sábado, 27 de agosto de 2016

O Tempo

O trato, a simpatia, alguns favores,
Sem intenções segundas, por ideal!
Capitalizam forças contra o mal,
Mitigam do vizinho os dissabores.

Feitios, às vezes tomam multicores,
Por atrofia do senso emocional
Daquele que confunde a sombra e o real,
Muda dos fatos timbres e valores.

Seguem todos na vida seus destinos,É um acendrado estimulo os anima
Na travessia crucial de peregrinos,


No fim da estrada próxima do termo,
Revive aquela inquieta e velha estima,
Reação sem fruto de um amor enfermo

POEMA CLASSIFICADO.

Orientado por edital público, o Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2016,
 recebeu no período de 05 de dezembro de 2015 a 05 de março de 2016, o total de 3.105 inscrições de todo o Brasil.
A Vivara Editora informa que recebeu da comissão julgadora, no dia 18 de março,
a lista protocolada dos 250 candidatos classificados no processo seletivo.

Parabéns! O seu poema foi classificado e fará parte do livro, Antologia Poética, Prêmio Poesia Livre 2016.

É um orgulho fazer parte desta grande comunidade literária. Novos Poetas.

Seu Editor,
Isaac Almeida
 
   
Lista dos Classificados publicada em 20 de março de 2016.
   


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

HINO  DO IPU


Letra e música de: Zezé do Vale

 Terra cheia de encantamento
E de eterna bondade,
Sempre no meu pensamento
No meu sonho de ansiedade
Quero cantar tua beleza
E o teu o doce passado
Terra do meu coração
E do meu amor
És toda minha adoração.

Terra do meu berço, ó meu poema.

Foste à preferida de Iracema

Que percorreu teus prados
De esmeralda em flor                                            
Num lindo sonho de amor.

Tens o véu de noiva do Ipuçaba,
Num murmurejar, que não se acaba.
Terra querida, Ipu minha eterna saudade,
Quisera adormecer sorrindo
À luz do teu olhar

SAUDADES DO IPU

Letra e música de Anastácio Magalhães

Desce triste para o chão
A cascata cor de prata
E véu de luz do luar
Sobre a serra, em luzes se desata.

No silencio do luar
Sob a paz das noites frias,
Soluça triste minh’alma
Nas asas de dor, da agonia.

Ó que santa poesia
Sobre as orquestrações das águas
Vou cantando triste
A minha dor suprema.
Na tortura do meu peito,
No cantar das minhas magoas.

Tudo anda a cantar
No azul da serra
Minh’alma erra
Seja bendita esta terra
De minh’alma
Cantando muito tristonho
Em noites calmas,
Que noites de amores
Suspiram flores,
Ao luar...
Amo a minha terra
Adormecida na serra


De prata e de amizade.



Termo indígena que significa “lugar das fontes” ou “logradouro das nascentes”. Foi aí que originou o nome do nosso riacho, o riacho Ipuçaba, que nasce e morre no município de Ipu (Ig= água + Pu= queda = Queda D´agua na língua tupi-guarani). Sua nascente principal fica situada no sítio São Paulo a 16 km da sede e em torno de 750 m. de altitude.
O riacho Ipuçaba possui uma extensão de 26 km, desaguando no rio Jatobá. O riacho pertence à bacia hidrográfica do rio Acaraú, sendo o riacho Ipuçaba afluente do rio Jatobá e, o rio Jatobá um dos principais afluentes do rio Acaraú. É considerado um riacho de porte médio, perene e corta toda a cidade de Ipu. Com o desenvolvimento da cidade, o Ipuçaba foi se tornando mais poluído, recebendo atualmente cerca de 200 litros de esgotos por segundo.


