segunda-feira, 31 de outubro de 2011

31 de outubro aniversário de Carlos Drummond de Andrade.


Quadrilha (Carlos Drummond de Andrade)

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Tenente João Alberto Lins Barros. Oficial do Exército Brasileiro que comandou a Coluna Prestes no Ceará.


Ten. João Alberto Lins Barros.

João Alberto Lins de Barros nasceu em Recife, em 1897. Militar, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1909. Participou da preparação do primeiro levante tenentista, ocorrido no Rio de Janeiro em 1922, embora não tenha tomado parte na insurreição propriamente dita. Mesmo assim foi preso por cinco meses. Após ser libertado, transferiu-se para o município de Alegrete (RS), onde retomou suas atividades conspirativas. Participou dos levantes deflagrados no interior do Rio Grande do Sul, a partir de outubro de 1924. Derrotados por forças fiéis aos governos, federal e estadual, os rebeldes gaúchos se dirigiram ao estado do Paraná, onde se juntaram aos remanescentes do levante tenentista ocorrido na capital paulista em julho daquele ano. Da unificação das forças rebeldes paulistas e gaúchas nasceu a Coluna Prestes, exército guerrilheiro comandado por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, que percorreu o interior do Brasil
durante cerca de dois anos em campanha contra o governo de Artur Bernardes. João Alberto desempenhou papel de relevo na Coluna, tendo sido o comandante de um dos quatro destacamentos em que se dividia o exército rebelde. Após o fim da campanha da Coluna, em fevereiro de 1927, enquanto a maioria de seus membros exilou-se na Bolívia e na Argentina, João Alberto regressou ao Brasil, passando a viver na clandestinidade. Viveu então em Pernambuco e no Paraná. Mantendo-se como ativo conspirador, estabeleceu contato com os políticos da Aliança Liberal, coligação que reunia os grupos dirigentes dos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba em torno da candidatura oposicionista de Getúlio Vargas à presidência da República. Com a derrota de Vargas no pleito realizado em março de 1930, passou a dedicar-se à preparação do movimento revolucionário que derrubou o presidente Washington Luís em outubro daquele ano, impedindo a posse do
candidato eleito, o paulista Júlio Prestes. Após a instalação do novo regime, foi nomeado por Vargas delegado militar da revolução e, posteriormente, interventor federal no estado de São Paulo, medida que abriu grave crise entre o novo governo e os grupos dirigentes daquele estado. Sua gestão à frente do governo paulista foi marcada por medidas polêmicas, como a autorização para o funcionamento do Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB), e a ameaça de confisco das fábricas que não acatassem as medidas sociais decretadas. Ao mesmo tempo, buscava aproximar-se dos cafeicultores. Junto com Miguel Costa, que passou a comandar a Força Pública estadual, organizou a Legião Revolucionária, partido político que buscava promover a mobilização de massas em apoio ao novo regime, entrando em confronto com as agremiações políticas tradicionais do estado. Por conta disso, seu governo, que se estendeu até julho de
1931, foi marcado por fortes tensões, agravadas pelo rompimento do Partido Democrático (PD) com o governo, ocorrida no mês de março. Foi membro do Clube 3 de Outubro, agremiação que visava oferecer maior consistência à atuação política dos "tenentes" revolucionários, e também do Partido Autonomista do Distrito Federal, liderado por Pedro Ernesto. Em abril de 1932, assumiu a chefia de polícia do Distrito Federal, cargo que ocupou até o ano seguinte. Em 1934, elegeu-se deputado federal constituinte por Pernambuco, na legenda do Partido Social Democrático daquele estado. Por essa mesma agremiação obteve um mandato de deputado estadual constituinte pernambucano, em abril de 1935. Nesse ano, recusou convite feito por Luís Carlos Prestes para ingressar na Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política de esquerda que se estruturou a partir de um programa de cunho antifascista e aintiimperialista. Ainda em 1935, iniciou um período
dedicado a missões diplomáticas, que se estendeu até o início da década seguinte. Entre 1941 e 1942, exerceu o cargo de embaixador do Brasil no Canadá. Em setembro de 1942, no contexto da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, foi nomeado presidente da recém-criada Coordenação de Mobilização Econômica, que possuía amplos poderes para intervir-nos mais diversos assuntos relativos a controle de preços, estabelecimento de metas de produção, abastecimento e planejamento do sistema de transportes. A partir do ano seguinte, passou a acumular a presidência da também recém-criada Fundação Brasil Central, cujo objetivo era promover o povoamento das regiões Norte e Centro-Oeste. Em março de 1945, foi designado novamente para a chefia de polícia do Distrito Federal. Estimulado pelas mudanças então ocorridas no cenário internacional, passou a defender a redemocratização do país. Nesse sentido, opôs-se, como chefe de
polícia, às manifestações do movimento queremista que reivindicavam a permanência de Vargas no poder. Sua substituição nesse cargo por Benjamin Vargas, irmão do presidente, foi o estopim para a deflagração do golpe promovido pela cúpula das Forças Armadas em outubro de 1945, que resultou no afastamento de Vargas da presidência. Nas eleições presidenciais realizadas a seguir, deu seu apoio à candidatura vitoriosa do general Eurico Gaspar Dutra, promovida por setores que haviam apoiado o Estado Novo. Em 1947, elegeu-se vereador no Distrito Federal, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). No início da década de 50, participou do segundo governo Vargas, ocupando cargos técnicos. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1955.


