quarta-feira, 30 de junho de 2010

Revitalização da Praça da Igrejinha

(Praça da Igrejinha.) Prefeitura Municipal de Ipu.
Ipu!

Terra de Iracema, cantada no Romance de José de Alencar, distinta filha de Araquém que percorreu as matas virgens do Ipu aos respingos da esvoaçante e pachorrenta Bica do Ipu. Ipu do secular Tamarindeiro, da Rua da Goela a nossa primeira Rua onde começou a nossa história. Ipu do Ipuçaba murmurante que fertilizava as nossas terras propiciando de forma abundante os nossos Canaviais. Dos Engenhos dos Carros de Bois numa expressão bucólica dos nossos primeiros habitantes do Arraial que chamamos inicialmente de Papo seguindo-se da Rua da Goela dando na sua toponímia a formação de um pássaro. Aqui foi início de nossa Economia dada a funcionabilidade constante dos nossos Engenhos na Fabricação da Rapadura e outros produtos similares. Foi incontestavelmente o inicio de tudo neste pedaço de chão onde hoje vivemos as suas memórias. Ipu, de nossa Igrejinha anosa onde está contida a nossa Fé e o respeito aos nossos princípios de cristão que, segunda a Professora e Escritora Valdemira Coelho, “que ao badalar do sino da Igrejinha, despertava-nos na esperança e acordava-mos da Fé”. Ipu, do velho Quadro, das Escolas Reunidas, do Gabinete de Leitura, da Escola Normal Rural de Ipu. Ipu dos seus Casarões Seculares, da Impoluta Figura do nosso Saudoso Mons. Gonçalo Lima, Igrejinha de suas festas religiosas de São Sebastião na fé incontida de todos nós. Ipu! Grei Tabajara, terra de todos nós. Sejamos Ipuenses!
(Texto produzido para revitalização de nossa Praça do Quadro)


Carta 1968


terça-feira, 29 de junho de 2010

Biografia de Osvaldo Araújo

José Osvaldo Araújo
(Osvaldo Araújo)


José Osvaldo Araújo, filho de José Lourenço de Araújo e Maria do Carmo Araújo, nasceu em Ipu a 17 de março de 1894. Nesta cidade cearense fez seus estudos elementares, em cursos avulsos, nos colégios “07 de Setembro e José de Alencar”, tornando-se depois, praticamente, um autodidata, em face da precariedade dos referidos cursos.
Vantajoso e pesquisador, sempre procurou adquirir conhecimentos através de leituras, preferentemente sobre assuntos históricos ou relacionados com a imprensa.
Em 1910, aos 16 anos de idade, iniciou uma coleção do Primeiro Número de periódicos brasileiros, coletânea, conhecida em todo Brasil, tendo cerca de 7.000 exemplares por ocasião de seu falecimento e atualmente quase 10.000, periódicos.
Continuando as atividades paternas, foi comerciante em Ipu até o ano de 1932, quando se transferiu para Fortaleza, a fim de promover a educação de seus filhos. Nesta capital ingressou na “Sul América”, em atividades securitárias, na qualidade de Chefe de Produção de Seguros de Vida, com jurisdição em todo o Estado do Ceará.
Aposentou-se em 1958.
De 1959 a 1964, sob a sábia orientação de Thomaz Pompeu Sobrinho, exerceu as funções de Secretário Executivo do Instituo de Antropologia da Universidade Federal do Estado do Ceará, onde se transferiu, em 1965, para exercer funções no Instituto do Ceará, (Histórico, Geográfico e Antropológico), posto em que permaneceu até a sua morte, tendo sido eleito sócio do referido Instituto.
Colaborou na Revista do Instituto do Ceará e na imprensa de Fortaleza, como fazia antes nos jornais do interior.
Integrado à diretoria da Associação Cearense de Imprensa (ACI), restaurou a hemeroteca do prestigioso sodalício, a qual tem seu nome.
Figurou no Conselho Superior até o fim de sua vida.
Em 1967, comemorando o centenário do nascimento de seus progenitores, publicou monografia intitulada: “Esboço Genealógico do casal José Lourenço de Araújo e Maria do Carmo de Araújo”.
Foi poeta, tendo várias de suas poesias publicadas neste e em outros Estados do país.
Deixou inédito um livro de poesias e outro sobre sua terra natal o seu “Pé de Serra”, como carinhosamente designava seu extremado Ipu.
Consorciando-se em primeiras núpcias com D. Maria Estrela de Aragão Araújo, ao enviuvar contraiu matrimonio com D. Maria Zita Timbó Araújo.
Deixou 08 filhos: Professora Maria do Carmo Aragão Soares; Padre Doutor José Lourenço de Aragão Araújo; (Professor da PUC de São Paulo e da Universidade de Santos); engenheiro José Amaury de Aragão Araújo (Professor de UF Ceará, Assessor do (DNOCS); Médico José Raimundo de Aragão Araújo (Professor da UF Bahia, Radiologista em Salvador); Geólogo José Osvaldo Araújo Filho, (Professor da Universidade de Brasília); Maria Estrela de Araújo Fernandes (Professora da UF Para); Maria Olinda Araújo Magalhães (Professora e Supervisora do Colégio das Doroteias em Fortaleza) e Maria Zita Timbó Araújo (Engenheira do DNOCS)).
Faleceu em Fortaleza, a 02 de setembro de 1975.

Domingos Gabriel.


Chegada do Trem(02)

A Chegada do Trem
Por: Francisco Melo (Prof.).


Os mais velhos se recordam dos horários do trem, que chegavam e partiam pela manhã ou à tarde, sempre reunindo platéia de Ipuenses. Era um “footing” que rivalizava com as retretas na “avenidinha”, (de Iracema) – no Coreto, que hoje não existe mais. Não faltando sequer às meninas enamoradas bem arrumadinhas e cheirosas, com os galãs da moda fazendo à corte a pompa possível.
As segundas, quartas, sextas e sábados, às 08h40min horas passava o horário de Crateús rumo a Sobral e Fortaleza; as terças quintas (de Camocim), sextas e domingos, era à volta, às 14 horas.
Quando o trem partia de Pires-Ferreira ou Abílio Martins, as estações mais próximas para o norte e sul, respectivamente, o telégrafo avisava e a sineta da estação tocava para todo Ipu ouvir e saber que houvera a “partida”; era preciso apressar-se e caminhar, que dentro de uns vinte minutos, ou coisa assim, chegaria à composição despejando e colhendo passageiros. O trem tomava água numa grande caixa d’água existente a uns cem metros da famosa Ponte Seca, (ah! Ponte Seca) dali dirigindo-se para a Estação soltando da descarga de vapor uma imensa nuvem branca e gelada de fumaça – não se sabe direito porque gelado, e como diversão mergulhava na vaporização a meninada sempre com grande prazer e alegria.
Quando o “trem horário” partia e já lá nas imediações das Pedrinhas ou no corte, isto é quando já tomava velocidade soltava um longo apito que todos ouviam no Ipu (apito saudoso). O mesmo acontecia quando chegava exatamente nas proximidades das Pedrinhas e Corte. Os retardatários que se apresassem. Para avisar da partida, o sino da Estação tocava três sinais, com ligeiros intervalos entre um e outro. O chefe-de-trem soprava seu apito autorizando a partida. Era a hora das despedidas, muitas das quais ficaram na eterna lembrança de namorados, noivos, mães, maridos e filhos que partiam talvez para sempre.
A locomotiva soltava então um rápido apito a vapor, dava um puxão nos vagões, e partia fumaçando, e lá se vai o trem levando saudades e deixando tristezas. Uns partiam para sempre, outros teriam um breve regresso.
Não deixando de acontecer nas vindas de Fortaleza, os Jornais da Época: O Correio do Ceará, Unitário o “Povo” e revista “O Cruzeiro”. A revista O Cruzeiro era esperada com certa ansiedade pelos intelectuais da cidade para serem lidos e comentados os artigos de David Nasser e Raquel de Queiroz, e também a interpretação da “charge” do Amigo da Onça, de Péricles (O Pequim) era um sucesso. Comerciantes aproveitavam para receber e enviar encomendas a outras cidades, alguns deles até fechavam a Casa Comercial para cumprir parte de suas obrigações comerciais com o trem – horário, no tocante as correspondências, especialmente para Sobral.
Na demora do trem na estação os freqüentadores da passagem do horário e os próprios passageiros aproveitavam para comprar bolachas, pão, cocadinhas, e “bulins”; tomar o café donzelo da Arlinda, o refresco o “Diassucar”. Na volta os admiradores e apaixonados pelo trem paravam obrigatoriamente na padaria da esquina da praça para degustar o pão carioca quentinho saindo naquele momento, era a Padaria do Antonio Rocha. Mais adiante aproveitávamos para saborear uma bolacha de fabricação especifica do seu Manoel Assis a “Hoste Luiz”.
Quantas saudades ficaram sepultadas para todo o sempre no último olhar em direção ao comboio que partia aos apitos já bem distantes, bem depois do corte.
Quantas separações! Quantos romances desfeitos!Quantas vidas desencontradas que ficaram para trás, de quem partiu, e na direção do “horário” de quem ficou.