História

O Município de Ipu é citado no romance de José de Alencar, Iracema, índia nativa que se banhava na bica, também conhecida como "a virgem dos lábios de mel". Inicialmente o povoado nasceu dentro das terras dadas em Sesmarias pelo estado português a alguns colonos radicados em Pernambuco. Ligada às terras da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Côcos (hoje em Ipueiras) e à sede da primeira Vila (Guaraciaba do Norte), a povoação fora construída em cima de um velho cemitério indígena. A sua praça central (chamada por seus habitantes de "Praça da Igrejinha") está localizada neste "útero inicial" em que aquela sociedade veio a nascer ainda no século XVII. A região entrou em disputa entre padres Jesuítas e colonos; até que, após a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as terras e os infelizes indígenas que nela habitavam ficaram entregues aos "cuidados" dos colonos brancos. Reduzidos a escravos (ou semiescravos), os indígenas foram incorporados àquela sociedade colonial na condição precária de "cabras" agregados às terras que um dia foram deles. Apenas em 1840/41 a Vila Nova do Ipu Grande fora transformada em sede da Vila. Em 1885 a Vila é elevada à condição de cidade; em 1894, com a instalação da Estrada de Ferro de Sobral, a cidade passou a crescer e urbanizar-se lentamente. A economia comerciária, promovida pela ferrovia, possibilitou à classe comerciária local adquirir capitais gerados do trabalho e do comércio algodoeiro. A cidade crescia e com isso aumentavam os problemas. As elites conheceram um crescimento significativo, para depois mergulharem numa estagnação econômica acarretada pela desativação da ferrovia e do comércio a ela ligado. Nos anos 40 do século XX, a cidade mergulha num processo de decadência até culminar com o completo desmonte da ferrovia nos anos 50, 60 e 70 do século passado. Decadente, a cidade transforma-se num verdadeiro "curral-eleitoral" para a oligarquia local; momento em que a prefeitura da cidade transforma-se na maior empregadora do município. Em 1987 o então distrito Pires Ferreira, se emancipa de Ipu, transformando-se em um novo município.
Geografia
Sua população estimada em 2010 era de 48.230 habitantes. A cidade fica encravada no sopé da Serra da Ibiapaba e tem como principal atração turística a Bica do Ipu, uma queda d'água do Riacho Ipuçaba de 130 metros de altura, além da Bica do Ipu a cidade oferece mais pontos de visitação como: Casa de Pedra, riacho São Francisco, cachoeiras como a do Urubu e do Engenho dos Belém e os açudes S. Bento e Bonito.
Em suas primeiras manifestações de apoio eclesial, registra-se em 1740 e procedente da Vila Viçosa, a presença de alguns clérigos cujo desempenho consistiu na formação de redutos catequéticos, os quais constam do programa o precitado reduto. Desse trabalho missionário, cujos esforços não foram inócuos, resultou a edificação de uma capela que, por seu turno, daria lugar à Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, o que de fato ocorreu, conforme Provisão de 30 de agosto de 1757. Com o advento do Decreto Imperial Nº. 200, de 26 de março de 1840, transfere-se a Freguesia, até então situada em São Gonçalo da Serra dos Cocos, para São Sebastião do Ipu, compreendendo, na jurisdição desta, as capelas de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras e de Nossa Senhora dos Prazeres de Campo Grande. Decorrido quase meio-século, novas transformações se processam, desta vez com relação à mudança de hierarquia e evolução de ordem administrativa. Essa novidade tem como instrumento de apoio a Lei Nº. 2.037, de 27 de outubro de 1883, convertendo ao título de Igreja – Matriz as capelas de São Gonçalo dos Cocos e São Sebastião do Ipu.
Os primeiros registros históricos sobre a região de Ipu datam do tempo do Brasil colônia e entre os personagens de então podemos destacar nomes como Joana Paula, Martim Soares ou padre Correia. Veremos que eram pessoas comuns, carregadas de defeitos, ganâncias, ambições etc. Para a “civilização do Ipu” e sua região os ditos “heróis” não passam de sanguinários conquistadores; gente guerreira, que nasceu dos choques dos mundos europeu e indígena e por aqui se instalou para formar uma sociedade singular e desigual. Matar, roubar, assassinar, estuprar ou agredir eram “esportes” naturalmente praticados por nossos antepassados, e queiramos ou não, somos um povo altamente mestiço (somos brancos, indígenas e negros). A nossa civilização nasceu por sobre as poças de sangue dos povos nativos, e fora construídos por homens brutos, valendo-se da escravidão e do extermínio, para dar legalidade ao sequestro das terras e dos corpos (para o trabalho escravo e para o sexo promíscuo) das indígenas e africanas; legitimando todo tipo de privilégio e de poder emanados desta situação.
Sobre isso, leiamos este documento: “Tamboril tem produzido homens notáveis, entre estes o coronel Diogo Lopes de Araújo Sales, que o Ministro da Agricultura, em 1855 dizia não conhecer no país mais hábil catequista dos índios. À sua espada encantada, que não podia soltar, pelo receio de exterminá-los de um só golpe, deveu ele escapar mais de uma vez às sedições dos selvagens. Seus serviços nessa arriscada empresa foram de feitos relevantes.” É claro que, como homens como o Coronel referido antes, não nos admira que não tenha havido “reclamações oficiais” por parte dos nativos; os Tremembés, Carátiús, Reriús, Arariús, Quixelôs e outros povos não tiveram a menor chance, lutar com arco e flecha contra bala e pólvora era uma luta perdida! Após a “limpeza” da terra, Joana Paula, seus pais e irmãos puderam vir ocupar a área despreocupadamente, habitando o sertão central e parte da Ibiapaba (Ipu, Ipueiras, Guaraciaba, Tamboril, Santa Quitéria, Reriutaba, Crateús e muitas outras cidades nasceram dentro deste processo). O homem desta área é altamente mestiço, caboclo, com pouco sangue negro, e com bastante sangue europeu. Os Brancos, pela superioridade das armas, puderam dominar e aculturar aos índios e alguns africanos; debaixo da bota dos fazendeiros proprietários, as mulheres índias e negras emprestaram seus ventres para que o falo dos descendentes de europeus “povoasse a terra” e mestiços. Não tendo recursos humanos ou materiais para ocupar as terras do “Ciará Grande” (e a região de Ipu), Vossa Majestade El’Rei de Portugal (e depois da independência, D. Pedro I e D. Pedro II) delegava poderes quase absolutos para seus súditos que por aqui vinham construir a “civilização”. Os colonos que viriam povoar os sertões do Ipu tinham licença para matar, prender, soltar, julgar, perdoar, e condenar, principalmente aos índios, negros e/ou brancos pobres que lhes deviam obediência; foi assim que nasceu a conhecida prepotência de nossas elites e a exagerada submissão de nossos “cabras”! Com a independência, em 1822, D. Pedro I, após esmagar os confederados do Equador e outras rebeliões do “Norte” do Brasil, passou a delegar poderes de polícia aos fazendeiros e seus filhos; neste ínterim, os Mourões, poderosa oligarquia parental sediada na Serra dos Cocos, filiada ao Partido Conservador, exercerá o poder e a violência com mão de ferro nestas paragens. “Eram por demais turbulentos  [e] sanguinários os primeiros povoadores desta parte da província, os homens mais influentes (...) percorriam com bandos armados da serra ao vale e do vale à serra, decidindo de tudo [na] (...) lógica do bacamarte. Esses facínoras traziam em sobressalto Tamboril e (...) Príncipe Imperial (Crateús), Independência, Boa Viagem, Pedra Branca, Santa Quitéria e Ipu.” Dentre estes homens, os clãs–familiares dos Araújo-Chaves, Mello-Mourão, Feitosas, Martins, Aragão, Lopes etc. impunham a lei e a ardem com base na faca-peixeira e no bacamarte boca-de-sino. Assaltos, assassinatos, estupros e lutas pela posse da terra eram “a coisa mais natural do mundo” naqueles tempos. Foi neste ambiente que nasceu a nossa civilização.

