terça-feira, 29 de novembro de 2011


Pedro César Tavares

Nasceu na cidade de Granja, a 29 de junho de 1911 faleceu em 30 de agosto de 1981. Sendo filho de Francisco Joaquim Tavares, funcionário aposentado da Estrada de Ferro de sobral e de D. Rita Cleonice Tavares. Casado com Mimosa Araújo Martins Tavares, tendo desse consorcio cinco filhos.

Iniciou sua vida comercial na firma J. Arruda & Irmão, em Fortaleza.

Voltando ao Ipu, em 1930 entrou para o Banco Rural de Ipu, atingindo o encargo de contador da citada instituição bancaria. Abandonando o Banco, em 1933, estabeleceu-se por conta própria, instalando o “Bar e Sorveteria Cruzeiro”, casa de primeira ordem que honra Ipu e conceitue um magnífico ponto de reunião do principal elemento social daquele importante centro. A esse ramo adicionou o comércio de cereais e outros gêneros, que exportava em alta escala.

Em seu bem concorrido Bar, que é gerenciado por seus irmãos Juvêncio César Tavares e José Vitaliano de Araújo Martins, encontram-se exposto excelente galeria de quadros, representando notáveis vultos estrangeiros e nacionais, atraindo a atenção dos visitantes que louvam o bom gosto artístico do Sr. Pedro Tavares.

Afastando-se temporariamente da vida comercial, exerceu por muito tempo e com zelo e competência as funções de Tabelião Público, nomeado por ato de 20 de dezembro de 1945, pelo Sr. Beni Carvalho.

Na cidade de Ipu, o Sr. Pedro Tavares, que realmente é um cavalheiro de fino trato, gozando do mais justo conceito, é acatado como figura de relevo da sociedade Ipuense.

Dados da Revista Vida dos Municípios (pg. 441)


PALHAÇO

Padre Antonio Tomás.

Ontem via-se-lhe em casa a esposa morta

E a filhinha mais nova tão doente

Hoje o empresário vai bater-lhe a porta.

Que a platéia o reclama impaciente.

Ao palco em breve surge... Pouco importa

O seu pesar aquela estranha gente...

E ao som das ovações que os ares corta,

Trejeita, e canta e ri nervosamente.

Aos aplausos da turba ele trabalha

Para esconder no manto em que se embuça

A cruciante angustia que o retalha,

No entanto a dor cruel mais se lhe aguça

Enquanto o lábio trêmulo gargalha,

Dentro do peito o coração soluça.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Professora Valdemira Coelho

Valdemira primou pela beleza das festividades nas Escolas onde lecionava e muito especialmente no Patronato Sousa Carvalho, onde desenvolveu a maior parte de sua vida educacional criando e desenvolvendo o potencial dos seus educandos, como um todo e mais especificamente nas Artes Dramáticas. Eram as Peças Teatrais ensaiadas por ela, “Os Coros Falados”, os “Quadros Vivos”, cujas encenações retratavam a Vida e os Sofrimentos de Jesus Cristo na Semana Santa, no Natal eram as cenas do Nascimento de Jesus – O Pastoril e em Maio a Vida de Nossa Senhora, as Coroações com aquele toque de muita religiosidade que davam um desfecho de uma beleza sem par quando se encerrava o mês de Maria.(Maio).

Para cada festa uma Dramatização diferente, para cada apresentação a manifestação viva de sua fé, dando conotações de muita criatividade beleza e arte.


28 de novembro


Nossa Senhora das Dores de Kibeho

Nossa Senhora das Dores apareceu a três jovens, Afonsina Mumureke, Natália Mukamazimpaka e Maria Clara Mukangango entre 1981 e 1982, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica.

No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, alí não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria.

No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Afonsina, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: "Minha filha, venha até aqui". A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Afonsina foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora.

Assustada, Afonsina, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: "Ndi Nyina Wa Jambo", isto é "Eu sou a Mãe do Verbo". A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Afonsina acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Natália e Maria Clara.

