terça-feira, 31 de maio de 2011



Um ipuense que continua ouvindo o canto da Graúna no alto das palmeiras e o estalar do Canário da Terra ao sopé das serranias, nos esguios galhos das ingazeiras que margeiam o Ipuçaba.

Alguns Rótulos da Indústria Wolga. IPU

Algund Rótilos da Indústria Wolga. IPU







Hino da Loja Maçonica Vigario Bartolomeu Fagundes - 35.



Hino da Loja Vigário Bartolomeu Fagundes Nº 35

Letra do Ir. I. José Mauricio de Melo Lima.
Música: Ir. Jorge Antônio Martins Nobre.

Sou feliz tenho fé confiança
Vivi nas trevas e não perdi a esperança
Libertai-me chegou à luz, que belo dia.
Agradeço a Deus e a nossa Maçonaria

Refrão
Estamos juntos unidos em harmonia
Magia pura é a nossa Maçonaria.

Fraternidade, Igualdade e Liberdade.
Este é o lema da Nossa irmandade
Ser discreto, absorver filosofia.
Sempre aprender aqui na Maçonaria.

Era uma pedra bruta quando aqui cheguei
Com trabalho dos irmãos transformei
Hoje sou pedra polida, que alegria.
Eis ao mistério da nossa Maçonaria.

O Vigário Bartolomeu Fagundes
Era um religioso e tinha bons costumes
Mas, o bispo enfurecido decidia
Escolha o clero ou esta tal de Maçonaria

Bartolomeu não espera o ultimato
Mas decidiu logo de imediato
Servir a Deus e amar a Eucaristia
Se não pode as duas fica na Maçonaria.·.

Ipu, 30 de maio de 2001. 09h22min

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Filatelia.



HINO DA FILATELIA
Maria Yvete Fontoura (Mara Fontoura)


Tantos fatos, assuntos, momentos.
Ficam gravados na nossa memória
Estampados nos álbuns e livros
Da ciência auxiliar da história

Ela voa sem ter asas
Dando asas á IMAGINAÇÃO
Em cada vôo da Filatelia
Uma nova magia, uma nova paixão.

Refrão: Filatelia uma arte
Fonte sadia de grande prazer
Um exercício de paciência e ordem
Uma ciência, um estudo, um lazer.

Tantos cantos de nosso planeta
São percorridos por ela sem fronteira
Sem preconceitos de credos e raças
Unindo povos da terra inteira

Ela anda sem ter pernas
Favorecendo a comunicação
Pelos caminhos da Filatelia
A paz harmonia aos povos virão
Refrão
O passado, presente e futuro.
Se entrelaçam na mesma esfera
Na qual criança madura se porta
E o adulto seus sonhos libera

A magia de seus selos
Também sela nossa união
E a saudamos oh Filatelia
Com grande alegria, com grande emoção.

O Mestre Ângelo do IPU.


O FABRICANTE DE BROAS

Mestre Ângelo ou simplesmente “Mestre Anjo Branco” era fabricante de produtos artesanal a base da Goma de Mandioca. Fazia a delicia da família ipuense com os produtos. A “fabrica de sonhos” funcionava numa “latada” que integrava a casa, após a cozinha. Ali sobre o chão de terra batida ficava o grande forno de barro e uma enorme mesa rústica onde as delicias eram preparadas. Fabricava os gostosos e deliciosos; sequilhos, os bolins, os exóticos doces-secos, palmas, roscas, pão-de-ló e etc. Ficava ou onde ainda hoje existe o local ali na Rua da Municipalidade, antes Boulevard Pedro II, ou até mesmo, de Rua do Papoco, e por fim a Avenida Vereador Francisco das Chagas Farias. Morrera de repente do coração e acharam por bem nomina-la com o nome do insigne Vereador.












terça-feira, 24 de maio de 2011

Soneto - TATAIS.



Igrejinha.
Tatais
Velhas nuvens da foto desta igreja...
Nunca mais formarão igual figura,
Qualquer outra que seja a formosura
Ninguém faz que ela a mesma outra vez seja.

Esvoaça no céu, que a brisa beija,
Um milhão de pontinhos, que não dura
Um segundo sequer, no qual segura
O desenho nos moldes em que esteja

Assim é para nós este momento,
Ou algum do passado que fixamos,
Como alguma fugaz felicidade.

Já tentei segurar (e às vezes tento)
Estes pontos felizes que gozamos...
Quando cuido só resta uma saudade.

TATAIS Fortaleza, 15.10.2005.

Ex- Presidentes da Câmara Municipal deIPU.




Antonio Pereira Martins – 12-1953
Zeferino de Castro – 03-1955
Antonio Rodrigues Martins – 11-1955
Abdias Martins de Sousa Torres - 1960
Francisco Pinto de Oliveira – 1971 a 1972
Antonio Pinto de Oliveira 1973 a 1975
José Lopes Martins - 1977 a 1979
José Gessy Torquato - 1979 a 1982
Antonio Ferreira da Silva - 1982 a 1983
Antonio Olímpio Costa - 1983 a 1985
Antonio Ferreira da Silva - 1985 a 1987
Antonio Pereira Damasceno - 1987 a 1989
José Alves de Araújo - 31-01-89 a 31-12-90
Obs: Francisca Ivna Mororó – Presidenta da Assembléia Municipal – Constituinte 1990.
Francisco das Chagas Peres Martins - 1990 a 1992
Madalena Ferreira Pontes de Sousa - 1993 a 1994
Jorge Madeira Filho - 1995 a 1996
Antonia Bezerra Lima - 1997 a 1998
Nilson Rufino Moreira - 01-01-99 a 31-12-2000
Antonio Carlos do Amarante -2001 a2002.
Francisco Evandro Soares 2003 a2004
Raimundo Nonato Martins Rodrigues 2005 a 2006.
Francisco Ivo de Sousa. 2007/2008.

(Fontes gentilmente cedidas pela Câmara Municipal de Ipu, e o ex-vice-prefeito de Ipu o Sr. Chico Pinto de Pires Ferreira, João Anastácio Martins e mais alguns arquivos como: Jornal Correio do Norte).

segunda-feira, 23 de maio de 2011



FOLIA DE REIS É TRADIÇÃO

Reisado resiste e mentem tradição e é comemorado fielmente no dia 06 de janeiro em quase todo o estado do Ceará. Aqui no Ipu tivemos em tempos passados vários grupos de Reisados. O grupo da família Vale que tinha como representante maior o Sr. Dão de Paiva a sua época de ouro foi o inicio dos anos sessenta 1960.
Nas épocas mais remotas, ou seja, nos anos de 1920 tivemos as trupes do Zé Padeiro com o Boi Pintadinho à folia do Batista Bernardino e por fim o reisado do Luiz Juriti onde ainda hoje existem alguns remanescentes.
Juntamente com os presépios, eles apresentavam como símbolo da visita feita pelos três Reis Magos: Gaspar, Belchior e Baltazar ao menino Deus. É ainda símbolo da abertura da fé aos pagãos.
Os Grupos de Reisados sempre promovem visitas, danças e cantorias em casas onde foram armados os presépios ou para os admiradores da Folia de Reis. É a festa da despedida do período de apresentações que só será reiniciado no mês de junho.
Como peças integrantes dos Grupos de Reisados, existem os participantes como um todo eram: as Damas, o Boi, o Pai dos Caretas, o Poeta, os Reis Magos todos vestidos a caráter e etc.
Queremos manter as nossas tradições numa viva manifestação folclórica que remontamos há anos.
O Sapateado e as Canções completam as manifestações da data, dando de forma especial uma conotação das coisas de nossas raízes.

Histórico;
A tradição folclórica de Reis teve origem na África. Quando os portugueses ali chegaram em 1498, encontraram um império em formação que recebeu influencia da Igreja Católica e que por sua vez, iniciou um processo de cristianização. As festas religiosas eram marcadas pela tradição regional. Em todos os festejos, havia batalhas entre Reis. Daí o nome de Reis do Gongo. Estes costumes foram trazidos para o Brasil com os colonizadores e com os escravos.

Ruas.
As ruas constituem um relicário de nossas alegrias e tristezas. O sacrário de nossas recordações. O ponto de referência de nossa cidadania. O primeiro beijo, a bodega da esquina, o bêbado, o intelectual, o filósofo de pé de balcão, o catecismo que passam no caleidoscópio da nossa imaginação. A rua é o museu dos nossos sentimentos. Testemunha silenciosa dos nossos sonhos e frustrações, os seus moradores embalam o saudosismo em tudo que se passou.
Não esquecendo que as ruas inspiram, funcionam como musa junto à árvore plantada e que serviu de abrigo para o primeiro encontro, para o primeiro abraço, para o abocamento de seresteiros que varavam as madrugadas em serenatas, tendo somente a lua como companheira.


Sugestões Culturais


Uma sugestão nas mudanças de nomes de ruas que acontecem rotineiramente em toda cidade do Brasil e do Mundo. Basta que surja um nome de real destaque frente aos poderes e eles executam sem muitas delongas e as transformações preferenciais acontecem. Mas, mesmo assim sugerimos o que aqui relatamos. Coloca-se em baixo do nome oficial o nome de origem que sempre sugere o primitivismo de suas criações, cujos significados contam com certeza a nossa história.