Velho Ipu! Velho trem! Nunca mais!

Caderno (04


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Filatelia.

Em 1995. O Clube Filatélico de Ipu faz entrega de Cerfiticados de Apreciação as seguintes pessoas: Zaíra Martins (MelhorArtista Plástica), Bosco Farias (Melhor Comunuicador),Zélia Paiva, Graça Ayres, Prof. Ramos ( Prfessores em Destaque), Marcilio Lima (Melhor Compositor de Músicas para o Carnaval) e Dião Tavares (Melhor Carnavalesco).
Filatelistas: Marcio Xerez, Ulisses Torquato, Francisco Mello, Paulo Germano,Samuel Ramos, Jônatas Soares e Tarciano Silva.
A outorga foi realizada ao vivo no Programa do Bosco Farias na Rádio Iracema de Ipu.

Histórias de Ipuenses.

HISTÓRIA DE JOÃO CRISTÓVÃO DE PAIVA

João Cristóvão ou João da D. Águida como era conhecido, morou por muito tempo em Fortaleza na rua São Paulo 1218, onde funcionava a “PENSÃO” de propriedade de sua mãe e que abrigava pessoas, estudantes, principalmente do Ipu.
Por algum tempo ali fixei residência, quando dos meus primeiros anos de estudo em Fortaleza, ainda recruta quase não conhecia nada e para melhor me adaptar fui morar lá em companhia de muitos outros filhos de Ipu.
João, além de funcionário do Excelsior Hotel, era alfaiate, costurando somente para homens.
Certa noite ao chegar do Hotel por volta de 10h.João procurou logo se recolher, era o plantonista da porta, ou seja, quem abria e fechava a porta para nós estudantes ali residentes.
Nesta noite quando chegamos da Central da RFFSA onde costumeiramente íamos esperar a chegada do Trem P6, vindo da zona Norte do Estado encontramos o nosso bom João dormindo de peito aberto, foi aí que o Gomes Farias que estava neste momento vindo da cozinha presenciou aquele momento de muito sono do João, e resolveu voltar ao local onde eram feitos os alimentos de D. Águida encontrou pendurada num prego da citada cozinha uma “fussura” ou “fissura”, e como a mesma ainda se encontrava fresca conseguiu molhar os dedos de sangue e passou no corpo de João que ao acordar e se dar conta daquele sangue em seu corpo faz um alarme dos mais incríveis correndo por todo interior da casa dizendo “Mamãe me acuda pelo amor de Deus que eu estou furado e não encontro o buraco”, quando D. Águida acorda e ver tudo aquilo diz: João isto é o sangue da “fissura”, já sei, é “safadeza” do Neném Pereira naquela época Gomes Farias era conhecido assim.
Mas tudo acabou em paz dormimos naquela noite depois de muitas risadas e gargalhadas
HISTÓRIA DO CAJÃO

No inicio dos anos 50, as músicas em evidência eram: O Tango, A Valsa, O Xote a Polka, e etc. O Bolero era pouco conhecido, estando naqueles anos começando a aparecer.
Cajão era muito dançador ao primeiro “toque” dançava até o último ininterruptamente, era como se diz do começo ao fim do Baile ou até o toque final que era o “Zé Pereira”.
Estava numa Festa no Grêmio e a Orquestra vinda de Sobral animava o baile vibrantemente, e em dado momento, Cajão dançava um XOTE, com um enorme chapéu “A Lá Mexicano” e a orquestra que era muito boa entoou o novo ritmo que era o BOLERO. Seu par de imediato parou. Não sabendo coreografar a nova dança. Cajão não gostou e perguntou: porque paramos?
Ela responde não sei dançar este ritmo.
Cajão insiste vamos, você como Pé de Ouro do Ipu, tem que saber dançar tudo.
Deolina, diz: seu Cajão, mas, eu não sei.
Ele resoluto responde, menina isto é muito fácil;São Apenas dois passos DENTRO e um nas BEIRADAS
HISTÓRIAS DE VICENTE ROCHA

Vicente Belém Rocha, depois que ficou viúvo resolveu fazer o que não tinha feito na sua mocidade, dançar muito (na ponta dos pés) subir e descer nos altos postes da antiga Cenorte, hoje Coelce, ser treinador de time de futebol e eterno político combatendo sempre os erros dos administradores.
Certa vez fazia uma volante anunciando um jogo de futebol que aconteceria na cidade, e ao passar por perto da Igreja Matriz, onde o Padre celebrava a Missa das nove horas, ouviu um sermão inflamado que o mesmo estava fazendo para os seus paroquianos.Visto aquilo Vicente que gostava das coisas direitas diz bem baixinho no microfone da amplificadora “HEI PADRE? DEIXE DE CONVERSA FIADA, EU QUERO É O CEMITÉRIO LIMPO!” Não quero saber de gritos na Igreja não! Naquela época o Cemitério era muito sujo e mal zelado, pois era administrado pela Paróquia.

Antonio Carvalho Martins, e com a armação satírica do Dr. Célio Marrocos, apronta umas das boas com o ínclito VICENTE BELÉM ROCHA.
Estava em épocas de eleições para Presidente da República, cujos candidatos eram: Jânio Quadros e General Teixeira Lote, respectivamente cognominado homens da vassoura e da espada.
Ao ser indagado sobre as eleições para Presidência da República, e outras coisas mais;
Vicente responde: Não estou sabendo de nada.
Não tarda e logo em seguida outro ataque, desta vez é o Antonio Martins quem fala:
Vicente, por que você com toda esta sua capacidade e com tão polpuda cabeleira (de leão), não se candidata! Ainda com a palavra Antonio Martins passa a dar uma “cordinha” dizendo Vicente aceite ser candidato você reúne todas as condições! Você já está até mesmo parecendo com este seu jeito de Político, de Presidente da República.
Vicente sem muitas delongas responde: já que vocês estão insistindo muito eu ACEITO. Mas quero o apoio de todos, mesmo porque eu não posso trabalhar só, é uma campanha muita pesada e difícil.
Todos aplaudem Vicente. Tudo isso aconteceu no Banco dos Velhos, como estava combinado. Naturalmente todos confirmam o apoio que para Vicente era por demais valioso. Mas Vicente retruca ainda:

Não pensem vocês que vou trabalhar somente por Ipu, eu tenho que trabalhar por Reriutaba, Cariré, Amanaiara e outras cidades da região.
Vejam que ingenuidade!...
É verdade!...

sábado, 26 de junho de 2010

Biografia de Abdoral Timbó

Abdoral Timbó

(Prof. Mello.)