Assim no dia 12 de janeiro de 1982, a Virgem apareceu para Natália que tinha dezessete anos. Depois para a Maria Clara, esta com vinte e um anos e a mais descrente. Só então as mensagens foram aceitas. Elas pediam a verdadeira conversão dos cristãos, através de muita oração, penitência e jejum.

Mas foi a descrição da última aparição, em 15 de agosto de 1982, que possibilitou verificar sua autenticidade, pois depois se confirmou como terrível realidade. Nesta, Maria apareceu para as três videntes juntas e lhes mostrou cenas impressionantes que enchiam de dor seu imaculado coração. Era um verdadeiro mar de sangue, pessoas que se matavam entre si, cadáveres abandonados sem sepultura... As imagens eram a antecipação da guerra civil deflagrada entre abril e julho de 1994, quando Ruanda viveu seu próprio genocídio.

Depois de vários anos de estudos, por parte da comissão médica e teológica, no final de junho de 2001, as aparições foram reconhecidas oficialmente pela autoridade eclesiástica local. No dia 31 de maio de 2003, às dez horas da manhã, estava o Prefeito da Congregação para a evangelização dos povos, enviado do Papa, formalizando a consagração do Santuário à Nossa Senhora das Dores de Kibeho, através da missa solene realizada com a presença de todos os Bispos ruandeses, quando diante de todos os fiéis se repetiu o fenômeno da dança do sol, como em Fátima, no dia 13 de outubro de 1913. Ele durou oito minutos e foi filmado e fotografado por repórteres profissionais e amadores.

Informado e depois de ver todos os documentos, o Papa João Paulo II declarou: "Nossa Senhora das Dores de Kibeho é a Fátima do coração da África".

domingo, 27 de novembro de 2011


DADOS BIOGRÁFICOS

Profª Francisca Carvalho Martins

Nasceu em Ipu aos nove dias do mês de junho, filha de Valdemar Ferreira de Carvalho e Altair Bezerra de Carvalho. Casada com Francisca de Assis Martins, (Prof. Melo), de cujo enlace nasceram os filhos: Ana Francisca, Junior Melo, Ricardo Ney, conceição de Maria e Ismênia Sheila. Os netos já somam nove: Ítala Mara, Iana Lara, Larissa, Pedro Neto, Juliane, Elias Neto, Martins Neto Heraclides e Rana Maria. Sua primeira e única escola foi o Centro Educacional Sagrado Coração de Jesus instalada no Patronato Sousa Carvalho. No Patronato cursou do pré-escolar ao 4º Normal Pedagógico, escola modelo de Ipu é nosso cartão de apresentação educacional.

Graduada em Pedagogia, em Regime Especial em 1998, e Especializado, Pós-graduado em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio em 1999, pela Universidade Vale do Acaraú – UVA.

Casada com Francisco de Assis Martins, genitora de cinco rebentos e avó de nove netos.

Abraçou com garra e compromisso o Magistério durante 33 anos ininterruptos; sendo 21 dedicados ao Colégio Ipuense, onde experimentou na sua vez primeira a docência escolar.

Exerceu a função de Professora na Escola José Lourenço de Araújo, quando foi contratada pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará em 1972. Lecionou no Patronato Sousa Carvalho, tornou-se Diretora Adjunta na Escola de Ensino Fundamental e Médio Auton Aragão no período de 1989 a 1998.

Atuou como Orientadora de Aprendizagem no Centro Educacional de Jovens e Adultos-Escola Tereza Odette.

Hoje, aposentada e realizada profissionalmente, agradece, a Deus, por minha família pelos amigos que fiz e pela legião querida de alunos que ajudei na formação intelectual, moral e social de cada um em particular.

A Educação é uma constante na vida hoje e sempre.