Ponto Cultural
Neste local você pode enriquecer seus conhecimentos com momentos de lazer cultural. Uma oportunidade de conversar com pintores, poetas, escritores, músicos, historiadores e outros artistas. Um convite para pessoas que preferem o “ser” que o “ter”. Um encontro para você dizer o que sabe e perguntar o que não sabe.
Você pode dar mais emoção à sua vida como, as artes plásticas, como a música, o teatro a
literatura, e outras formas de manifestações artísticas.

O Circo



E o Circo Chegou.

Muita alegria para criançada. Nos anos 50 não existia o moderno meio de se comunicação, como sejam carros de som e outros apetrechos, o anuncio do circo era feito mesmo na base do grito. Era o seguinte o Palhaço saia na frente e a criançada (molecada) atrás respondendo o que o Palhaço perguntava:
Hoje tem espetáculo?
-Tem sim senhor.
-Às 08 horas de noite
-Tem sim senhor.

E arrocha NEGRADA, e os gritos da molecada ecoavam rua afora.

E depois cantava em tom alto e suplicante:

Oh! Raio o sol suspende a lua,
Olha o palhaço que anda rua.
-E o Palhaço que é?
-Ladrão de mulher.
Arrocha Negrada...

Alguns estudiosos afirmam que o Circo surgiu na Grécia antiga e no Império Egípcio, onde já havia animais.
As Olimpíadas que começaram por volta do século 08 a C. contavam com números circenses. Nos anos 70 a C., em Pompéia no Império Romano, havia um antiteatro usado nas exibições da habilidade incomuns.
Há que diga que a prática circense se originou na China, onde foram encontradas figuras de quase 5.000 anos em que aparecem acrobatas, equilibristas e contorcionistas.

domingo, 22 de maio de 2011

Sobre Souto Maior. Um ipuense de Destaque.



Sobre Theodoreto Carlos de Farias Souto - O Maçom Abolicionista do Amazonas, encontramos no site do Senado Federal, que o mesmo nasceu na cidade de Ipu/ CE em 04/11/1842 vindo a falecer 11/08/1893. Foi advogado, presidente do Banco do Brasil, diretor do Banco da República, e na vida política exerceu os cargos de Deputado Geral (1878 a 1881), Presidente de Província (1883 a 1884), e Senador (1890 a 1893).

Foi Theodoreto Souto, Mestre Maçom, que como Presidente da Província do Amazonas, durante somente cinco meses (de 11 de março a 12 de julho de 1884) juntamente com as duas Lojas Maçônicas Esperança e Porvir No. 1 e Amazonas No. 2, que continuando o movimento abolicionista crescente vindo do Governo de José Paranaguá, incentivou a criação e o fortalecimento das Sociedades Libertadoras bem como das Sociedades Emancipadoras que resultaram na DECLARAÇÃO DE IGUALDADE ABSOLUTA, em Manaus, a 24 de maio de 1884 e que desaguou nas DECLARAÇÕES DE INEXISTÊNCIA DE ESCRAVOS E DA IGUALDADE DE DIREITOS DOS HABITANTES DO AMAZONAS, a menos de dois meses depois.
Assim, ao meio-dia de 10 de julho de 1884, na Praça 28 de setembro (atual Praça Heliodoro Balbi) o Presidente Theodoreto Souto declarou: “... em homenagem à civilização e à Pátria, em nome do povo Amazonense, que pela vontade soberana do mesmo povo e em virtude de suas leis, não existirem mais escravos no território desta Província, de norte a sul e de leste a oeste, ficando assim e de hoje para sempre abolida a escravidão e proclamada a Igualdade de Direito de todos os seus habitantes”. E a cidade virou um grande salão de CARNAVAL...

Solicito a Inclusão entre os vultos ilustres de Ipu. Pres. Dr. Theodoreto Carlos de Faria Souto (1883 fev-agosto). Natural de Ipu, Ceará, 4-11-1841. Bacharel pela Faculdade de Direito de Recife, 1865. Advogou em Cantagalo, R.J., e praticou o jornalismo. Deputado Geral pelo Ceará, 1878-1881. Presidente seis meses da Província de Santa Catarina, nomeado por Carta Imperial de 10 de fevereiro de 1883. Havendo tomado posse em 28 do mesmo mês de fevereiro de 1883, recebendo o cargo do Vice-presidente Manoel Pinto de Lemos, o passou diretamente ao sucessor Presidente Francisco Luís da Gama Rosa, em 29 de agosto, do meso ano de 1883. Foi ainda Presidente da Província do Amazonas, 1884. Na República, foi Presidente do Banco do Brasil. Senador pelo Ceará.
• Teodoreto Souto Em 11 de março de 1884 é empossado na presidência provincial Theodoreto Carlos de Faria Souto. Nascido na província do Ceará, em 4 de novembro de 1841, constituía-se em mais um bacharel formado pela Faculdade de Direito do Recife, na turma de 1865. Além da província amazonense, presidiu a de Santa Catarina, “tendo sido eleito Deputado Geral em várias legislaturas e Senador pela província do Ceará”, informa o professor Agnello Bittencourt. Seu governo no Amazonas prolonga-se até o dia 12 de julho, apenas dois dias após “a refulgente glória de presidir o grandioso ato da redenção de todos os escravos residentes no solo amazonense”. Lembrando que em 10 de julho foi proclamada na Província do Amazonas a extinção da escravidão negra, bem antes que decisão semelhante beneficiasse todos os escravos no Império. Coube a princesa Isabel a assinatura da Lei Áurea. A relevância desse acontecimento histórico se encontra perenizada em rua do centro de Manaus, ao lado do Teatro Amazonas.

sábado, 21 de maio de 2011

História IPU



Um pouco de história
_________

(CHRONICA DO IPU)
por

Eusebio de Souza

A história do Ipu é muito pouco conhecida... Quasi nada se tem escripto sobre a tradicional cidade sertaneja, pilherica ou ironicamente classificada, por um de seus filhos, como pacata e burguesa.
A história de nossos dias não registra, em suas páginas, facto algum que possa attestar o gráo de desenvolvimento dessa importante urbs dos sertões do norte do Estado do Ceará, occupando, sinão posição primaria, pelo menos vantajosa, no confronto que se fizer com as demais que compõem o vasto e riquissimo territorio cearense.
Caprichos, talvez daquelles que se occupam de investigar o passado.
Entretanto - ninguem o contestará - «o decantado recanto do Ceará , onde poisou o genio immortal do divino cantor de Iracema», tem a sua história cheia de desalentos e de glórias, um passado sanguinolento e complicado, dil-o um historiador.
Rememorar, pois, os episódios, investigando esse primitivo tempo de sua formação, é desejo de quem escreve estas linhas, corrigindo, (...)
[1] virtudes, maiores do que o seu louvor, são a um tempo verdadeiros mananciaes de saudaveis e uteis ensinamentos para a Religião e para a história» - immolado em um dia ao pé do altar, «onde estava para offerecer a Deus o sacrifício do corpo e sangue de seu Filho, como effectivamente offereceu e consagrou o do seu proprio corpo e sangue, começando aquella acção sacerdotal e consummando-a o sacrifício.
Isto succedia no ano de 1668. Somente no ano de 1694 é que se tem notícia dos trabalhos de D. Joanna Mimosa.
A história nessa parte é de um silêncio imperdoavel, duvidosa, difficultando qualquer corollario.
D'ahi o dizer o illustrado auctor de Algumas Origens do Ceará, o sr. Antônio Bezerra
«Quem investiga os factos primitivos da nossa historia nota logo ao fim de pouco tempo uma confusão de successos, narrações sem nexo, sem criterio, datas que diviam estar depois, e que estão antes dos acontecimentos respectivos, personagens que não tiveram a mínima consideração dos seus contemporaneos, não mereceram attenção alguma do governo, não tratam delles, nem de leve, os documentos do seu tempo, e, no entanto, apparecem como conquistadores, homens notaveis, e cercados os seus tumulos de verdadeiros prestigios».
[2]
D. Joanna Mimosa está nesse caso. Passa-se um periodo para mais de quatro decennios sem que se tenha noticia dos serviços dessa denodada senhora.
Não se póde affirmar a épocha do começo da sua catechese, sabendo unicamente que, pelo dec... do anno de 1694, julgava a heroina completa a sua obra, conclusão que se tira da data em que lhe era feita a doação real, pelo governo de Portugal, em reconhecimento dos serviços prestados na catechese. Também silenciou o passado o tempo da duração dos trabalhos de d. Joanna Mimosa, parecendo, entretanto, não ter sido elle curto, talvez como consequencia ainda dos effeitos das missões anteriores aportadas a Ibiapaba, tendo como superior o famoso Padre Antonio Vieira.
Desta ou daquella fórma, porém ignorando-se as épochas do começo e duração dessa catechese, o facto é que esses serviços, embóra não terminados, de certo módo facilitaram a louvabilissima acção da terceira e ultima missão que chegava nas proximidades do logarejo.
Pode-se affirmar, sem medo de errar, que foi esse o ultimo trabalho catechista. Não há mais noticias do apparecimento de missionarios, cujos serviços, aliás, eram indispensaveis. Pouco a pouco, assistia-se a transicção da raça indígena, «a qual, à proporção que a civilização avançava, como pela mortalidade resultante da perseguição que lhe moviam os conquistadores, principalmente naquellas tribus mais ferozes e que difficilmente podia se approximar o valoroso trabalho daquelles martyres e denodados batalhadores».
Estava reservado, porém, que fossem os ultimos missionarios destinados a assignalar o primeiro marco na formação do povoado que viria constituir, seculos depois, o elo principal destas investigações: - a futurosa cidade do Ipu.
Com a farta mésse de estímulo e de força de vontade de que eram elles possuidores, cooperaram para a erecção da primeira capella dedicada ao M. S. Sebastião, sem patrimonio embóra, e sujeita á nova freguesia de N. S. dos Prazeres do Campo Grande, creada em 1759.
Essa capellinha, segundo a tradição - nem sempre a informação é segura, já disse alguem, maximé quando allude a factos remotíssimos de nossa historia - foi edificada em logar differente do actual da igreja-matriz, em terreno, porém, próximo às suas circumvisinhanças.
O povoado nascia. Já começando a sentir os effeitos da civilização, era formado um nucleo composto dos seus primeiros moradores, os quaes, homens do trabalho, congregados, constituiram um sitio de plantação com a denominação de Ipú, nome que, pouco tempo depois, veio definitivamente ter a sua confirmação no reconhecimento do novo povoado pelos poderes publicos.
Sobre a origem e significado do vocabulo Ipú, si bem que nada encontrassemos de positivo, em fonte segura, sabe-se que a denominação desse sitio nasceu da admiração que faziam os indígenas da queda que davam as águas das eminencias ao tôpo da serra, formando o ribeirão do Ipuçaba, e assim graphada em linguagem tupy: - ig - água e pú, palavra onomatopaica que quer dizer - quéda.
Outros querem que, etymologicamente, seja o vocabulo, contracção de ipohú - alagadiço, pantano, o que tem água: ou ipoçú - atoladiço ou sumidouro d'agua.
Há quem acredite ter nascido ainda esse nome da grande abundancia que se descobrio, nas immediações, de jalapa da terra ou batata de purga, do genero das convolvulaceas e que mais abunda na America Septentrional.
José de Alencar (Iracema pag. 201) diz que chamam ainda hoje no Ceará, com o nome de Ipú, certa quantidade de terra muito fértil, que fórma grandes coroas ou ilhas no meio dos taboleiros e sertões e é de preferencia procurada para a cultura. D'ahi se deriva, diz o grande cearense, o nome dessa comarca da província.
Etymologicamente está explicada a origem da palavra, na decomposição de suas raízes, e sua significação na linguagem dos nossos autóchtones.
Pela deficiencia, em absoluto, de dados pelos quaes se possa chegar a uma conclusão real sobre a origem e significação de qualquer palavra dos nossos primévos, acompanhamos a opinião daquelles que mais se approximam de tal maneira, que as vezes vão procurar raizes «em duas linguas, geralmente tidas por distinctas, o tupy e o guarany.
«Neste particular, porém, - servimo-nos das palavras de alguem - preferimos estar com a maioria que tende a ter memoria nas lettras patrias. Não existiram duas linguas; quando muito houve dialectos da lingua geral, falada na America Meridional.
«Toda a distincção hodierna procede de influencias orthoépicas.
«A lingua dos nossos autóchtones foi graphada ao norte por portuguezes, e ao sul por hespanhóes, entre os quaes o valor prosodico das consoantes não era o mesmo.