Nascido em Cajazeiras dos Timbós, hoje Hidrolândia, foi Abdoral um dos mais legítimos filhos de Ipu. Procedente da circunvizinhança de Ipu trazia o sobrenome de histórica e tradicional família feudal que desconhecia limites geográficos restritos, incorporada que era aos municípios próximos pelas raízes familiares numerosas que alimentavam o povoamento regional e pela força do sangue que, nutria e mesclava os diversos ramos familiares da redondeza. Assim era o latifúndio social e familiar atingindo Tamboril, Santa Quitéria, Reriutaba,
Ipu Serra Grande, etc. Era a Pátria comum...
Assim Abdoral foi trazido ao Ipu, na adolescência, constituindo-se, até os 77 anos de vida, um dos mais autênticos e legítimos filhos da Terra.
Faleceu aos 05 dias do mês de junho de 1973.
Autodidata, com todas as letras, estudou, aprendeu e exercitou seus conhecimentos vida afora.
Convivendo com elementos de alto saber da região, muitos deles também autodidatas, nivelou-se aos demais no cultivo das letras e compôs a elite intelectual do Ipu, ao seu tempo, na companhia de Abílio Martins, Dr. Souto Maior, Antonio Marrocos, farmacêutico Thomaz Corrêa, Osvaldo Araújo, Francisco Araújo, Manoel Bessa, Joaquim Lima, Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, José Maria Sabino, Edgard Corrêa, Dário Catunda, Leo Martin, Eusébio de Sousa, sendo possuidor da maior biblioteca particular do Ipu.
Sócio fundador do Gabinete de Leitura Ipuense e de Jornais Ipuenses da época, do Grêmio Ipuense, teve participação ativa e permanente na vida sócio-cultural, empresarial, política, desportiva e agropecuária do Ipu.
Foi também um dos fundadores da Associação Comercial, do Sindicato Rural, da Sociedade de Proteção a Maternidade e a Infância de Ipu, Mantenedora da Maternidade e Hospital Dr. Francisco Araújo, Núcleo Educacional de Ipu, que mantém o Ginásio Ipuense, de Associações esportivas, etc.
Como político, exerceu suas atividades dentro do critério rígido do significado conceitual da “Ciência e da Arte do Bem Comum”. Antes de tudo, sempre coerente, autêntico consciente e fiel aos postulados partidários e, sobretudo, as lideranças que acatava e aos liderados que atendiam a sua orientação. Foi um político sério.
Conheci-o como correligionário do Dr. Plínio Pompeu, Dr. Gentil Barreira, Virgilio Távora, Adauto Bezerra, da antiga U.D.N., bandeira que sempre defendeu e o abrigou.
Do meu conhecimento, foi o Político de maior espírito público e de mais dedicação ao Ipu. Sempre atento ao desenvolvimento da terra e a melhoria de vida da população, vivia a obsessão do progresso do Ipu.
Embora há tempos, tenha sido Prefeito Municipal, mesmo sem o cargo executivo, funcionou como assessor, conselheiro, mentor, procurador e tudo mais das administrações do Município, deixando o rastro do trabalho nas mais variadas realizações públicas do Ipu. Batalhou pela instalação da Agencia do Banco do Brasil que ainda hoje presta inestimável serviço a Região, pela reinauguração da Energia Elétrica, pela contorção do Campo de Aviação Plínio Pompeu, pela Instalação do Serviço de Abastecimento d’água da cidade, pela criação do Posto Agropecuário, pela fixação da Unidade de Saúde da FSESP e pela construção do Centro Maternal, do Estádio de futebol “Pereirão”, da Praça Thomaz Corrêa, no Quadro da Igrejinha, etc.
Em tudo havia o “dedo”, a presença, o estímulo e a boa vontade do Abdoral.
Foi eleito Deputado Estadual exercendo o mandato por duas vezes dentro dos critérios que nortearam sua vida de cidadão e sua visão política.
Peça de fundamental importância na criação dos Municípios de Hidrolândia. Jamais recebeu a retribuição do novo município, em termos de reconhecimento político ou mesmo de homenagem condigna oficial, esquecidos de que devem ao ilustre Político a sabedoria administrativa que trouxe, a ambos, o conhecimento, o progresso e o bem – estar social.
Comerciante e empresário arrojado, Abdoral, possuía usina de beneficiamento de Algodão denominada Piratininga, raríssima áquela época, e que transformava o algodão bruto em fardos de pluma, prontos para exportação.
Pecuarista inovador foi responsável pela melhoria do plantel de gado da região pela importação de reprodutores e matrizes de alta linhagem, através de transações com o fazendeiro mineiro, Clovis Resende, que de tão repetidas familiarizou-se com a terra e contraiu matrimonio com moça da Sociedade local.
Como desportista, era presença cativa em todos os embates futebolísticos, incentivando torneios entre times, apoiando-os tendo recebido a homenagem de ter seu nome no Ginásio Coberto Abdoral Timbó da cidade e de uma Rua no Bairro Nova Aldeota nas imediações do Estádio Municipal de Ipu.
Católico, teve sua vida pautada pela observância prática da Fé, que aceitou como verdadeira.
Assim foi Abdoral Timbó, personalidade marcante na vida do Ipu.

Dados fornecidos pelo Dr. Thomaz de Araújo Corrêa
Ipu, 04 de dezembro de 1997. Thomaz de Araújo Corrêa.

Mulheres que contribuiram para nossa História.Cont...

Ana Magalhães Martins
(Nainha
)


Ana Magalhães Martins Melo, mais conhecida por Nainha Martins, nasceu na cidade de Crateús, no dia 11 de fevereiro de 1916, filha de José Julio Martins e Maria Luiza Magalhães Martins. Poucos meses após o seu nascimento mudou-se em companhia do deu genitor para cidade de Ipu, onde permaneceu até o ano 1924. Passando a residir dessa data em diante na cidade de Nova Russas, até 1927; voltando novamente para o Ipu. No ano seguinte, iniciou seus estudos nas Escolas Reunidas, atualmente denomina de Auton Aragão, em homenagem a um de seus ilustres filhos. Estudou posteriormente no Instituo São Luiz, em cujo estabelecimento ensino concluiu o segundo grau.
Muito jovem casou-se com Francisco de Sousa Melo, de cujo matrimonio nasceram 10 filhos.
Segundo palavras da própria Nainha, quando saiu da luta de criar filhos, sentindo grande inspiração poética tanto que a esta altura dos acontecimentos, já escreveu mais de trinta poesias algumas publicadas em jornais e em revistas do Lions. Muitas de suas poesias são dedicadas a Ipu, terra que ela adora e que se considera filha de coração.
Publicou o livro de Poesias entre o Verbo e o Verso.







quarta-feira, 23 de junho de 2010

Biografia de Milton Carvalho

Milton de Sousa Carvalho
Humberto de Campos, com aquele seu intimável jeito de dizer nas coisas, perfilou em chistosa croniqueta do menino batoré, que numa esquina de Sobral começou a vida vendendo fósforos, alfinetes, traques, dedais, carretéis de linha e outras bugigangas acondicionadas numa caixa de charutos e é hoje um dos nababos do comercio carioca.
Cedo, madrugou Milton a paixão pelos negócios e a sua primitiva caixa de charutos, se converteu nos arranha-céus em que presentemente se vê liderando o comercio de modas no Rio de Janeiro.
Com viagens anuais à Europa, América do Norte e Republicas do Prata, o precoce negociante, bisonhamente “estabelecido”’ num ângulo da Praça Figueira Melo, em Sobral, dotou a Cidade Maravilhosa de magazines somente comparáveis aos de Paris, Nova York ou Buenos Aires.
Acentuo-se que Milton de Souza Carvalho entrou modestamente no comercio da capital do País.
Foi o seu prodigioso tino, foram as suas arrojadas e profícuas iniciativas que o elevaram aos cimos da prosperidade. (Revista Vida dos Municípios, pág. 152).
Quando de sua visita a sua terra natal no ano de 1956 não obstante a brevidade de sua permanência conseguiu rever os lugares onde passou os seus primeiros anos de vida e ao contemplar a BICA umedeceu os olhos com lágrimas da saudade dos tempos idos. O seu dinheiro não serviu apenas para os seus negócios para sua família estendeu-se a Filantropia de sua terra amada o Ipu, construindo o Patronato Sousa Carvalho e a Escola Profissional (que nunca funcionou). (Almanaque Ipuense, pág. 84). Veio paraninfar turma de Professora da Escola Normal Rural de Ipu dezembro de 1952.
ORIGEM: Este ramo da família teve origem no Estado do Ceará com o casamento de CÂNDIDO JOSÉ DE SOUZA CARVALHO com FRANCISCA ISABEL DE SOUZA, em 1860. Francisca Isabel, nascida em 15 de maio de 1836 e falecida em 18 de outubro de 1926, terceira neta de Nicácio de Aguiar de Oliveira Júnior, patriarca da família Souza Oliveira, do Ceará e Rio Grande do Norte. Entre os seus descendentes destacam-se os filhos Coronel José Cândido de Souza Carvalho, abastado e importante comerciante no Ceará e Rio de Janeiro, por seu prestigio político ocupou no Governo de Justiniano de Serpa a Vice-Presidência do Estado do Ceará; Desembargador Felix Cândido de Souza Carvalho, que ocupou a Presidência do Tribunal de Justiça do Ceará no biênio 1928/1930, exerceu também a função de Secretário dos Negócios da Justiça no governo do Dr. Nogueira Acioli. Os netos Milton de Souza Carvalho, comerciante no Rio de Janeiro e Deputado Federal da bancada classista; Raul de Souza Carvalho, magistrado e Deputado Estadual; Nilo de Souza Carvalho, comerciante e Capitalista em São Paulo. O bisneto Jornalista Tancredo de Souza Carvalho Filho, que ocupou as seguintes funções: Secretario de Imprensa do Governo César Cals, Assessor de Imprensa do Ministério das Minas e Energia, editor do jornal O Povo e correspondente da Revista Veja no Ceará.


Chegada de Milton Carvalho em Ipu. 1952

Patrono: Milton de Sousa Carvalho - Paraninfo: Oscar Coelho - Homenagens Padre Moraes, Irmã Nogueira. concludentes, da esquerda para direita: Antonia Glaís Carvalho de Paiva, Maria Rocilda Vasconcelos, Antonia Pontes Pereira, Maria de Lourdes Cavalcante Aragão, Mimosa Pontes Pereira,Maria do Carmo Lima Araújo, Francisca Xavier Oliveira.
Comitiva que Recepcionou Milton Carvaho em 1952. Dr. José Lourenço de Araújo Corrêa, Dr. Thomaz de Araújo Corrêa, Dr. Francisco Araújo,Padre Moraes, Milton Carvalho,Dr. Chagas Pinto,Dr. Raimundo Justo Ribeiro, José Gentil Paulino, Inocencio Veras Sampaio, Manoel Bessa Guimarães,Xavier Timbó e outros.