  • Data da criação: 26 de agosto de 1840
  • Toponímia: Queda D’água
  • Variação Toponímica: Vila Nova do Ipu Grande
  • Desmembrado de Guaraciaba do Norte
  • Padroeiro: São Sebastião
  • Dia: 20/01
Características ambientais
  • Pluviosidade: a média anual é de 1.358 mm
  • Temperatura média: 26 °C a 30 °C
  • Período chuvoso: janeiro a maio
  • Distância da Capital "Fortaleza": 257Km
  • Área Territorial: 630Km²
  • Latitude: 4°,19'
  • Longitude: 40°, 49'
  • Altitude: 636m do nível do mar
  • Clima: Tropical de altitude
  • Mesorregião: Noroeste Cearense
  • Microrregião: Ipu
  • Limites: Norte: Reriutaba e Pires Ferreira, Sul: Ipueiras, Leste: Hidrolândia; Oeste: Guaraciaba do Norte.
  • Hidrografia: Rios Acaraú, Jatobá e Inhuçu e riachos do Engenho, Mulungu, S. Félix, Albina, Gamelecia, Sambaíba e Ipuçaba.
  • ACESSO RODOVIÁRIO: CE-187 / CE – 032 / CE - 157
Componentes ambientais
  • Relevo: Planalto da Ibiapaba e Depressões sertanejas
  • Solos: areias quartzosas distróficas, Bruno não cálcico, Latossolo vermelho-amarelo e podzólico vermelho-amarelo
  • Vegetação: caatinga arbustiva aberta, floresta caducifólia espinhosa, floresta subperenifólia tropical pluvio-nebular e floresta subcaducifólia tropical pluvial.
Divisão política-administrativa
  • Distritos: Abílio Martins, Flores, Várzea do Giló,Recanto e Ingazeira
Ligações externas
Referências
1.     
  Divisão Territorial do Brasil Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Visitado em 11 de outubro de 2008.
    IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 dez. 2010.
    Censo Populacional 2010 Censo Populacional 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Visitado em 11 de dezembro de 2010.
    Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Atlas do Desenvolvimento Humano Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Visitado em 11 de setembro de 2013.
5.      Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Visitado em 11 set. 2013.





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terça-feira, 23 de agosto de 2016