José Assis de Araújo nasceu na fazenda “Garças”, município de Sant Anna – hoje Santana do Acaraú – Ceará -, a 17 de abril de 1880 (sábado), na “Casa-grande” que fora seu avô paterno. Filho de Francisco Assis de Araújo e Maria José Vasconcelos.

Ficou órfão de mãe aos anos de idade. Transferiu-se para Ipu aos 13 anos de idade e aí residiu até o seu falecimento, ocorrido a 30 de março de 1925.

Iniciando em Ipu, suas atividades profissionais como auxiliar do comércio, não se descuidou dos seus estudos, obedecendo a uma natural inclinação de seu espírito. Recorreu a professor, mas, sobretudo desenvolveu um persistente autodidatismo. Graças a tais esforços, poucos anos depois já galgara a posição de guarda-livros da firma J. Lourenço & Cia.

Exerceu as seguintes funções:

Comerciante de Tecidos e Miudezas, Agropecuarista, Funcionário de Inspetoria Federal de Obras Contras as Secas – IFCOS, Colaborador dos Jornais da Região, Charadista, Colaborador do Almanaque de Lembranças LUSO – BRASILEIRO editado em Lisboa. Contava com vários órgãos da Imprensa especialmente e o “Correio da Semana” e a “Imprensa”, o “Santuário de São Francisco”, de Canindé escreveu duas colunas, em Acaraú escreveu no Jornal “A Comuna”.

Faleceu em plena atividade como guarda – livros da firma Silveira & Cia.ltda. “Drogaria Silveira”

No populoso Bairro do alto dos 14 existe uma Rua como seu Nome.

sábado, 26 de novembro de 2011

Preclaro professor Francisco Melo

Parabéns pela excelente contribuição à historigrafia ipuense em seu Blog. Gerações futuras agradecerão pelo legado enriquecedor e ainda em construção. Parabéns por sua vida.

È uma honra saber que meu Diretor é um amante de História.

Sou o Paulo, filho da dona Chicuta. Ex-aluno do Colégio Ipuense.

Sou sobrinho da Odete do Zezinho (seu cunhado).

Resido em Boa Vista, capital de Roraima. Sou militar do Exército (subtenente). Nas hora de folga faço serviço voluntário lecionando (História) em minha Igreja evangélica Assembleia de Deus das Nações. Tenho uma família maravilhosa e sou feliz.

Fiquei maravilhado ao visitar seu blog, principalmente pelo conteúdo histórico (minha área, sou graduado em História e em Teologia).

Queria saber se o senhor tem alguma informação sobre Orlando S. Boyer, missionário evangélico, americano, jornalista e escritor. Este viveu no Ipu e regiões vizinhas no início dos anos trinta.

Desde já obrigado.

Um abraço ao senhor e a sua digníssima família

PAULO EDSON

Abçs

Francisco Quixadá

Nasceu aos 16 de fevereiro de 1982 na cidade de Ipu-CE. Filho de Aprígio Quixadá e Hermelinda Furtado Quixadá.

Foi batizado pelo reverendíssimo Pe. Francisco Maximo Feitosa de Castro. Crismou-se no ano de 1902, com D. José Lourenço da Costa Aguiar. Bispo do Amazonas que se encontrava na cidade Sobral em visita a familiares.

Casou-se com Sephiza Natália de Carvalho, aos 20 dias de maio de 1913.

Foi funcionário Público Federal, servindo ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), órgão que mais tarde veio se aposentar aos setenta anos de idade, então servindo a cidade de Orós.

Depois de aposentado veio morar em Fortaleza, onde residiu até os últimos dias de sua vida.

Do seu casamento nasceram os filhos: Aprígio, João, Matilde, Clotilde, Consuelo, Mário, Vinicius, Yolanda, Dayse, Antonio e Marlene.

Era considerada por seus contemporâneos, uma das pessoas mais dinâmicas e empreendedoras em beneficio de sua cidade Natal o Ipu. Arrecadava recurso junto a populares, patrocinava retretas, leiloes festas, para construção e outras benfeitorias como: Praças, Calçamento, e Jardim.