Comitiva chegando na Residencia do Padre Moraes.


Comitiva e o Povo em geral em direção a residencia Paroquial.



Faixa na Rua Cel Felix.


Milton Carvalho chega a sua Terra Natal em 1952 como Patrono de uma turma de Professoras concludentes do Curso Normal Rural de Ipu. Foi cumprida uma vasta programação.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Avenida Eusébio de Sousa.

Avenida Dr. Eusébio de Sousa.
Av. Eusebio de Sousa.
Dr. Eusébio de Sousa, saudoso historiador, jornalista e escritor dos mais brilhantes de seu tempo, em companhia de sua ilustre e distinta família, composta de sua respeitável esposa D. Márcia Osório de Sousa e filhas.
Senhorita Aglaê Osório de Sousa, Almira de Sousa Aguiar, Amelina Sousa Peixoto, Áurea de Sousa Rebouças e a Senhorita Altair Osório de Sousa. (Revista Vida dos Municípios – pág. 89)
Foi Juiz de direito no Ipu por 10 anos, durante este período passou a amar a terra ipuense com denodo e grande admiração.
Sócio do Instituto Histórico do Ceará e membro efetivo dessa grande instituição.
Autor de vários textos sobre o Ipu nas Revistas do: Instituto do Ceará e dedicou uma edição no ano de 1929 de Revista dos Municípios, ao Ipu. Contando muitas histórias sobre a terra de Iracema.
Foi um dos cognominadores da palavra Ipu, dizendo ser uma palavra onomatopaica que significa Queda D’água.
Esteve presente na festa de 100 anos de emancipação Política de Ipu, celebrada na Praça 26 de agosto de 1940 e discursou durante uma sessão solene no Paço Municipal, enaltecendo de forma envolvente a cidade dos Tabajaras.
Em sua homenagem a Prefeitura Municipal de Ipu, na gestão do Interventor Joaquim de Oliveira Lima denominou uma Rua no Bairro do Corte que leva o seu nome e que fica profundamente imortalizado para sempre na nossa história e toda cidade.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Câmara Municipal de Ipu.1997/2000

IPU.

Mulheres que contribuiram para nossa História.Cont...

Irma Mendes.

Irmã Mariana de Albuquerque Mendes. Superiora do Patronato Sousa Carvalho e Diretora do Centro Educacional Sagrado Coração de Jesus por três vezes.
Autentica, Dinâmica, Altiva, Altruísta, Administradora por excelência dirigiu a casa de ensino Patronato com muita dignidade e respeito aos seus comandados e aos seus superiores.
Possuidora de um caráter invejável tratava todos com carinho e muita dignidade e urbanidade.
Simples, mas de uma competência que somente ela é possuidora. Os seus conterrâneos do Ipu a tem no coração e na lembrança de uma personalidade que marcou a Educação do Ipu através do Patronato.

Chegou à primeira vez a Ipu em 10 de abril 1962 a 07de julho1968.
Suas realizações: Dezembro de 1962 - Irmã Mendes, apoiada por Mons. Moraes e a Professora Maria Valdemira Coelho Mello, cria a Escola Normal Pedagógica que passou a funcionar em 01 de março de 1963.
25 de agosto de 1963 – o Patronato Souza Carvalho recebe a honrosa visita do Sr. Nilo de Souza Carvalho e nesta ocasião inaugura:
O Jardim da Infância - a Biblioteca “Irmã Nogueira”
O Grêmio Estudantil “Mons. Moraes - as classes do Curso Normal Pedagógico
10 de dezembro de 1965 – Colação de Grau da 1ª turma de concludentes do Curso Normal Pedagógico.
Eram 20 normalistas e tiveram como Patrono: Irmã Mariana de Albuquerque Mendes, Paraninfo: Mons. Francisco Ferreira de Moraes e em homenagem à mestra, deram-lhe o nome: Turma Maria Valdemira Coelho Mello.
1966 – Irmã Mendes construiu:
A Cantina - o Bebedouro - reforma da Capela Nossa Senhora das Graças.
Segunda Vez:
13 de fevereiro de 1975 a 31 janeiro 1984 Irmã Mariana de Albuquerque MENDES
A terra feliz, que te acolheu mais uma vez. . 15 de março de 1977 – Irmã Mendes percebendo a necessidade das crianças do Bairro Breguedoff, na faixa etária de 2 a 6 anos, criou em convênio com a LBA o Pré-Escolar Santa Luisa de Marillac, em prédio próprio conjugado à Vila Santa Luisa. No ato da inauguração foram matriculadas 144 crianças, que além do ensino ministrado recebiam diariamente uma deliciosa sopa.
23 de setembro de 1977 - Irmã Mariana de Albuquerque Mendes, Diretora do Patronato, pelos elevados serviços prestados à Comunidade Educativa de Ipu, recebeu em sessão solene na Câmara Municipal, das mãos do Exmo. Senhor Prefeito Municipal – Dr. Antonio Milton Pereira o Diploma que lhe outorgou o Título de “Cidadã Ipuense”.
15 de agosto de 1980 – Irmã Mendes corta a fita inaugural do Parque Infantil que recebeu o cognome de Parque Infantil “Medalha Milagrosa”.
10 de fevereiro de 1981 – Criação do Curso de Estudos Adicionais ao Magistério de Formação do 1º Grau (4º Normal) com especialização em Língua Portuguesa e Estudos Sociais.
Autorizado o seu funcionamento pelo Conselho de Educação do Ceará - Parecer n° 624/81.

Terceira vez.
01de dezembro de 2001 a 26 de janeiro de 2005
Irmã Mariana de Albuquerque MENDES.
A sua estada desta vez foram apenas de três anos, mas mesmo assim conseguiu equilibrar as finanças do Colégio que não estavam muito boas.

· Foram 18 anos de total dedicação e abnegação que Irmã Mendes dedicou ao Patronato e ao Povo de Ipu. Promoveu em grande estilo o Jubileu de Prata do Patronato com uma grande festa que ainda hoje ecoa em nossos corações.

· Irma Mendes se encontra agora na Casa Central em Fortaleza, mas mesmo com sua idade provecta tem grandes lembranças de Ipu, pois ao encontrar-se com algum ipuense que aparece por lá pergunta por tudo e por todos.

domingo, 20 de junho de 2010

Receituário.

Receituário usado pelos Farmaceuticos Provisionados, Thomaz de Aquino Corrêa e Edgard Corrêa de Castro e Sá.

sábado, 19 de junho de 2010

Biografia de Wilson Lopes.

José Wilson da Silva Lopes
(Wilson Lopes)

José Wilson da silva Lopes, nasceu em Ipu, na Rua da Goela nº. 11 de junho de 1924, filho de Raimundo Nonato Lopes e Mara Arcanjo da Silva Lopes (Bibi). Em 1943 começou a fazer Serenatas além de se aposentar no Grêmio Ipuense como cantor oficial da Orquestra local, se apresentava também no Bar Cruzeiro, Bar Chic da cidade que possuía a sua orquestra própria e Wilson animava as noites cantando para o escol da sociedade ipuense.
Tocava violão e mudar-se para Fortaleza levou consigo o seu Pinho. Partia assim o Poeta e Cantor Wilson Lopes. Chegou a Fortaleza e foi logo solicitado para cantar em bares, restaurantes e boates. Não foi difícil, com aquele vozeirão tipo Nelson Gonçalves todo mundo lhe dava valor, e assim aconteceram os seus primeiros companheiros: Milton Alves, José Maciel, na linguagem seresteira eram os “lobos da madrugada”.
Na sua trajetória da vida comum e artística exerceu a função de Cabo do Exercito Brasileiro, e Tipógrafo. Alem de cantor pertenceu ao TAG, Teatro de Amadores Gráficos, foi membro do Teatro do Sesi. Em Ipu foi Grupo Teatral Ipuense, fazendo grandes apresentações.
O Grande momento foi quando foi vencedor da Voz de Ouro ABC, indo representa o Ceará em São Paulo, o concurso foi promovido pela Rádio Uirapuru de Fortaleza. Nesse tempo o diretor artístico era o Carvalho Nogueira. Cantou várias músicas nas diversas fases do concurso “A Volta do Boêmio”, “Deusa do Asfalto” e “Vitrine” na capital paulista interpretou de Luiz Assunção “Praia de Iracema” e foi classificado, recebendo naquele tempo a importância de 200 cruzeiros e uma radiola ABC a primeira que veio para o Ceará.
Cantou Seresta por intermédio do Major Bastos, na Encetur, Tri-legal, Náutico e ACI.
Conseguiu formar Um Trio que Chamou de “Tria Serenata”, com ele mesmo no violão, Chico do Cavaco e o Ribamar do Violão.
Compositor tendo como inspiração o berço natal. Compôs: Fim de Festa, Saudade de Pereiros, Amor Desfeito e outros e mais outros.
Em 1940 cantou pela primeira vez a Valsa Passados do Meu Ipu de Zezé do Vale por ocasião do Centenário de Emancipação Política do Município
Casou-se com Liduina Moura da Silva. Nasceram apenas dois filhos, José Wilson da Silva Lopes Junior e Adailson da Silva Lopes.
Faleceu no dia 10 de novembro de 1985 quando se preparava para participar de uma seresta por ocasião da festa que elevou Ipu da Categoria de Vila a Cidade. Portanto 100 de cidade de Ipu.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Cidade e a Saudade.