IPU!
Ipu nasceu às margens do riacho Ipuçaba, cuja nascente fica no sítio São Paulo, neste Município. No seu percurso forma no rochedo da Ibiapaba a linfa cor de Prata chamada Bica do Ipu, se desprendendo de uma altitude de 120 metros formando na sua queda a imagem de um verdadeiro “Véu de Noiva” como diz a canção de Zezé do Vale. Nas imediações do Riacho se formaram plantios de cana-de-açúcar, bananeiras e outros.
O pequeno córrego inspirou muitos de nossos poetas. IPU está localizada em partes de 20 léguas de terra doadas à D. Joana de Paula Vieira Mimosa pelas Cortes Portuguesas de Lisboa em 1694.
D. Joana era missionária Portuguesa que aqui chegou para dar inicio a nossa civilização era esposa de João Alves Fontes muito enérgica e habilidosa colonizou suas propriedades contribuindo para a catequese dos Índios. Os Índios eram os Tabajaras, o nosso primitivo que aqui viveu dando origem à lenda de IRACEMA de José de Alencar.
Ipu, berço de Iracema, terra de Martim e Araquém, tem sua civilização pautada nos costumes indígenas. Os Tabajaras sobreviviam fazendo roçados e neles plantavam o cará, o inhame, o abacaxi, milho, mandioca e outras culturas que se adaptassem a fertilidade do solo.
Construíram também casinhas ou casinholas a margem do Ipuçaba que com o passar do tempo foram substituídas por outras.
Em 1740 já havia o ARRAIAL, com pequenas casas de taipa sendo o seu piso de chão de barro batido, construídas com o auxilio de alguns Portugueses e Pernambucanos que aqui aportaram. Chegaram vindos da Vila Real de Viçosa alguns clérigos que continuaram o trabalho de catequese iniciado por D. Joana de Paula Vieira Mimosa. Em seguida vieram outros Padres Jesuítas e construíram uma Capela pequena edificada em 1765 em torno do atual Quadro da Igrejinha onde foi iniciado o Povoado que passou a ser conhecido e chamado de PAPO, seguido por uma Rua estreita que passamos a chamar de Goela, ainda hoje a pequena Rua apesar de ter possuído vários nomes como Rua Senador Catunda, homenagem a um Senador de República que aqui residiu.
A Rua mudou de nome outra vez para Rua Cel. Pedro Aragão que permanece até os nossos dias, contudo a pequena ruazinha onde nasceu Milton Dias, famoso cronista conhecido nacionalmente pelas suas crônicas, continua chamada por todos nós de Rua da Goela.
No Hino do Sesquicentenário de Ipu, letra do Professor Antônio Ramos e música do Professor Francisco Melo, num trecho do Hino, por sinal muito suave e poético dizem “O Ipu Ave Meiga em Voo Sereno”, ficou bonito e gostoso de cantar, pois retrata a forma de um pássaro que Ipu teve na formação de sua toponímia.
Por Alvará ou Carta Régia, de 12 de maio de 1791, foi criado o município com sua primeira sede com o nome de Povoação de Campo Grande, depois elevado a categoria de Vila que se chamou de Vila Nova d’El-Rei hoje cidade de Guaraciaba do Norte. Ipu quando foi elevada a Vila, tomou a mesma denominação de sua sede Vila Nova d’El-Rei, mas mesmo assim, o povo continuou chamando de “Vila dos Enredos”, em face das constantes intrigas existentes naquele tempo. Tudo isso aconteceu em torno da Igrejinha, onde ficou consolidada a VILA.
Com a criação da Lei Provincial de nº 200 de 26 de agosto de 1840, ficou suprimida a Vila de Campo Grande transferindo a sede do município para Núcleo de Ipu Grande, com o nome de VILA NOVA DE IPU GRANDE.
Lei nº 200, de 26 de agosto de 1840 sancionada pelo Presidente Francisco de Sousa Aguiar.
Art. 1º – Fica transferida de Vila Nova d’El-Rei para povoação de Ipu Grande no mesmo município, com a denominação de Vila Nova do Ipu Grande.
Art. 2º – A Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos será igualmente transferida para Capela de São Sebastião do Ipu Grande, quando esta estiver em estado de nela celebrarem decentemente os ofícios divinos.
Art. 3º- Ficam revogadas quaisquer leis e disposições em contrario.
A Vila denominada por Lei, Vila Nova do Ipu Grande conservava a ingenuidade de uma época que em torno da Igrejinha o vilarejo foi tomando consistência. Mais tarde, em face da Lei de nº 432, de 31.08.1848 o Ipu Grande se tornou simplesmente IPU.
A origem do vocábulo Ipu tem varias conceituações mesmo porque a nossa Língua oferece opções outras para que chegássemos até a palavra IPU.
Vejamos:
Qualidade de terra fértil que forma grandes coroas ou ilhas em terras procuradas para a cultura. (José de Alencar)
Vem de IPOHU ou IPOÇU, alagadiço, sumidouro d’água (Dr. Paulino Nogueira).
Se o nome da cidade deriva de um salto, seria ITU, e não IPU (Pompeu Sobrinho).
No Ceará chama-se Ipu, a pequena lagoa de águas pouco profundas, que seca no verão.
O índio chamava YPU, a fonte, o olho d’água.
A opinião predominante em relação à palavra Ipu, conhecida pelo ipuense de ontem e de hoje, é a de Dr. Eusébio de Sousa:- a denominação desse vocábulo nasceu da admiração que faziam os indígenas da queda que davam as águas do cimo da montanha, grafado assim em língua TUPI: IG: água, e PU, queda, palavra ONOMATOPAICA que quer dizer-QUEDA D’ÁGUA.
IPU, de Vila, foi elevada à categoria de cidade conforme reza a Lei nº 2.098, de 25 de novembro de 1885.
O desembargador Miguel Calmon du Pin e Almeida Presidente da Província do Ceará etc.
“Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sanciono a lei seguinte”:
Art. 1º – Fica elevada a VILLA do IPU a categoria de CIDADE.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrario.
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém.
O secretário desta província a faça imprimir, publicar e correr.
1885 sexagésimo quarto da Independência do Brasil do Império.
