terça-feira, 31 de maio de 2016

Amizade 

Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida 
mas somente verdadeiros amigos deixarão pegadas no seu 
coração. 

Para lidar consigo mesmo, use a cabeça, 
para lidar como os outros, use o coração, 
raiva é a única palavra de perigo. 

Se alguém te traiu uma vez, a culpa é dele; 
Se alguém te trai duas vezes, a culpa é sua. 

Quem perde dinheiro, perde muito, 
Quem perde um amigo, perde mais. 
Quem perde a fé, perde tudo. 

Jovens bonitos são acidentes da natureza: 
Velhos bonitos são obras de arte. 

Aprenda também com o erro dos outros, 
você não vive tempo suficiente para cometer 
todos os erros. 

Amigos você e eu... 
Você trouxe outro amigo... 
Agora somos três... 
Nós começamos um grupo... 

Nosso círculo de amigos... 
E como um círculo, 
não tem começo nem fim... 

Ontem é história: 
Amanhã é mistério, 
Hoje uma dádiva, 

É por isso que é chamado presente...

A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...
sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres,
mas principalmente nos momentos mais difíceis...

NADA COMO O TEMPO

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Desconhecido
·          

A amizade é um amor que nunca morre.
A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem.
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas,
de estarmos abertos a todas as perguntas.
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram
coisas maravilhosas com você.
A esperança é um empréstimo pedido à felicidade.
A felicidade não é um prêmio, e sim uma consequência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que
percorremos para encontrá-la.
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga.
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento.
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

REENCONTRO.

Fórum Municipal de Ipu.
Inauguração

Francisco Pereira Pontes.

Nasceu na cidade de Ipu em 18 de fevereiro de 1931 e faleceu em 11 de maio de 1963. Filho de Antônio Pereira de Farias e Francisca Pereira Pontes. Advogado de profissão formado pela Universidade Federal do Ceará UFC e sempre devotado às causas dos mais necessitados. Era casado com D. Gláucia Pontes com quem teve dois filhos, Júnior Pereira que tem o nome do e Pai e Verônica Pontes.
Mantinha em Fortaleza o Artigo 99, era um Curso Supletivo que assim era chamado por ser 99 o artigo da Lei de Diretrizes e Base que arregimentava o referido curso.
Ipu lhe presta uma merecida homenagem colocando o seu nome no Fórum Municipal, que passou a se chamar de Fórum Francisco Pereira Pontes.
O Fórum de Ipu, que leva o nome do Ipuense Francisco Pereira Pontes, foi inaugurado em 1978, em primeiro de maio de 1998 o edifício recebeu o nome do Dr. Antônio Carlos de Martins Mello.

domingo, 29 de maio de 2016

Mensagem.

