternas em compromissos de apadrinhamento, fazendo nascerem os “compadres” e “afilhados de fogueira”. As adivinhações em torno da fogueira, a batata-doce, assada na cinza da fogueira, o aluá de milho, um copo com água e um ovo cru, era quebrado, para que as casamenteiras vissem o seu pretendido, a faca na bananeira colocada à tardinha do dia da fogueira e retirada no dia seguinte pela manhã, naturalmente com o nome do eleito para o seu coração, tudo isso faz parte dos nossos costumes da nossa Cultura.

Queremos continuar preservando a nossa Cultura Popular pelo menos no mês de junho de nossas Santas e Bonitas Fogueiras.

sábado, 27 de junho de 2015

Divulgação
Apresentação de quadrilhas na pirâmide do Parque do Povo, em Campina Grande. A cidade pernambucana é palco de um dos maiores eventos do gênero no mundo



O termo “festa junina” está associado a tradições de países cristãos europeus que prestam homenagem a São João no dia 24 de junho. Originalmente, o evento era uma festa pagã que comemorava a chegada do solstício de verão no Hemisfério Norte. Transportada para o Hemisfério Sul, a data foi associada ao solstício de inverno.

Com a evangelização da Europa, na Idade Média o ritual pagão foi incorporado ao calendário cristão. O 24 de junho passou a comemorar o nascimento de São João Batista. Logo, outras datas do mês foram associadas a santos populares: o dia 13 é dedicado a Santo Antônio; o dia 29, a São Pedro e São Paulo; e o dia 30 homenageia São Marçal. A mistura entre festas cristãs de santos e folguedos pagãos recriam até hoje novas práticas culturais.

Os rituais trazidos principalmente por portugueses, mas também por espanhóis, holandeses e franceses, deram origem a diversos tipos de celebrações nas diferentes regiões do país. A miscigenação étnica entre índios, africanos e europeus fez brotar no país uma série de belas expressões artísticas, como cantorias de viola e cordéis; emboladas de coco e cirandas; xote, xaxado e baião, sem falar nas quadrilhas e forrós.

Um dos grandes símbolos das festas juninas é a fogueira de São João. Segundo a tradição católica, ela surgiu na noite do nascimento do santo, quando sua mãe, Isabel, teria mandado acender uma fogueira nas montanhas da Judeia para anunciar a chegada do filho ao mundo. Outros vão dizer que o costume foi introduzido pelos primeiros cristãos, que acendiam fogueiras na festa de São João para lembrar que foi ele quem anunciou a vinda de Cristo, o símbolo da luz divina. Reza a tradição que a fogueira de São João deve ter a forma de uma pirâmide com a base arredondada.

Os versos da música O balão vai subindo, de domínio público, registram a sobrevivência desse costume nas festas juninas brasileiras: “São João, São João, acende a fogueira no meu coração”. A canção faz referência também à prática de soltar balões para sinalizar o início das festas, hoje proibida devido aos riscos de incêndio. Outra tradição associada às chamas é soltar pequenos explosivos e fogos de artifício para acordar o santo dorminhoco, como cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, espadas de fogo, chilene, cordão, cabeção de negro, traque e cobrinha.

Os padres jesuítas trouxeram a tradição de São João para o Nordeste brasileiro, e os índios, que já adoravam dançar ao pé do fogo, aprovaram. As brasas da fogueira são um exemplo dessas tradições: assim que se apagam, devem ser guardadas. Conservam, desse modo, um poder de talismã que garante uma vida longa a quem segue o ritual. Talvez por isso algumas superstições dizem que faz mal brincar com fogo, urinar ou cuspir nas brasas ou arrumar a fogueira com os pés.
Museu de Belas Artes (Budapeste) / Pinacoteca de Brera / Coleção Particular

São João Batista, São Pedro e Santo Antonio (da esq. para a dir.) ícones cristãos foram associados a festas pagãs que já ocorriam em junho
É claro que esse costume não é uma exclusividade brasileira. Na França, a árvore de São João também era queimada no dia 24 de junho, em frente à catedral de Notre-Dame, em Paris, e o povo disputava o carvão para guardar como amuleto. Em países cristãos da Europa a comemoração adota diferentes ritos e simbologias.