[1]Temos neste ponto a ausência de duas folhas. Não me parecem ter sido arrancadas propositalmente. O que é mais provável é que tenham se destacado e perdido do volume dada o péssimo estado de conservação do mesmo.
[2]Atente o leitor para o período - final do séc XIX ou início do XX - em que Antônio Bezerra escreveu o citado livro. É este o período em que o Positivismo Histórico está a atingir o seu auge e Antônio Bezerra, como homem do seu tempo, se mostra grandemente influenciado pela teoria da História em voga na época.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Antigo Cabaré. Hoje é uma grande História. Já foi motivo de Tese de Doutorado!



Timbauba da Rua do Curral, na Vila Nova. Ainda vislumbramos o velho casebre do Bar da Sergina.

ONTEM VILA NOVA

Transpondo o centro da cidade chegava-se rapidamente à "Rua da Mangueira". Se andássemos mais um pouco, encontraríamos a "Grota das Cunhãs". Num retorno, rumo ao centro, cairíamos na Vila Nova. Local de amores livres e sensuais, uma página que não podemos apagar da história de Ipu, que hoje, talvez, não dê mais frutos e frutas que o próprio tempo acabou.
Formada por casinholas, quase todas de taipa, a Rua da Mangueira levou este nome por possuir uma grande mangueira de porte avantajado, situada na rua do mesmo nome. No ano de 1968, na Administração do Prefeito Rocha Aguiar foi extinta a via, tomando o nome de Rua Antônio Memória, hoje urbanizada e bonita.
A Grota das Cunhãs também fugiu do cenário do “amor livre” do Ipu. Tomou grande impulso e hoje consideramos ser uma área nobre da cidade. A Vila Nova, ou simplesmente Vila, hoje ainda existem alguns casebres, mas já rodeados por prédios públicos e casas residenciais de portes elegantes.
A velha Timbauba que testemunhou muitos romances, de amores passageiros resistiu ao tempo até os anos de 2001.
As marafonas da época não podemos esquecer-nos da: Sergina, Chica e Tereza Bival, Maria Tamboril, Chica Branca, Tereza Cena, Bezerra de Ouro e outra tantas que continuam no caleidoscópio da vida. Lembro-me, para se ter acesso à Vila, era preciso transpor um bom matagal, uma vereda entre o “mata-pasto” para alcançar as festas nas noites de sextas-feiras. Um “samba” dos mais animados e intensos.
Para lá rumava uma juventude sem opção e os feirantes que se preparavam para a famosa feira de Sábado.
E já nas caladas da noite era ouvido a distancia o saxofone do Zé Ribeiro, a bateria do Veadinho, o banjo do Escoteirinho, o Piston do Chico Hermeto e as Maracas bem ritmadas do Tomaz Bezerra. Era uma noite de sonhos e quimeras, onde só o amor ,prevalecia, fonte de uma juventude sonhadora que esperava um porvir de realizações. O Ipu ainda não possuía luz elétrica de Paulo Afonso. Era a iluminação hidráulica do Pé da Serra, que ofuscava somente as primeiras horas da noite. Em noites de luar a lanterna branca do espaço, com sua claridade argêntea iluminava o caminho dos transeuntes. Em noites de escuro o medo, vendo-se ao longe as lamparinas com aquela luz avermelhada na amplidão deserta da aventura. O firmamento parecia mais perto de nós, com o cintilar constante das estrelas. Em cada rua uma espreita; em cada esquina, um receio maior ainda. São as coisas da noite recobertas de mistérios. Enfim, um silêncio profundo... Uma voz, um violão: é a serenata! A festa do “amor livre” terminara. Começara o momento mais romântico dos enamorados. Já madrugada e os pássaros, com o seu trinado, avisam que a noite acabou.

IPU.



AOS 151 ANOS DE IPU
...e os anos passam. Hoje é mais um dos teus aniversários – 151 anos, meu Ipu! – ainda adolescente ainda flor em botão, começando a desabrochar para a “era moderna da tecnologia”. A Bica esvoaçante estampa-se imponente na majestosa Ibiapaba.
A Igrejinha secular continua marcando a fé incontida do teu povo. O tamarindeiro se foi, mas deixou a marca extraordinária de tua vida – imortalizando os teus feitos – o testemunho de 151 anos vividos de tua emancipação.
O teu Bar Cruzeiro, símbolo de uma sociedade eclética e sadia, reflete ainda, nos mais inteligentes meios sociais.
O Jardim de Iracema, com o Coreto, símbolo da saudade, das retretas aos domingos, ao perfume aos teus participantes.
As amplificadoras, uma eterna saudade de tuas músicas inesquecíveis, ao compasso do tempo, fizeram épocas que jamais esqueceremos.
À chegada do trem, um ponto de encontro, de partida e alívio de saudades. A partida – a saudade. A lágrima dorida do ente querido que deu um até breve. A chegada – a alegria estampada no rosto de cada um, pela volta ao convívio familiar.
Ipu das serenatas ao plenilúnio, dos violões plangentes, de suas primas e bordões em acordes sonoros, despertando a bela namorada. Ipu romântico, Ipu sentimental, Ipu do Gangão e do Ipuçaba murmurante.
Ipu nostálgico de boêmios e serenatas. Ipu, do verde-azul de tua mata. Ipu dos reisados em noites memoráveis de Santos Reis. Ipu do Quadro, da Rua da Goela, início da nossa civilização. Dos jardins alcatifados, dos caramanchões, dos jasmins bogaris, exalando o mais fino odor nas madrugadas tingidas pelo orvalho benfazejo, ao carinho cintilante das estrelas.
Ipu dos meus sonhos, berço de minha vida, de minha esposa e de meus filhos. Admiro-te e te canto mil vezes, nos teus CENTO E CINQUENTA E UM ANOS.

Francisco Melo

Reencontro. IPU



FESTA DO REENCONTRO
REALIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL E
DEPARTAMENTO DE CULTURA DO MUNICÍPIO.




Local: Quadro da Igrejinha
Horário: Após a Novena/Missa.
Dia: 18 de janeiro de 2002
A Novena/Missa será cantada pelo Coral Municipal.
No local do evento, (Quadro) haverá Barracas com Bebidas e Salgados.
Será armado um palco na Praça da Igrejinha onde ficará a disposição dos presentes vários instrumentos musicais.
Na parte inicial teremos a palavra da Prefeita Municipal de Ipu, Antônia Bezerra Lima Carlos.

O Dr. Thomaz de Araújo Corrêa usará da palavra para saudar os presentes.

