sábado, 4 de junho de 2011

Folclore no IPU.



Folclore no Ipu.

Os Reisados:

Por volta dos anos de 1930, já existia a Folia Reis no Ipu. Não obstante a sua existência desde o inicio do século.

Os reisados que rezam no nosso arquivo datam de 1930, quando era comandado por Zé Padeiro, um ipuense residente na rua da goela nas imediações ou onde é hoje a Fábrica Wolga.

A iluminação da cidade era a luz de Acetileno uma luz a custa de carbureto, mas, mesmo assim acontecia a folia de Casa em Casa até o romper da aurora.

Uma característica completa com todos os personagens de uma verdadeira Folia de Reis. Cantavam e sapateavam alegrando os lares de nossa Ipu.

· Reisado de Caboclinho Mourão. Com o desaparecimento de Zé Padeiro surge o seu Caboclinho Mourão com um Grupo de Reisado grande e muito entusiasmado que atendia os simpatizantes da folia que eram muito, pois a cidade ainda era muito nostálgica e qualquer animação agradava a todos.

· Reisado de Batista Bernardino e Raimundo Nonato de Mello, este último meu avô por parte de minha mãe. Um senhor reisado durou até o ano de 1936, Com o falecimento o meu Avô, ficou somente o Batista que deu continuidade ao grupo. Batista Bernardino era Avô da Sula, Fransquinha do Dico e etc.

· Reisado de Dão Paiva. Pai do Florival, Gonçalo, Expedito, Piragibe e outros. Era uma prole imensa do seu Dão. Moravam no Sítio Salgado e mantiveram por muitos anos um grande grupo de Reisado, dançavam no Sertão, Serra e na Cidade. Os seus filhos e filhas eram os principais participantes. Florival era Dama se vestia como uma verdadeira Dama e também fazia o papel de Borboleta que entrava cantando uma música dizendo assim: eu sou uma borboleta - muito faceira a bonita – canto assim porque é Noite de Natal etc e etc.
Durou muitos anos esse Reisado findando já no fim dos anos 60.

· Veio em seguida o Reisado do Luiz Juriti, permanecendo até o final dos anos 80, quando o mesmo já não tinha mais condições físicas para os famosos sapateados.
Depois do Luiz Juriti desapareceram os nossos reisados até os nossos dias.

Comidas Típicas.

· Aluá de Milho, Pipoca.
· Bolo da Carimã, um bolo feito de um produto que nós conhecemos como “Bolo de Puba”.
· Chouriço, uma comida feita do sangue do porco, com farinha de mandioca, farinha de gergelim rapadura ou açúcar.
· O famoso Bolo de Milho, que todos nós conhecemos.
· A Canjica, Pamonha, Mungunzá – doce e salgado.
· A Paçoca feita com farinha de Mandioca e Carne de Sol pisado no Pilão.
· As Broas, representadas pelas Palmas, Roscas, Esquecidos, Grude com Coco, Bolo de Goma, a Tapioca com Coco, o Doce de Coco e mais, durante as Fogueiras assamos a Batata Doce envolta nas cinzas da Fogueira, o Milho Verde e etc.

Quadrilhas.

Desde os primórdios de nossa civilização que praticamos a dança da Quadrilha. Inicialmente os seus passos eram marcados em Francês, muito embora sabemos, que a sua origem é Portuguesa mas, os Francês levaram muito a serio na sua região dando uma conotação muito intensa as evoluções rítmicas da dança; sem esquecer o CASAMENTO MATUTO que foi uma criação de nossa brejeirices Brasileiras.

Qualquer inovação nas de: ritmos, roupas, passos e evoluções descaracterizam totalmente as originalidades de nossas quadrilhas.

A introdução de certos andamentos e mito especialmente os ritmos são meras invenções daqui que chamamos de modernidade o que não é o nosso caso.
Os afilhados de Fogueira que até hoje muitos levam a serio é uma criação brasileira, especialmente quando é feita na Fogueira de São João.

As palavras pronunciadas na hora do apadrinhamento dizem mais ou menos assim: “Soa disse são Pedro confirmou se tu hás de ser minha afilhada que santo Antonio Mandou, dá três voltas em torno de um Tição em Brasa repetindo a mesma coisa”.