Outra tradição ligada às festas juninas são as adivinhações feitas em nome dos santos. As mais populares são as associadas a Santo Antônio, que ajudam na escolha do futuro pretendente, como enterrar uma faca virgem na bananeira para que o instrumento forme a letra inicial do nome do futuro noivo; colocar papeizinhos enrolados com nomes masculinos dentro da água e esperar que o primeiro se abra para apontar o nome do prometido; ou encher a boca de água e ficar atrás da porta, esperando que alguém diga o nome de um homem, revelando, assim, a identidade do futuro marido.

A distribuição de “pãezinhos de Santo Antônio”, realizada no dia 13 de junho nas igrejas católicas, e a dança de quadrilha, que acompanha a encenação do casamento matuto, também são associadas ao santo casamenteiro. O pão do santo é distribuído logo depois do Dia dos Namorados, que no Brasil é celebrado em 12 de junho. Segundo a tradição, as mulheres que querem se casar devem comê-lo e armazená-lo ao lado de outros mantimentos, para que nunca falte alimento na casa.

As quadrilhas acompanham a encenação do casamento do matuto, celebrado em meio a fogueira, fogos, noivo, noiva, pai da noiva, sacristão, juiz e delegado. Agitadas e cada vez mais coloridas, as quadrilhas podem se apresentar ao ar livre, em palanques ou arraiais. Trata-se de uma dança de salão de origem francesa na qual casais bailam ao som da sanfona e outros instrumentos tradicionais.

Os participantes obedecem a um marcador, que usa palavras afrancesadas para indicar o movimento que devem fazer. O “balancê” (#balancer#), por exemplo, indica o momento em que um casal apenas balança o corpo no ritmo da música, sem sair do lugar, só marcando o passo. A mistura do linguajar matuto com o francês deu origem ao “matutês”, com humor e sotaque do interior nordestino.

As moças desfilam vestidos estampados e cheios de babados para exibir bastante volume. A maquiagem é exagerada, com bochechas rosadas e batom forte; o cabelo é penteado com o tradicional rabo de cavalo, maria-chiquinha ou trancinhas. Os rapazes vestem-se com camisa xadrez, lenço no pescoço e calça comprida remendada com retalhos de pano colorido. O calçado pode ser alpercata de couro cru ou sapato fechado.

Na dança da quadrilha é preciso seguir os comandos “anavantur” (en avant tout) e “anarriê” (en derrière). Devem-se executar apenas os passos gritados pelo marcador: cumprimento às damas; cumprimento aos cavalheiros; damas e cavalheiros trocam de lado; trocam de dama, trocam de cavalheiro; grande passeio; caminho na roça; olha a cobra. Os tipos de passo dependem da criatividade de cada grupo. No c’est fini das apresentações os casais se despedem acenando ao público.
Agência Enfoco / Divulgação

A banda de pífanos é uma das tradições da cidade de Caruaru
No Nordeste do Brasil, a música que embala as quadrilhas é o forró. E, para entender como funcionam esses bailes, nada melhor que ouvir São João na roça, canção composta em 1952 por Luiz Gonzaga e Zé Dantas:

A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapapé neste salão.
(...)
Traz a cachaça, Mané.
Eu quero vê, quero vê páia voar.


Em qualquer forró do Nordeste, chamar para o “rapapé” no salão significa convidar mais casais para dançar o arrasta-pé, alusão feita ao movimento dos pés arrastados no chão. Querer ver a “páia voar” é o mesmo que desejar assistir à dança esquentar ou o espaço ficar disputado no salão.

Os festejos juninos são realizados em um espaço próprio, o arraial, que é construído com madeira e palha de coqueiro ou palmeira e decorado com bandeirinhas de papel colorido e balões. Quando o arraial está reservado ao forró, o chão do terreiro é batido, e os casais dançam no interior de um galpão com aberturas nas laterais, que garantem a ventilação do lugar e servem para as pessoas espiarem os dançarinos.

