segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"Vimos que muitas pessoas querem desabafar, inspirar ou motivar os outros e que querem ser ouvidas, querem se expressar, sendo artistas ou não. Acho que vamos até descobrir novos talentos",
“A Rua só esta vazia enquanto o coração pulsa o movimento só acontece enquanto o coração AMA”
O homem que não tiver virtude própria sempre invejará a virtude dos outros. A razão disso é que a alma humana se nutre do bem próprio ou do mal alheio, e aquela que carece de um, aspira a obter o outro, e aquele que está longe de esperar obter méritos de outrem, procurará se nivelar com ele, destruindo a sua fortuna.
As pessoas que são curiosas e indiscretas são geralmente invejosas; porque conhecer muito a respeito da vida alheia não pode resultar do que concernem os próprios negócios. Isso deve provir, portanto, de tomar uma espécie de prazer teatral a admirar a fortuna dos outros. Aliás, quem não se ocupa senão dos próprios negócios não encontra matéria para invejas. Porque a inveja é uma paixão calaceira, isto é, passeia pelas ruas e não fica em casa.
Conte seu jardim só por suas flores e nunca pelas folhas caídas no chão. E a vida pelas horas mais felizes e não pela escuridão. Conte suas noites pelas estre...



Amigos Ipuenses prestigiem o lançamento desse Livro. É um Ipuense de futuro.

domingo, 30 de agosto de 2015

“Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.
Alvin Toffer

 ”Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota, mas quando desiste de lutar”.
Richard Nixon
“Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.
Provérbio Chinês

“Toda noite – tem auroras, Raios – toda escuridão. Moços creiamos não tardas. A aurora da redenção”.
Castro Alves
 “Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menos que seja, estraga toda nossa vida”.
Gandhi

sábado, 29 de agosto de 2015

Nossos Momentos. (Crônica)
“Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tias, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror no Cine Moderno… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero á honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a. brisa da manhã!
E. Definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde exista amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!
Francisco de Assis Martins
(Prof. Mello

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Confidencias de Um Tamarineiro
Valdemira Coelho – 26/08/88


Fui um dos símbolos muito querido desta terra. Eu, pequenino e você minha Ipu com poucas casas, poucas ruas calçadas altas. Praças areentas, vento soprando nos canaviais, nas manhas ensolaradas tardes suaves, noites amenas, a Ibiapaba milenar, a decantada Bica e a Igrejinha que despertava na esperança e acordava na fé.

Cresci com você, minha cidadezinha bonita e aconchegante.
A minha sombra abriguei a primeira Feira Livre do Ipu.

Fui ponto de reunião dos coronéis para o tradicional jogo de cartas de baralho.
Assisti a luz dos lampiões de gás às polemidades litúrgicas que se celebravam na Igrejinha, bem como, o repicar intenso dos sinos chamando os fieis para a Novena do Mártir Santo Padroeiro de nossa cidade.

A noite, junto a mim as cafezeiras com suas lamparinas acesas, vendiam o seu cafezinho aos transeuntes que por ali passavam.
Quantas vezes ao clarão das noites de lua escutei confidencias; casais de namorados trocando juras de amor.

Os seresteiros apaixonados por ali passavam cantando a sua casa amada dedilhando o violão, na quietude das noites.
As crianças brincavam a minha sombra construindo “pequenos açudes” logo após uma chuva, com água das enxurradas que ali paravam.
Fui cantado poeticamente pelos jovens – reminiscências, amor saudade...
Assisti a festa quando Ipu passou de Vila à cidade.
Quanto ao meu nascimento há duas versões:

A primeira, que fui plantado por um dos coronéis da terra no ano de 1870. Consta que o Coronel falava que iria fazer no Quadro da Igrejinha uma mata de tamarindeiros. Se esta versão for verdadeira vivi 118 anos.
Segunda versão Conta-se que em arquivos com datas muito remotas encontrou um historiador que o PELOURINHO ou FORCA do Ipu foi construído nos idos de 1700 e era fincado ao lado sul de onde fui erguido.

De acordo com esta versão devo ter mais de 200 anos.
Como nasci numa época em que não se dava importância a Certidão de nascimento ignora a minha idade.

A partir do inicio deste ano fui morrendo aos poucos. Tudo consumado só resta à história que acabo de revelar. Fui muito estimado e por isto agradeço.
Que o meu sucessor, plantado agora viva o mundo maravilhoso que eu vivi, porém um tanto diferente do meu pelo avanço do progresso. É uma nova história que se inicia e seja aureolada de glórias para esta terra que foi meu berço.
Eis as minhas dimensões;


Tronco – 05 metros de circunferência
3,30 metros de altura até onde se abre a minha galhada.
Foram 13 galhos grossos que formaram a minha bonita copa.