Os Violeiros. Ainda permanecem em nosso meio, muito embora já tenha sido mais intensa em épocas passadas. Aqui encontramos poucos violeiros, mas, em outras localidades bem próximas de nós à Moda de Viola, está sempre presente.
Os emboladores repentistas também se incluem no nosso folclore. São as famosas emboladas. Este tipo de ritmos é muito freqüente nas feiras livres que não deixa de ser também um hábito folclorista de nossa região.
Essas manifestações são muito freqüentes na Paraíba e Pernambuco.

As Cantigas de Roda, Cirandas, e brincadeiras outras que caracterizam o folclore infantil.

Carro de Bois, integrante do nosso folclore por ser um meio de transporte muito característico com toques originais que formava ou é formado por uma carroceria rústica de fueiro e uma canga de bois que transportava os nossos produtos como: a cana-de-açúcar, para as nossas moagens e outros produtos similares.

Carnaval, o maior Folclore brasileiro com uma intensidade muito grande em todo País.
Aqui no o carnaval começou aparecer por volta dos anos 30 com pessoas que se vestiam aleatoriamente somente na terça-feira de carnaval com roupas femininas, de animais, e como o satanás.
Já nos 50/60, começaram a aparecer os primeiros grupinhos que quase formavam um Bloco Carnavalesco.

O primeiro bloco que tenho conhecimento era o bloco dos sujos, muitas pessoas do Clube Artista Ipuense se vestiam com um saco de estopa e passavam o sujo das panelas no rosto. (Tirna) e saiam rua afora cantando e dançando as marchinhas do carnaval da época.

Depois apareceu os Corrupiões sem Maldade também composto por membros do Clube Artista Ipuense, bem grande com muitos participantes vestidos de uma camisa de mangas compridas de cor Amarelo queimado um Calça Branca e um quepe em branco e amarelo.
Fizeram o carnaval do Ipu por muito tempo. Ainda hoje existem remanescentes deste bloco. Perdemos na semana passada um dosúltimos de seus remanecentes - O MESTRE ZÉ MOSAICO. Hoje contamos ainda com o Zé Artur e ZÉ Teixeira.
Já nos 70/80, surgiram as Escolas de Frevo, dando uma expressão fortíssima no nosso carnaval, pela beleza de suas fantasias e adereços e o valor histórica que cada bloco representava.

Era o Custemu X Xeguemu, Punk, Aventureiros do Havaí, Papalalau (ainda hoje existente), Os Réus, Spakpemu, e outros que não me recordo agora.

E assim eram mais ou menos as nossas manifestações folclóricas.

Qualquer pesquisa que possa inserir no texto, fiquem a vontade.Afinal de contas a nossa história é ampla e rica.

















Festa de São Francisco em IPU.



A Festa Religiosa de São Francisco foi celebrada na cidade de Ipu na sua vez primeira no ano de 1936 pelo então Vigário Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, sofrendo uma interrupção no ano de 1993, simplesmente por capricho e rancor do vigário da época, o Pe. Moraes, aliás, ele sempre gostou de acabar com as Festas Tradicionais da cidade.

A iniciativa da Festa de São Francisco foi do Sr. Francisco das Chagas Paz que se encontrando com sua esposa Dona Raimunda Mello, filha de Anastácio Corsino de e Melo e Dona Doria; bastante doente a ponto de não encontrar uma medicação para os seus males, resolveu fazer uma promessa com São Francisco e alcançou, tendo sua mulher totalmente curada da sua doença. Convém salientar que o Senhor Paz foi caminhando ou como dizemos comumente a pé, para Canindé e mais uma pequena comitiva de familiares seus.
O mesmo foi a Canindé agradecer as benesses do Santo e quando de volta já trazia em mente a criação da Festa de São Francisco o que foi prontamente aceita pelo virtuoso Mons. Gonçalo de Oliveira Lima.
O Senhor Paz recebeu também o apoio irrestrito dos seguintes ipuenses: Francisco Gerson Assis (Chico Gerson), Plácido Passos e Pedro César Tavares.

(Dados colhidos dos Arquivos de João Anastácio Martins João Chiquinha e Valdemira Coelho).

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Igreja de São Vicente. (Alto dos 14)



Câmara Municipal de Ipu de 1976 a 1977



Período de 1976 a 1977

Dr. Antonio Milton Pereira – Eleito em 1976, tomando posse em 1977, governando até 1982, por conseguinte 06 anos, sendo seu Vice-Prefeito: Francisco Gomes Bezerra (Chico Andrade). Disputou a eleição com Francisco Pinto de Oliveira (Chico Pinto) e o seu vice-prefeito foi Antonio Ximenes Veras. Milton Pereira venceu as eleições por 146 votos de maioria. Milton Pereira foi eleito por 4 anos, mas seu mandato foi prorrogado por mais dois anos. Na época os candidatos Milton Pereira eram da ARENA 2 e Chico Pinto da ARENA 1.