O forrozeiro Cecéu “de Campina” perguntou: “Quem foi esse inteligente que inventou o forró?”. O folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo respondeu à pergunta: o nome forró deriva de forrobodó e foi trazido ao Brasil por escravos africanos que falavam línguas da família banto. Forró significa arrasta-pé, farra, confusão. Surge como festa para depois se transformar em gênero musical. É dançado juntinho e vem misturado a vários tipos de música nordestina (baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado, xote), animado por pífano, zabumba, triângulo e pela popular “pé de bode” ou sanfona de oito baixos.
Acervo Última Hora, Arquivo do Estado de São Paulo

Luiz Gonzaga ajudou a imortalizar a tradição junina em música e versos
A partir da década de 1950, quando milhões de nordestinos migraram para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, atraídos pelas oportunidades de emprego geradas pela construção de Brasília e pela instalação de empresas automobilísticas em São Paulo e no Rio de Janeiro, o forró se espalhou pelo país. Logo começaram a surgir nessas capitais as primeiras casas dedicadas ao gênero, que passaram a ser frequentadas por parte da juventude local, por modismo ou preferência musical. Com o tempo, outras denominações foram nascendo: forró pé de serra (tradicional, rural), forró universitário (casas de show, urbano) e forró de plástico (forró eletrônico, mais estilizado).

O sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989), pernambucano de Exu, foi o pioneiro na difusão do forró no eixo Rio-São Paulo, graças a canções como Forró de Mané VitoDerramaro o gai eForró do quelemente, todas gravadas a partir de 1949, em parceria com Zé Dantas.

A entrada do forró no mercado sulista se deveu também ao talento do paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), natural de Alagoa Grande. O famoso Forró em Limoeiro, parceria de 1953 com Edgar Ferreira, estourou nas rádios da época, e muitas de suas músicas foram regravadas por grandes nomes da música popular brasileira como Gal Costa, Alceu Valença, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Paralamas do Sucesso e O Rappa, entre outros. O maior de todos os tributos, no entanto, veio na forma da canção Jack soul brasileiro, gravada em 1999 por Lenine e Fernanda Abreu.

Assim como o forró, hoje as festas juninas fazem sucesso em todo o Brasil. No entanto, as maiores, mais concorridas e mais tradicionais estão no Nordeste. Afinal de contas, foi lá que as primeiras fogueiras de São João arderam na América portuguesa.

Nadja Carvalho é professora do programa de pós-graduação em comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pesquisadora da cultura popular nordestina
Divulgação

Abertura do São João de Campina Grande
Campina Grande, a maior do mundo
A maior cidade do interior da Paraíba festeja o São João mais aloprado do mundo desde 1983 e disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de maior festa do gênero. As duas cidades gostam de mexer uma com a outra: qual das duas é a maior? Qual é a melhor? Quem deixa o brincante mais coió (cansado) com o forró pé de serra?

Luiz Gonzaga largou no teclado da sanfona: “Lá no meu sertão pros caboclo lê têm que aprender outro ABC”. Os versos fazem alusão ao linguajar nordestino. O “paraibanês” mantém a sua língua afiada nas tradições. Por isso o povo de Campina Grande diz: o São João daqui é aloprado, arretado e arrochado, que só vendo pra crer.

Os festejos juninos duram os exatos 30 dias de junho. As quadrilhas e o casamento matuto são responsáveis por um espetáculo colorido de ritmo animado, cheio de coreografias que fazem rodopiar os babados dos vestidos.

É regra o noivo chegar amuado (chateado), querer bota boneco (discutir) e tentar fugir, mas o pai da noiva promete um bufete, umacipoada (murro, pancada forte), e o padre apressa o casório. A noiva costuma esconder a gravidez, sua mãe tem uma bilôla (sentir-se mal) e é amparada por uma marmota (pessoa desajeitada).