Palavra Facultada.

A noite será pequena para conter tanta emoção, pois teremos muitos ipuenses que por muito tempo não visitam IPU e deverão matar a saudade de tudo que viveram e sentiram na sua TERRA NATAL.

Antônio Carlos de Martins Mello ao receber o convite para participar da noitada vibrou tanto que sua verve poética veio a lume e compôs o seguinte soneto.




REENCONTRO
Reencontro de amigos: algo inda nos resta!
O ocaso assoma presto. As esperanças caem.
As ilusões mais ternas todas já se esvaem.
Migram pr’a outra vida as que existiam nesta.

De algum desvão sinistro mil fantasmas saem,
Como moldura tétrica da humana besta,
A recitar refrãos durante a louca festa
Dos que ofendem,burlam,desesperam,traem.

mas vejo nesse espectro de mortais semblantes
a grandiosidade de morais gigantes,
a exemplo dos cantados nos pregões antigos.

Se o bem inda salvais nos perdoando tudo,
muito da vida hei quando de vós me acudo,
que resta o abraço imenso dos que sois amigos!

Tatais, 16/17.12. 2001,0h10m
Com vistas ao reencontro do Ipu em 18.01.2002

Antes do evento que estamos relatando as nossas reuniões para tocar e cantar eram sempre no Quadro, debaixo das Mungubeiras e dos Oitizeiros, sempre ao som de nosso violão, flauta do Tatais e Gaita de Boca, voz do Abílio (sempre cantando Maringá, Rapaziada do Braz e outras tantas), Breguedé, o nosso sempre amigo e compadre Frasquinho Jorge ou Escoteirinho comparecia com o seu magnífico violão encantando as nossas noites, o Tena ainda apareceu algumas vezes com o seu saxofone. Era muito bom e salutar, mas precisávamos de algo mais significativo para os nossos amigos e conterrâneos e visitantes.

Numa certa noite de janeiro que não me lembro qual foi o ano, já pela madrugada nos dirigimos para o Quadro para matar as nossas saudades fomos para lá. Começamos a tocar e cantar, qual não foi a nossa surpresa quando chegou uma viatura da Polícia Militar querendo impedir a nossa INESQUECIVEL SERENATA; só que entre os Seresteiros estava um Juiz Federal (Tatais) um Delegado da Policia Federal (Felipe) e uma Agente também da Policia Federal (Abílio), que foram de encontro aos PM e lá justificaram as nossas presenças e a nossa principal razão de ali estarmos tocando e cantando.

Depois da saída dos policiais militares foi uma gargalhada geral.

Veio a realização da Noite. Muitos participaram. Dada a nossa pouca experiência e por se tratar da primeira noite faltou bebidas e comida logo após as primeiras horas da madrugada.

Mas, mesmo assim estiveram presentes um bom numero de ipuenses e amigos que aqui vou procurar relatar apenas alguns nomes que com certeza irei me esquecer de muitos, mas desde agora peço minhas desculpas.

La vai: Abílio, Fantinha, Dadazinha, Boris e Celinha, Tarcisio Bentivi, Marcos Martins de Lima (Baú), Gonaçalinha Aragão, Luiz, Moacir, Nilce Aragão, filhos do seu Odulfo, Francisco filho do Frutuoso Aguiar, Jacó, Silonides, Clarice, Astride filhos do Dr. Justo, Tatais e Regina (que por sinal levou uma grande queda), Tadeu Xerez, Djalma, Zezé Carlos e Toinha, Dr. Tomás e família, D. Nira e suas irmãs Selva e Terezinha Araújo, D. Zenaide Martins, Francisco Tácito, Vanardo Holanda, Eliardo Holanda, Assunção Carlos, Chico Holanda, Milton Pereira, Pedro Josino, Petinha, Jesus Xerez, Solange Freitas, Fran Erle, Luzanira Cajão que veio de Anápolis em Goiás, D. Diva, José Cesar Tavares, Dião, Graça Aires, Lucila Aires, Célia Taumaturgo e Jurandir, José Taumaturgo, D. Sinhazita, Assunção Carlos, Uruca, Joari e Maura Joca, Luizinho Dantas, João Aragão e Francisco Aragão, Marilac Ribeiro, Manoel Gomes do Nascimento, Carlos Gomes, D. Socorrinha, Raimundo Pinto,

Banda de Música do IPU



HISTÓRICO DA BANDA DE MÚSICA DE IPU.


A primeira Banda de Música de Ipu foi fundada em 1884 pelo vigário colado de Ipu, Padre Corrêa, sendo Regente Benedito Alves de Mendonça. Teve como organizador juntamente com o Pe. Corrêa, Raimundo da Silva Loreiro.

Tivemos muitos outros incentivadores e mantenedores da nossa Euterpe Ipuense como:

Dr. Apolônio de Perga Bandeira Barros que além de músico era Juiz de Direito da Comarca de Ipu. Dramaturgo autor de várias peças teatrais destacando-se a comedia “Casal e Meio”. Compositor.Dentre as suas composições destacamos a Marcha Fúnebre Desilusão.

José Abílio Coelho, regente por algum tempo da Banda de Música de Ipu. Excelente músico, o seu instrumento preferido era o Pistom.

Raimundo Nonato do Vale, musico dos mais destacados no Estado do Ceará dirigiu a Banda de Música de Ipu por muito tempo. Pertenceu a Orquestra Sinfônica Henrique Jorge em Fortaleza.

Joaquim de Oliveira Lima, também foi Mestre de Banda, compositor destacando-se a Marcha Fúnebre Memória Eterna. Era comerciante e Historiador.

Mestre João Louro, que veio de Sobral, chegando aqui reorganizou a Banda de Música. Era Artista Plástico e Sapateiro.

Marçal Xavier, veio de Tamboril, foi regente por muito tempo.
Lázaro Freire dirigiu a Banda de 1978 a 2003. A banda hoje pertence ao Município,

Dirigiu ainda a Euterpe Ipuense o Jorge Por mais de 05 anos.

Atualmente a Banda de Música do Ipu é dirigida pelo músico Jair Leitão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dr. Eduardo Pinheiro Bezerra. IPU



Dr. Eduardo Pinheiro Beserra

Nasceu em Jaguaribara.
Iniciou os seus estudos na cidade de Quixadá, onde concluiu o Ensino Fundamental e Médio.
Fez o seu Curso Médico na Universidade Feral do Ceará, UFC-Fortaleza CE. No período de 1971/1977. O seu diploma é de número, 17.850.

Dentro de suas atividades médicas, Dr. Eduardo possui os mais modernos e atualizados cursos de especialização no vasto campo da Medicina.
Nos seus estágios passou por vários Hospitais e Maternidades dentre eles: O Instituo José Frota, Hospital Dr. César Cals, Hospital Luiza Távora e outros tantos.
Tem curso de especialização em Cirurgia Geral, em Ginecologia Obstetrícia,
Em Medicina de Urgência, Curso Básico de Ultra-sonografia em Ginecologia e Obstétrica, Ultrassonografia Transvaginal, ultrassonografia Mamária, e ultrassonografia Abdominal.

Atualmente exerce a função de Diretor do Hospital Mons. Francisco de Moraes e é Médico do IPEC/Secretaria de Saúde de Fortaleza.

Antonio Fortuna. IPU



A historia do estádio não lembro! Mas acredito que ele ainda pode lembrar de alguma coisa.Dados solicitados:Antônio Fortuna Lima, casado com Maria Luiza Fortuna Lima, nascido em 20/02/1914. Filhos.Francisca e João que moram no Ipu. Maria Darci, professora, morando em Fortaleza.Os que moram no Rio de Janeiro. Maria, Antônio (Advogado e técnico em contabilidade) Antonia (técnica em contabilidade e professora) Tereza, professora e Pedro. Técnico em contabilidade, Professor de religião pela Escola Mater. Ecclesiae, nível médio, Advogado e Psicólogo. Um abraço meu grande amigo.Meu pai exerceu as seguintes atividades, lavrador - barbeiro e comerciante (açougueiro)No ano de 1968, tangido pela seca e pelas dificuldades financeiras, vendeu o que ainda lhe restava ( casa de morada no alto dos 14) pegou dinheiro emprestado com o sr. Antonio Cícero e Vicente Belém Rocha para as passagens e veio dá com os costados no Rio de janeiro. Aqui fomos "morar" numa favela chamada Catacumba. Nosso barraco media mais ou menos uns 12 M2. Dormiamos uns por cima uns dos outros. Sabe Deus o que passamos. Foi o pior momento de nossas vidas. Mas nos mantivemos unidos e esta união nos deu força e coragem para prosseguir.O barraco ficava no topo do morro, tão alto que a água não chegava. Tínhamos que descer o morro com latas na cabeça para pegar o liquido precioso. Quando a água faltava, humilhados, formávamos longas filas nos postos de gasolina para pedi-la.. Apesar de está no topo do morro, nosso barraco ficava dentro de um buraco. “Quando estavam fazendo o recenseamento para retirar os moradores, só fomos descobertos, porque minha irmã Tereza, assustada com o movimento, colocou a cabeça para o lado de fora e ouviu dos agentes a seguinte exclamação:” Ué, mora gente aqui?". Posteriormente esta favela foi demolida e fomos levados, este é o verdadeiro termo, fomos levados para um conjunto residencial denominado:: Quitanga. Num subúrbio distante do Rio de janeiro. Íamos como gato, sem saber para onde... O jovem Pedro foi o primeiro a conseguir trabalho: Lavador de pratos e panelas numa pensão na Rua Djalma Ulrich, 183 - Sobrado. Copacabana RJ. Mas isto é outra história, rsrsrs. Um abraço.
Pedro Fortuna.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Patrono da Medalha de Mérito Social Theodoreto Souto.