Plantio do Novo Tamarindeiro.
                                         (Francisco Melo)

Na presença de várias autoridades, inclusive o Prefeito Municipal da época, durante os festejos da Semana do Municipio.

A sugestão da plantação de um novo Tamarindeiro foi da Professora Valdemira Coelho durante uma reunião com o Prefeito Municipal da época para ser plantado no lugar do primeiro como marco indelével de nossa história.

Foram por muitos procurados as mudas e a Professora Célia Taumaturgo de imediato sugeriu e disse que existia uma muda na residência do Sr. Luiz Soares que a D. Pureza havia plantado com uma semente de um fruto do extinto secular Tamarindeiro.

E como já disse com a presença do Prefeito Flávio Mororó, do ex-Prefeito e candidato a Prefeito Dr. Milton Pereira, Sr. Luiz Soares, Jurandir Araújo, Professora Célia Taumaturgo, João Anastácio Martins, Professora Valdemira Coelho, Professor Francisco Melo, Francisco Matos (Gerente do Banco do Brasil), Professora Corrinha Melo, Francisco de Assis Araújo Tavares, (Dião) Antonio Azevedo Martins, (Uruca) alunos e alunas de todas as Escolas de Ipu e Povo em geral.

Era 24 de agosto de 1989, tudo pronto. Foi plantado outro em seu lugar. Neste ano de 2009 o novo Tamarineiro tem apenas quinze (20) anos.

Cresceu, floresceu e hoje é um novo marco na nossa história. 













CINE TEATRO MODERNO
 (Prof. Francisco Mello)

Uma Cena da Peça “Toutinegra do Moinho”. Encenando Gerando Aires, Valderez Soares e Chico Lima. (Foto acervo Prof. Mello).

A construção do Cine Teatro Moderno data do ano de 1942.

Uma iniciativa do virtuoso sacerdote Padre Caubí Jardim Pontes, uma personalidade que conquistou com muita facilidade a amizade do povo ipuense.

A finalidade da Construção do Cine era promover o Teatro as Artes e o Cinema, e um local para reuniões da sociedade, encontros das associações católicas, enfim todos os seguimentos de nossa sociedade tinham acesso ao moderno Cine.
O povo de Ipu atendendo ao pedido do Padre Caubí fez doações e foi construído o prédio do Cine Teatro Moderno do Ipu.
O Cine serviu inicialmente para encenação de peças Teatrais. No seu interior o piso era em declive para que a platéia tivesse uma visão perfeita das apresentações de palco.
Ali foram levados a efeitos peças Teatrais das mais variadas como: “A TOUTINEGRA DO MOINHO” “O FILHO DO MONTANHEZ”, a comédia “UM CASAL E MEIO” “OS DOIS SARGENTOS”, todos encenados por um grupo Teatral do Ipu criado pelo próprio Padre Caubí.
Festivais foram um sem números ali realizados. Sessões reuniões cívicas, palestras etc., não existia local melhor, dada à condição arquitetônica do mesmo.

Existia espaço para tudo, um palco cuja ribalta tinha o formato de uma casa com uma sala de visitas em destaque.
Existia um porão e no seu interior, eram guardados os cenários e outros objetos pertencentes ao teatro.

Existiam dois “Sotões” o 1o ficava acima do palco onde funcionava os estúdios da Amplificadora de São Sebastião; o outro ficava na entrada do prédio planejado para abrigar a futura Rádio do Ipu. Serviam também para projeções de filmes que marcaram uma época que jamais esqueceremos. Os avisos dos filmes eram feitos através da Amplificadora e de uma “Tabuleta” que era colocada num poste de ferro em frente ao Bar Cruzeiro. Os filmes que mais nos recorda são: “Durango Kid”, “O Gordo e o Magro”, “Os Peles Vermelhas” e outros tantos. Foram vários os encarregados do Cine: Alberto Aragão, Antonio Carvalho Martins, Antonio Henrique, João Batista Roque e mais alguns. Os filmes eram em Preto e Branco e a música que tocava no início de cada sessão cinematográfica era Dominó.
Entre o palco e a platéia existia um local reservado para Banda de Música que fazia uma tocata antes e nos intervalos, entre um ato e outro de uma Peça Teatral.