Faleceu em Fortaleza no dia 23 de abril de 1972 aos 80 anos 2 meses e 7 dias.

Câmara Municipal de Ipu


A junta organizadora das mesas eleitorais do município do Ipu faz saber aos interessados, por meio do presente, que nesta data, foram eleitos membros das mesas eleitorais que deverão funcionar na eleição para os cargos de Presidente e Vice-presidente do Estado, os seguintes cidadãos: para mesário da 1ª Seção, que funcionará no edifício da Câmara Municipal; João Bessa Guimarães, Odulfo Alves de Carvalho e Manoel Bessa Guimarães; para mesários da 2ª Seção, que funcionará no edifício da escola pública do sexo feminino; José Euclides Coelho, José Assis de Araújo e Antonio Cícero da Silva. E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou a mesma junta passar o presente edital que será publicado e afixado no lugar mais público. Dado e passado nesta cidade do Ipu, em 1º de abril de 1920. Eu, Manoel Ayres do Nascimento, Secretário, o escrevi.

Francisco leite de Albuquerque – Presidente

José Raimundo de Aragão Filho – Mesário

Thompson Soares Bulcão – Mesário

José Liberato de Carvalho – Mesário

(Jornal Correio do Norte-8 de abril de 1920)

Eleições Municipais

Domingo passado 02 do andante, (Ano de 1920) teve lugar em nossa cidade, as eleições para vereadores e suplentes que em breve substituirão a atual edilidade.

O pleito correu calmo e as duas sessões de nosso município, receberam os votos de todos os eleitores que se apresentaram para este fim.

Apesar do interesse que deveria haver, compareceram as urnas 2 centenas de votantes, isto certamente devido a dificuldade de transporte do nosso povo do campo.

Com júbilo registramos aqui a completa vitória dos elementos tomista, quer nos cargos efetivos, quer em seus suplentes.

Resultado das Eleições 1ª Sessão 2ª Sessão Total

1ª Sessão 2ª Sessão Total de Votos

Cel. João Bessa Guimarães 42 51 93

Cel. José de Farias 41 50 91

Major José Euclides Coelho 40 48 88

Cel. Félix de Sousa Martins 39 48 87

Major Gonçalo Soares de Oliveira 39 48 87

Cap. Antonio de Sousa Mororó 39 48 87

Simão de Barros Filho 39 48 87

Alcides de Souza Lima 39 48 87

Vicente Ferreira Maia 39 48 87

Luiz da Silva Belém 21 29 50

Paulo Martins de Aragão 20 29 49

José Assis de Araújo 19 28 47

Ernesto Ximenes de Aragão 19 28 47

João Camillo Rodrigues 19 28 47

Thomaz José de Souza Aragão 19 28 47

Francisco Romão da Costa 18 28 46

Francisco Porfírio do Rego 18 25 43

Raimundo de Souza Pombo 18 24 42

(Jornal Correio do Norte-06 de maio de 1920)

Ipu, 18 de outubro de 2007.

/FAM.

Pé de Jatobá

SIA MARIQUINHA

Luiz Assunção.

A saudade que se guarda

Das coisas da vida que a gente passou

Pode inté a relembrá

Tanta coisa veia que já se passou

Quanto mais passado o tempo

Mas amor me lembro, mais saudade vem

Mode a gente arrecordá

Do amor querido que a gente quis bem

Siá Mariquinha

Mariquinha tinha

Sua veia casinha dos tempos de amor

E a ventania de riba da serra

Pegou a casinha e escangaiou

Ai, ai, Siá Mariquinha

Isto não é brinquedo

Me diga se saudade mata

Se saudade mata

Eu já to com medo.

Minha pobre Mariquinha

Sua casinha tinha um pé de jatobá

Onde o sabiá subia todas tarde fria

Pra mode cantar

E o riacho lá na serra

Que vinha por terra

Ai quanta sodade morta

Ninguém dá jeito

O jeito é calar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Julio Cícero Monteiro

Julio Cícero Monteiro foi um dos grandes ipuenses nas letras, se destacando grandemente com a introdução da nova ortografia verificada na época.