Miguel Calmon du Pin e Almeida
Os seus primeiros edificadores deram como já dissemos a configuração de um pássaro, o bico fica no fim da Rua, goela o inicio da artéria e o papo o Quadro da Igrejinha propriamente dito.
O Município de Ipu limita-se ao Norte com Reriutaba e Pires Ferreira; ao Sul com a cidade de Ipueiras; a Leste com Hidrolândia; a Oeste, com Guaraciaba do Norte e Croata.
O Município está dentro da Mesorregião do Noroeste Cearense, portanto localizado na Microrregião do Ipu que engloba os seguintes municípios: Ipu, Ipueiras, Pires Ferreira, Poranga, Reriutaba e Varjota. Fica também, na Zona Fisiográfica de Sobral, tendo como sede à cidade de Ipu, a 247,20 m de altitude, as suas coordenadas geográficas estão assim distribuídas: Latitude 4° 19’ 20’’ S; Latitude 40° 42’ 39’’ W. Situa-se ao pé da Cordilheira da Ibiapaba, às margens do ribeirão Ipuçaba, com suas ruas amplas e arborizadas. Dista da capital do Estado pela rodovia da Fé 288 km. Os naturais do Ipu são chamados de ipuenses.
O Clima é semiárido quente; a oeste na zona serrana tem clima fresco atenuado pela altitude. A temperatura do ano inteiro varia de 24ºC a 34ºC.
Orografia: A Ibiapaba margeia o município de norte a sul. Na área sertaneja encontram-se os serrotes Flores e Fuzil.
População estimada em: 48.000 Habitantes. Crescimento Geométrico: 2,62% IBE – 2013.
Distritos, Ipu (sede), Abílio Martins, Flores e Várzea do Jiló, Ingazeira e Recanto. A cidade do Ipu é de belo aspecto, surpreendendo quem a visita à procura de novas sensações. Regularmente edificada, destaca-se pela sua pitoresca paisagem localizada no sopé da famosa Ibiapaba, tornando-se, portanto, a mais próxima de quantas outras das cidades estão encravadas em suas imediações. Em todo seu perímetro urbano conta atualmente com 213 ruas (ano de 2006) bem delineadas, quase todas calçamentadas, asfaltadas e arborizadas e com praças ajardinadas.
A maior curiosidade do município, na opinião do saudoso historiador Antônio Bezerra, é indubitavelmente a Bica, jorro d’água que se precipita de uma altura de 120 metros, em um sítio magnífico a dois quilômetros a sudoeste da cidade.
”De longe parece larga fita de prata, caída por sobre o verde “gaio” das árvores, ondulando suavemente ao efeito da luz do sol e expelindo as mais agradáveis irradiações”.
Rios, açudes e lagoas: os rios Acaraú e Jatobá são os únicos do município; há vários riachos, com destaque especial para o Ipuçaba que forma a nossa deslumbrante Bica. Além dos açudes São Bento, Bonito, Barrinha, Cipó e outros. Boa parte da represa do Açude Araras pertence ao nosso município. Existem as lagoas Arroz, Fuzil, João Lobo, Curicaca, Malhada Vermelha, Santa Rosa e Veados.
Ipu está dividida em duas zonas: serrana e sertaneja, ambas se prestam à agricultura e a pecuária.
Nas zonas agrícolas, os plantios mais explorados são os cereais: algodão, mandioca, cana-de-açúcar, milho, feijão. Hoje na zona serrana há uma produção uma boa produção de hortaliças, especialmente o tomate.
Nos pastoris, toda espécie de criação é aclimatada na região.
No teu rochedo azulado parece haver sido talhado a capricho, pois a concavidade do mesmo oferece a formação de uma chuva constante ininterrupta dia e noite banhando a vegetação verdejante que fica no sopé da serra.
E é nestas paragens do sertão que a morena virgem dos lábios de mel, Iracema, cujo corpo lindo e deslumbrado se banhava no orvalho da noite. Foi plaga da grande nação Tabajara, tribo guerreira que perlustrou vales e socalcos vadeando rios regatos, pelejando contra os invasores brancos até ao raiar da paz que Martim Soares Moreno, o bravo fidalgo, ofertou em troca do grande amor que a lenda registra com fervor e devoção. Povo feliz o ipuense, ainda guarda e com enlevo o lindo episódio ocorrido na cabana de Araquém, pai de Iracema, quando
viu sua filha quebrar a flecha da paz guerreira e beijar a testa do forasteiro que aprendera amar a mulher como símbolo vivo de ternura e afeto.
Ipu! Pátria de personalidades que marcaram a nossa história. Anderson Magalhães, Osvaldo Araújo, Francisco Lourenço Araújo, Abdias Martins, Abdoral Timbó, Edgard Corrêa e o saudoso Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, entre muitos outros mais ouros.
Ipu! Pátria de grandes músicos. Não podemos deixar de citar aqui os nossos arquétipos musicais como: Thomaz de Aquino Corrêa, Raimundo e Zezé do Vale, Valderez Soares, Wilson Lopes, Alencar Soares, e outros ipuenses de coração que aqui citamos. Professor João Barreto dos Santos, Pedro Teles Pinheiro, Mestre João Louro, Mestre Marçal; e ressaltamos ainda Maestros Lázaro Freire, falecido há alguns poucos anos Jorge Nobre e Jairo Leitão, estes últimos personalidades marcantes de nossa música atual.
Zezé do Vale em feliz momento de inspiração compôs a Valsa “Passada do Meu Ipu”, que hoje cantamos como hino, não esquecendo a sua música em parceria Prof. Antônio Gondim de Lima, do conservatório de música Alberto Nepomuceno - IPU UM PEDACINHO que diz assim:
IPU UM PEDACINHO DO CÉU
O Ipu é uma cidade
Como a gente nunca viu
É um é pedacinho do céu
Que se desprendeu e caiu.
O doce de lá é mais doce
A fruta é mais saborosa
A mulher é a mais bonita
E a flor é mais cheirosa.
Tudo lá é diferente
Das cidades que eu conheço
Eu indo mora no céu
Do Ipu, eu não esqueço.
A cidade é muito boa
A região muito rica
Quem bebe água da Bica
Perde a cabeça e aqui fica.
OBRIGADO.
Francisco de Assis Martins (Prof. Mello)
Ontem 22 de agosto de 2015, na Academia de Letras Ciências e Artes - AILCA.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