domingo, 30 de outubro de 2011

FLASH’S DO PROGRAMA “EM CADA CORAÇÃO UMA SAUDADE”

Já por algum tempo ocupo alguns espaços radiofônicos da Cidade de Ipu, para transmitir um programa de musicas do passado, não sei se “feliz ou infelizmente”, mas, por mais de 10 anos estou no ar com esses tipos de Programas.Deixo aqui registradas algumas passagens não para satisfazer o meu ego, mas para que a posteridade veja o que tivemos e vivemos nesses anos no Ipu.

Abrem-se as Cortinas, no Ar o Programa de Músicas Inesquecíveis, aquelas, que nós jamais conseguiremos esquecer.

Uma Linda Noite de Seresta! ...

Uma Noite de Saudades...

O Encontro com a Saudade na Noite Fria de Luar.

Um Programa feito num mundo Poético Maravilhoso.

A canção mais bela a canção do coração.

A Serenata que você sonhou.

.O Ipu em Notas de Saudades.

Descortina-se a música dentro da Noite.

Aqui, a Autentica Seresta Brasileira.

A Ternura da Música Popular Brasileira.

A Saudade é sempre lembrada com: Um Sorriso, Um Gesto, Um Perfume, Um Olhar, Uma Música.

Nas Ruas calçadas de Pedras, nos casarões da velha cidade dos antigos lampiões, voltar ao passado é fácil.

A música de saudade na voz delicada dos nossos cantores do passado, que aqui pontuamos as canções com uma palavra romântica e referências carinhosas aos amigos.

Na plenitude da Emoção nas cordas sonoras de um Violão.

Notas de Saudade embarcam o ouvinte no clima das Serenatas do passado. É só fechar os olhos e a música lhe remete as calçadas antigas de Ruas mal Iluminadas tingidas apenas por um argênteo Luar, silencioso dialogando no dileto dos reflexos com as formas combinadas da noite apaixonada.

Uma música através de Cordas Enamoradas acaba dando dimensões e Amplitudes a uma obra belíssima.

O Romantismo da Música guardada no escrínio efervescente das serenatas de outras luaradas.

Um Violão em Notas de Saudades.

Precisamos fazer da IGREJINHA um canto de memória.

Há lugares que o Coração apresenta algo de mais belo ao Corpo e a Memória, e um dia sempre retornam, mesmo quando o tempo inexoravelmente no ROSTO, revelar que da paz de uma cidade restam apenas LEMBRANÇAS.

E no Bairro de outrora um recanto de muitos, sob o coqueiral, com sua enorme copa com o luar de agosto em cima do azul - da - noite, ouviu-se ao longe o canto de Iracema. Era... O Ipu.

Embarquem comigo no mundo da música poesia e Saudade.

Em cada Rua uma Saudade, em cada Praça a imorredoura Lembrança, em cada esquina o Cheiro doce de uma Saudade.

Cordas Enamoradas, violões em Serenata. Ipu, dos meus primeiros acordes cenários das madrugadas boêmias assistidas pelo verde da serra.

Saudade da Saudade que tivemos.

Estação da Saudade.

O som da Saudade.

Dedos que são NOTAS MUSICAIS.

Oh! Lua triste, amargurando Fantasma de Brancuras Vaporosas a tua nívea Luz silenciada faz murchar a beleza das Rosas.

Ninguém nas ruas. A cidade parece deserta. A paisagem está lá, com árvore e pássaros em revoada.

Nas árvores seculares que impressiona o visitante com o silencio, a brisa fagueira que lhe dá um ar de serenidade e paz.