Patrono da Medalha de Mérito Social Theodoreto Souto




THEODORETO CARLOS DE FARIAS SOUTO




Demos o nome de Medalha do Mérito Social Theodoreto Souto a essa condecoração instituída pelo Grande Oriente do Estado do Amazonas pelos fatos apontados em sua biografia abaixo. THEODORETO SOUTO nasceu, no dia 4 de novembro de 1841, no Ceará, filho de José Francisco Souto, o Barateiro. Foi deputado às Cortes e governou a Província de Santa Catarina, onde entregou o cargo Francisco Luiz da Gama, a 19 de agosto de 1882, conforme o seu Relatório, publicado em Desterro, em 1883. Nomeado, para presidir o Amazonas, a 9 de fevereiro de 1884, pelo 1º Ministro Lafayette Rodrigues Pereira do 31º Gabinete Liberal, tomou posse a 11 de março, recebendo o cargo das mãos do coronel Guilherme José Moreira, barão do Juruá, pois José Paranaguá retirara-se para o Rio de Janeiro, desde 16 de fevereiro. A 25 de março, apresentou, à Assembléia Provincial, talvez o primeiro plano governamental para o desenvolvimento do Amazonas, onde destacava pontos importantes para o futuro da região, incluindo os itens agricultura, comércio, imigração, extrativismo, indústrias, pecuária, navegação, exposições industriais, agrícolas e científicas, melhorias urbanas, incluindo, luz elétrica, calçamento de ruas, águas e esgotos, indústria madeireira e pesca, sem destruir as espécies. Dentro dessa Exposição destacou, pela primeira vez, a possibilidade de se libertar os escravos do Amazonas, por serem pouco mais de mil, por um movimento que envolvesse a população e também mediante indenizações feitas, pela Província, possuidora de um saldo de mais de 972 contos de réis. Em menos de doze dias estava lançada a idéia básica da libertação.

Câmara Municipal de Ipu. 1919



Composição da Câmara Municipal de Ipu em 1919.

Prefeito Municipal
José Raimundo Aragão Filho

João Bessa Guimarães
Presidente
Carlos Ribeiro Mello.
Alcides de Sousa Lima
Odulfo Alves de Carvalho
Manuel Victor de Mesquita
Francisco Soares Sampaio
Félix de Sousa Barros

Encontramos somente estes dados nos que se refere à Câmara Municipal de Ipu no ano de 1919, no Jornal Correio do Norte de 08 de abril de 1920.
Francisco de Assis Martins.
(Prof. Melo)

A Câmara Rabelista foi eleita legalmente em Maio de 1912. Compunha-se dos seguintes Vereadores: Tenentes - Coronéis José Liberato de Carvalho – Presidente, Odulfo Alves de Carvalho – Vice Presidente, Felix de Sousa Martins, Aprígio Quixadá, Antonio Mont’alverne Filho, Sebastião Carlos de Lima, Major Doroteu Pereira de Paiva e Francisco Soares Sampaio fora legalmente empossada pela antiga Câmara Aciolina, e, a esdrúxula e improvisada Câmara dos Marretas Unionistas, ficou composta dos seguintes cidadãos: Bacharel Abílio Martins, Cel. João Bessa Guimarães, Tenente-Coronel Antonio Mont’Alverne Filho, Carlos Ribeiro Melo, Francisco Soares Sampaio, Luiz Jácome de Melo, Felix de Souza Barros e Antonio de Souza Aragão“.
O Intendente da época nos últimos meses de 1910 era o Cel. João Bessa Guimarães.

(Notas extraídas do livro Para a História-O Caso de Ipu em 1914-Augusto Passos).

terça-feira, 17 de maio de 2011

Escolas Reunidas.

Alunos fotografados em frente ao antigo Prédio das Escolas Reunidas. Foto de 1942.9Acervo Francisco Melo).

IPU
Casa D’aula.

Relatando um pouco de história de nossas Escolas, nos primórdios de nossa civilização vamos encontrar um pool de entidades educacionais que constituíram os nossos primeiros ABCS num processo alavancativo que até hoje é orgulho premente para esta cidade de São Sebastião.

A Casa D’aula surgiu em 1791, num casarão que se situou no Quadro da Igrejinha, na Praça São Sebastião com o intuito de proporcionar à criançada da época a escolaridade necessária.

Recebeu este nome da Casa D’aula por ter sido construído no tempo no império razão principal de um nome Português cuja pronuncia se caracteriza um sotaque puramente português de Portugal.

Os seus primeiros professores foram: João da Mata que dava aulas para os meninos e Maria Jerônimo Monteiro, que ministrava aulas paras as meninas.

Outros professores apareceram como: dona Neném Rabelo, D. Mafisa Matos, D. Ambrosina. D. Florinda. D. Lili Batista, todas nomeadas pela Província.

Com o passar dos tempos a Casa D’aula muda de nome, e passa a ser chamada de Escolas Reunidas de Ipu em 1923.

Funcionaram inicialmente com as três primeiras séries iniciais lecionando as seguintes professoras: D. Otilia Cabral Aragão, Maria da Penha Mesquita, Carmosinda Xerez. D. Maria Carmélia Frota Passos, Francisca Irene Dias Barbosa, Olívia Rodrigues, Altair Menezes.
As professoras que se seguem datam dos fins dos anos 40 ao inicio dos anos 50.
Maria Dulce Martins, Maria Valdemira Coelho Mello (substituta) Francisca Furtado Mourão e Maria Juracy Torquato.

D. Carmélia Passos foi um destaque nas Escolas Reunidas, dada a sua dedicação especial ao magistério e as causas da Catequese.

Exercia a função de Inspetor Escolar, Thomaz de Aquino Corrêa e Sá e que dada a sua fluência musical compôs o Hino das Escolas Reunidas como se segue.

Hino das Escolas Reunidas de Ipu
Letra e Música de Thomaz de Aquino Corrêa

Mocidade. Lutai com denodo
Contra a treva, que alumbra a razão.
Seja lema do vosso estandarte
Instrução. Instrução. Instrução.

Estudai. Que no livro o estudo,
Só bonança vos pode trazer
Ilustrai vossa mente e tereis.
As delicias que vêm do saber.

Adorai com fervor vosso Ipu
Esta gleba que foi de Iracema
Sua beleza nativa exalta!
E ofertai-lhe de amor, um poema.

Estribilho
Seja pena, o flamejante gládio.
A palavra eloqüente – CANHÃO
Seja o livro, fortíssimo escudo.
Vosso amor pela Pátria – BRASÃO.

As escolas reunidas sofreram profundas modificações na sua estrutura física e funcional cedendo lugar para uma Escola Estadual que chamamos de Escola de Ensino Fundamental e Médio Auton. Aragão. Atualmente, abriga mais de 1.000 alunos. Nada restou nada do velho casarão que deu origem as nossas Escolas.

Situada Dr. Raimundo Justo Ribeiro nº 1029 no Quadro da Igrejinha. Foi o antigo prédio onde funcionou a primeira Escola Oficial de Ipu a Casa d’aula em 1791.
Recebe em 1964 o nome do ilustre Ipuense o Cel. Auton Aragão.
Atualmente o Auton Aragão é dirigido pelo competente professor Antonio Iramar Miranda barros e conta com mais de 1000 alunos.
Foi premiada em dois anos consecutivos de a Escola com a melhor Gestão Escolar. (2005/2006).




Noite de Serenata.



FLASH’S DO PROGRAMA “EM CADA CORAÇÃO UMA SAUDADE”
Já por algum tempo ocupo alguns espaços radiofônicos da Cidade de Ipu, para transmitir um programa de musicas do passado, não sei se “feliz ou infelizmente” mas, por mais de 10 anos estou no ar com esses tipos de Programas.Deixo aqui registradas algumas passagens não para satisfazer o meu ego, mas para que a posteridade veja o que tivemos e vivemos nesses anos no Ipu.
Abrem-se as Cortinas, no Ar o Programa de Músicas Inesquecíveis, aquelas, que nós jamais conseguiremos esquecer.