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SAUDAÇÃO A SÃO SEBASTIÃO
Caros presentes, peço licença
Para cantar neste festivo dia
Ao Santo Mártir, um hino entoar
E aqui louva-lo com muita alegria
A minha musa treme acanhada
Só um receio de aqui versejar
Pela grandeza, pelo esplendor
Do belo nome que vou cantar.
Se eu pudesse desencravar
Todas estrelas no céu a brilhar
Eu formaria um diadema
Para São Sebastião coroar
Como não posso isto fazer
Eu lhe reservo no meu coração
Uma grinalda feita de preces
Ao glorioso São Sebastião
Pois lá no céu junto a Maria
Na Patroa santa e eterna do riso
Os anjos lhe tecem uma coroa
Comas lindas rosas lá no paraíso
E aclamando no mundo inteiro
Nosso querido são Sebastião
É aclamar os seus devotos
O’ salve Ipu da fé e da oração.


Francisco De Asis Assis22 de agosto de 2013 às 11:38Ipu, Ceará
ÍNDIA IRACEMA
Letra e Música: Cezanildo Lima
Na sombra fagueira de enorme oiticica
Coberta de flores ao sol matutino
A ÍNDIA IRACEMA – rainha dos campos
Cantava com as aves concerto divino
Refrão
O bosque era lindo, tão longe da virgem
Estava o guerreiro parado indeciso
A flecha da Índia ferira o guerreiro,
E nele nos lábios pairava um sorriso.
E muito sentindo morena selvagem
O arco e a flecha ligeiro quebrou
O jovem dizia palavras amenas
E a ÍNDIA IRACEMA venturas sonhou
Se me deres abrigo em tua cabana
Serás sempre à jovem por mim adorada
Verás em meu estro surgir delirante
Canção maviosa por ti inspirada.
Depois deste encontro, qual foi o primeiro
Cantava os dois jovens, o amor o poema
A ÍNDIA formosa beijava o guerreiro
E a arara entre os galhos gritava IRACEMA



domingo, 21 de agosto de 2016

Praça 26 de agosto.



Aproxima-se o 26 de agosto de 1940. Reuniões, comentários, sugestões e por fim os acertos para comemorar o 1º Centenário de Emancipação Política do Município de Ipu.

Era Prefeito Municipal de Ipu, Dr. Francisco das Chagas Pinto da Silveira.

Teve uma programação muito especial às comemorações que marcaram os 100 Anos de Emancipação Política de Ipu, todas realizadas com muitas pompas e entusiasmo. Consta na programação o seguinte:

Às 6 horas:- Hasteamento da Bandeira Nacional no Paço Municipal:
Presença dos alunos da Escola Pública e do “Educandário Ipuense”.

Às 7 horas:- Missa solene em ação de graças, na Igreja Matriz, celebrada pelo sacerdote virtuoso e ipuense, Pe. Antonino Cordeiro Soares, vigário de Campo Grande hoje Guaraciaba do Norte.

Às 8 horas:- Inauguração do Jardim de 26 de Agosto e do monumento comemorativo do centenário, com a presença do Sr. Prefeito Municipal de Ipu, Dr. Francisco das Chagas Pinto da Silveira, Dr. Edgard Miranda de Paula Pessoa, Juiz de Direito, representante do Instituto Histórico do Ceará, Dr. Eusébio Néri Alves de Sousa, dos Srs. Prefeitos de Campo Grande, São Benedito, Crateús e Massapé, Dr. Valença Junior do Serviço de Peste, Dr. Ubaldino Souto Maior, ex-Juiz de Direito da Comarca de Ipu, Comerciantes e Sociedade em Geral.

Em seguida foi lido o Decreto que criou o Logradouro e Monumento que até hoje chamamos de Estátua da Liberdade.
Fincada no centro da praça para marcar a nossa emancipação, política administrativa, liberdade, portanto sonhada é feita realidade.

Art. 1º Do Decreto:- fica denominado “JARDIM 26 DE AGOSTO” o logradouro público construído pela Prefeitura na Praça Cel. José Liberato.

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário ao presente decreto, que entrará em vigor na data de sua publicação. Prefeitura Municipal de Ipu, 26 de agosto de 1940. (assinado)
Dr. Francisco das Chagas Pinto da Silveira - Prefeito Municipal.