Vez por outra passam bando de aves em arribação. O sino toca, 6 horas Ave - Maria.

sábado, 29 de outubro de 2011

Sugestões para a escolha das Maravilhas do IPU


Cruz da Justa.

Em um Bairro de Ipu conhecido e agnomida de Mina Velha, nos arredores da cidade tradicional e conhecida “Cruz da Justa” aquela que foi rogada e muitos pedidos ali feitos foram atendidos pelos pecadores da terra.

Hoje a velha Cruz, ou os restos da cruz se encontram envolta um pequeno matagal quase que totalmente virado cinza.

A pobre Cruz hoje se encontra perdida a ermo, que fora dantes objeto de romaria e preces, suplicada por fieis das mais diferentes camadas sociais, vindos muito de outros lugares para pagarem suas promessas.

A “Cruz da Justa” consolida-se em nossos dias como uma tradição para nosso IPU. Seu nome Ana Justa de Jesus, era uma preta velha descendente de escravos, residia no Sitio Piedade em nosso município. Vivia em companhia de três filhos, augusto, Raimundo e João, todos de maioridade.

Os seus filhos constituíam o cume da casa; trabalhavam de sol a pino para as suas subsistências e muito especialmente de sua genitora. Perfeita era a harmonia reinante no que era uma Casinha de Palha.

Ana Justa, era paralitica de uma perna, dava-se apenas ao labor domestico, embora lutando com muita dificuldade.

Surge no Ceará de forma inesperada a calamitosa e a mais impiedosa seca de nossa história – 1777, conhecida como a “Seca dos Três Sete” – 777.

Forram, em virtude da tremenda Seca e pouco a pouco dominados pela fome, muitos procuram outros meios de vida migrando para outras localidades, na Zona Costeira do Estado, os filho da Justa foram juntos nesse processo migratório fugindo desta forma da fome implacável e conseguintemente da morte, ficando ali a velhinha entregue a sorte, com sede a fome e como conseqüência a vida ceifada pelos caos trazidos pela grande seca.

Não suportando os reveses da sorte, Ana Justa com muita dificuldade veio para a povoação de Ipu Grande, e, não podendo palmilhar dois quilômetros ou mais e já martirizada pela sede, fome e cansaço entregou sua alma a Jesus.

Cedo, muito cedo correu a notícia do seu falecimento a qual era querida por toda aquela gente.

No local de sua morte pessoas da localidade onde vivia Justa e que tinham uma melhor condição de vida estavam escapando da cruel seca dos três sete ergueram uma Cruz que passou a ser visitada por muitas pessoas, muitas delas alçando graças, milagres foram feitos ao pé da Cruz daquele que em vida palmilhou um sofrimento até o dia do chamado de Deus.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


PALMAS DA CARNAÚBA

Letra e Música de: Antonio Gondim.

A chuva já vem caindo

Nos campos do meu sertão

Minha vida está sorrindo

Bem dentro do coração

Abriu-se a flor da munguba

Cheirosa e de linda cor

Nas palmas da carnaúba (BIS)

O vento fala de amor.

O rio já pegou água

Nas plagas do Ceará

E ninguém tem mais sede ou mágoa

E a fome não voltará

A tarde cai sobre as matas

Ao canto das juritis

E ouvindo a voz das cascatas

A terra dorme feliz

Eleições de 1920



Eleições Municipais - 1920

Domingo, 02 do andante, (Ano de 1920) teve lugar em nossa cidade, as eleições para vereadores e suplentes que em breve substituirão a atual edilidade.

O pleito correu calmo e as duas sessões de nosso município, receberam os votos de todos os eleitores que se apresentaram para este fim.

Apesar do interesse que deveria haver, compareceram as urnas 2 centenas de votantes, isto certamente devido a dificuldade de transporte do nosso povo do campo.

Com júbilo registramos aqui a completa vitória dos elementos tomista, quer nos cargos efetivos, quer em seus suplentes.

Resultado das Eleições 1ª Sessão 2ª Sessão Total

1ª Sessão 2ª Sessão Total de Votos

Cel. João Bessa Guimarães 42 51 93

Cel. José de Farias 41 50 91

Major José Euclides Coelho 40 48 88

Cel. Félix de Sousa Martins 39 48 87

Major Gonçalo Soares de Oliveira 39 48 87

Cap. Antonio de Sousa Mororó 39 48 87

Simão de Barros Filho 39 48 87

Alcides de Souza Lima 39 48 87

Vicente Ferreira Maia 39 48 87

Luiz da Silva Belém 21 29 50

Paulo Martins de Aragão 20 29 49

José Assis de Araújo 19 28 47

Ernesto Ximenes de Aragão 19 28 47

João Camillo Rodrigues 19 28 47

Thomaz José de Souza Aragão 19 28 47

Francisco Romão da Costa 18 28 46

Francisco Pórfiro do Rego 18 25 43

Raimundo de Souza Pombo 18 24 42

(Jornal Correio do Norte-06 de maio de 1920)


Ipu, 18 de outubro de 2007.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Preste no Ipu.