Uma Linda Noite de Seresta! ...
Uma Noite de Saudades...
O Encontro com a Saudade na Noite Fria de Luar.
Um Programa feito num mundo Poético Maravilhoso.
A canção mais bela a canção do coração.
A Serenata que você sonhou.
.O Ipu em Notas de Saudades.
Descortina-se a música dentro da Noite.
Aqui, a Autentica Seresta Brasileira.
A Ternura da Música Popular Brasileira.
A Saudade é sempre lembrada com: Um Sorriso, Um Gesto, Um Perfume, Um Olhar, Uma Música.
Nas Ruas calçadas de Pedras, nos casarões da velha cidade dos antigos lampiões, voltar ao passado é fácil.
A música de saudade na voz delicada dos nossos cantores do passado, que aqui pontuamos as canções com uma palavra romântica e referências carinhosas aos amigos.
Na plenitude da Emoção nas cordas sonoras de um Violão.
Notas de Saudade embarcam o ouvinte no clima das Serenatas do passado. É só fechar os olhos e a música lhe remete as calçadas antigas de Ruas mal Iluminadas tingidas apenas por um argênteo Luar, silencioso dialogando no dileto dos reflexos com as formas combinadas da noite apaixonada.
Uma música através de Cordas Enamoradas acaba dando dimensões e Amplitudes a uma obra belíssima.
O Romantismo da Música guardada no escrínio efervescente das serenatas de outras luaradas.
Um Violão em Notas de Saudades.
Precisamos fazer da IGREJINHA um canto de memória.
Há lugares que o Coração apresenta algo de mais belo ao Corpo e a Memória e um dia sempre retorna, mesmo quando o tempo inexoravelmente no ROSTO, revelar que da paz de uma cidade restam apenas LEMBRANÇAS.
E no Bairro de outrora um recanto de muitos, sob o coqueiral, com sua enorme copa com o luar de agosto em cima do azul - da - noite, ouviu-se ao longe o canto de Iracema. Era... O Ipu.
Embarquem comigo no mundo da música poesia e Saudade.
Em cada Rua uma Saudade, em cada Praça a imorredoura Lembrança, em cada esquina o Cheiro doce de uma Saudade.
Cordas Enamoradas, violões em Serenata. Ipu, dos meus primeiros acordes cenários das madrugadas boêmias assistidas pelo verde da serra.
Saudade da Saudade que tivemos.
Estação da Saudade.
O som da Saudade.
Dedos que são NOTAS MUSICAIS.
Oh! Lua triste, amargurando Fantasma de Brancuras Vaporosas a tua nívea Luz silenciada faz murchar a beleza das Rosas.

Ninguém nas ruas. A cidade parece deserta. A paisagem está lá, com árvore e pássaros em revoada.

Nas árvores seculares que impressiona o visitante com o silencio, a brisa fagueira que lhe dá um ar de serenidade e paz.

Vez por outra passam bando de aves em arribação. O sino toca, 6 horas Ave - Maria.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poliantéia Thomaz de Aquino Corrêa



Poliantéia realizada pelo Grêmio Ipuense quando do falecimento do Cel. Tomaz de Aquino Corrêa. Era uma homenagem fúnebre muito usada na época as pessoas gradas da terra.
Falaram muitos oradores todos ressaltando a importância que teve em vida o Cel. Thomaz de Aquino Corrêa.
Mons. Gonçalo Lima fez a mais sentida oração quando relatou e enfatizou vários momentos do Seu Thomaz, como Jornalista, editando os jornais: O Ipuense, “A Brisa”, “O Espelho”, “O Paladino”, “O Campo” revista mensal do Sindicato Agrícola Ipuense e “Correio do Norte” em 1917 – Na Arte Dramática difundiu em toda região através de peças Teatrais a juventude ipuense. Fundou o Gabinete Ipuense de Leitura em 1º de julho de 1886. Alquimista por excelência era o médico que não existia naqueles tempos, atendia a todos sem distinção, sempre com um sorriso e uma indicação acertada para os males de quem o procurava. Foi fundador e primeiro proprietário da PHARMACIA IRECEMA, sendo continuada até os dias atuais, pelos seus descendentes.

Poeta, entre os seus versos Papai pode citar alguns que decorara ao longo dos tempos em plena calçada nas bocas de noite, vejamos alguns:

O Filho do Assasino do Meu PAI

Cena: Subaida Cajão, José Maria Gomes, Gerardo Ayres, Itagira, Assis Mendonça e Francisco Mello.
No Palco Antonieta Balbino, Subaida Cajão, José Maria Gomes e Itagira Cajão.



E os dramas? Eram improvisados na minha casa com uma mesa servindo de palco e um lençol que servia de pano de boca. Os atores eram: eu e os meus irmãos as minhas primas por parte de Pai que residiam pertinho de nós. A Paixão de Cristo era a mais encenada, fosse lá de que jeito fosse. A dança de São Gonçalo era bastante interessante.


Certa vez, a nossa parenta e amiga Subaida, por sinal muito inteligente extraiu de uma revista Capricho uns dados e montou uma peça para os atores pequenos que intitulou de: O Filho do Assassino do meu Pai. Foi um sucesso, o auditório do Teatro ficou lotado.
Foi muito aplaudida a trupe que compôs a Peça em três atos.
Um prólogo muito bem elaborado e lido antes do inicio Teatro pelo grande amigo José Maria Gomes, que também atuou no drama ora em pauta. Joaquim Anselmo, Francisco Melo, Subaida, Antonieta Balbino, Jacira Cajão e outros que não mais me recordo. Velho Cine! Velhas Saudades! Nunca Mais.

Outra peça teatral foi quando apareceu aqui em Ipu um Parente do Airton Farias. A peça foi apresentada e nos encenamos com muita maestria no Cine Teatro Moderno. Era uma peça moderna intitulada “O Filho da Bêbada”. O personagem filho da bêbada corria pelo meio da Platéia gritando “pega o filho da bêbada”. Foi um susto tremendo da platéia que não era acostumada a esse tipo de Teatro. Participei como filho direito do Casal. Foi um sucesso. Encenamos a mesma Peça em Reriutaba quando a Cruzada Infantil foi fazer uma visita ao Pe. Martins que tinha tornado posse como vigário daquela cidade. Outro sucesso maior ainda.

sábado, 14 de maio de 2011

Saudades do IPU. Anastácio Magalhães.



Saudades do Ipu.
Letra e música de Anastácio Magalhães

Desce triste para o chão
A cascata cor de prata
E véu de luz do luar
Sobre a serra, em luzes se desata.

No silencio do luar
Sob a paz das noites frias,
Soluça triste minh’alma
Nas asas de dor, da agonia.

Ó que santa poesia
Sobre as orquestrações das águas
Vou cantando triste
A minha dor suprema.
Na tortura do meu peito,
No cantar das minhas magoas.

Tudo anda a cantar
No azul da serra
Minh’alma erra
Seja bendita esta terra
De minh’alma
Cantando muito tristonho
Em noites calmas,
Que noites de amores
Suspiram flores,
Ao luar...
Amo a minha terra
Adormecida na serra.

Saudades do IPU. Anastácio Magalhães.



Saudades do Ipu.
Letra e música de Anastácio Magalhães

Desce triste para o chão
A cascata cor de prata
E véu de luz do luar
Sobre a serra, em luzes se desata.

No silencio do luar
Sob a paz das noites frias,
Soluça triste minh’alma
Nas asas de dor, da agonia.

Ó que santa poesia
Sobre as orquestrações das águas
Vou cantando triste
A minha dor suprema.
Na tortura do meu peito,
No cantar das minhas magoas.

Tudo anda a cantar
No azul da serra
Minh’alma erra
Seja bendita esta terra
De minh’alma
Cantando muito tristonho
Em noites calmas,
Que noites de amores
Suspiram flores,
Ao luar...
Amo a minha terra
Adormecida na serra.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Teatro no IPU

Teatro no IPU

ateatro no IPU













Valdemira



A Última Viagem de Dona Valdemira.

Foi uma viagem linda, temos certeza. Com tanta manifestação de carinho e de gratidão, talvez ela tenha sido levada pelos anjos por uma escadaria luminosa cheia de rosas brancas vindas do alto da Ibiapaba. Dona Valdemira era chamada de: “Mestra das Mestras” por todos os mestres de Ipu.
Diplomada pela antiga Escola Normal Rural de Ipu. Ampliou os seus conhecimentos através da Universidade Vale do Acaraú e pelas leituras de obras educacionais. Professora, Poetisa, Escritora, compositora, pintora, moça de muitas artes soube conservar a humildade de uma maneira impressionante. Deixou a marca de sua personalidade na formação de muitas gerações, principalmente estudantes do Patronato Sousa Carvalho e Colégio Ipuense. Sua casa era um constante vai-e-vem de estudiosos, professores, visitantes, e pesquisadores em busca do saber.
Destaque para o seu livro “Ipu em Três Épocas”, pelo minucioso registro sócio-político, histórico, religioso e educacional de nossa terra. Dedicou sua vida e seu tempo a Deus e a Educação.
Religiosa por convicção soube suportar com serenidade as adversidades e os sofrimentos. Hoje ela deu apenas um sorriso e partiu. Durou mais duas horas a Celebração Eucarística e a despedida dos amigos na Igreja Matriz. Vários oradores enalteceram a sua ação pedagógica, a sua obra literária e o seu apostolado. O Coral entoou a canção Alma de Luz que se misturou com a emoção de lágrimas de saudade. Maria Valdemira Coelho Mello será eternamente o referencial de educação, o símbolo da cultura e o ícone da nossa história.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Prefeito Joaquim Lima