O Jardim se compõe de uma Estátua (simbólica) da Liberdade erigida no centro do Jardim, apoiada sob um pedestal de granito, no qual figuram duas placas de motivos indígenas e regionais e duas outras com inscrição na integra da lei de nº 200, de 26 de agosto de 1840.

A Avenida se completa além da estátua da Liberdade de Bancos caracteristicamente toscos meio quadrados nunca visto por este escriba em outros logradouros. Rodeado por postes de médio porte trabalhado em concavidades formando na sua parte superior ou no seu capitel um globo leitoso que ofuscava ternamente nas amenas noites do Ipu.

Ainda como parte da programação às 15 horas aconteceu uma sessão lítero musical no Paço Municipal onde estiveram presentes as seguintes autoridades:
Os Srs. Prefeito Municipal, Dr. Chagas Pinto, Dr. Edgard Pessoa, Dr. Eusébio de Sousa, Padre Antonino Cordeiro Soares, Dr. Raimundo Justo Ribeiro, e José Osvaldo Araújo que ocuparam e compuseram a mesa principal.

Estiveram ainda presentes: Elísio Aguiar, Agripino Soares, Francisco Felizola, Abdoral Timbó, Manoel Bessa Guimarães, Timóteo Chaves, Dr.Thomaz Corrêa Aragão e outros tantos. Vários oradores foram ouvidos em seus discursos, o “Canto Orfeônico” apresentou duas canções do nosso cancioneiro popular e com a palavra facultada usou da mesma o Escritor, Historiador e Poeta Osvaldo Araújo que nos finais do seu pronunciamento, pediu um minuto de silencio pelos ipuenses que já haviam partido para eternidade e depois de um Viva vibrante pelo Presidente dos trabalhos foi em seguido cantando por todos os presentes o Hino Nacional Brasileiro, ficando assim encerrada a sessão.

Depois foi lida e aprovada a Ata redigida por Osvaldo Araújo e assinada em seguida pelas seguintes pessoas: Dr. Chagas Pinto, Pe. Antonio Cordeiro Soares, Raimundo Justo Ribeiro, Dr. Eusébio de Sousa, José Osvaldo Araújo, Manoel Bessa Guimarães, Abdoral Timbó, Dr. Thomaz Aragão, Francisco Júlio Filizola, Timóteo Ferreira Chaves, Agripino Soares, Elísio Aguiar, José Maria Sabino, Osório Martins, João Bessa Guimarães, Augusto Passos, José Raimundo de Aragão Filho, Tenente José Pio de Sousa, Francisco Carvalho Aragão, Raimundo da Silva Mourão, Valdir Viana Barbosa, Antonio Teodoro Soares Frota, Heleno Gomes de Matos, João Mozart da Silva, João Alves de Miranda, Alfredo Silvano Gomes, Francisco Corrêa de Castro e Sá, Raimundo Castro Brandão, Odulfo Alves de Carvalho, Francisco Elmiro Martins, Antônio Cícero e Silva, Juvêncio César Tavares, Cesário Pereira Martins, Antonio Rodrigues Martins, Antonio Martins Jorge, Maura Sales Aragão, Raimundo Martins Jorge, José Taumaturgo Furtado, Leocádio Ximenes Aragão, Gonçalo Soares de Oliveira, Joaquim Soares de Paiva, Francisco Soares de Paiva, Antonio Pereira Martins, Murilo Mota Dias, Pedro Felix de Oliveira, Francisco Aragão Xerez, Francisco Victor de Mesquita, Gonçalo Soares Sobrinho, Luiz Belém, Manoel Pinto da Silveira, Inácio Martins Memória, Joaquim Porfírio de Farias, José Soares de Oliveira, Lídia de Aragão Pinto Silveira, Aglaê Osório de Sousa, Anisia Aragão e Silva, Maria Cia Aragão, Marista Santos Aragão, Francisca Iraci Aragão, Carmosinda Xerez Máximo, Maria Vasconcelos Sabino, Antonio Alves de Oliveira, Albertina Pereira de Sousa e José Bessa.

Antes, porém usaram a palavra o Sr. Prefeito Municipal que ressaltou a importância da efeméride e ao mesmo que relembrou os primórdios do Ipu, sua origem a sua evolução até tornara-se independente de Campo Grande hoje Guaraciaba do Norte.

Manoel Bessa Guimarães foi outro orador que enfatizou de maneira brilhante a grandeza da data ao mesmo tempo em que relatou o processo de ensino-aprendizagem que se encontrava em plena ascensão, sendo um destaque em toda Região as nossas Escolas fazendo desta forma uma erradicação substancial no analfabetismo. Priorizou o comércio, a saúde e a cultura como fatores primordiais e indispensáveis ao progresso de uma cidade.

Osvaldo Araújo, em linhas rápidas e eloquência fluente, traçou o perfil de ilustres filhos da terra efetivando em todos os sentimentos de amor a terra e dedicação especial à causa pública de pura notabilidade estabelecida pelos filhos de tão bendito torrão.