Julio foi contemporâneo amicíssimo de Tomaz de Aquino Corrêa, numa época em que a juventude se dedicava com muito denodo a educação fazendo assim a sua intelectualidade torna-se evidente como bem viveu Julio Monteiro.

Editou nesse tempo os jornais: “O Paladino do Progresso”, junto a outros intelectuais Felix Porfírio de Sousa e Herculano José Rodrigues; também editou “O Ipuense” com seu primeiro número circulando em 24 de novembro de 1890, jornal impresso na Tipografia da “Ordem” em Sobral.

De acordo com o Almanaque Ipuense pág. 33, Júlio escreveu em todos os jornais da Região com o pseudônimo de JUCIMOM.

Foi contador depois de alguns anos passando da Estrada de Ferro de Sobral passando a residir em Camocim onde desenvolveu grandes atividades literárias. Adquiriu uma tipografia e editou o Jornal “A Razão” deixando transparecer o fulgor de sua pena. Acometido de uma moléstia que o prostou. Veio a falecer em Camocim junto aos seus familiares.

A MULHER

(DE MANUEL MELGAR, peruano)

Não nasceu a mulher para ser querida,

Por esquiva, por falsa, por volúvel;

E como é bela, fraca, miserável,

Não nasceu para ser aborrecida.

Não nasceu para verse submetida,

Visto ser de caráter indomável;

Porém, como a prudência é nela instável,

Não nasceu para ser obedecida.

Como é fraca, não pode ser solteira,

Como infiel não pode ser casada,

Mutável, não é fácil que bem queira.

Não sendo para amar, nem ser amada,

Nem para ser vassala, nem primeira,

Não serve, finalmente, para nada.

Resposta ao pé da letra:

(AO Sr. MANOEL MELGAR)

Só nasceu a mulher p'ra ser querida,

Por ser na terra o ente mais amável,

E como é bela, doce e inimitável,

Não nasceu para ser aborrecida.

A seus pés co'a fereza submetida

Devem prostrar-se o bravo e o indomável

E tudo quanto é firme ou é estável;

Porque em tudo seja obedecida.

Ela fraca? Ela é forte e altaneira,

Como filha ou esposa idolatrada,

Tem a força e valor d'uma guerreira.

A mulher só nasceu p'ra ser amada,

Para reinar no mundo e ser primeira

E dos homens querida e venerada.

É este soneto um dos melhores atestados do valor de Julio Cícero Monteiro, no verso.

O esforçado ipuense não tem se esquecido da história de sua nobre terra, e, nas paginas do Almanaque de Lembranças de Lisboa, escreveu desenvolvida noticia fazendo-a preceder de bem acabada planta da cidade.

Publicou mais dois bem lançados artigos - Quedas do Ipuçaba e A Cascata do Ipuçaba, trabalhos que muito recomendam os seus foros de escritor.

É dado ainda ás lides do jornalismo, professando-o com decidido gosto e real proveito.


A Corda de 81 nós

A Corda de 81 Nós é um símbolo pouco conhecido que existe no Templo maçônico, estando localizado na parte superior de suas paredes, acima das colunas zodiacais. O material da corda, pese a que é permitido ser esculpida na parede, deve ser confeccionada em material natural podendo ser fibras de sisal, cânhamo, juta, linho ou outro similar. A costume de substituir materiais naturais por produtos artificiais, deveria ser abolida de nossos Templos porque com isso estamos paulatinamente perdendo o esoterismo que eles transmitem; como exemplos mencionamos o avental que deveria ser de pele de cordeiro e que hoje se permite o uso de material plástico, o acendido das velas com isqueiro e não com fósforos, a substituição das mesmas velas de cera por lâmpadas elétricas, etc.