MEUS SENHORES:
“Mais melhoramentos iniciados e concluídos na minha administração, venho entregar ao distinto povo ipuense”.
Si bem que para muitos tenha sido o regime discricionário do Brasil considerado época de prepotência, nestes últimos quatro anos, para mim julgo um período de construção e atividades.
Não há quem volvendo o olhar para os dias que precederam a Revolução queira ocultar a paralisia enervante nas administrações públicas. A preocupação política dos gestores controlando o poder e conspurcando os direitos alheios, esquecia o bem coletivo. Uma estagnação criminosa, a falta de interesse pelas causas do povo, era o que víamos no velho regime.
Outro tanto não aconteceu quando raiou a aurora de 1930, com o triunfo outobrino. Aprecie o movimento de iniciativas e realizações, o critério presidido na ordem administrativa e dizei-me si o que afirmo descansa em base desdobrada comprovação. Examinai, para exemplo, o Ceará, onde mais do que em qualquer outra parte parece que predominava o descaso pelos negócios públicos, na atuação da degradante politicagem.
Penetrai nos seus municípios e encontrareis em todos, um raio de esforço em prol da coletividade. Pelo menos, em grande parte, foi substituída a imposição absurda do chefete pela tranqüilidade e distribuição de justiça, pelos empreendimentos e pelas direções construtoras.
Talvez seja eu considerado imodesto vindo narrar fatos e fazer a apologia dos acontecimentos que enobrecem e empolgam o período revolucionário. Mas, se me atrevo a tanto, não é no intuito de me louvaminhar, porem somente para ilustrar positivamente a razão de minhas asseverativas.
E quando assim me expresso não devo ocultar também que este período áureo, de progresso raro, vai declinando consideravelmente e se obrundando dentro do mesmo ambiente de erros, confusões e descrédito em que jazíamos antes da derrubada de 1930.
Entrou o País na sua constitucionalização e logo vemos a volta dos politiqueiros, numa avançada de lobos, a querer dominar as posições e abocanhar o poder. Nos partidos se aglomeram os mesmos elementos que formavam ontem a muralha vergonhosa que provocou a Revolução. Famintos e saudosos dos dias em que enfeixavam o mando faziam da coisa pública uma feitoria e adotavam a política a seu talante, apressaram-se para as reivindicações.
As eleições do ano passado foram o atestado da corrida infrene, da ância de subir, e para isso se puseram em prática os degradantes expedientes de antanho. Estados, como o nosso, ainda vive-se momentos de apreensões, aguardando o resultado de um pleito em que se procuram usurpar direitos adquiridos.
Pará, Alagoas, Espírito Santo, ainda experimentam as conseqüências tristes, resultantes dos abusos cometidos em torno das eleições. É o regresso do Brasil aos velhos processos. É a desilusão dos que se bateram pelos dias de ordem e sonhavam com uma Pátria Grande. Melhoramos por algum tempo, e regredimos à situação de inferioridade e velharias.
Tomando o assunto principal desta sessão, cabe-me vos capacitar da forma como foi conseguida a construção do Matadouro ora inaugurado.
Atentando o intento de sua edificação desde o início de minha gestão, em novembro de 1934 começaram-se os trabalhos. Vendo que as rendas da municipalidade não davam para os serviços, apelei para o Exmo. Interventor Felipe Moreira Lima, que bondosamente me concedeu o auxílio de sete contos de réis (7:000$000). Foram gastos na construção 9:363$000, podendo ser computado o seu valor total incluindo o do terreno, então já pertencente à Prefeitura, em... 10:000$000, por quanto passará a figurar no patrimônio do município. Conquanto não fique o Ipu dotado de um Curro modelar, todavia, já poderemos fizer que temos o ventre da cidade descongestionado da latada tosca e antiquada que nesta Praça recebia falso nome de Matadouro.
Começará o seu funcionamento oficial a 1º de maio próximo, para o que se acha devidamente regulamentado pelo decreto nº 106, que será enviado aos Srs. Marchantes. Com a introdução deste melhoramento eleva-se o patrimônio da Prefeitura de Ipu, que me foi entregue no valor de 651$280 à cerca de sessenta contos, prova inconcussa de que não foram tão úteis os dias da administração, que sob a minha direção, chegaram ao seu término.
Ao Sr. Interventor Federal cabe grande parcela de agradecimentos de nossa parte nesta inauguração, em virtude do auxílio valioso com que nos dadivou.
Para terminar, aproveito esta reunião para externar ao povo de minha terra os meus agradecimentos imorredouros pela cooperação que me prestou no pouco que procurei realizar no período administrativo que dentro de poucos dias será encerrado. A par da coluna dos descontentes e das mãos que durante o longo período de quatro anos e meio lutaram doidamente contra os meus atos, vendo em mim, por ventura um inimigo da terra que me sérvio de berço. – contei com a maioria sadia e forte dos meus patrícios, a qual constitui o meu esteio nas realizações legadas ao bem comum, e com ela contarei sempre para não permitirmos que venha essa gleba querida cair novamente nas mãos dos títeres da politicagem que nos aviltou por longos anos.
Congratulando-me com o povo ipuense pelo justo acontecimento que deu motivo a esta sessão solene, formulo votos para que os meus sucessores trabalhem pelo seu constante progresso, pela sua felicidade moral e social, ao diapasão do direito e da justiça, da ordem e da paz”.

Ipueiras.



DISTRITO DE IPUEIRAS

Pelo decreto estadual nº 1156, de 4/12/1933 foi extinto o antigo município de Ipueiras, incorporando-se ao de Ipu o Distrito sede e o de S. Gonçalo.
Em março de 1935, num ato de justiça, para o qual concorri em tudo que esteve ao meu alcance, foi o mesmo restaurado. A sua renda foi nos quatorze meses de agregado a Ipu, de 16:892$000 tendo sido entregue com o saldo de 1:219$050.
Dadas às obrigatoriedades que pesam aos Prefeitos sobre as divisões das rendas, não permitiram a arrecadação que no importante Distrito de Ipueiras, onde possuiu o Ipu munícipes e distintos e cooperadores de sua administração, se fizessem melhoramentos de monta. Uma reforma no Matadouro, concertos em diversas ladeiras, emplacamento de algumas ruas e o asseio da Vila, foram característica da gestão ipuense em Ipueiras.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Homenagem a Cruzada Infantil de Ipu



Nossa Homenagem

A Cruzada Eucarística de Ipu, regada pelo sentimento de gratidão e amizade, eleva ao Deus Eucarístico, hinos de ação de graça pela auspiciosa data-8 de dezembro-data que assinala o 2° aniversário de ordenação sacerdotal de um filho genuinamente Ipuense- Rev.Pe. Francisco das Chagas Martins.
O Sacerdote é o representante de Cristo na terra E’ êle que, pelo exemplo e pela palavra, conduz as almas a Deus, incentivando-as à prática das mais sublimes virtudes, transformando-as em sacrários vivos de Cristo, difundindo assim, num ardente Zêlo apostólico, o reino de Deus nas almas.
A cruzadinha de ipu, participando das justas alegrias de seu incansável diretor, deixa expressa nas páginas de Ipu em Jornal, as felicitações sinceras, a dedicação perene e osculando reverentemente as suas mãos, repete as palavras de Cristo: _” Tu es Sacerdote in eternum “”.


Salve! 08 de dezembro de 1958

Dados Biográficos de João Tomás L. Martins



João Tomás Lourenço Martins
Numa manhã de 10 de abril, nasce em Ipu João Tomás, filho de Antonio Carvalho Martins e Maria Auri Lourenço Martins.
Deu os seus primeiros passos ladeados pelos visinhos, Sr. Alberto Aragão, Seu Janjão e Dr. Evangelista. O pequeno menino era chamado de Tontinho e até hoje assim o conhecemos.

Marcou a sua infância no Quando da Igrejinha. Estão gravadas em sua memória as brincadeiras, sob a cumplicidade da lua, jogos de futebol, sob as frondosas copas dos tamarindeiros, dos banhos de chuva com direito a construção de açude, dos banhos no Gangão, os flertes os namoros, as voltas no Jardim de Iracema, e marcando presença nas tertúlias nas casas de família.

Seus primeiros estudos foram no Centro Educacional Sagrado Coração de Jesus, depois no Seminário da Floresta em Fortaleza, voltou a Ipu e retorna ao antigo Ginásio Ipuense para concluir o seu antio Curso Ginasial. Naquele ano, sua turma funda, sob a orientação do Prof. Francisco Melo, o periódico “Cultura Estudantil”.
De volta a Fortaleza, Matricula-se na Escola Técnica Federal do Ceará onde concluiu o Curso Técnico em Edificações.
Tornou-se Bacharel e licenciado em Sociologia pela Universidade de Fortaleza-Unifor.
Em 1996 ingressa na Universidade Estadual do Ceará –Uece, concluindo o curso de bacharelado em Administração de Empresas e Extensão em Administração Pública.
Como sindicalista participo de inúmeros eventos no sul do país, integrando a comitiva no Congresso Latino-americano de Trabalhadores realizado em 1987 em Buenos Aires.

João Tomás exerce hoje o cargo de Analista de Custos e Orçamento da Telemar, é ainda instrutor do Programa CQT-Gerencia de Qualidade total-consultor do modulo Project Sistem do Sistema Empresarial de propriedade alemã SAP.
Como leva a vida: Pai de família casado com Geísa a primeira neta do Sr. José Jovita e da Dona Maroquinha, filha de Evani e Raimundo Tabajara. Do enlace nasceram: Igor, Talita e Ian.

Leva uma vida fazendo aquilo que gosta de uma maneira simples. Trabalhando. Amando profundamente a família. Torcendo pelo Botafogo. Falando para os amigos das coisas do Ipu, mormente aqueles de caráter jocoso que seu pai costumava contar, e agradecendo a Deus por lhe ter dado a graça de ter nascido no Ipu do seu coração.




terça-feira, 10 de maio de 2011

Cine e Bar Trianon



Cinema e Bar Trianon.
Papai lembrava muito dos cinemas que existiam na cidade, inicialmente foi o Cine Trianon, de propriedade dos Irmãos Fonteles (Os Prontinhos) era o Riomar, Jaime e Milton Fonteles que funcionara por algum tempo na Rua da Goela onde funcionou por muito tempo em total atividade educacional a Escola Ternurinha. A película era muda e muitas partes eram explicadas pelos proprietários. Os Filmes mais comuns eram “O Gordo e O Magro” “A Paixão de Cristo” e algumas outras fitas eram de “Cowboys”. Todos freqüentavam e viviam os grandes momentos das histórias exibidas. Depois se transferiu para Rua Pe. Corrêa onde hoje e a Panificadora “Sete Estrelas”, continuando por muito tempo com o mesmo ritmo de filmes.