A Cidade e a Saudade.

Os leitores podem pensar que o editor desta folha é uma sentimental, mas não. É a nossa cidade nas décadas de 20 a 60 vivia o seu mundo, isolado.
A saudosa Rede Viação Cearense era o seu único elo com Sobral e os portos de Camocim e Fortaleza. Nossas vidas eram suas ruas, suas praças, que todos se achavam responsáveis por elas. Quase todas as se pessoas conheciam, era uma grande família. As margens do Ipuçaba margeadas de canaviais com seus engenhos de cana-de-açúcar, todos se sentiam num mundo de poesia. Hoje a cidade cresceu, tem cerca de 50 mil habitantes. Pessoas de todas as zonas, tanto da serra como do sertão vieram pra cá em busca de melhores condições de vida. Só que isto trouxe também muitos problemas que ainda precisam ser resolvidos. Imaginem que até favela já existe em nossa cidade. Favela no sentido não da residência humilde, mas sim, no aspecto sociológico com todas as mazelas das cidades grandes, as marginalidades, a promiscuidade sexual e a pobre absoluta. Por isso é que o editor desta folha enche sua memória dos tempos passados, com o trem de ferro, os engenhos que hoje estão de fogo morto, os seus tipos populares e as ruas que nas noites de luar enchiam-se de crianças a brincar de roda e de adultos a contar os “causos” nas cadeiras nas calçadas. Assim leitores desculpem-me se sou sentimental.
(Publicado no Jornal dos Tabajaras – setembro de 1997).
(Prof. Mello)

A FOTOGRAFIA

Era uma vez um lar.
Um verdadeiro lar onde reinava a paz, a alegria e o amor.
E agora estou vendo aquele lar, através da antiga Fotografia.
Vejo um homem, chefe de uma família, de olhar firme, de porte elegante, transmitindo segurança e denotando a tenacidade de seu caráter e o ímpeto de seu comportamento de brioso cidadão. Capto em seu olhar, a sua visão otimista de futuro, visualizando o amanhã. É um bravo. Um sertanejo guerreiro que sempre ignorou o medo e desconheceu a covardia. Percebo nitidamente o seu punho forte, a sua hombridade moral e seu poder de conquista. É um líder natural.
Ao seu lado vejo uma bela mulher. A flor da beleza sertaneja. Olhos verdes da cor da esperança. Tem o olhar apaixonado das linfas, transmitindo poesia ternura, bondade, mas com personalidade marcante. Parece até que seu jeitinho doce envia mensagens, querendo mesmo transmitir suas lições e doando para a sua geração a extraordinária capacidade de amar.
Sentadas após o casal estão três pequenas meninas:
A 1ª - Uma gorducha branca e loira com olhos que se assemelham a duas esmeraldas expressivas. Fisionomia aristocrática de uma rara beleza. Como uma pérola recém-saída da concha, com um brilho intenso que deslumbra aos que olham com cobiça, como é natural de tudo que é belo.
A 2ª - É uma boneca morena gordinha e bela como a açucena. Olhos cor de mel com expressão felina. Perscruta com sabedoria, cintila como as estrelas transmitindo para o futuro, mensagens de sua alma poética.
Esta tem fibra diferente, personalidade marcante. Vejo nela sinais de inteligência, muita competência em amar, percebo com certeza a sua sensibilidade e sua grande força de vontade diante dos obstáculos.
.A 3ª - Menor que as duas, vejo outra menina. É a caçula, o mimo daquele lar. Redondinha muito querida simbolizando o amor daquela família. Sua vivacidade é percebida. Sua inteligência aflora, mesmo sendo de tenra idade, já se pode captar a sua forte capacidade de ter uma autêntica personalidade, sabendo como viver, sofrer, reverter e vencer.
Vejo um menino, orgulho de seu fiel amigo inseparável o “Vinagre” seu carneiro macio. Com a fronte erguida, o varão da família marca presença com sua maneira de ser bastante adulta. Herdou do pai com certeza aquela personalidade marcante de domínio e liderança.
Um retrocesso gostoso com cheiro de saudade. Saudade daquele lar de época onde se via a família sempre ao redor. Onde não precisava de uma voz imperiosa de comando ou até mesmo uma promessa de castigo. Saudade daquele clima de cumplicidade, de alegria, de esperança, sem a constante ameaça de problemas. Sem mágoas do passado, sem medo do presente e sem a incerteza do futuro.
Agora faço uma reverência de respeito, de carinho e de admiração pras Famílias MELO, ABREU E SOUSA meus avós, agradecendo por eu ser também continuação deles.
Hoje aquela família está bem mais multiplicada. Eu contemplo o retrato e me maravilho diante da “Fotografia” autêntica da minha família.


Corrinha de Melo Lima.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Biografia Pe. Corrêa.

Padre Francisco Corrêa de Carvalho e Silva.

Padre Francisco Correa de Carvalho e Silva nasceu na cidade de Aracati-Ceará no dia 10 de dezembro de 1814. Estudou no Seminário de Olinda, onde se ordenou a 21 de dezembro de 1841. Sacerdote Católico permanecendo na sua cidade natal até quando foi nomeado para matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos. Era vigário da matriz o Padre Manoel Pacheco Pimentel.
Por mérito de suas qualidades intelectuais, o governo Imperial nomeou vigário colado da Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos em 17 de agosto de 1842. Ali residiu por alguns anos. Perseguidos pelos Mourões dado o seu espírito colérico e sanguinário, e com a autorização do Bispo de Pernambuco transferiu-se para o Povoado de Ipu - Grande onde existia a Capela de São Sebastião, filial de sua Freguesia.
Ao chegar a Ipu fez uma mudança radical na Igrejinha que era muito pequena, suas paredes eram de Taipa e virada para o Poente, data aproximadamente de 1761. Fez uma modificação radical e transformou toda Igreja virando a sua frente para o Nascente.
O período paroquial do Pe. Corrêa no Ipu foi de 38 anos nunca sendo nomeado vigário nomeado pelas autoridades da Igreja Católica, foi sempre até a sua morte Vigário Colado de Ipu e igualmente na Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos. Faleceu em Ipu aos 13 dias do mês de junho de 1881 e foi sepultado em frente ao altar principal da Igrejinha que ele mesmo construira, não existe nenhuma Inscrição por solicitação sua. O Pe. Corrêa era primo do Poeta Juvenal Galeno e primo co-irmão do Padre Lourenço Corrêa e Sá. Foi eleito Deputado Provincial em diversas legislaturas, chegando a ocupar a Presidência da Assembléia Legislativa Provincial. Foi agraciado pelo governo Imperial com Venera de Cavalheiro da Ordem de Cristo.
Dada às condições de melhoramento que o Pe. Corrêa fez na Igreja foram se criando casas ao se redor. Inicialmente a Praça teve o nome de Quadro da Igreja ou simplesmente Quadro (como chamamos até hoje) depois Praça da Matriz, teve um outro nome de Praça João Cordeiro em virtude de um Português que ali se instalou e tinha uma Ourivesaria e para que se tornasse cada vez mais conhecido assim denominou a Praça. Com a continuação o Pe. Corrêa mudou a denominação da Praça para – Praça São Sebastião predominando até os nossos dias.
O Pe. Corrêa encomendou a alma do primeiro escravo executado por enforcamento, o Estevão no ano de 1845 em plena Praça Publica local onde hoje é o Fórum Municipal Francisco Pereira Pontes.
Existe em sua homenagem na cidade de Ipu uma Avenida que fica entre as ruas Cel. Felix e Avenida Vereador Francisco das Chagas Farias.
Pe Corrêa exerceu as sua funções de Pároco de Ipu, sempre como Vigário Colado de nossa Paróquia.

Padre Corrêa foi quem realizou a primeira Festa de São Sebastião em Ipu, no ano de 1860.