Os denominados nós, na verdade são laços chamados “laços de amor” e que lembram o amor que deve existir entre os irmãos da Loja. A forma de cada laço tem uma forma que lembra o ato de geração renovadora já que consiste em um anel (feminino) que é penetrado pela corda (masculino) mostrando como o amor atua na continuidade da vida. A disposição do laço será a de um oito deitado lembrando o infinito.

Os laços devem estar distribuídos em uma perfeita simetria ao longo da Corda. O primeiro laço ficará sobre o dossel ou o trono do V M e os outros 80 distribuídos em 40 de cada lado até os extremos da Corda situados junto a porta de entrada do Templo, no Oc. A Corda termina em duas borlas que recebem o nome de Justiça ou Equidade e Prudência ou Moderação. Esta abertura da Corda, em torno da Porta indica que a Maçonaria sempre estará aberta para receber novos candidatos que se interessem pelo estudo da Verdade, como também para todos os conhecimentos e novas idéias que elevem a espiritualidade do Homem.

O laço que fica sobre o trono do Va Divindade, criador do Universo e de todo o que existe. Os 40 laços ou nós de cada lado da Corda lembram os 40 dias que durou o dilúvio (Gênesis, cap 7 vers 4: “Farei chover sobre a terra 40 dias e 40 noites”), os 40 dias que Moisés passou no deserto com o Senhor (Êxodo cap 34 vers 28 “E esteve ali com o Senhor 40 dias e 40 noites”), os 40 dias do jejum de Jesus (Matheus cap 4 vers 2 “E, tendo jejuado 40 dias e 40 noites, depois teve fome”) e os 40 dias que Jesus esteve na Terra após a ressurreição (Atos dos Apóstolos cap 1 vers 3 “Sendo visto pêlos Apóstolos por espaço de 40 dias”), 40 anos os israelitas peregrinaram pelo deserto até chegar a Canaã, a Terra prometida; a Quaresma dura 40 dias e antigamente certos doentes mais graves ficavam em quarentena como se tal fosse o período necessário para purificar o doente. Em numerologia, 40 é o número da penitência e da expectativa.

A Verdade está representada pelo número 18; o número 81 também nos está representando a Verdade só que em uma forma oculta, simbolizando que a Verdade não é fácil descobrir, ela exige muito estudo e mesmo assim provavelmente nunca a conheceremos. O número 1 simboliza a Unidade, o Grande Criador Incriado, Deus, o G e o 8 simboliza o Infinito. Deus e o Infinito, quando nada mais existe. Um mais Oito somam Nove, o número perfeito, o número espiritual; 81 é o quadrado de Nove que por sua vez é o quadrado de Três.

Nosso Irmão Oswaldo Ortega é citado em um trabalho sobre a Corda de 81 Laços, do Irmão Ivan Barbosa de Oliveira (Grande Loja de Brasilia), publicado na internet, quando menciona que os 81 laços, estando na parte superior das paredes portanto perto do céu, tem ligação com os 81 anjos que visitam periodicamente a Terra; a cada 20 minutos um anjo desce e dá sua mensagem aos Homens; são 72 visitas no dia e que somados aos 9 planetas, que também nos influenciam, chegamos novamente ao número 81. Conforme nosso Irmão Ortega estes anjos estão representados nos 81 laços.




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

José Liberato Filho.

A crônica veste-se de pesado crepe rememorando os dias desse pranteado moço José Liberato Filho que, em vida tão curta, deixou traços luminosos de seus desenvolvidos intelectos.

Finalizando este capitulo em que fica descrito no desenvolvimento das letras da terra. Não pode o cronista esquecer o nome querido de um malogrado filho do Ipu, prematuramente roubado do numero dos vivos quando lhe sorriam doces e fagueiras, vinte e duas primaveras, cheias de esperanças e ilusões e da ardência peculiar aos jovens de sua idade.