A verve, a fluência e criatividade do ipuense são características sem par. Para o primeiro centenário de Ipu Zezé do Vale compôs a extraordinária Valsa que ainda hoje cantamos até mesmo como hino para homenagear a sua terra quando se fez centenária, Passados do Meu Ipu, cantada solenemente pela voz orgulho de Ipu, Wilson Lopes, que extravasou todo sentimento de amor e carinho a sua amada terra, berço seu e de muitos outros que souberam acaricia-la com a maviosidade das canções melodiosas e harmoniosas que ora enfocamos. 
Passados do Meu Ipu é uma louvação das mais abençoadas que encontramos no sentimento de Zezé do Vale com interpretação de Wilson Lopes.
Nos seus versos distinguimos uma Questão do Vestibular da U.F.C. em 1999; é a seguinte: “Tens o Véu de Noiva do Ipuçaba”.

Para documentar toda passagem do aniversário de cem anos do Ipu, foi escrito um documentário que foi chamado de: “ÁLBUM COMEMORATIVO DA PASSAGEM DO 1º CENTENÁRIO DE FUNDAÇÃO DO MUNICÍPIO DE IPU”, contendo além de discursos algumas fotografias de filhos ilustres de Ipu e ressaltando-se com distinção três filhas do Dr. Eusébio de Sousa, ex-Juiz de Direito de Ipu e grande amante da terra que destacou com veemência a história de nossa cidade, um filho adotivo que muito amou a Terra de Iracema e que contribuiu grandemente para divulgação de sua história. Nas suas pesquisas e estudos Ipu realmente é uma palavra Onomatopaica que significa “queda d’água”.
São inúmeras as fotografias contidas no Álbum Centenário de 1940, que aqui ressaltamos algumas: Palacete Iracema, Altar de São Sebastião, Velho Tamarineiro, Praça 26 de Agosto, e muitas outras não faltando à encantadora e distinguida Bica do Ipu.
Na sua capa de autoria do artista Franz Lietz, é uma apoteose a tudo que a Cidade possuiu naquela década. O mapa do município assemelhando-se a uma bota dá uma conotação dos lindes municipais que muito distinguiram Ipu na sua história centenária.
Telegramas dos mais diferentes seguimentos sociais, oriundos do governo do Estado, do Poder Judiciário, da Imprensa de todo Estado do Ceará, Prefeitos da circunvizinhança, o Clero, e Filhos e amigos de Ipu. 


A nossa Praça 26 de Agosto difere muito do nosso Jardim de Iracema, mesmo porque passou a ser frequentada por pessoas que naqueles tempos eram chamadas de segunda classe, coisa que nunca deveria ter acontecido, pois somos iguais e não merecemos isso. Hoje vemos como a sociedade convive abolindo todos os preconceitos que acontecia em tempos que consideramos remotos.

Mas mesmo assim não deixa e nem deixou de existir o lirismo e as costumeiras juras de amor que sempre acontecem com os casais que a freqüentavam, mesmo assim porque hoje apesar de sua reforma considerando a sua estrutura principal não mais os casais apaixonados, é uma Praça que está servindo mais ao feirante que nas noites que antecedem as grandes Feiras Livres do Ipu, ali frequentam como ponto de apoio ou até de descanso. Está revestida de uma grama que tapetou todo seu quadro onde outras plantinhas também florescem e enverdecem a Praça de uma história das mais significativas para a vida Política e Autônoma do nosso Município.
Os oradores que desfilaram e que eloquentemente se manifestaram a respeito da data que se emancipara o fizeram com muito amor a terra e resgataram em suas palavras as figuras ilustres que contribuíram para formação social, educacional, econômica e cultural da terra de Iracema. Não faltando as referencias a forma de Governo que no momento era vivido por todo brasileiro. A estiagem verbaliza cada orador como testemunhos dos cansaços quase latentes de uma vida de sofrimentos experimentado por todos Nordestinos especialmente o Cearense do Ipu.
Sentimos ao recapitular a história que aqui relatamos o empenho e o compromisso de cada filho da terra que acima de tudo visava o seu progresso e desenvolvimento em todos os setores e que até superavam as suas ideias sociológicas.
Um clima de moral e respeito era peculiar a toda família ipuense. Reservas morais se formavam a toda prova no seio da sociedade familiar ipuense. A Praça que marca a nossa emancipação tem um símbolo que teremos que garantir por muito tempo, a LIBERDADE, representada na sua estátua que de mão erguida ostenta a tocha de nossa autonomia respeitada e acatada pela Lei de nº 200 de 26 de agosto de 1840.
As homenagens ao Padroeiro São Sebastião também foram tonificadas no vernáculo dos oradores da festa da independência, que a aquela época (há um século), lança sobre todos que pairam sob os céus ipuense, os influxos divinos e da sua proteção e do seu amparo, até hoje vividos, mesmo quando completamos neste ano de 2005, 165 anos de liberdade cantada nos hinos de vitórias e conquistas no mundo moderno que ora atravessamos, estão aí, na sua Igreja e nos céus de Ipu as suas bênçãos aos filhos de uma terra que tanto lhe ama e lhe Venera – SALVE SÃO SEBASTIÃO – SALVE IPU!