MENSAGEM A UM CONTERRÂNEO
 NA NOITE DO REENCONTRO
É por demais gratificante, emocionante, tocante, harmonioso e belo, esse momento... essa noite... “A Noite do Reencontro”.
Abraços, aperto de mãos, olhares, sorrisos, lágrimas, saudades, embalam nossas emoções, na mais bela de todas as sintonias: sintonia harmoniosa do reencontro de amigos, parentes, onde a força do nosso Santo Padroeiro se faz presente ocasionando essa sublime realização.
Até a lua sorri para nós e se faz companheira.
É a musa que se reflete em outra musa de águas cristalinas (BICA DO IPU) que faz do ipuense um poeta, um músico um cantor de serenata, enfim, um romântico saudosista, na mistura de gerações.
Bendita sejas terra amada, de exuberante beleza tão natural!
São tantos os que sentem inspiração e se sensibilizam escrevendo-te um verso ou um poema em forma de canção, numa expressão viva de amor a terra berço, pitoresca e bela!!!
Teus filhos trazem a arte na alma!... E, traduzem aquilo que o íntimo só em palavras não pode revelar.
São muitos os que lá fora propagam a tua beleza, querida terra. Em cada pedaço deste imenso Brasil, encontra-se um ipuense que te representa na arte, na ciência, na política, nas letras, no comércio, e em todas as classes empresariais.
Do teu pequenino nome, nasceu a tua imensa beleza!
Queremos neste momento exaltar-te, através da AFAI (Associação de Filhos e Amigos de Ipu) recentemente fundada com o objetivo principal, de preservar o teu patrimônio histórico-cultural e a tua beleza natural.
É justo que se louve a brilhante ideia da fundação dessa associação, na pessoa do seu presidente; Prof. Francisco Melo, a quem dirigimos a nossa mais sincera homenagem de admiração, não só pelo seu potencial cultural, mas principalmente musical, onde através das sete notas, musicaliza o seu amor pela terra berço, fortalecido que é pelo dom literário, que o levou a pertencer hoje a Academia de Letras Municipais do Estado do Ceará; Academia de Artes e Letras do Estado Ceará; do Sindicato dos Correspondentes de rádio, jornais e televisão do Estado do Ceará e Diretor de Cultura do nosso Município. Prof. Melo, o Ipu, tem o brilho de toda sua admirável sensibilidade de filho ilustre, que divulga a nossa cultura de um modo geral, externando aquele verdadeiro amor em tudo que se propõe a fazer pela nossa querida e encantadora terra.
Você merece nossos aplausos Prof. Melo. Os seus conterrâneos sabem, veem e sente, o quanto você se esforça para preservar e divulgar a nossa arte e a nossa cultura.
Sinta no abraço de todos ipuenses, o reconhecimento sincero, pela grande parcela de contribuição que você dá, divulgando e representando o potencial cultural da nossa terra, que hoje se fortalece com a existência da AFAI (Associação de Filhos e Amigos de Ipu).
Obrigado Prof. Melo. Continue musicalizando em prosa e em verso a nossa encantadora Terra: Ipu do seu, do meu e dos nossos corações.
 
Maria das Graças Aires Martins.                                                                      

(Ipu, 18 de janeiro de 2003).

sexta-feira, 27 de maio de 2016


3ª. Parte-AFAI.

Veio à terceira NOITE DO REENCONTRO, muitas alegrias o número de participantes aumentara consideravelmente. Uma grande Noite! Estávamos todos felizes. Mandamos abrir e iluminar a Igrejinha para visitação dos nossos Ipuenses e amigos, e há Zero Hora tocamos o Sino e às seis da manhã quando o sol já rompido tocamos mais uma vez o sino de nossa queria Igrejinha.

Depois de alguns dias soube por intermédio de um amigo que durante a noitada estava havendo um complô comandado pelo Cel. Francisco Martins de Sousa Torres, vulgarmente conhecido por FANICO, para me tirar da presidência, pois eu não tinha condição para tal, e foi apoiado por alguns “mamanaegua”, que lhe acompanharam.

Após mais alguns dias recebo uma ligação telefônica do meu Abílio que me participava que havia sido convidado para uma reunião em dos restaurantes aí de Fortaleza (não me lembro qual) que no comando do Coronel Fanico insistia na minha saída da Presidência da AFAI, fiquei deveras constrangido. Comuniquei a minha pequena família e todos me aconselharam a pedir demissão do cargo e me alertaram ainda que muitos aqui no Ipu são como Corrupiões gostam de encontrar o ninho foi feito.

Segue aqui a minha carta pedindo a minha saída da Presidência da AFAI que eu criara.

Gostaria de comentar um trecho da Carta do Abílio quando ele se refere à Academia de Letras, quando a Academia em 2002, o Abílio se encontrava em Ipu e pedi que ele comparecesse ao Departamento de Cultura quando eu era Diretor do mesmo e apresentei-lhe o projeto desta Academia que aí está. Apresentei a ele e ao nosso saudoso Boris a relação de possíveis Patronos que foram aproveitados em torno de 80%. 
Em uma viagem a Fortaleza levei todo o projeto e entreguei ao Abílio. Qual grande foi a minha surpresa quando outros lançaram mão do projeto e se auto fizeram presidente e etc. e etc.E hoje o Abílio se auto-denomina idealizador desta AILCA, que ai se encontra.
                              
Vou terminar acreditando que fiz um relato mais ou menos da AFAI com documentos e etc.                        

Acredito que os Presidentes que me sucederam poderão fazer o mesmo nas suas administrações ou até melhor.