José Liberato morreu aos 22 anos, como Acadêmico de Direito, deixando regular bagagem de escritos publicados em jornais, principalmente no Jornal do Ceará, do qual era assíduo colaborador, ao tempo da direção do pranteado cearense Waldemiro Cavalcante.

Cultivou a poesia com esmerado gosto, e, já doente, internado no hospício de Parangaba, escreveu o soneto abaixo, talvez seus últimos ensaios nas letras.

Causa-nos dó recordar esses versos sentimentais em que o desventurado ipuense, alterado embora em suas faculdades mentais, implorava á santa e extremosa mãe sua cura, rogava um paliativo para o seu cruel sofrimento, amenizando as suas dores, nas grades do asilo:

Á MINHA MÃE

Ai minha mãe, ai santa criatura,

Consolo que me foste em vida outrora,

Que inda me alenta nesta desventura,

Cuja lembrança a minha dor minora.

Espero que do céu uma luz pura,

Uma benção sagrada que avigora

Venha trazer-me o balsamo da cura,

Venha fortalecer-me a alma que chora.


Desprende das paragens luminosas,

Implorando d'entidades poderosas

Melhora a este teu filho humilde e crente.

Ai, quebra deste quarto as portas duras,

Com lugares mais livres me protejas,

Que aspiro agora mesmo reverente.

***

Quão varia e cruel é a sina!...

«E é isto a vida!...

É assim o destino!».

José Liberato Filho.

A crônica veste-se de pesado crepe rememorando os dias desse pranteado moço José Liberato Filho que, em vida tão curta, deixou traços luminosos de seus desenvolvidos intelectos.

Finalizando este capitulo em que fica descrito no desenvolvimento das letras da terra. Não pode o cronista esquecer o nome querido de um malogrado filho do Ipu, prematuramente roubado do numero dos vivos quando lhe sorriam doces e fagueiras, vinte e duas primaveras, cheias de esperanças e ilusões e da ardência peculiar aos jovens de sua idade.

José Liberato morreu aos 22 anos, como Acadêmico de Direito, deixando regular bagagem de escritos publicados em jornais, principalmente no Jornal do Ceará, do qual era assíduo colaborador, ao tempo da direção do pranteado cearense Waldemiro Cavalcante.

Cultivou a poesia com esmerado gosto, e, já doente, internado no hospício de Parangaba, escreveu o soneto abaixo, talvez seus últimos ensaios nas letras.

Causa-nos dó recordar esses versos sentimentais em que o desventurado ipuense, alterado embora em suas faculdades mentais, implorava á santa e extremosa mãe sua cura, rogava um paliativo para o seu cruel sofrimento, amenizando as suas dores, nas grades do asilo:

Á MINHA MÃE

Ai minha mãe, ai santa criatura,

Consolo que me foste em vida outrora,

Que inda me alenta nesta desventura,

Cuja lembrança a minha dor minora.

Espero que do céu uma luz pura,

Uma benção sagrada que avigora

Venha trazer-me o balsamo da cura,

Venha fortalecer-me a alma que chora.


Desprende das paragens luminosas,

Implorando d'entidades poderosas

Melhora a este teu filho humilde e crente.

Ai, quebra deste quarto as portas duras,

Com lugares mais livres me protejas,

Que aspiro agora mesmo reverente.

***

Quão varia e cruel é a sina!...

«E é isto a vida!...

É assim o destino!».

Presépio

De onde será que veio o presépio? Vamos descobrir agora.

O presépio representa o motivo principal dos festejos de Natal entre os cristãos: o nascimento de Jesus Cristo. Tudo indica que S. Francisco de Assis, no século XII, terá sido uma das primeiras pessoas a prepararem um presépio, segundo a descrição bíblica da Natividade: uma gruta, uma manjedoura e figuras esculpidas de José, Maria e do Menino. A igreja de Santa Maria em Roma terá sido a primeira a ter um presépio, hábito que se espalhou

Áustria
Os austríacos têm o hábito de jogar chumbo derretido num copo com água no momento em que o relógio soa à zero hora de um novo ano. As figuras que surgem quando o chumbo esfria são guardadas pelas pessoas como um amuleto que irá ajudar na realização dos pedidos feitos na passagem do ano.