As 150 barracas formam um vilarejo. O pátio cenográfico reproduz uma pequena cidade de interior: igrejinha, casa de barro, bodega e cachaçaria. No interior da casa, o rádio na sala, a colcha de fuxico sobre a cama, alguns santos e retratos de família pendurados na parede. Os visitantes podem olhar de perto os objetos, ouvir o estalo da lenha no forno e sentir o cheiro do milho assando.

Agora aumenta o pitoco (volume do som) pra ouvir o forró Sebastiana, composto em 1953 por Rosil Cavalcanti, que tornou o primeiro grande sucesso de Jackson do Pandeiro:

Convidei a comadre Sebastiana
Pra dançar e xaxar na Paraíba
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba
E gritava: a, e, i, o, u ipsilone.


Nessa pisada, o xén én én de Campina Grande vai até de madrugada.
Caruaru, a capital do forró

Caruaru está situada a 135 km de Recife, Pernambuco. O seu São João, na versão atual, acontece desde 1994. No Pátio Luiz Gonzaga é instalada a Vila do Forró, uma área cenográfica de 1.500 m² que abriga um arruado com casas coloridas, posto bancário, posto dos correios, prefeitura, igrejinha e mercearia. Personagens caricatos moram em casas espalhadas pelo vilarejo, como a da rainha do milho, a da rezadeira, a da parteira e a da rendeira.

Na Vila do Forró os atores encenam o cotidiano da região com humor. Oxente! Surgem o padre e as beatas, a parteira, o soldado de polícia, o prefeito, o poeta. Coronel Ludugero e sua amada Filomena passeiam entre as pessoas. O tiro do bacamarte não pode faltar. Referência a grupos de atiradores que serviram na Guerra do Paraguai, as exibições acontecem desde o final do século XIX.

A bandinha de pífano é outra importante atração, imortalizada na obra do ceramista Mestre Vitalino. Pode-se visitar sua casa no Alto do Moura para comprar, ou apenas apreciar, réplicas de seus bonecos de barro. Nesse morro acontece um #furdunço#, os jovens organizam arrasta-pé com caixa de som, misturados a trios pé de serra ao vivo. Há várias opções de comida típica e cachaçarias.

A Terra dos Avelozes costuma promover atrações gigantescas. Bebidas e comidas enormes são servidas na festança: maior quentão; maior pipoca; maior pamonha; maior cuscuz; bolo de milho gigante; maior pé de moleque; maior arroz-doce; canjica gigante; maior xerém e tradicional cozido gigante.

Em 1989, surgiram as drilhas, resultado da mistura entre quadrilha e trio elétrico de Salvador. As pioneiras foram Gaydrilha (homem no traje de matuta) e Sapadrilha (mulher vestida de matuto). Apareceram outras: Piradrilha, Diversãodrilha, Turisdrilha, Trokadrilha, Brinkadrilha e Nova Drilha. É um tipo de forró no pé, como dizem seus brincantes, que comanda o trio na avenida.

Há ainda a maior fogueira de São João, feita com madeira ecológica, que é acesa no dia 28 de junho, em frente à igreja do Convento. Desse jeito, é de arrebentar a boca do balão!
É assim que chamamos no Brasil as festas comemoradas no mês de junho em homenagem a três Santos Cristãos: Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29).
A influência portuguesa em nossa cultura, provavelmente é a razão pela qual comemoramos as datas desses Santos católicos. Porém, tal comemoração também deve ter sido influenciada por antigos povos como os celtas, os grego- romanos que praticavam rituais com fogueiras e festejos para homenagear os deuses da colheita, já que a época de junho nos países do hemisfério norte é o início do verão, época propícia para o plantio.
Esse mês é marcado por festas típicas, comidas deliciosas e muita dança.
Costumamos montar um arraial, que é uma aldeia (temporária, pois só existe durante as comemorações), com barracas de comidas típicas do nosso país, brincadeiras, jogos, dança e muita diversão. Arraial que se preze tem fogueira, bandeirinhas para decoração, quadrilhas, baião, forró, e gente vestida de caipira (um jeito estilizado de mostrar o homem da roça) , casamento na roça e mais.
Antigamente, costumava-se soltar balões nessa época do ano, mas devido os incêndios que eles podem provocar, é aconselhável se divertir com os fogos de artifício (sempre com cuidado) e com a festa em si.
As festas juninas são comemoradas no Brasil desde o século XVI. Tais comemorações sofreram muitas adaptações desde o seu início no nosso país.
As festas juninas nos fazem viver intensamente nosso folclore, a nossa cultura. Nessas festas temos a influência de vários povos que marcaram a nossa história. Dos portugueses nós herdamos muito, comidas (como arroz doce), a festa em si, a religião, algumas danças como a dança das fitas. Dos franceses herdamos a quadrilha com passos e marcações inspirados na corte européia. Dos índios o gosto por alimentos como mandioca, milho. Dos africanos danças, comidas. É difícil separar as influências que sofremos pois somos o resultado de tudo isso, da mistura de povos e tradições.
As comemorações apresentam diversas características de acordo coma região do país.
Os Santos Padroeiros das festas: 