Francisco de Assis Martins.
                                               (Prof. Mello) 
Ipu, 21 de fevereiro de 2010.
11h30min.











.

                                                                                            

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Qual a origem da festa de Corpus Christi?

eucharist_in_monstranceA Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.
A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Em 11/08/1264 o Papa aprovou a Bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. O Papa era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e havia percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.
Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.
Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
Começaram assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e todo o mundo católico.
Eucaristia: Presença real de Jesus no pão e no vinho consagrados
Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no pão e vinho consagrados na missa desde os primórdios da Igreja.
Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em carne e o Vinho consagrado transformou-se em sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71 e revelou ao mundo resultados impressionantes:
A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos.
O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente o sangue continua líquido.
Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas.
São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus.
Todas as células e glóbulos continuam vivos.
A carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e o coração sempre foi símbolo de amor!).cpasegredodasagradaeucaristia
Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia; alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana que tinha visões que solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja. Nessa festa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.
A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.
O centro da missa será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!
Prof. Felipe Aquino

Cláudio César Magalhães Martins

DISCURSO PROFERIDO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ, EM 16.03.16, APRESENTANDO O LIVRO "PODES CRER, AMIZADE"!, DE LUCIANO DE PAIVA

                "PODES CRER, AMIZADE !" - Que título sugestivo para um livro, ainda mais se tratando de uma obra autobiográfica! O autor - Francisco Luciano de Paiva - meu conterrâneo e colega no Seminário Seráfico de Santo Antônio, conhecido por Ipuarana, dirigido pelos franciscanos, na cidadezinha de Lagoa Seca, vizinha a Campina Grande, na Paraíba, por volta da segunda metade dos anos 50, que já longe vão, desnuda a sua alma nesta obra que surpreende pela sinceridade e pela riqueza de detalhes preciosos que enfeitaram a vida de seu autor.
                A história começa na bucólica cidade de Ipu, terra de Iracema, a índia romântica idealizada por José de Alencar, e de Delmiro Gouveia, o empreendedor pioneiro e visionário que, no início do século XX, implantou, em pleno sertão alagoano, uma indústria movida à energia gerada pelas águas do Rio S. Francisco, onde hoje se situa a usina de Paulo Afonso.
                 Logo no início da obra, indaga Luciano : "De onde vim ?", "Onde estou ?" "Para onde vou ?" - Perguntas essas que, ao longo dos séculos, têm sido feitas por filósofos, cientistas e místicos, sem que, até hoje, tenham-lhes sido dadas respostas totalmente esclarecedoras e definitivas. Conclui o autor que, qualquer que seja nossa crença no pós-morte, o bem que fazemos ao nosso próximo é, sem dúvida, o passaporte seguro para uma eternidade feliz.
                A descrição de sua infância em Ipu passa, em seguida, a ocupar as páginas do livro. Grandes dificuldades afetaram sua família, que, no entanto, soube sobrepujá-las com galhardia e fé em Deus. Luciano não se envergonha de descrever, com todas as tintas, a extrema pobreza em que viveu boa parte de sua infância e juventude. Entretanto, tal adversidade serviu para evidenciar sua têmpera de lutador que, enfrentando enormes desafios, logrou atingir o status de mestre e doutor em Agronomia.
                As peripécias de sua estadia na Cidade do México e em Paris são narradas com riqueza de detalhes. Na Cidade do México cursou a Escuela de Agronomia de Chapingo, onde concluiu brilhantemente o mestrado; em Paris, fez doutorado no Instituto OSTOM (Office de la Rechesse Scientifique et Technique Outre Mer), onde obteve o título de Doutor, também de forma brilhante, não obstante as dificuldades de adaptação que teve de enfrentar na capital francesa.
                O que impressiona em toda narrativa autobiográfica de Luciano é a riqueza de detalhes com que descreve ambientes e as inúmeras relações pessoais que fez ao longo de toda a sua carreira de acadêmico e, posteriormente, de professor da Faculdade de Agronomia, em  Fortaleza. O aspecto humano emerge fortemente em seus relacionamentos com familiares, amigos, colegas de cursos (principalmente no exterior) e amores fortuitos.
                É importante ressaltar que o livro não se exime de comentários de caráter político, nos quais são denunciadas as mazelas nacionais, em especial a repressão perpetrada pelo regime militar e o descaso dos governantes de ontem e de hoje no que se refere à educação. O capítulo "Candidaturas" mostra duas tentativas do autor de eleger-se para mandatos políticos. Contudo, o campo movediço da política impediu-o de contribuir efetivamente para a melhoria das condições de nosso povo.
                O amor à terra natal e à mãe Natureza também se destaca na presente obra. Ao aposentar-se da Universidade, o autor voltou a morar em Ipu, primeiramente  na sede do Município e, posteriormente,  na Serra da Ibiapaba, a uma altitude de 900 m, fugindo dos incômodos e da insegurança da cidade grande.  Tal postura relembra um pouco a saga de Eça de Queiroz no seu clássico romance A Cidade e as Serras, onde a beleza do contato com a natureza contrasta com o desconforto, a futilidade  e a insegurança da cidade grande.
                O gran finale do livro, que é dedicado à sua filha, merece especial destaque. Nele, Luciano resume sua concepção de vida, onde, no relacionamento com as pessoas, devem preponderar sentimentos de amor, compreensão e perdão, ao invés de ódio, rancor, egoísmo, ira, cobiça, ambição, vingança e desídia. Cabe aqui citar, por oportuno,  um pensamento de Nelson Mandela, Prêmio Nobel da Paz: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.” Além desse aspecto eminentemente espiritual, vale ressaltar que, mais uma vez, o amor à Natureza é colocado como essencial, preocupação esta que, no momento atual, constitui um dos pressupostos indispensáveis à sustentabilidade.
                Prezados senhores, eis aí uma obra que tem muito a dizer a cada um de nós. As vitórias e percalços narrados pelo autor em sua trajetória de vida também fazem parte, "mutatis mutandis", da jornada que temos de percorrer ao longo de nossas vidas.
                Parabéns, portanto, ao Luciano pela inspiração e pela qualidade contidas neste liv
Cláudio César Magalhães Martins - Cadeira nº 11