China
Na China, o Ano Novo é celebrado durante seis semanas entre os meses de janeiro e fevereiro. Tradicionalmente, nesse período os chineses fazem uma bela faxina em suas casas para espantar os maus espíritos e atrair boa sorte. Na noite da véspera do novo ano, todas as luzes ficam acesas para representar calor humano, amizade e reconciliação. À meia-noite, há uma grande queima de fogos. Os chineses acreditam que o barulho do foguetório espanta os espíritos indesejáveis.

Dinamarca
Depois de uma ceia a base de peixes e batatas, os dinamarqueses aguardam ansiosamente pela meia-noite. Quando o relógio está prestes a soar as doze badaladas, todos na família sobem em cadeiras. Assim que dá meia-noite, pulam da cadeira para o novo ano e brindam com champanhe.

Escócia
Na Escócia, um dos costumes mais tradicionais da festa de Ano Novo é a de homens e mulheres que nunca se viram beijarem-se na boca. Some-se a isso o ainda mais tradicional hábito de beber uísque em toda e qualquer comemoração e está garantido um dos reveillons mais animados da Europa.
Na Escócia, existe uma superstição bem engraçada sobre a primeira visita que se recebe no ano. Se for um homem moreno, ótimo. É um bom presságio. Se for um sujeito ruivo, a visita é considerada um mau agouro. Mas eles acreditam que azar mesmo terá aquele que abrir as portas para uma mulher.
Ainda os escoceses: enquanto todos os países de língua inglesa chamam a festa de reveillon de New Year’s Eve (”véspera de ano novo”), na Escócia a data é conhecida como Hogmanay, que vem do gaélico oge maidne (”nova manhã”).

França
Na França, as pessoas costumam preparar ostras e diversos outros frutos do mar para a ceia de Ano Novo.

Índia
Na Índia existem mais de 12 calendários religiosos. No Norte, o ano começa a Festa de Dîwâlî, no outono. Os indianos colocam luzes por todas as partes.

Portugal
Uma das manias dos portugueses é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Só não convém chamá-los de “paneleiros”, o mesmo que “bicha” para nós.

Tailândia
O Ano Novo começa na metade de abril.

Vietnã
Os vietnamitas comemoram o Ano Novo, que eles chamam de Tet, no dia 10 de fevereiro. Nessa data, todos acordam cedo e vão à igreja. As mulheres vestem vermelho e amarelo (porque são as cores da bandeira do país) e os homens usam roupas pretas. Na igreja, comem um bolo especial, feito com arroz, feijão e carne de porco. Depois de meia hora, são distribuídos os “envelopes vermelhos” para as crianças, cada um com 10 ou 20 dólares dentro.

A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o terceiro milênio a.C. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto.

O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido.

A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Advogado Augusto Passos.

Filho de Ipu nasceu no sítio Ipueirinha neste município, hoje pertencente à cidade de Pires-Ferreira, no dia19 de janeiro de 1892. (1872)

Muito digno represente do Ministério Público da Comarca, em sua carreira brilhante pelos dotes de inteligência de que era possuidor. (Revista dos Municípios de 1929, escrita por: Eusébio de Sousa, pg, 37).

Com um dote incomensurável para leitura e para escrita, foi representante do Ministério Público de Ipu, atuou com advogado dos pobres e pertinentes pesquisadores da história de Ipu.

Escreveu “O Caso do Ipu” – 1914 e Excertos sobre a História de Ipu 1951. Combateu veementemente o Pe. Moraes quando deixou de celebrar a Festa do Padroeiro logo após a sua chegada ao Ipu em 1949. Os motivos foram de uma futilidade sem precedência.

Era pesquisador de datas e fatos de nossa história.