· (Dados colhidos dos Arquivos de João Anastácio Martins João Chiquinha e Valdemira Coelho).

Poesia Ipu. Corrinha Lima

À Minha Terra

Quero te dar um abraço
Minha querida cidade
Meu lugar, minha verdade
Meu pequeno paraíso
Em cada rosto um sorriso
Em cada olhar uma esperança
Tu não me sai da lembrança
Meu cenário encantado

Gosto de ti como és
Amo tua tradição
Guardo junto ao coração
Tuas festas animadas
Tuas manhãs ensolaradas
Tuas tardes amenizadas
Tuas noites enluaradas
Teus boêmios, tuas canções

De longe avisto a serra
Voltando à minha terra
Me sinto criança outra vez
Meu Ipu – minha saudade
Vira só felicidade
Quando piso o teu chão
De uma grande alegria
Meu coração se extasia
Me enchendo de emoção.

Corrinha de Melo Lima
16 de julho de 1997.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Comerciais.


Manhãs de Férias no Ipu.

Alegres, fagueiras, as manhãs de Domingo na nossa Ipu. Ás cinco da manhã, missa na Igreja Matriz. Era missa que desobrigava os fieis que pretendiam viajar para suas fazendas, sítios e chácaras.
Muito bucólico aquela missa das 5 da manhã, no final de cada serenata ou até mesmo depois dos famosos Bailes no Grêmio, o amanhecer era na porta da Igreja para cumprir os ensinamentos de Deus repassado pelos nossos pais.
Depois a missa das sete, e a missa das nove horas, com os "Banhos" anunciados pelo padre, eram os casamentos que passavam por aquele processo chamado também de proclamas.
Na Praça o som das amplificadoras, o passeio nas avenidas. Nas Ruas encontrávamos os transeuntes que vestiam a sua melhor roupa, o melhor sapato era calçado, e as voltas em torno do Mercado eram constantes. Um aspecto de pureza, sem inflação, sem FMI, sem Violência e sem outras complicações na vida que enfrentamos hoje.
E lá íamos nós.Para completar o dia mergulhávamos nas veredas da Bica, ou até mesmo no Gangão, ou no Quebra Bodega, para maior felicidade daqueles dias tão bonitos e tão pueris.
Manhãs de Domingo às sombras das "Mungubeiras", para o deleite de todos e ao som do violão não sei de quem e das encantadoras e místicas vozes ipuenses para o maior aconchego dos mais apaixonados.
As manhãs Esportivas, promovidas pelo Antonio Martins, um espetáculo! Ipu despontando no cenário esportivo - anos 50/60.
Um mundo de quimeras, de sonhos, de aventuras as coisas bonitas de nossa juventude que passou tão fugaz sem deixar mesmo a esperança de voltar outra vez.



domingo, 13 de junho de 2010

Ipu em Jornal


Mulheres que contribuiram para nossa História.Cont...

Corrinha Lima. a Poetisa e Escritora e grande amiga. Saudades
Ao Francisco Melo,
(Corrinha Lima)

Eu me lembro tu ti lembras, tenho certeza.
Quando chegavas naquele trem de Fortaleza
Trazendo sempre notícias novas da Capital
Reuníamos-nos no meio do quadro e que legal
As notas firmes que saiam de teu violão
Faziam vibrar as maravilhas do coração
E a voz afinada que entoava com destemor
Dizia assim: “Quero-te cada vez mais oh meu amor”

Nossa amizade, nosso viver tão puro e belo
Havia sempre a sutileza da emoção
Fazíamos poesias ou entoávamos uma canção
Era tão fácil conseguir felicidade
Anos dourados porque traz tanta saudade?
Mas hoje quero te enviar meus parabéns
Pelos teus anos desejar amor e paz
A felicidade Deus abençoe, e o resto à gente faz.

15/05/2000

sábado, 12 de junho de 2010

Biografia Mons Antonino Cordeiro Soares.

Mons. Antonino Cordeiro Soares

Nasceu no Ipu, a 06 de agosto de 1908, filho de Francisco Soares Sampaio e Maria Cordeiro Soares.
Desde criança manifestou vocação para o sacerdócio. Em 1922 matriculou-se no Seminário de Fortaleza tendo que deixá-lo, no ano seguinte, por motivo de saúde. Com a fundação do seminário de Sobral em 1925, foi aí matriculado no dia 08 de fevereiro de 1926, concluindo o curso secundário em 1930.
Retornou ao seminário de Fortaleza no ano subseqüente para estudar filosofia e teologia.
Foi ordenado sacerdote, na Catedral de Sobral, a 21 de setembro de 1935 por Dom José Tupinambá da Frota. Iniciou as atividades sacerdotais como vigário interino da Paróquia de Massapé, no intervalo entre os paroquiatos do Pe. José Bezerra Coutinho (hoje Bispo) e o Pe. Francisco Linhares.
A 31 de dezembro do mesmo ano foi nomeado vigário de Guaraciaba do Norte, cargo de que tomou posse no dia 12 de janeiro de 1936. Desde então há mais de cinqüenta anos, continua no mesmo posto pastoral, tornando-se o maior benfeitor daquela cidade.
Embora de saúde precária, tem sido um exemplo de trabalho incansável a serviço da Igreja e da comunidade.
Organizou, na Paróquia, a Cruzada Eucarística (1936) e a congregação Mariana (1939); realizou dois congressos eucarísticos paroquiais (1941 1955); fundou o Patronato Benjamim Soares (1960); criou a Escola Profissional Mons. Antonino (1967), construiu a capela em Betânia (1969) e em Espinhos (1974); realizou várias missões populares e reformou substancialmente a matriz e a casa paroquial.
A 12 de janeiro de 1986, o povo Guaraciabense prestou-lhe merecidas homenagens por ocasião do Jubileu de ouro e de seu paroquiato.
Presentemente prepara as comemorações do primeiro centenário da criação da paróquia.
Recebeu o Título de Cidadão Guaraciabense em 06 de agosto de 1977 por força da Lei Municipal de nº 333, de 07 de julho do mesmo ano.
Faleceu em: 09 de maio de 1990, em uma das enfermarias da Santa Casa de Misericórdia de Sobral depois de vários dias de internamento.
Os seus restos mortais se encontram sepultados na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Guaraciaba do Norte.




quinta-feira, 10 de junho de 2010

Biografia de Joaquim de Oliveira Lima

Joaquim de Oliveira Lima
Biografado por Francisco de Assis Martins.
(Prof. Melo)

Nasceu em Ipu aos nove (09) de agosto de 1894, filho de Joaquim de Oliveira Lima e Joana Gonçalves Lima. Aos 11 anos de idade seguiu para Santa Quitéria, em companhia do seu Irmão Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, então vigário daquela cidade. Estudou algum tempo em S. Quitéria e em março de 1907, trasferiu-se para Fortaleza, onde continuou seus estudos na Fênix Caixeiral, onde mais tarde, ou seja, no dia 02 de abril de 1913 recebeu o título de sócio efetivo da Fênix e no ano de 1914 foi diplomado pela Fênix Caixeiral no Curso de Contabilidade.
Terminado os seus estudos, voltou para sua terra natal IPU, aonde chegou no dia 30 de abril de 1917, passando logo em seguida a pertencer à sociedade “Lima & Cia”, do seu tio Gonçalo de Oliveira Lima, conhecido também como Gonçalo Manoel.
Como dirigente da firma tinha todo conceito do alto comércio de Sobral e de Fortaleza, como do comércio local, com uma grande fluência de fregueses na sua loja que era de Tecidos.
No dia 03 de junho do ano de 1917, conheceu Gessy Coelho com quem trocou juras de amor, filha de José Euclides Coelho e Osória Sales Coelho tinha encontrado o seu príncipe encantado; passaram a namorar, noivando no dia 27 de abril de 1919, casando-se no dia 06 de setembro no mesmo ano de 1919.
Residiu por vários anos na Praça São Sebastião.
Resalte-se que para cada uma dessas datas ele compunha uma Valsa, pois era um músico por excelência.
Em seguida abriu outra firma, também de tecidos, tendo a frente da mesma o seu cunhado João por nome Bataclan Araújo Chaves. Deixando o ramo de tecidos abriu outra firma, desta feita um Armazém de Ferragens e outros produtos com o nome de Lima & Cia.
Foi nomeado Interventor Federal de Ipu, no dia 30 de outubro de 1930 pelo Capitão Roberto Carneiro de Mendonça. Neste período veio a seca de 1932. Joaquim Lima passou a dirigir o Campo de Concentração de Ipu na localidade de Espraiado, distante 02 km da cidade sendo ali o acampamento dos flagelados vindos de várias partes do Estado do Ceará. Foi uma passagem difícil para aquela época, mas mesmo assim Lima conseguiu dirigir o referido Campo de Flagelados com êxito e dignidade. Dirigiu dentro desse mesmo período a Prefeitura Municipal de Ipueiras.
Foram muitas as obras realizadas na sua administração citamos aqui apenas algumas.
Construiu a Cadeia Pública onde hoje é Casa de Cultura Professora Valderez Soares e fez uma remodelação no antigo prédio onde hoje é a Prefeitura Municipal de Ipu.
Construiu o Matadouro Público e a Aguada Pajeú. Criou várias Escolas Municipais na sede e nos Distritos. Cuidou do Riacho Ipuçaba dando um tratamento todo especial a nossa principal fonte de água. Deu preferência especial a manutenção das ladeiras e estradas do interior do Município. Calçamentou várias ruas e praças de nossa cidade. Deu destaque para limpeza Pública e especialmente ao Mercado.
Historiador por excelência fez o primeiro traçado do Município de Ipu com todas as ruas, praças e Distritos.
Como Prefeito Interventorial fez a denominação de várias Ruas de nossa Ipu.
Passou o cargo de interventor ao Dr. Luiz Gonzaga da Silveira, no dia 24 de abril de 1935. Fez Bodas de Ouro como confrade da Conferencia de São Gonçalo. Ocupou também o cargo de Tesoureiro da Sociedade de Proteção a Maternidade e a Infância de Ipu. Membro fundador do Gabinete de Leitura Ipuense, e do Grêmio Recreativo Ipuense. Dirigiu ainda o coro Santa Cecília. Como músico tocava Flauta Transversal e Harmônio. Foi compositor de várias Valsas, Polcas e Marchas, inclusive uma Marcha Grave (Fúnebre) intitulada Desilusão que foi executada no seu enterro. Faltaram-lhe com a devida gratidão imortalizando o seu nome em uma de suas Ruas, Praças e Avenidas, mesmo porque Joaquim Lima foi o primeiro Prefeito que mais designou Ruas, Praças e Avenidas em nossa Cidade. Faleceu vítima de ataque cardíaco no dia 16 de agosto de 1967.