Por patrimonialismo entende-se a característica de um Estado onde não há limites entre o público e o privado. O exemplo mais claro de patrimonialismo é a declaração de Luís XIV: "L'État c'est moi" ("O Estado sou eu.").
            Nos regimes absolutistas, como o de Luís XIV, todos os bens públicos e particulares pertencem ao soberano ou, mais recentemente, ao ditador.
            A Revolução Francesa, ocorrida ao final do século XVIII, representou um freio a esse sistema de governo execrável, com o lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade."  Nascia, então, o Capitalismo no plano econômico e o Liberalismo no plano social.
            A Democracia, como era entendida pelos gregos, estabelece que a "coisa pública" pertence ao povo e não ao governante. Com isso, pretendia-se reduzir a corrupção e o nepotismo. Segundo Max Weber, a Democracia deveria ter como esteio os seguintes princípios: impessoalidade, formalismo, meritocracia, profissionalização do servidor público, controles prévios, eficiência e racionalidade.
            Infelizmente, no Brasil, tais princípios ainda estão longe de ser observados.
            Governantes de todos os níveis não se envergonham de utilizar bens públicos em proveito pessoal. Viagens de turismo ao exterior, sob a justificativa esfarrapada de conhecerem projetos, nomeação de parentes e apaniguados para cargos bem remunerados no setor público, contratação de serviços de natureza pessoal pagos com dinheiro público - eis alguns exemplos escancarados de patrimonialismo explícito.
            Recentemente, a presidente Dilma Rousseff viajou para S. Bernardo do Campo por conta da nação para prestar solidariedade a seu correligionário Lula, após este ter sido conduzido coercitivamente pela Polícia Federal a fim de prestar depoimento. Após a abertura do processo de impeachment, Dilma reuniu, no Palácio do Planalto, por mais de uma vez, grupos que a apoiavam, na vã tentativa de sensibilizar a opinião pública em seu favor.
            Em conclusão, mais de dois séculos após a Revolução Francesa, que derrubou o absolutimo na França, o patrimonialismo continua a vicejar, com maior intensidade em países emergentes e atrasados. Nossa esperança é que, com uma maior conscientização do povo, tal modo de governar seja minimizado em prol de uma Democracia verdadeiramente republicana.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

3ª. Parte- CRIAÇÃO DA AFAI.