Ficou assim composta a Câmara Municipal de Ipu. Presidente: José Gessy Torquato, Francisco das Chagas Farias (Secretário), José Lopes Martins, Antonio Pereira da Silva (Sargento Ferreira), Francisco Santos Aragão, José Alves de Araújo, Antonio Pinto de Oliveira, Osmar Aprígio Farias, Manuel Pereira da Costa (Manoel Guedes), Antonio Pereira Damasceno (Antenor Damasceno), José André Camelo, Antonio Soares de Aquino e Gerardo Camelo Madeira.
Nos últimos anos o Presidente foi o Sr. José Lopes Martins e Secretário o Sr. José Gessy Torquato.

quinta-feira, 2 de junho de 2011



A maior curiosidade do município, na opinião do saudoso historiador Antonio Bezerra, é indubitavelmente a Bica, jorro d’água que se precipita de uma altura de 120 metros, em um sítio magnífico a dois quilômetros a sudoeste da cidade.
”De longe parece larga fita de prata, caída por sobre o verde “gaio” das árvores, ondulando suavemente ao efeito da luz do sol e expelindo as mais agradáveis irradiações”.

Som Flébil.



O Som Flébil.

Não gosto de falar de coisas tristes, coisas que machucam e às vezes trazem no seu íntimo um sabor amargamente ferido o que nos distancia dos momentos que chamamos muitas vezes de afáveis.
Mas, naquela manhã tudo estava turvo. O céu languidamente encarregou-se de abrir o seu leque de cores apagadas tingidas de forma indiferente ao substrato da vida.
Já não falamos mais nas coisas boas do bem viver, o ato depressivo se apodera e quase não podemos rebater os seus efeitos distônicos que são por demais pesados.
Alguém exclama, é a Vida. Os murmúrios de é a vida não passa de um consolo para quem se motivou sempre, e muito, nas jornadas impetuosas do dia a dia.
O incomum acontece. Nostalgia, a opaquitude deixa quebrar o sentimento verdadeiro, ofuscando no “abajur lilás” á sombra mediavalesca que não conseguimos entender. Entender?Sim! Não entendemos o que está se passando em nós.
As visões caminham e a ótica visionaria, vislumbra imagens que se perdem folgadamente no espaço, como se fosse a fumaça, não sei, talvez de um cigarro banalizado pelo seu fumador de estranho paradeiro.
As cinzas da tarde aparecem e o langor da Ave Maria é anunciado pelo dobre dos sinos e o toque do flamejante órgão de tonalidade variável que mais parece à “extrema-unção” dos enfermos no momento derradeiro
No centro da Igreja as luzes mortiças dos candelabros dando um ar de lugubridade ardente aos que vivem tais momentos.
Os sacerdotes celebram o “Introibo Adaltari Dei”, e genuflexo rezamos piedosamente o salmo de aclamação ao soberano Deus criador de todas as coisas.
A claridade emitida dos castiçais parece até mesmo que estamos em tons de funerais soluçando aos acordes de músicas enegrecidas do espírito de outras vidas.
Mas afastemos de nós o terror dos negrumes e procuremos viver a noite que mesmo escura nos traz mistérios que são agradáveis aos nossos sentimentos.
As constelações multicoloridas das estrelas nos alegram, e vez por outra a “estrela cadente” nos oferece o brilho de um renascer majestoso.
A lua sempre bela, baila no horizonte como se fosse à fada dos nossos sonhos que sempre e continuaram sendo encantados, até enquanto houver o romantismo talhado pelos enamorados das noites que não tem horizontes, mas que trazem um bálsamo perfumado pelas orquídeas que não deixam esmaecer de uma só vez os alcatifados sentimentos de amor, desfazendo o ódio que haverão de durar poucamente ou quase nada, pois a persuasão de tudo será indelevelmente a flor do esquecimento porque não temos aquela majestade de imposição de “Rei na Barriga”, pois a simplicidade durará por muito tempo, até que o coro dos anjos em total “Deo Gratias” entoar o louvor perene da felicidade sonhada.