O Cine Moderno nos traz grandes recordações dos nossos tempos de menino adolescente, que de nada esquecemos até hoje.
Foi mais um que foi destruído. Acabou o nosso sonho, acabou o nosso CINE MODERNO.          
        
    




quarta-feira, 26 de agosto de 2015


O município de Ipu é citado no romance de José de AlencarIracema, índia nativa que se banhava na bica, também conhecida como "a virgem dos lábios de mel". Inicialmente o povoado nasceu dentro das terras dadas em Sesmarias pelo estado português a alguns colonos radicados em Pernambuco. Ligada às terras da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos (hoje em Ipueiras) e à sede da primeira Vila (Guaraciaba do Norte), a povoação fora construída em cima de um velho cemitério indígena. A sua praça central (chamada por seus habitantes de "Praça da Igrejinha") está localizada neste "útero inicial" em que aquela sociedade veio a nascer ainda no século XVII. A região entrou em disputa entre padres Jesuítas e colonos; até que, após a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as terras e os infelizes indígenas que nela habitavam ficaram entregues aos "cuidados" dos colonos brancos. Reduzidos a escravos (ou semiescravos), os indígenas foram incorporados àquela sociedade colonial na condição precária de "cabras" agregados às terras que um dia foram deles. Apenas em 1840/41 a Vila Nova do Ipu Grande fora transformada em sede da Vila. Em 1885 a Vila é elevada à condição de cidade; em 1894, com a instalação da Estrada de Ferro de Sobral, a cidade passou a crescer e urbanizar-se lentamente. A economia comerciária, promovida pela ferrovia, possibilitou à classe comerciária local adquirir capitais gerados do trabalho e do comércio algodoeiro. A cidade crescia e com isso aumentavam os problemas. As elites conheceram um crescimento significativo, para depois mergulharem numa estagnação econômica acarretada pela desativação da ferrovia e do comércio a ela ligado. Nos anos 40 do século XX, a cidade mergulha num processo de decadência até culminar com o completo desmonte da ferrovia nos anos 50, 60 e 70 do século passado. Decadente, a cidade transforma-se num verdadeiro "curral-eleitoral" para a oligarquia local; momento em que a prefeitura da cidade transforma-se na maior empregadora do município.