Iniciamos os preparativos e logo escolhemos os agraciados da Noite do dia 18 de janeiro de 2003 que ficou assim constituída:

Placa de Prata: Francisco Lisboa Lima.
                          Gerardo Ayres de Sousa.   
                          João Anastácio Martins.
Iracema de Ouro: Antonia Bezerra Lima Carlos e Maria Assunção Carlos.       

Foi uma noite memorável, muita música, poesias, falas, contadores de história de nossa Ipu e tudo mais, amanheceram dia no nosso querido quadro da Igrejinha ainda cantando ao som do meu violão e ao violão do nosso querido Escoterinho.  

Foi Celerado pelo Padre Raimundo do Nonato uma Missa/Novena, com a participação de grande número de afaianos, teve como comentarista o Abílio e minha esposa Fransquinha.
Teve a precisão de entrada com o estandarte da AFAI conduzido pelos membros da AFAI.
A Imagem de São Sebastião foi para residência de Luiz Aragão no Quadro da igrejinha para dar mais uma conotação de amor a terra.

Veio o ano de 2004. Novos preparativos, Abílio sempre em constante contato comigo programávamos tudo com o auxilio permanente do nosso saudoso amigo BORIS.

Escolha de Novos Agraciados.
Foram os seguintes:
Placa de Prata: Irmã Mariana de Albuquerque Mendes, Padre Raimundo Nonato Timbó de Paiva e Marcos Vinicius Abreu Carlos.

Iracema de Ouro:
Antonio Carlos de Martins Mello e Rosa Soares Assis. (Roseli)

Para dirimir qualquer duvida estou anexando as Comunicações feitas aos homenageados.

São modelos Originais.

Ilmª. Senhorita
Rosa Soares Assis
Nesta.

Comunicamos-lhe que seu nome foi escolhido pela Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI, para receber no dia 18 de janeiro na Praça Thomaz de Aquino Corrêa no Quadro da Igrejinha, por ocasião da 3ª Festa do Reencontro, a comenda “Iracema de Ouro”, honraria máxima de nossa Instituição.

Para tanto queremos contar com a sua prestimosa presença ao nosso evento. 


Atenciosamente,


Francisco de Assis Martins
Presidente


Antonio Tarcisio Aragão
Secretario

Ipu, 12 de janeiro de 2004.

Exmº Dr.
Antonio Carlos de Martins Melo
Fortaleza-Ce

Comunicamos-lhe que seu nome foi escolhido pela Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI, para receber no dia 18 de janeiro na Praça Thomaz de Aquino Corrêa no Quadro da Igrejinha, por ocasião da 3ª Festa do Reencontro a comenda “Iracema de Ouro”, honraria máxima de nossa instituição.

Para tanto queremos contar com a sua prestimosa presença ao nosso evento.

Atenciosamente,


Francisco de Assis Martins
Presidente


Antonio Tarcisio Aragão
Secretario


Ipu, 12 de janeiro de 2004.

Ilmº. Sr.
Marcos Vinicius Abreu Carlos
Fortaleza – CE.
  
Comunicamos-lhe que a Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI lhe outorgará no dia 18 de janeiro por ocasião da 3ª Festa do Reencontro que se realizará na Praça Thomaz de Aquino Corrêa, Quadro da Igrejinha a comenda “Placa de Prata”, pelos seus méritos e relevantes serviços prestados a terra ipuense.

Queremos contar com sua prestimosa presença ao nosso evento.

Atenciosamente,


Francisco de Assis Martins
Presidente


Antonio Tarcisio Aragão
Secretario


Ipu, 12 de janeiro de 2004.


Ao Revmº
Padre Raimundo Nonato Timbó de Paiva
Pároco de Ipu
Nesta.

