Rua Caboclinho Mourão.
Nasceu em 24 de junho de 1901, natural do Estado do Amazonas filho de José Raimundo Mourão e Antonia de Souza Lima. Chegou ao Ipu ainda criança.
Com pouco estudo ainda jovem, revelou inteligência, grande persistência e pendores para o comércio. Nesta época, já se dedicava a venda de gêneros e mercadorias aos trabalhadores da construção do “Açude Bonito”; ocasião em que conheceu a Senhorita Percília Aragão, sua futura esposa, filha de conceituado pecuarista de tradicional família de Ipu: Sr. Thomaz José de Sousa Aragão e Sra. Sebastiana Martins de Aragão. Casou-se aos 23 anos, no ano de 1924. Acreditando no trabalho, não poupava sacrifícios, fazia viagens conduzindo burros, redes, queijos para comercializar no Amazonas, por trem e a vapor, embarcando no Porto de Camocim. Desenvolvendo suas atividades comerciais na cidade de Ipu, como sócio, se tornou proprietário de um curtume. Tornou-se sócio do Sr. José Palhano na 1ª Sapataria da cidade, logo depois sozinho no empreendimento. Era a Sapataria Ideal. Após algum tempo revendendo passou a fabricar sapatos, empregando alguns operários em sua oficina.
Embora não fosse músico, CABOCLINHO MOURÃO adquiriu instrumentos e com a participação de empregados e amigos, organizou a primeira orquestra local, que passou a animar os bailes do Grêmio Ipuense, do qual na década de 40 foi um dos seus Presidentes. Na época formou ainda uma Banda de Música, responsável por animar retretas no coreto do Jardim de Iracema. A banda participava ainda, das comemorações tradicionais da cidade, como desfiles escolares e novenas. Caboclinho organizou também um time de futebol – IDEAL CLUBE, que disputava partidas em Crateús e Camocim. Entre jogadores, músicos e sapateiros vale registrar alguns, já que não foi possível lembrar o nome de todos: Maciel, Cirineu, Romualdo, Chico Gordo, Chiquinho Rufino, Joaquim Lira, Frasquinho da Amélia, Sitonho, Toinho Rufino, Luiz Rufino, Meruoca, Enéas, Maninho, Felão, Antonio Lira e Antonio Mimosa. Tinha ainda o Quipão, goleiro que veio de Fortaleza e o Chato que trabalhava com o Sr. Abdoral Timbó, muito amigos do Caboclinho. O crooner da Orquestra era o Wilson Lopes.
Respeitado e querido, seus músico despertavam-no a cada aniversário com uma alvorada festiva em sua residência.
Do seu casamento com Dona Percília, nasceram sete filhos: José Itamar, Irismar, (Mãozinho), Thaís, Das chagas, Ozires, Ilmar, e Laís.
Precocemente viúvo, CAOBOCLINHO MOURÃO, dedicou-se arduamente ao trabalho, proporcionando os estudos básicos e educação aos sete filhos menores; o que fez por muito tempo, quando adoeceu, vindo a falecer ainda jovem, com apenas 45 anos, em 24 de maio de 1947, em Fortaleza.
Antes doou á paróquia de Ipu os instrumentos que compunham a sua banda de música. Dados enviados por Laís Mourão, filha do Biografado.
Em sua homenagem Ipu lhe rende uma homenagem apondo em uma de suas ruas o seu nome.
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