Sua população estimada em2013 era de 48.216 habitantes. A cidade fica encravada no sopé da Serra da Ibiapaba e tem como principal atração turística a Bica do Ipu, uma queda d'água do Riacho Ipuçaba de 120 metros de altura, além da Bica do Ipu a cidade oferece mais pontos de visitação como: Casa de Pedra, riacho São Francisco, cachoeiras como a do Urubu e do Engenho dos Belém e os açudes S. Bento e Bonito.
Em suas primeiras manifestações de apoio eclesial, registra-se em 1740 e procedente da Vila Viçosa, a presença de alguns clérigos cujo desempenho consistiu na formação de redutos catequéticos, os quais constam do programa o precitado reduto. Desse trabalho missionário, cujos esforços não foram inócuos, resultou a edificação de uma capela que, por seu turno, daria lugar à Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, o que de fato ocorreu, conforme Provisão de 30 de agosto de 1757. Com o advento do Decreto Imperial Nº. 200, de 26 de março de 1840, transfere-se a Freguesia, até então situada em São Gonçalo da Serra dos Cocos, para São Sebastião do Ipu, compreendendo, na jurisdição desta, as capelas de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras e de Nossa Senhora dos Prazeres de Campo Grande. Decorrido quase meio-século, novas transformações se processam, desta vez com relação à mudança de hierarquia e evolução de ordem administrativa. Essa novidade tem como instrumento de apoio a Lei Nº 2.037, de 27 de outubro de 1883, convertendo ao título de Igreja – Matriz as capelas de São Gonçalo dos Cocos e São Sebastião do Ipu.
Os primeiros registros históricos sobre a região de Ipu datam do tempo do Brasil colônia e entre os personagens de então podemos destacar nomes como Joana Paula, Martim Soares ou padre Correia. Veremos que eram pessoas comuns, carregadas de defeitos, ganâncias, ambições etc. Para a “civilização do Ipu” e sua região os ditos “heróis” não passam de sanguinários conquistadores; gente guerreira, que nasceu dos choques dos mundos europeu e indígena e por aqui se instalou para formar uma sociedade singular e desigual. Matar, roubar, assassinar, estuprar ou agredir eram “esportes” naturalmente praticados por nossos antepassados, e queiramos ou não, somos um povo altamente mestiço (somos brancos, indígenas e negros). A nossa civilização nasceu por sobre as poças de sangue dos povos nativos, e fora construídos por homens brutos, valendo-se da escravidão e do extermínio, para dar legalidade ao sequestro das terras e dos corpos (para o trabalho escravo e para o sexo promíscuo) das indígenas e africanas; legitimando todo tipo de privilégio e de poder emanados desta situação.
Sobre isso, leiamos este documento: “Tamboril tem produzido homens notáveis, entre estes o coronel Diogo Lopes de Araújo Sales, que o Ministro da Agricultura, (...) em 1855 dizia não conhecer no país mais hábil catequista dos índios. À sua espada encantada, que não podia soltar, pelo receio de exterminá-los de um só golpe, deveu ele escapar mais de uma vez às sedições dos selvagens. Seus serviços nessa arriscada empresa foram de feitos relevantes.” É claro que, como homens como o Coronel referido antes, não nos admira que não tenha havido “reclamações oficiais” por parte dos nativos; os Tremembés, Carátiús, Reriús, Arariús, Quixelôs e outros povos não tiveram a menor chance, lutar com arco e flecha contra bala e pólvora era uma luta perdida! Após a “limpeza” da terra, Joana Paula, seus pais e irmãos puderam vir ocupar a área despreocupadamente, habitando o sertão central e parte da Ibiapaba (Ipu, Ipueiras, Guaraciaba, Tamboril, Santa Quitéria, Reriutaba, Crateús e muitas outras cidades nasceram dentro deste processo). O homem desta área é altamente mestiço, caboclo, com pouco sangue negro, e com bastante sangue europeu. Os Brancos, pela superioridade das armas, puderam dominar e aculturar aos índios e alguns africanos; debaixo da bota dos fazendeiros proprietários, as mulheres índias e negras emprestaram seus ventres para que o falo dos descendentes de europeus “povoasse a terra” e mestiços. Não tendo recursos humanos ou materiais para ocupar as terras do “Ciará Grande” (e a região de Ipu), Vossa Majestade El’rei de Portugal (e depois da independência, D. Pedro I e D. Pedro II) delegava poderes quase absolutos para seus súditos que por aqui vinham construir a “civilização”. Os colonos que viriam povoar os sertões do Ipu tinham licença para matar, prender, soltar, julgar, perdoar, e condenar, principalmente aos índios, negros e/ou brancos pobres que lhes deviam obediência; foi assim que nasceu a conhecida prepotência de nossas elites e a exagerada submissão de nossos “cabras”! Com a independência, em 1822, D. Pedro I, após esmagar os confederados do Equador e outras rebeliões do “Norte” do Brasil, passou a delegar poderes de polícia aos fazendeiros e seus filhos; neste ínterim, os Mourões, poderosa oligarquia parental sediada na Serra dos Cocos, filiada ao Partido Conservador, exercerá o poder e a violência com mão de ferro nestas paragens. “Eram por demais turbulentos (...) [e] sanguinários os primeiros povoadores desta parte da província, (...) os homens mais influentes (...) percorriam com bandos armados da serra ao vale e do vale à serra, decidindo de tudo [na] (...) lógica do bacamarte. Esses facínoras traziam em sobressalto Tamboril e (...) Príncipe Imperial (Crateús), Independência, Boa Viagem, Pedra Branca, Santa Quitéria e Ipu.” Dentre estes homens, os clãs–familiares dos Araújos-Chaves, Mello-Mourão, Feitosas, Martins, Aragão, Lopes etc. impunham a lei e a ardem com base na faca-peixeira e no bacamarte boca-de-sino. Assaltos, assassinatos, estupros e lutas pela posse da terra eram “a coisa mais natural do mundo” naqueles tempos. Foi neste ambiente que nasceu a nossa civilização.