(Os Revoltosos)

(Prof. Francisco Mello)

(Há 84 Anos)

Era 13 de janeiro de 1926 invade a cidade de Ipu 100 homens da Coluna Prestes que estava vindo do Piauí e que por aqui passaram.

A primeira coisa que chamou a atenção dos “Revoltosos” foi a Bandeira Vermelha hasteada no cimo da Igrejinha, a cor do Santo Padroeiro, os homens da Coluna Prestes tiveram a impressão que aqui no Ipu estava em guerra. Foram a Estação Ferroviária desligarão os fios do Telégrafo e passaram a monopolizar a cidade.

Conseguiram dinheiro do Agente do Banco do Brasil e outras ajudas do Prefeito Municipal. Esta Coluna era comandada pelo João Ten. Alberto Leal Pires, Irmão do Dr. Apolônio de Perga Bandeira Barros, que é sepultado no cemitério de Ipu. Uma BOMBA DINAMITE deveria ser enterrada no Alto do Cemitério e explodida se necessário fosse e a sua explosão traria conseqüências gravíssimas para Cidade.

Não aconteceu, porque ao tomar conhecimento que Dr. Apolônio seu irmão estava ali enterrado, Pedro Alberto que era o comandante maior da Coluna mandou que fosse suspenso todo trabalho de enterramento e conseqüentemente a detonação da Bomba. Aconteceram vários fatos pitorescos, historias hilariante e algo mais. Passaram apenas dois dias aqui em Ipu rumando em seguida para Crateús. Numa reunião no Gabinete de Leitura com o Presidente Chagas Pinto, Cel. João Bessa, Mons. Gonçalo de Oliveira Lima Vigário, Joaquim de Oliveira Lima representante do Banco do Brasil, foram atendido todos os pedidos o tenente João Alberto.

O Presidente pediu ao Tenente que deixasse alguma escrita para registrar a sua passagem em Ipu, e assim ele fez.

“Cidade hospitaleira, onde tudo lembra a memória de meu irmão. Em cada um de seus habitantes encontrei um amigo desinteressado, mas para admirar este formidável torrão tão querido destes cearenses, - raça forte que tanto honra nosso Brasil”

Sinto Satisfação.

Ipu 13 de janeiro de 1926.

João Alberto Lins Barros.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Geologia da Serra da Ibiapaba.

Geologia.

Geologicamente esta área está inserida na unidade Formação Serra Grande. De acordo com o RADAMBRASIL (1981), o nome Serra Grande foi usado pela primeira vez por Small (1913) apud Sousa, para designar o espesso pacote de arenitos que forma a escarpa da margem oriental da bacia do Parnaíba.

A sedimentação desta unidade inicia-se com arenitos brancos, grosseiros, conglomeráticos, contendo leitos de até 20 m de conglomerado oligmítico grosseiro com seixos de até 20 cm de diâmetro de quartzo, e os seus tamanhos diminuem da base para o topo, seguindo-se arenitos grosseiros com estratificação cruzada diagonal. Em certas regiões aparecem intercalações de siltitos e folhelhos arroxeados, principalmente no topo da formação.

As camadas mergulham suavemente para Oeste com intensidade de 2° a 10°, formando uma Cuesta cujo front é a escarpa de Serra Grande.

A formação Serra Grande ocupa uma faixa com direção geral Norte-Sul e uma largura variando de 20 a 60 km. Aí situam-se as cidades de São Benedito, Guaraciaba do Norte-CE, Cocal, Itainópolis e Jaicós-PI. Apresenta excelentes exposições, principalmente na atual borda da bacia, na imponente escarpa da Serra Grande ou da Ibiapaba que chega a ter 700 m de desnível ao Norte e decresce suavemente para Sul até desfazer-se totalmente na área de Leste de Picos. Em quase toda extensão da escarpa a formação Serra Grande constitui apenas o seu topo, ou seja, os últimos 80 a 100 m chegando a ter apenas 20 m na Serra dos Cariris Novos entre Pimenteiras- Pi e Parambu-CE.