Os Comerciais da Década de 20

Comerciais da Década de 20. Revista do Municípios.

Convite para o Teatro - 1979


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Caderno (3)


Rua Emidio Barbosa

Rua Emídio Barbosa. O malogrado moço vitima da fatalidade, quando mais preciosos eram os seus serviços como um dos legítimos representantes da terra ipuense embora não fosse filho da terra, de cujo progresso, desse último decênio, foi um dos mais fortes baluartes.
Foi o primeiro presidente de nossa principal Sociedade Recreativa Dançante o Grêmio Recreativo Ipuense em 1924.
Teve a sua vida ceifada prematuramente quando fazia uma construção de sua propriedade e uma parede veio cair atingido o mesmo que se encontrava no recinto no momento em que trabalhava no seu comércio de estivas, uma das paredes não suportando o peso de alguns produtos ruiu e desabou matando-o soterrado-o nos escombro do edifício. Para homenageá-lo foi nominado uma Rua com seu nome que se inicia na Rua Cel. Felix indo até o Bairro do Bergdoff.
Além da Rua Emídio Barbosa foi homenageado pelo Grêmio Ipuense com uma Poliantéia onde aconteceram vários discursos dentre o de Antonio Marrocos de Araújo.
Emídio Barbosa faleceu no dia 25 de outubro de 1926.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Biografia Raimundo do Vale

RAIMUNDO NONATO DO VALE
(Maestro)
Nasceu no Sítio Olho D’agüinha, no município de Ipu, aos 12 de maio de 1895, mudando-se em 1898 para o sítio Salgado onde passou toda sua infância e adolescência.
Filho de: Antonio Pedro do Vale e Maria Eugenia Pontes do Vale.
Aprendeu as primeiras letras com o Mestre Binga, depois na Escolinha do Chico Frutuoso. Seus principais colegas foram: João de Araújo, Zeca Soares, Luiz Jácome Filho, José Bezerra de Menezes, Raimundo Felício, e Luiz Saldanha. Começou a sua vida musical com Luiz Saldanha, músico da Euterpe Ipuense que lhe ensinou o ABC Musical. Tão logo aprendeu as primeiras noções de música resolveu abandonar a vida do campo. Exerceu varias profissões, como: alfaiate, barbeiro, músico e fotógrafo. Fundou em Fortaleza o Foto Ideal onde trabalhou até aposentar-se.
Foi goleiro do time de futebol no Ipu por nome TUPAN.
Casou-se em 1915 com Maria do Livramento dos Santos de onde nasceram os filhos: Francisco, Afonso, João, Gilberto, Paulo Vale, Nair e Marisa Vale, Maria Olímpia e Eugenia Vale.
Foi dirigente da Banda de Musica do Ipu e tocava clarinete. Compôs várias peças musicais dentre elas: Tupan, em homenagem ao time de futebol em que foi goleiro, a valsa 26 de novembro, dedicada ao seu pai, 1º de julho dedicado a sua mãe, Nair vale a sua 1ª filha, Gilka Araújo, Miss Grêmio Ipuense. Odete Araújo, entre outras e os dobrados: Fransquinho Vale, Afonso Vale, João Vale e muitas marchinhas.
Em Fortaleza participou de vários grupos musicais e orquestras sob a regência do Maestro Mozart Brandão. Na sua residência fundaram a Sociedade Musical Henrique Jorge. Participou da orquestra como: clarinetista, claronista e oboista.
Foi um ipuense que muito ilustrou a sua terra natal Ipu.
Faleceu no dia 08 de outubro de 1995 com 100 anos, 04 meses e 24 dias.
Os seus restos mortais se encontram sepultados no cemitério, “Parque da Paz” em Fortaleza, que aconteceu em 09 de outubro de 1995.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mulheres que contribuiram para nossa História.Cont...

Anízia Aragão e Silva.

Dedicada professora da Escola Milton Carvalho, cuja bondade, qualidade indispensável ao mestre. Irradiou nesta terra, atraindo grande numero de alunos para aquele estabelecimento de ensino que nascia.
A maneira de tratar aos discentes era doce, mostrando mansidão e fidalguia na realização da nobilante tarefa de educar.
Matriculava em media cerca de 60alunos de alfabetização a0 2º ano primário. Para maior desempenho de sua missão de 1940 a 1962. A Escola contou com muitas professoras auxiliares.
Era casada com o destacado Comerciante no Ramo de Calçado o Sr. Antonio Cícero e Silva, com teve os filhos: Cônego Francisco José de Aragão e Silva (de saudosa memória) e Antonio Humberto de Aragão e Silva..
A Escola “Milton Carvalho” prestou incalculáveis benefícios à infância ipuense.
D. Anízia é sepultada juntamente com o esposo e filho Padre no Cemitério de Ipu.




Lamina d'água

Lamina D’água.
Paulo Rogério Aires
Letra e Música.


Lamina d’água pingente
Que alisa as pedras do Ipu
Derrama um pedaço do céu,
Sobre a terra,
Leva a minha dor,
Leva esta canção pra IRACEMA
Diz pra ela que apesar do progresso,
Violões choram em versos,
Nas ruas,
As saudades do Gangão,
Do Bar Cruzeiro
Dos namoros matutos na Festa de Janeiro
Águas do Ipu me faz flutuar.
De amor ao luar no teu leito azul.

Meu primo amigo Paulo Rogério essa é música de FESTVAL.

domingo, 6 de junho de 2010

Meios de Comunicação.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Ipu é servido pelo moderno sistema de Telecomunicação da Telemar, permitindo a população ipuense falar para qualquer parte do mundo.

No setor Bancário o sistema é “on-line” o que facilita o ipuense transações comerciais mais rápidas e seguras.
Nos Transportes somos servidos pela Viação Princesinha dos Inhamuns fazendo Ipu-Fortaleza com vários horários diários.