·         Data da criação: 26 de agosto de 1840
·         Toponímia: Queda D’água
·         Variação Toponímica: Vila Nova do Ipu Grande
·         Desmembrado de Guaraciaba do Norte
·         Padroeiro: São Sebastião
·         Dia: 20/01
Características ambientais
·         Pluviosidade: a média anual é de 1.258 mm
·         Temperatura média: 26°C a 30°C
·         Período chuvoso: janeiro a maio
·         Distância da Capital "Fortaleza": 257Km
·         Área Territorial: 630Km²
·         Latitude: 4°,19'
·         Longitude: 40°, 49'
·         Altitude: 240,27m do nível do mar
·         Clima: Semi-Árido
·         Mesorregião: Noroeste Cearence
·         Microrregião: Ipu
·         Limites: Norte: Reriutaba e Pires Ferreira, Sul: Ipueiras, Leste: [[Hidrolândia]; Oeste: Guaraciaba do Norte.
·         Hidrografia: Rios Acaraú, Jatobá e Inhuçu e riachos do Engenho, Mulungu, S. Félix, Albina, Gamelecia, Sambaíba e Ipuçaba.
·         ACESSO RODOVIÁRIO: CE-187 / CE – 032 / CE - 157
Componentes ambientais
·         Relevo: Planalto da Ibiapaba e Depressões sertanejas
·         Solos: areias quartzosas distróficas, Bruno não cálcico, Latossolo vermelho-amarelo e podzólico vermelho-amarelo
·         Vegetação: caatinga arbustiva aberta, floresta caducifólia espinhosa, floresta subperenifólia tropical pluvio-nebular e floresta subcaducifólia tropical pluvial.
Divisão política-administrativa
·         Distritos: Abílio Martins, Flores, Várzea do Jiló, Recanto e Ingazeira.
Ligações externas [editar]
·         Município de Ipu;
·         Mapa de Ipu
·         Mapa de Ipu
·         Página do IBGE
·         Página do Ceará
Referências
1. ↑ a b Divisão Territorial do BrasilDivisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
2.  IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
3.  Censo Populacional 2010Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
4.  Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do BrasilAtlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
5. ↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.


FILHO AUSENTE
Letra e Música de Carlos Gil

Eu vivo sempre tão distante
Quase não sei do meu lugar
Meu Ipu no pé da serra
Está sempre a minha espera
Que vontade de voltar

Quero rever aquela Bica
E o Gangão que já mudou
Na pracinha de Iracema
Eu deixei uma pequena
Com certeza já casou

Meu Ipu, minha paixão.
A saudade não tem fim
Mas não repare o meu lamento
Não te esqueço um só momento
Te levei dentro de mim

Aonde estão os meus amigos
Antigos lá do paredão
E das festas de janeiro
Eu recordo o ano inteiro

Magoando o coração

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SAUDADES DO IPU


Letra e música de Anastácio Magalhães

Desce triste para o chão
A cascata cor de prata
E véu de luz do luar
Sobre a serra, em luzes se desata.

No silencio do luar
Sob a paz das noites frias,
Soluça triste minh’alma
Nas asas de dor, da agonia.

Ó que santa poesia
Sobre as orquestrações das águas
Vou cantando triste
A minha dor suprema.
Na tortura do meu peito,
No cantar das minhas magoas.

Tudo anda a cantar
No azul da serra
Minh’alma erra
Seja bendita esta terra
De minh’alma
Cantando muito tristonho
Em noites calmas,
Que noites de amores
Suspiram flores,
Ao luar...
Amo a minha terra
Adormecida na serra

IPU UM PEDACINHO DO CÉU
Música – Antonio Gondim
Letra - Zezé do Vale
Música ofertada ao Prof. Francisco Mello por Antonio Gondim.

O Ipu é uma cidade
Como a gente nunca viu
É um é pedacinho do céu
Que se desprendeu e caiu.

O doce de lá é mais doce
A fruta é mais saborosa
                             A mulher é a mais bonita                                                        
E a flor é mais cheirosa.

                                        Tudo lá é diferente                                                                                           
Das cidades que eu conheço
Eu indo mora no céu
Do Ipu, eu não esqueço.

A cidade é muito boa
A região muito rica
Quem bebe água da Bica
Perde a cabeça e aqui fica.


FIM DE FESTA
Letra e música de Wilson Lopes
(Samba Canção)

Já se foram todos
Sertanejos e serranos
Em debanda, alegra.
As suas cabanas.

Só ficou pra nós
Uma eterna saudade
Da festa do nosso padroeiro
São Sebastião, de nossa cidade.

Ipu, em tuas ruas.
Há uma saudade
Dos tempos bons de menino
De minha mocidade
Irei partir muito breve,
Se Deus quiser, para bem longe.
Levando a recordação
Neste meu samba canção

BAR CRUZEIRO
Moeda nova é centavo
Moeda nova é cruzeiro
Porque é que o Bar
De Pedro Tavares
Não é também dinheiro

Tem muitos doces
Que se topam
Muito bem
Aqui no Bar Cruzeiro
Só falta o que não tem.