Como extensão tem-se a escarpa a Oeste de Ipu-CE, cujos 700 m são inteiramente de arenitos e arenitos conglomeráticos, sendo a maior espessura da formação conhecida em superfície. As camadas mergulham suavemente para Oeste com intensidade de 2° a 10° formando uma Cuesta cujo o front é a escarpa de Serra Grande.

O seu contato inferior faz-se em nítida discordância angular sobre rochas do Grupo Jaibaras, Complexo Nordestino, Grupo Rio Jucá, Complexo Trindade, Grupo Salgueiro e suíte magmática, o contato superior faz-se com os folhelhos da formação Pimenteiras de maneira concordante, e em certos locais é marcado por uma superfície ferruginosa endurecida.

Até o presente, não foram encontrados fósseis na formação Serra Grande. A idade silurodevoniana lhe é atribuída em virtude da posição estratigráfica, abaixo da formação Pimenteiras, posicionada no Devoniano Inferior.

Vem aí o Natal. Papai Noel.


Papai Noel

O sonho não acabou.

A origem do Papai Noel é ate hoje cercada de mistérios. Uma das versões diz que ele foi um bispo católico muito bondoso, chamado Nicolau, que viveu no século 5. Cansado de ver o sofrimento de seu Povo, especialmente as garotada com brinquedos e comida todo final de ano. Por isso, em que alguns paises, Papai Noel também é conhecido como São Nicolau, o santo das crianças, e seu dia é comemorado em 6 de dezembro. As roupas vermelhas só foram acrescentadas no inicio do século passado (20) passado por meio de uma campanha publicitária feita no rotulo de uma grande marca de refrigerante.

Se depender do Papai Noel, o mistério de sua origem irá continuar para sempre. Mesmo não passando de uma lenda, ele simboliza a bondade e a alegria que todos devem ter no coração durante o Natal e o Ano inteiro. O verdadeiro Papai Noel é aquele que ama Jesus Cristo de todo seu coração e dá presentes em dome d’Ele, fazendo de tudo para que as pessoas louvem a Deus pelas dádivas recebidas. É, também, o desejo que as pessoas, de forma geral, aprendem a dar, a amar o próximo como Jesus Cristo. Ensinou.

Papai Noel existe? Sim, enquanto houver esperança e enquanto houver harmonia, se Papai Noel existe ou é apenas um mito, não faz muita diferença, o que importa é o aquele representa: a generosidade e solidariedade. Virtudes, atualmente, raras de se encontrar entre os seres humanos mais preocupados com os valores materiais.

Como seria tudo bem diferente se o exemplo do o bom velhinho pudesse contagiar a humanidade e transformar o mundo numa grande fantasia de Nata!

domingo, 23 de outubro de 2011

Bordeis do Amor


Os Bordeis do Amor.

A prostituta antiga era o oposto simétrico das esposas santas. Hoje, nossas mulheres da vida, (desfilarei todos os nomes do dicionário) são chamadas de garotas de programas.

Antes, nossas bacantes calhandreiras se escondiam pelos cantos, trêmulas de vergonha. Agora, com a permissividade de tudo, ser umas corriqueiras, uma tipóia de má-vida é uma profissão explicita, mas nobre do que, por exemplo, a profissão de perua casada. (Não falo da miséria; falo das moças airadas que vivem na borda das classes altas, nas fimbrias da TV e das Revistas).

A hetaíra moderna não é uma marginal; ela está no centro do sistema, como os advogados, banqueiros ou dentistas.

A mídia e a Internet exibem o seu sucesso. Antes, as extraviadas, as cabriolas precisavam de casamento sagrado que as excluía. A micheteira antiga era uma necessidade fisiológica, uma extensão das famílias, para compensar a tristeza do amor. Hoje, ela não quer casar. Esse papo como se diz na gíria já era, elas não querem ser salvas por algum babaca romântico. As cróias, as hieródulas, as pinóias modernas não aspiram uma vida normal, preferem uma gelada aventura pela grana.

Muitas são até bem casadas e ajudam os maridos. Conheci uma professora que ia se prostituir no Rio de Janeiro, nas férias do Colégio, num famoso lupanar de uma rua qualquer.

A moderna meretriz, a magana contemporânea não se envergonha do trabalho e não tem sentimento de culpa; talvez apenas nojo... de você.

Elas te olham de igual para igual, ou melhor, com uma finíssima superioridade.

Elas são ativas, despachadas, tomam providencias tirando do homem seu maior prazer, que era o sentimento de superioridade moral de folga passageira – um habitante do mundo limpo viajando no mundo “sujo”. Hoje o sujo é você.