Viação Guanabara, viajando todos os dias para Capital Federal – Brasília, outras Capitais do Brasil
Viação Itapemirim, para o Rio de Janeiro e São Paulo saindo diariamente com múltiplos horários.
Viação Transceará, diariamente para Teresina Piauí.
Viação Serrano, fazendo o percurso de Juazeiro do Norte a Viçosa do Ceará, passando por Ipu.
Viação São Geraldo também transportando o nosso Nordestino para o Rio e São Paulo todos os dias.
Viação Penha faz o percurso Ipu, Rio de Janeiro e São Paulo.
Viação Gontijo, no percurso Ipu - Rio de Janeiro e São Paulo.
Os transportes alternativos são inúmeros, para Fortaleza, Sobral e outras cidades de nossa circunvizinhança.
Existe ainda a Estrada de Ferro conduzindo apenas cargas de combustíveis para algumas cidades da Zona Norte do Estado e para Teresina no Piauí.
Contamos também com duas predadoras de serviços de Celular que é a febre do momento TIM e CLARO; sem esquecer a formidável Internet
Os Correios ainda resistem toda essa tecnologia e funciona a todo vapor a correspondência a carta e outros.


sábado, 5 de junho de 2010

Igreja de São Vicente de Paulo e Santa Luiza de Marilac – Lançamento da Pedra Fundamental no dia 12 de Agosto de 2004.
Houve um missa às 18 horas do mesmo dia, saindo em caminhada para os seguintes locais:

Ø Igreja Matriz
Ø Escola Mons. Gonçalo
Ø Escola Abdias Martins

É a primeira Capela que se constrói na cidade de Ipu, mais precisamente no Bairro do Alto dos 14. Uma iniciativa do Pároco Pe. Raimundo Nonato Timbó de Paiva e outros seguidores da Religião Católica Apostólica Romana. (Doc. Da Paróquia de São Sebastião de Ipu, um folheto distribuído pela comissão organizadora). A Banda de Música na Regência do Maestro Jorge Nobre se fez acompanhar executando várias peças musicais.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Histórias de Ipuenses.

Chico da Farmácia.
HISTÓRIAS DE:
FRANCISCO ALVES DE SOUSA

(Chico do Padre – só que a razão Padre se referia ao Mons. Gonçalo de Oliveira Lima)

Francisco Alves de Sousa, conhecido na cidade como Chico do Padre, Chico da Farmácia, Chico da Sucam, Chico do Posto, Chico Cabeça Branca, Chico da Maninha, Chico Bica-Bica, tem histórias gostossisimas para contar.
Na Farmácia Iracema onde trabalhou por mais de 40 anos, certo dia um dos seus fregueses perguntou ao Chico se tinha para vender atadura, pois estava necessitando de uma por haver sofrido uma entorse no braço. De imediato Chico responde que sim, e como autentico gozador foi ao quintal da Farmácia e trouxe uma ATA (fruta) verde, dura e entregou ao freguês.
Chico ainda ao atender outro cliente que se queixava de: falta de sono não estavam dormindo bem e qual seria um bom remédio, não demorou nada e ele indica – bom mesmo pra dormir é Cama ou Rede.
Outra vez o paciente se apresenta dizendo que estava todo quebrado imediatamente Chico indica, bom mesmo, é: Cola Tudo.
Outro chega e diz que está com uma coceira danada e precisa de um bom remédio porque não agüenta mais, Chico receita-lhe dizendo bom mesmo pra isso aí, É Unha...

Escola Delmiro Gouveia.

Escola de Ensino Fundamental e Médio Delmiro Gouveia.

Escola de Ensino Fundamental e Médio Delmiro Gouveia.

Situada na Avenida Milton Carvalho, nº 1171 – Bairro da Nova Aldeota.
Foi inaugurado no dia 26 de agosto de 1962, na administração do Prefeito Municipal Antonio pereira de Farias.
A origem do nome é uma homenagem ao ilustre filho de Ipu – Delmiro Gouveia, pioneiro da Eletrificação de Paulo Afonso.
A Escola foi reconhecida pelo CEE em 16/09/1982 e publicado no diário oficial de 18/11/1982.
Sua primeira Diretora foi à professora: Maria Vasconcelos Aragão.
A sua atual diretora é a professora Maria Zulene Moreira, e a Escola conta com mais de 1000 alunos.
Atualmente a Escola é dirigida pela professora Cacilda Camilo Costa Neta
O seu hino oficial é o seguinte:

Hino da Escola de Ensino Fundamental e Médio Delmiro Gouveia
LETRA – Profª Mª Eunice Martins Melo Aragão
MÚSICA – Prof. Francisco Melo.

Embalados pelos ventos lá do norte,
Desfraldando a bandeira do saber,
Minha Escola lembra a luz do Pioneiro
Que a força do trabalho faz crescer.

Coro
Delmiro Gouveia
É de luz a tua história
Delmiro Gouveia
O saber é a tua glória.

Realizando o projeto do futuro,
Refletindo o evangelho do amor,
Minha escola será sempre uma clareira
Monumento de resplandecente albor.

Geografia que transcendo o teu espaço,
Dominando uma linguagem universal,
Tua pesquisa é ciência aprimorada,
Teu esporte é fé viva no ideal.

Que teus mestres mostrem a luz da esperança
Desta Pátria cheia de encantos mil
Que os teus jovens acreditam no futuro
E na grandeza do Nordeste do Brasil.


Discurso na ALMECE

Presidente Lima Freitas, Dr. Juvenal, Dr. Antonio Carlos de Martins Mello, Mello e Fransqinha.
Discurso do Professor Francisco de Assis Martins (Professor Melo), por ocasião de sua posse na.
ACADEMIA MUNICIPAL DE LETRAS DO ESTADO DO CEARÁ
(ALMECE).

Fortaleza (Ceará), 14 de setembro/2000.

Senhoras e senhores,

O homem como um ser em desenvolvimento, admiti-se que tenha nascido de um ato espontâneo e natural da vida.

O homem das cavernas e do machado de pedra eram os mesmos que desde a metade do século XX. Mas sua cultura, os meios de vida, sua estrutura econômica, política e social, seus níveis religioso e moral, eram bem diferentes dos nossos.

Foi necessário que passassem centenas de milhares de anos para que o homem, superando as dificuldades postas quer pela natureza rudimentar quer por sua indigência, chegasse a que hoje se encontra.

A personalidade não está acabada; ela é imperfeita.

Devemos nos completar, devemos realizar tarefas, num processo que só desenvolvimento nos dá.

Entende-se, portanto, que o homem, está feito para crescer: “O Homem, como o mundo, é inacabado”.

E eu quero crescer... Quero me completar nesse sodalício para que me propus a minha auto-realização não é imposta de fora; brota do mais íntimo do meu ser como uma exigência intrínseca e natural.

O Homem é pluridimensional. Capaz de desenvolver-se em todas as suas dimensões: cultural, econômica, social, psicológica, política, moral e religiosa.

A integração harmônica dessas dimensões, numa escala de valores, constituirá o crescimento ou desenvolvimento autenticamente humano, pois somos seres em crescimento e estamos em situações de “vir a ser”, portanto, somos seres em contínua transformação.

Estou neste momento realizando uma aspiração, uma esperança, um sonho que idealizei.

O orgulho de ocupar a partir de hoje a cadeira de número 14 nessa Academia, me é bastante gratificante.

Mas estou vindo da zona norte do Estado, do Ipu, representando a cidade de Ipueiras, cidade alcandorada, recebendo a influência do sertão, pé-de-serra, serra carrasco e macambira. Cada uma delas com clima e vegetação diferentes, deixando-nos bem à vontade à escolha de um local para habitar.

Represento a terra de Manoel Martins Chaves, pioneiro, desbravador da cidade de Ipueiras.

Do Dr. Aquiles Peres Mota, Deputado Estadual em várias legislaturas, Governador interino por várias vezes, fundador da Casa do Estudante, aqui em Fortaleza.

De José Costa Matos, escritor, poeta, pertencente à Academia Cearense de Letras.

De Gerardo Melo Mourão, poeta de estilo camoniano, com11 publicações. Vejam o que Carlos Drummond de Andrade disse sobre Gerardo: “Um poeta que não se pode medir a palmos, e conseguiu o máximo de expressão usando recursos artísticos que nenhum outro empregou em nossa língua”.

De Hugo Catunda. Criador do primeiro jornal de Ipueiras, “O Sertão”. Um autêntico promovente da cultura de Ipueiras. Foi membro da Academia Cearense de Letras, deixando um legado dos mais valiosos para seus descendentes.

Antônio Frota Neto. Foi porta-voz da presidência da República no governo do presidente José Sarney. Escreveu “Um Dia de Sábado em Macambira”, um livro relatando em grande estilo o comércio livre de Ipueiras.

De Jeremias Catunda, poeta e jornalista que canta sua terra através de versos, deixando extravasar o limite de sua verve.
O atual prefeito de Ipueiras é o senhor Francisco Souto de Vasconcelos, com destacada administração frente ao Município.

Ipueiras é uma cidade que cresce, mas que ainda respira o ar bucólico dos verdes canaviais que circundam suas ruelas centenárias. Cidade que até hoje é possível o canto do “canário-da-terra” aos arrolhos suaves das juritis.

Terra querida, onde encontramos a hospitalidade benfazeja a todas que visitam Ipueiras.

Obrigado.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Coral Canção dos Tabajaras-Ipu

Coral Canção dos Tabajaras
O Coral Canção do Tabajaras foi criado em 25 de abrl de 2001, pelo Departamento de Cultura do Município na gestão da Prefeita Antonia Bezerra Lima Carlos.
O regente era o Prof. Francisco Mello.
(Uma apresentação no Auditório Nilo Carvalho)