Comunicamos-lhe que a Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI lhe outorgará no dia 18 de janeiro por ocasião da 3ª Festa do Reencontro que se realizará na Praça Thomaz de Aquino Corrêa, Quadro da Igrejinha a comenda “Placa de Prata”, pelos seus méritos e relevantes serviços prestados a terra ipuense.

Atenciosamente,

Francisco de Assis Martins
Presidente

Antonio Tarcisio Aragão
Secretario


Ipu, 12 de janeiro de 2004.


A Rvmª.
Irmã Mariana de Albuquerque Mendes
Nesta.
  
Comunicamos-lhe que a Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI lhe outorgará no dia 18 de janeiro por ocasião da 3ª Festa do Reencontro, que se realizará na Praça Thomaz de Aquino Corrêa, Quadro da Igrejinha a comenda “Placa de Prata”, pelos seus méritos e relevantes serviços prestados a terra ipuense.



Atenciosamente,

Francisco de Assis Martins
Presidente

Antonio Tarcisio Aragão
Secretario


Ipu, 12 de janeiro de 2004.               



segunda-feira, 23 de maio de 2016

2ª. PARTE - Criação da AFAI.

E assim foi feito. Elaboramos um pequeno roteiro de nossas apresentações na primeira Noite do Reencontro.

Eis o original em apreço.

                              FESTA DO REENCONTRO

REALIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL E
DEPARTAMENTO DE CULTURA DO MUNICÍPIO

Local: Quadro da Igrejinha

Horário: Após a Novena/Missa.

Dia: 18 de janeiro de 2002

A Novena/Missa será cantada pelo Coral Municipal.
No local do evento, (Quadro) haverá Barracas com Bebidas e Salgados.
Será armado um palco na Praça da Igrejinha onde ficarão a disposição dos presentes vários instrumentos musicais.
Na parte inicial teremos a palavra da Prefeita Municipal de Ipu, Antônia Bezerra Lima Carlos.

O Dr. Thomaz de Araújo Corrêa usará da palavra para saudar os presentes.

Palavra Facultada.

A noite será pequena para conter tanta emoção, pois teremos muitos ipuenses que por muito tempo não visitam IPU e deverão matar a saudade de tudo que viveram e sentiram na sua TERRA NATAL. 

Antonio Carlos de Martins Mello ao receber o convite para participar da noitada vibrou tanto que sua verve poética veio a lume e compôs o seguinte soneto.

REENCONTRO


Reencontro de amigos: algo inda nos resta!               

O ocaso assoma presto. As esperanças caem.
As ilusões mais ternas todas já se esvaem.
Migram pr’a outra vida as que existiam nesta.

De algum desvão sinistro mil fantasmas saem,
como moldura tétrica da humana besta,
a recitar refrões durante a louca festa
dos que ofendem,burlam,desesperam,traem.

mas vejo nesse espectro de mortais semblantes
a grandiosidade de morais gigantes,
a exemplo dos cantados nos pregões antigos.

Se o bem inda salvais nos perdoando tudo,
muito da vida hei quando de vós me acudo,
que resta o abraço imenso dos que sois amigos!

Tatais, 16/17.12. 2001,0h10m
Com vistas ao reencontro do Ipu em 18.01.2002       

Antes do evento que estamos relatando as nossas reuniões para tocar e cantar eram sempre no Quadro, debaixo das Mungubeiras e dos Oitizeiros, sempre ao som de nosso violão, flauta do Tatais e Gaita de Boca, voz do Abílio (sempre cantando Maringá, Rapaziada do Braz e outras Tatais, Breguedé, o nosso sempre amigo e compadre Frasquinho Jorge ou Escoterinho comparecia com o seu magnífico violão encantando as nossas noites, o Tena ainda apareceu algumas vezes com o seu saxofone.  Era muito bom e salutar, mas precisávamos de algo mais significativo para os nossos amigos e conterrâneos e visitantes.