Havia no velho putanheiro uma vaga crença na recuperação das infelizes decaídas.

No ar dos prostíbulos flutuava uma doce tristeza por um amor impossível. Havia também uma repugnante bondade nos fregueses de antanho: “Por que você caiu na vida?”, perguntavam os hipócritas bordeleiros, antes do ato.

“Ah!... meu noivo me fez mal, meu pai me expulsou...” – gemia a rapariga. ”Mas, porque você não larga a vida?” sussurra o canalha, superior sinistro, tirando as calças. Por isso é que elas se apaixonam pelos cafetões boçais, que as espancavam com sinceras e jubilosas bofetadas.

Hoje, não se consolam mais mundanas, perras e barregãs. A mulher romântica sabe-se, é uma invenção do homem. As “perdidas” tristes também. Nelson Rodrigues algum tempo disse: “nunca vi uma prostituta triste”... Hoje elas são as “acompanhantes” “scorts”, e até “promoters” e outros eufemismos. São malhadas, aerodinâmicas, sadias. Antigamente, vivíamos numa “féerie de gonorréias”.

Hoje, elas é que temem as tuas doenças. A camisinha exclui, te faz ridículo com pênis encapotado como um cachorrinho de suéter. Com a camisinha, você é que é o perigo venéreo; ela é saúde.

Antigamente, ia-se ao bordel em busca de ilusões. O homem ia para se sentir um sultão no harém. O putanheiro era um sujeito de randevu. Hoje, ele é objeto. Há um vento gelado nos lupanares atuais limpos, rápidos e eficientes, como uma lanchonete. Há algo de enfermeiro ou psicólogo na moderna “cocote”.

Não há mais mistérios no corpo, cada posição, cada músculo, cada secreção, tudo foi explorado. Não há mais o que comer. Depois do coito, pinta uma grande tristeza. Com a bodernização da vida, precisamos – isto sim! De bordeis utópicos.

Precisamos de bordeis de sonhos de amor. Isso mesmo. Os homens e mulheres precisam mesmo é de sentimentos puros. Nem que sejam pagos. O sujeito entra no bordel do amor como no teatro.

Lá haverá mulheres tristes a quem você consolará. Haverá gritos, lágrimas, cenas de ciúmes. Nestes bordeis teríamos as delícias dos infinitos e infinitos rompimentos românticos, alegrias incontidas, Tristão Isolda, olhos nos olhos, serenatas, sonetos, beijos roubados, teríamos virgem reais, e ruborizando inocências.

Orgasmos, se houvesse, seriam etéreos, como nuvens como epifanias. Seriam bordeis platônicos. Tiram-nos a esperança ingênua, o amor eterno, a metafísica, e a moral.

HISTÓRIAS DO ZEZÉ DO VALE.

Zezé do Vale era tocador de sanfona, e, diga-se de passagem, um dos melhores da Região.

Sempre era contratado para animar ou tocar “Sambas” e mais “Sambas” por este nosso sertão afora.

Certa vez foi contratado para tocar um “Sambirote” lá para as bandas da Macambira.

Naquela época as festas dançantes, ou Sambas, como queiram, começavam muito cedo da noite, entre sete e oito horas, terminando por volta de meia noite ou qualquer coisa a mais.

Neste contrato Zezé terminou as festividades em torno de uma da madrugada, e juntamente com os outros músicos, após receber a importância devida, rumaram para o “Sítio Salgado”, onde residiam. Alguns ficaram logo no começo da viagem e dormiram em casas de pessoas conhecidas.

Zezé continuou à viagem sozinho e já ao romper da aurora avista o Riacho do Salgado, e só com ele diz: vou tomar um banho para depois dormir até a hora do almoço. E mergulhou no pequeno córrego, - eram 05h30min da manhã quando o mesmo acordou o relógio que estava no seu pulso marcava 11h. Tomou aquele susto e disse: como eu dormi muito no fundo deste rio!

Vale à pena contar...

Aquarela


Aquarela.

Francisco Mello

Foi uma noite encantadora aquela

Das estrelas, qual mágica reponte.

A luz, como se fosse argêntea fonte

Jorrava linda em fundo de aquarela.


Saída da cortina de um monte

De negras nuvens, na celeste umbela,

A luz bailarina meiga e bela

Saltou para ribalta do horizonte...

E toda envolta em renda argentinada,

Deixando ver do corpo o doce encanto

Dançou “ballet” no céu de canto a canto


E mal rompido o claro da alvorada

Aos aplausos dos astros, reverentes,

Despediu-se e sumiu-se no Poente.