Santo Antônio- conhecido como santo casamenteiro, santo que protege e preserva o amor e também um santo que encontra coisas.
Geralmente na véspera da festa desse Santo, as pessoas interessadas em casar, arrumar um amor ou preservar o seu , costumam fazer simpatias par ao santo.
Santo Antônio foi um religioso português que nasceu em 1195 em Lisboa. Morreu jovem ainda , com apenas 36 anos em Pádua, na Itália.

São João- um dos santos mais populares. Considerado santo protetor das mulheres grávidas.
Segundo a Bíblia, João era primo em segundo grau de Jesus, pois Isabel era prima de Maria.
João batista batizou Jesus nas águas do rio Jordão, rio que hoje faz a fronteira entre Israel e a Jordânia e entre esta e a Cisjordânia.
Segundo a lenda( não baseada na bíblia): Isabel, mãe de São João era prima da Virgem Maria. São João não havia nascido ainda, mas era esperado. Isabel prometeu à Virgem avisá-la logo que criança nascesse. As duas casas não eram muito distantes, de modo que de uma se avistava a outra, com um pouco de esforço.
Numa noite bonita, de céu estrelado, São João nasceu. Para avisar a Virgem, Isabel mandou erguer, na porta de sua casa, um mastro e acendeu uma fogueira que o iluminava. Era o aviso combinado.
A Virgem Maria correu logo a visitar a prima. Levou-lhe de presente uma capelinha, um feixe de folhas secas e folhas perfumadas para a caminha do recém –nascido”.
João Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, um profeta de grande popularidade.
Fez severas críticas à família real da época, a do rei Herodes Antipas, da Galiléia, pois o rei era amante da sua cunhada, Herodíades. Segundo o evangelho de São Marcos (cap. 6, vers. 17-28) Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista, que se encontrava preso. O “presente” foi trazido em uma bandeja de prata.
A imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneiro no colo, já que segundo a Bíblia, ele anunciou a chegada cordeiro de Deus.
Diz a lenda que São João adora festa, mas que é preciso muitos fogos e uma fogueira bem bonita para ele ficar feliz.

São Pedro- foi pescador e apostolo de Jesus. É conhecido como santo dos pescadores, guardião das chuvas e “porteiro do céu”.
Depois da morte de Jesus, Pedro viveu muitos anos pregando a palavra de Deus. É considerado o fundador da Igreja Católica.
As fogueiras fazem parte da tradição das festas juninas. O fogo é tido como símbolo de purificação desde a antigüidade. Cada festa porém, tem a sua fogueira especial.
Na festa de Santo Antônio a fogueira deve ter uma base quadrada , é também conhecida como chiqueirinho.
Na festa de São João a fogueira deve ter uma base redonda, fazendo a fogueira ser cônica, em formato de pirâmide.
A fogueira da festa de São Pedro deve ter a base triangular e deve ser triangular.
Agora que você já sabe um pouco mais das festas juninas conheça algumas curiosidades:

A reprodução do texto acima, permitida somente mediante autorização prévia da autora.