Os Irmãos Fonteles possuíam ainda o Bar Trianon. Bar muito Chique vendiam todos os produtos inerentes ao funcionamento de um Bar. Papai lembra que o balcão era em forma de U bem grande com assentos altos e com acolchoados que ficava bem macio e aconchegante para clientela. Era localizado onde hoje é uma das Casas Freitas.

Ruas de IPU

(Foto Acervo Prof. Melo)

RUAS DE IPU.

Primeira Rua de Ipu que se chamou por muito tempo de Rua da Goela, denominação de nossa toponímia onde nasceu Ipu e depois na sua extensão nasceu a primeira rua para dar continuação ao papo que é a goela.
A denominação Senador Catunda foi uma homenagem a um Juiz que residiu no Ipu por muito tempo tornando-se depois Senador da Republica e que escreveu a Biografia do Reverendíssimo Padre Corrêa no Livro Bacamarte dos Mourões; uma biografia pura e verdadeira da vida daquele Sacerdote. Senador Catunda era filho de Santa Quitéria. Veio depois a nossa primeira artéria se chamar de Rua Cel. Pedro Aragão uma homenagem ao Intendente nos anos de 1908. Nome merecido, pois Pedro Aragão era filho de Ipu.
Cel. Pedro Aragão quando da passagem de Frei Vidal da Penha mandou confeccionar duas cruzes com uma altura e 30 palmos para ser colocada em frente da antiga Capela e outra no local onde hoje é a Agencia do Banco do Brasil, pois ali tinha sido cavado uns alicerces para a construção de uma Igreja em 1868.
Continuador das obras do Cel. Felix de Sousa. Ocupou os cargos de Coletor Federal e Estadual e foi sempre estimado pela moderação que lhe era peculiar. Era Pai de D. Maura Aragão esposa do nosso muito conhecido José Otávio.
Nasceu em 28 de junho de 1852 e faleceu a 30 de maio de 1923.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Paulo Afonso



PAULO AFONSO (usina hidrelétrica)

Semira Adler Vainsencher
semiraadler@gmail.com
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

No século XVI, por ocasião do descobrimento do Brasil, os portugueses já se admiravam da força das águas do
rio São Francisco. Um dos colonizadores, Pero de Magalhães Gandavo, em 1576, deixava registrado que esse rio era navegável por sessenta léguas e que, a partir de certo ponto, não se podia passar, devido a uma grande cachoeira cujas águas caiam de uma altura muito grande. Ao longo dos séculos, muitas tentativas para se aproveitar o potencial do chamado “Velho Chico” foram sendo imaginadas.

Cabe salientar que Paulo Afonso encontra-se situada no centro geográfico das regiões mais pobres dos Estados da Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco. E que, antes do advento da
CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - a localidade já tinha servido como esconderijo do bando de Lampião, que se embrenhava na Furna dos Morcegos e no raso da Catarina, uma região com seus 6.400 km2 de difícil acesso e de condições bastante hostis.

Por volta de 1910, o legendário industrial
Delmiro Gouveia conseguia aproveitar a força da cachoeira de Paulo Afonso, e construía uma usina hidrelétrica. Para tanto, encabeçou a criação de uma empresa de capital misto, juntamente com um milionário e um engenheiro norte-americanos e, como o primeiro passo, adquiriu as terras localizadas nas margens da cachoeira, do lado alagoano, incorporando-as ao domínio privado.

Em seguida, conseguiu obter vários privilégios do Governo, entre os quais o direito de explorar as terras improdutivas em Água Branca, Alagoas; a concessão para captar o potencial hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso e produzir eletricidade; e a isenção de impostos referentes à sua fábrica de linhas de costura Estrela, na localidade de Pedra, situada a 23 km da cachoeira. Entre 1910 e 1911, todos essas concessões foram transformadas em decretos-lei pelo Estado de Alagoas e, desse modo, através dos esforços de Delmiro Gouveia, era construída Angiquinho, a primeira usina hidrelétrica.

Para gerir os seus empreendimentos, o industrial tornou a pleitear, junto aos Estados nordestinos, concessões adicionais e isenções de impostos. Vale ressaltar que, em se tratando de Pernambuco, o General
Dantas Barreto (o governador, na época) negou aqueles pleitos, alegando que eles eram lesivos aos interesses do Estado. A despeito da negativa, entretanto, Delmiro Gouveia levava adiante o seu projeto e, no dia 26 de janeiro de 1913, Pedra já possuía energia elétrica fornecida pela cachoeira de Paulo Afonso. A usina de Angiquinho continha três turbinas a uma altura de 42 metros, com tensão de 3.000 volts, sendo a primeira de 175 kVA, a segunda de 450 kVA e, a última, de 625 kVA.

Poucos anos depois, em 1917, vale lembrar, enquanto lia jornal na varanda de sua casa, alguns pistoleiros matavam o pioneiro da energia elétrica do
Nordeste do Brasil. E em uma justa homenagem prestada pelo Governo de Alagoas, algumas décadas após aquele incidente, a antiga localidade de Pedra passava a denominar-se cidade Delmiro Gouveia.

No ano de 1921, por ocasião do Governo de Epitácio Pessoa, era realizado o primeiro levantamento topográfico da cachoeira de Paulo Afonso. Entretanto, o impulso para a construção da usina Paulo Afonso I surgiria a partir de 1942, mediante os esforços de Apolônio Sales, Ministro da Agricultura de Getúlio Vargas, que no dia 4 de abril de 1944, propôs a criação da Companhia Nacional Hidrelétrica do São Francisco.

Neste sentido, pode-se afirmar, então, que a construção da primeira usina hidrelétrica de Paulo Afonso está intrinsecamente ligada à criação da própria CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco.

Em 1949, iniciou-se a construção da usina de Paulo Afonso I. Vale destacar que a barragem de Paulo Afonso I está localizada em um arquipélago fluvial, situado a 250 km da foz do rio São Francisco, e que a construção de uma barragem móvel, no braço principal do rio, foi de difícil solução. Contudo, alguns anos depois, foram concluídos os trabalhos referentes à edificação daquela barragem e de sua ligação com a barragem fixa.

O sistema de Paulo Afonso I foi inaugurado em 1954. A princípio, nele havia somente duas máquinas geradoras, de 60.000 kW cada uma, referentes às linhas tronco Norte, para o Recife, e Sul, para Salvador, assim como as estações intermediárias de Angelim e Itaparica, compreendendo um total de 860 km de linhas de transmissão de 220 kV.

Foram assinados, ainda, contratos para o fornecimento de energia elétrica para as cidades de João Pessoa, Campina Grande, Aracaju, Garanhuns, Pesqueira, Goiana, Itabaiana, Riachuelo e Maruim, assim como para oito empresas particulares. A produção anual de energia do sistema atingia 202.572.710 kWh.

Entre os anos de 1963 e 1968, edificou-se a usina Paulo Afonso II. Na época, o complexo possuía uma potência total nominal de 615 MW. Entre 1969 e 1970, Paulo Afonso III era concluída e, em 1971, suas duas primeiras unidades começavam a funcionar. A usina Paulo Afonso IV, por sua vez, entrava em operação no ano de 1979.

Se o consumo de energia per capita era, em 1955, de 35 kWh por habitante ao ano, em 1975 chegava a 220 kWh, significando um aumento de 529% no período. Nos dias de hoje, o Complexo de Paulo Afonso, formado pelas usinas Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales (em Moxotó), produz um total de 4 milhões e 280 mil kW. Toda essa energia é gerada através de um desnível natural de 80 metros do rio São Francisco, e a cachoeira de Paulo Afonso continua sendo preservada.

E, enquanto suas máquinas gigantescas circulam sob o impacto das águas da cachoeira, o Complexo de Paulo Afonso segue alimentando a fome de energia da Região Nordeste, atendendo aos setores primários, secundários, terciários, impulsionando o turismo, gerando novos empregos, e contribuindo para o desenvolvimento do país.

FONTES CONSULTADAS:

CHESF . Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Recife, [2002?].

GOMES, Francisco de Assis Magalhães. História & energia: a eletrificação no Brasil. São Paulo: Eletropaulo, 1986.

IULIANELLI, Jorge Atílio Silva. Análise (curta) dos confrontos (recentes) do pólo sindical do Sub-Médio São Francisco: quando o inimigo é difuso e criminoso. Cadernos do CEAS, Salvador, n. 185, p. 37-56, jan.-fev. 2000.

JUCÁ, Joselice. CHESF, 35 anos de história. Recife: CHESF, 1982.

LINS, Rachel Caldas. Uma aproximação hidrográfica com as perspectivas energéticas do Nordeste. Estudos Universitários, Recife, v.13, n.4, p.41-69, out./dez. 1973.

NASCIMENTO, Luiz Fernando Motta. Paulo Afonso: luz e força movendo o Nordeste. Salvador: EGBA/ACHÉ, 1998.

OLIVEIRA, Rezilda Rodrigues. A CHESF e o papel do Estado na geração de energia elétrica. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 32, n. 1, p. 10-35, jan.-mar. 2001.