Pensamentos


Pensamentos:

v Não tem música que seja melhor nem pior. O que existe é música, em seus diferentes estilos e características.

v Os sonhos acabam e a realidade toma conta da razão.

v Luta pelo amor, o ódio tudo destrói.

v O Professor não ensina, ajuda o aluno aprender. (L.O. Lima.)

v O aluno é a causa eficiente, o professor a causa instrumental.

v Nenhum tema ficará entendido se não for seguido de aplicação.

v Educar-se, hoje, para vida.¨ (L. de Oliveira Lima)

v Não se complete nem se instrua com a fraqueza dos mais fracos.

v Certos “valores” não compensam viver.

v O teatro não é a vida como ela é. É a encenação da vida como ela é.

v As palavras voam, a escrita fica.

“Uma sociedade narcísea, sem ética ou valores consistentes, está levando as pessoas a um beco sem saída”.

sábado, 22 de outubro de 2011

Música da Semana - Abílio Martins

Nelson Cavaquinho.
Nelson Cavaquinho.

Nelson Cavaquinho.

Se vivo fosse, no dia 29 do mês em curso Nelson Antonio da Silva, o brilhante NELSON CAVAQUINHO estaria completando 100 anos.

Particularmente o considero, ao lado de outros fenômenos, um dos maiores compositores da nossa música popular.

Suas canções eram feitas com extrema simplicidade tendo como temas o seu cotidiano: violão, mulheres e botequins.

Eventualmente, por falta de dinheiro vendia parcerias de sambas que compunha.

A história da música diz que certa vez um cidadão dirigiu-se ao Cartola afirmando ser parceiro de uma das suas músicas. Cartola o ignorou, pois não o conhecia. Incontinenti dirigiu-se ao parceiro de fato – Nelson Cavaquinho para pedir-lhe explicações. Este, em pileque, simplesmente respondeu que vendeu a parte da música que lhe coubera. Tal fato fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.

Era assim Nelson Cavaquinho. Parceiro de vários compositores desconhecidos que o comprava por dinheiro.

A sua biografia é extensa. É traduzida nas mais de 400 composições deixadas, dentre elas eternos clássicos: “A Flor e o Espinho”, “Folhas Secas”, “Rugas”, “Quando eu me Chamar Saudade”, “Juízo Final” e por aí vai...

Mas é com o bonito samba “CUIDADO COM A OUTRA”, gravado por Chico Buarque que anexo à “A Música da Semana”.

Abílio, 13 Out 2011.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

As Ruas do IPU

Patronato sua História


Patronato de 1952 a 1956

Vejamos o Patronato Sousa Carvalho no decorrer de 25 anos a serviço de nossa Ipu – rincão engastado na montanha a banhar-se na Linfa Cristalina, a caminhar a passos firmes, em busca do útil e do belo.

São estes os seus principais eventos no decorrer de sua existência.

Para dirigir os destinos do Patronato, chegou a 31 de janeiro de 1952 – Irmã Carmélia da Costa Nogueira, primeira Superiora.

O patronato em pleno funcionamento:

· Organização da Associação de Santa Luzia de Marillac (1952) movimento das alunas, sob a direção das Irmãs – que tinha por objetivo levar ao pobre desamparado o conforto material e espiritual. A referida Associação só teve a sua instalação oficial, a 1º de novembro de 1954, sua primeira diretoria foi assim constituída:

DIRETORA – Irmã Rosalie Vieira

PRESIDENTE – Elimar Camelo Timbó

VICE-PRESIDENTE – Ma. Arineide Feitosa

1º SECRETÁRIA – Ma. Silvia Tavares

2º SECRETÁRIA – Ma. Vanda Torquato

ORADORA – Ma. Irací Carvalho de Paiva

· O Sr. Milton de Sousa carvalho – benfeitor da Obra – visita a sua terra-berço onde permaneceu três dias (28, 29 e 30/11/1952).

Houve grande recepção: homenagem das alunas do Patronato – Paraninfa uma turma de nove ruralistas – Banquete... Baile... Muita festa!

Como lembrança ficou gravada na entrada do Patronato – uma placa de bronze – comemorativa de sua honrosa e primeira visita ao Patronato.

· No dia 21 de março de 1954 – foi solenemente benta com a permissão da autoridade diocesana – a Capela de Nossa Senhora das Graças do Patronato Sousa Carvalho. Em virtude de um privilégio especial das Irmãs de Caridade a referida capela é Semi-Pública.

Foi bastante concorrido aquele ato, com a presença das autoridades locais e um grande número de fiéis.