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Festas  Juninas.
Simpatias
1- Sabedoria da bananeira

Na noite de São João, de 23 para 24, deve-se enfiar uma faca virgem (nova) no tronco de uma bananeira. No dia seguinte, de manhã bem cedo, retire a faca que nela aparecerá o nome do(a) futuro(a) noivo(a).

2-Papéis mágicos
Na noite de São João, escreva em pequenos papéis o nome de vários(as) pretendentes. Enrole-os e jogue-os em uma bacia ou copo d'água. O papel que se desenrolar primeiro indicará o nome do(a) futuro(a) companheiro(a).

Músicas Juninas

Cai, Cai Balão
domínio público
Cai, cai balão
Cai, cai balão/Aqui na minha mão
Não cai não, Não cai não, não cai não
Cai na rua do sabão.

Olha Pro Céu Meu Amor
Autores:José Fernandes e Luiz Gonzaga

Olha pro céu meu amor / Vê como ele está lindo /
Olha prá quele balão multicor / Como no céu vai sumindo.
Foi numa noite igual a esta / que tu me deste o teu coração/
O céu estava em festa / porque era noite de São João /
Havia balões no ar / xote, baião no salão /
E no terreiro o teu olhar / que incendiou meu coração.

Sonho de Papel
Autor: Alberto Ribeiro

O balão vai subindo/ Vem caindo a garoa/ O céu é tão lindo/ E a noite é tão boa/ São João, São João/ Acende a fogueira/ No meu coração.
Sonho de papel/ A girar na escuridão/ Soltei em seu louvor/ No sonho multicor/ Oh! Meu São João.
Meu balão azul/ Foi subindo devagar/ O vento que soprou/ Meu sonho carregou/ Nem vai mais voltar.

Capelinha de Melão
domínio público

Capelinha de melão / É de São João /
É de cravo, é de rosa / É de manjericão.
São João está dormindo / Não me ouve não /
Acordai, acordai / Acordai, João.

Pula a fogueira
Autores: Getúlio Marinho e João B. Filho

Pula a fogueira, Iaiá
Pula a fogueira, Ioiô
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira
Já queimou o meu amor
Nesta noite de festança
Todos caem na dança
Alegrando o coração
Foguetes, cantos e troca
Na cidade e na roça
Em louvor a São João
Nesta noite de folgueto
Todos brincam sem medo
A soltar seu pistolão
Morena flor do sertão
Quero saber se tu és
Dona do meu coração

Balão vai subindo
domínio público
O Balão vai subindo
Vem vindo a garoa
O Céu é tão lindo
E a Noite é tão boa
São João, São João
Acende a fogueira do meu coração.

Isto é Lá Com Santo Antônio
Autor: Lamartine Babo
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isto é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio

Noites de junho
(de João de Barro e Alberto Ribeiro)

Noite fria, tão fria de junho
Os balões para o céu vão subindo
Entre as nuvens aos poucos sumindo
Envoltos num tênue véu
Os balões devem ser com certeza
As estrelas aqui desse mundo
As estrelas do espaço profundo
São os balões lá do céu
Balão do meu sonho dourado
Subiste enfeitado, cheinho de luz
Depois as crianças tascaram
Rasgaram teu bojo de listas azuis
E tu que invejando as estrelas
Sonhavas ao vê-las ser astro no céu
Hoje, balão apagado, acabas rasgado
Em trapos ao léu.

Chegou a hora da fogueira
(Lamartine Babo)

Chegou a hora da fogueira
É noite de São João
O céu fica todo iluminado
Fica o céu todo estrelado
Pintadinho de balão
Pensando no caboclo a noite inteira
Também fica uma fogueira
Dentro do meu coração
Quando eu era pequenino
De pé no chão
Eu cortava papel fino
Pra fazer balão
E o balão ia subindo
Para o azul da imensidão
Hoje em dia o meu destino
Não vive em paz
O balão de papel fino
Já não sobe mais
O balão da ilusão
Levou pedra e foi ao chão
Curiosidade: Festas  Juninas.