Numa certa noite de janeiro que não me lembro de qual foi o ano, já pela madrugada nos dirigimos para o Quadro para matar as nossas saudades fomos para lá. Começamos a tocar e cantar, qual não foi a nossa surpresa quando chegou uma viatura da Polícia Militar querendo impedir a nossa INESQUECÍVEL SERENATA; só que entre os Seresteiros estavam um Juiz Federal (Tatais) um Delegado da Policia Federal (Felipe Aragão) e uma Agente também da Policia Federal (Abílio), que foram de encontro aos Policiais Militares e lá justificaram as nossas presenças e a nossa principal razão de ali estarmos tocando e cantando.

Depois da saída dos policiais militares foi uma gargalhada geral.

Veio à realização da Noite. Muitos participaram. Dada a nossa pouca experiência e por se tratar da primeira noite faltou bebidas e comida logo as primeiras horas da madrugada.

Mas, mesmo assim estiveram presentes um bom numero de ipuenses e amigos que aqui vou procurar relatar apenas alguns nomes que com certeza irei me esquecer de muitos, mas desde agora peço minhas desculpas.

La vai: Abílio, Fantinha, Dadazinha, Boris e Celinha, Tarcísio Bentivi, Marcos Martins de Lima (Baú), Gonçalinha Aragão, Luiz, Moacir, Nilce Aragão, filhos do seu Odulfo, Francisco filho do Frutuoso Aguiar, Jacó, Silonides, Clarice, Astride filhos do Dr. Justo, Tatais e Regina (que por sinal levou uma grande queda), Tadeu Xerez, Djalma, Zezé Carlos e Toinha, Dr. Tomás e família, D. Nira e suas irmãs Selva e Terezinha Araújo, D. Zenaide Martins, Francisco Tácito, Vanardo Holanda, Eliardo Holanda, Assunção Carlos, Chico Holanda, Milton Pereira, Pedro Josino, Petinha, Jesus Xerez, Solange Freitas, Fran Erle, Luzanira Cajão que veio de Anápolis em Goiás, D. Diva, José Cesar Tavares, Dião, Graça Aires, Lucila Aires, Célia Taumaturgo e Jurandir, José Taumaturgo, D. Sinhazita, Assunção Carlos, Uruca, Joari e Maura Joca, Luizinho Dantas, João Aragão e Francisco Aragão, Marilac Ribeiro, Manoel Gomes do Nascimento, Carlos Gomes, D. Socorrinha, Raimundo Pinto, outros e mais outros.
                                                                                                   
O entusiasmo tomou conta de Abílio e logo que chegou a Fortaleza não mediu esforços para conseguir um modelo de Estatuto e conseguiu com um colega seu da PF de Acopiara ou Aracoiaba, (Tenho dúvidas) e me remeteu conforme sua correspondência acima descrita.


Tomamos imediatas providencias no sentido de montarmos o nosso estatuto.
Fizemos algumas reuniões e ficou definido que Boris, Abílio (Que deveria vir de Fortaleza) Pitote e EU, para elaboramos nosso estatuto. E assim foi feito, concluímos numa noite lá na Casa do Boris na Lagoa.
Fizemos várias reuniões na AABB, Teixeira, no Restaurante Varanda, e numa certa noite quando tudo já se encontrava pronto foi aclamada pelos presentes a seguinte diretoria ficando assim composta: Presidente Prof. Francisco Mello, vice-presidente Abílio Lourenço Martins, Tarcísio Aragão 1º secretário, Francisco Tácito 2º Secretário, Carlos Gomes 1º Tesoureiro, 2º Tesoureiro Francisco das Chagas Lira (Petinha), Socorro Melo Lima – Corrinha - Oradora Oficial, e os membros do Conselho Fiscal, Marcilio Lima, Francisco de Assis Araújo Tavares.
Tratamos em seguida de registrar os nossos estatutos que nos foi Patrocinado pelo Empresário Marcos Vinicius Abreu Carlos (Maninho do Zezé) e logo em seguida requeremos junto a Agencia da Receita Federal local o CNPJ que foi logo concedido e por não ter a AFAI uma sede própria o Endereço foi de minha residência.
Abrimos em seguida uma conta no Banco do Brasil que depois foi encerrada, quando a AFAI localizou sua sede em Fortaleza.
Estávamos legalmente constituídos. Começamos a preparar a primeira Noite do Reencontro já com Associação de Filhos e Amigos de Ipu AFAI.