Naquela mesma ocasião foi benta a imagem de São Vicente de Paulo – oferta do Sr. Vicente Ferreira Maria à Capela Nossa Senhora das Graças (Livro de Tombo, pag. 41)

· A fundação Nilo de Sousa Carvalho é criada por escritura pública de 28 de março de 1955 – com sede em São Paulo à Rua Guayaquil Nº 105, com o objetivo de auxiliar a manutenção e desenvolvimento do Patronato Sousa Carvalho.

Nilo de Sousa Carvalho instituiu a “Fundação Nilo de Sousa Carvalho”, dotando-a com cem partes beneficiárias de números um a cem de “Modas e Exportações Clipper S/A” – sociedade comercial, dotação esta feita com as cláusulas restritivas inalienabilidade e impenhorabilidade estimada em cinco milhões de cruzeiros.

Aqui saliento o parágrafo primeiro do Art. 2º Cap. 1 dos Estatutos da “Fundação Nilo Carvalho”.

Para concretização desses objetivos (manutenção e desenvolvimento do Patronato), a Fundação destinará obrigatoriamente ao Patronato Sousa Carvalho 80% de suas rendas líquidas, enquanto os restantes 20% poderão ser distribuídas entre outras instituições de objetivos idênticos ou semelhantes à escolha da Diretoria (livro Tombo – pags. 49 e 50).

· As instalações do Patronato se ampliam.

Tem inicio o Auditório Nilo Carvalho e a Casa de Hóspede pede (16/08/1955). A inauguração das referidas dependências se deu a 27 de novembro de 1956 – Dia da Medalha Milagrosa (construtor Francisco Cesário Filho – Chico Sobral).

O “dia 27 de novembro era dedicado a Superiora” – era um costume da Congregação das Irmãs de Caridade – Naquela época era o “Dia” de Irmã Nogueira – As alunas festejavam aquela data com muita festa.

· Para dar melhor assistência às crianças pobres do Patronato, foi criado um Gabinete Dentário, numa das dependências – junto à Casa de Hóspedes que teve como dentista o Sr. Cícero Pereira de Paiva (dentista prático).

· Criação do Jornal Estudantil o “Semeador”!

· A Escola Normal Rural diploma a sua última turma em 02/12/1956, foram 16 professoras que concluíram e marcaram a extinção da Escola Normal Rural de Ipu – lotada no Patronato Sousa Carvalho.

· Criação do Ginásio Sagrado Coração de Jesus de Ipu, pela portaria Nº 521 de 23 de fevereiro de 1956.

Na década de 50 não era fácil conseguir-se para o interior o Ginásio – 1º ciclo – Depois de enviada toda a documentação solicitando a criação do Ginásio em Ipu – documentação dirigida aos Órgãos Competentes – Graças aos pedidos feitos pela Comunidade das Irmãs, pelas alunas ao Sagrado Coração de Jesus através da oração que era feita de braços abertos.

“Ô Jesus no vosso coração confiamos esta intenção... Ô Jesus contamos convosco”... Etc.

Por intercessão do Sagrado Coração de Jesus, o Ipu, ganhou um Ginásio – esforço da incansável e admirável administradora da “benemérita” instituição Irmã Nogueira.

Daí o nome – Ginásio S. Coração de Jesus que passou também a ser o nome de toda a Comunidade Escolar que o tem como Patrono.

Antes da criação oficial do Ginásio, Irmã Nogueira, recebeu a autorização do M.E.C., para as alunas fazerem no fim de 1954, Exame de Admissão no Ginásio Ipuense. Em 1955 funcionou a 1º série Ginasial no Patronato, sendo as provas parciais e finais das alunas feitas no Ginásio ipuense.

Logo quando o Ginásio Coração de Jesus foi criado oficialmente em 1956, funcionou a 1º e 2º séries.

· A equipe de Irmãs de Caridade, juntamente com o professorado, que dirigiu as atividades escolares em torno do binômio – ensino – aprendizagem foi a seguinte no decorrer deste lustro:

Irmã Nogueira – Superiora

Irmã Rosalie Vieira – Secretária

Irmã Genoveva Álvares

Irmã Susana Nogueira

Irmã Catarina Vieira

Irmã Lúcia Araújo

Irmã Maria José Carneiro Magalhães

Irmã Bernadete Aragão

Irmã Marta Silva

Irmã Nogueira, exímia educadora, pelo seu dinamismo, juntamente com sua equipe de Irmãs e o professorado fez o Patronato crescer, procurando atingir a meta desejada – educador social e espiritualmente a juventude.