29 DE JUNHO
DIA DE SÃO PEDRO

São Pedro, o Fundador da Igreja Católica
São Pedro, o Apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, ele foi Apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica, tendo sido seu primeiro Papa.
Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro é festejado no dia 29 de junho, com a realização de grandes procissões marítimas em várias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o pau-de-sebo são as principais atrações de sua festa.
Depois de sua morte, São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado chaveiro do céu. Assim, para entrar no paraíso, é necessário que o santo abra suas portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é costume acalmá-las, dizendo: "É a barriga de São Pedro que está roncando" ou "ele está mudando os móveis de lugar".
http://www.velhosamigos.com.br/imagens/fogueira2.gifNo dia de São Pedro, todos os que receberam seu nome devem acender fogueiras na porta de suas casas. Além disso, se alguém amarrar uma fita no braço de alguém chamado Pedro, ele tem a obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida àquele que o amarrou, em homenagem ao santo.
Acalanto de São Pedro
http://www.velhosamigos.com.br/imagens/bandeirinhas2.gif
Acalanto registrado em Cunha (São Paulo):
Acordei de madrugada,
fui varrê a Conceição.
Encontrei Nossa Senhora
com dois livrinhos na mão.
Eu pedi um pra ela,
ela me disse que não;
eu tornei a lhe pedir,
ela me deu um cordão.
Numa ponta tinha São Pedro,
na outra tinha São João,
no meio tinha um letreiro
da Virgem da Conceição.
A festa de São Pedro
Em homenagem ao santo, acendem-se fogueiras, erguem-se mastros com sua bandeira e queimam-se fogos; porém, a noite de 29 de junho não é tão empolgante quanto a animação verificada na festa de São João.
Também se fazem procissões terrestres, organizadas pelas viúvas, e fluviais, pois, como vimos, São Pedro é o protetor dos pescadores e das viúvas. Em várias regiões do Brasil, a brincadeira mais comum na festa é a do pau-de-sebo.
Embora São Paulo também seja homenageado em 29 de junho, ele não é figura de destaque nas festividades desse mês.


Academia Ipuense de Letras

Academia Ipuense de Letras
Edital para Preenchimento de Vagas

A ACADEMIA IPUENSE DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES, através de seu Presidente, torna pública a abertura de inscrições para preenchimento de duas vagas de Acadêmico Titular decorrentes da exclusão, por descumprimento do Estatuto da Entidade, dos Acadêmicos Francisco Luciano Marrocos Aragão (Cadeira nº 5) e Marcos Evangelista de Paiva (Cadeira nº 32), cujos patronos são, respectivamente, Archimedes Memória e Milton de Sousa Carvalho.
Somente poderá candidatar-se para a vaga de Acadêmico Titular quem for escritor, cientista, artista de relevo ou de notória cultura ligada a movimentos culturais de comprovada relevância, ipuense ou não, que resida no município de Ipu ou no município de Fortaleza. Além disso, o candidato deve comprovar dedicação às coisas de Ipu e assumir o compromisso de frequentar as sessões mensais, denotando disponibilidade de assumir responsabilidades e obrigações financeiras com mensalidades, fardão, medalha, foto na galeria etc..
Aberta a inscrição, o interessado deverá candidatar-se através de petição devidamente subscrita por três ou mais Acadêmicos Titulares, anexando a sua biografia e encaminhando à Presidência a referida documentação até o dia 15 de agosto de 2015, através de correspondência escrita, na qual se compromete a aceitar os termos e obrigações acima definidos.
A eleição será secreta, sendo eleito o candidato que obtiver os votos da maioria absoluta dos Acadêmicos nas reuniões realizadas nas cidades de Ipu e Fortaleza nos meses de setembro e outubro de 2015.
Havendo mais de um candidato, será eleito aquele que obtiver a maioria simples dos votos. A posse se dará em Ipu, em sessão oportunamente marcada por esta Presidência.
Fortaleza, 19 de junho de 2015.
CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS
Presidente