domingo, 31 de julho de 2016

Amor, há tempos quero expressar a minha gratidão e alegria
por estar ao seu lado, essa criatura maravilhosa que convive comigo,
uma grande companheira, a mulher que eu amo,
e sendo hoje o dia dos namorados
acredito ser uma boa ocasião para isso,
sou de uma sorte grande e a prova disso é ter você comigo e pra mim.
Você sabe como eu amo você, e em nenhum momento lhe vejo fora do que faço,
eu me orgulho cada dia mais de nós dois,
do quanto nos damos bem, de como nosso casamento deu certo
e só tenho a agradecer a Deus e a você,
responsável por tudo de bom que me acontece,
te quero cada vez mais cheia de carinho e compreensão.
Essa grande mulher que com sabedoria se aloja no meu coração,
obrigado por tanto amor, pela boa convivência e por me fazer completo.
Á quem merece o meu amor hoje e sempre.


Tributo ao Ipu
Albery Nunes
TRIBUTO AO HISTÓRICO E CULTURAL IPU
De dona Joana Mimosa aos Melos, Martins, Aragão.
À trajetória de excelência do Dr.Thomaz Correa,
Médico famoso e humanitário--ícone do povão!
Do empresário maior Delmiro Gouveia.
Do destaque dos Martins, nos estudos dos seminários,
na vida, no trabalho, moral, inteligência privilegiada.
Do João, do Francisco, do Marrocos; eis o belo cenário.
Dos escritores prof. Mello, Eunice ,Cláudio; César elevada.
Da Academia Ipuense de Letras,Ciências e Artes;oração..
De seus filhos estudiosos,ilustres,imortais;veneração..
Gente que ama e canta sua cidade,com amor e paixão
Diferentemente de outras cidades,paragens da Nação.
Da linda história de Iracema,lírica,macante,mágica.
Da famosa bica ,onde Iracema tomou banho.
De seus campos, ruas e praças históricas
Da estação do trem,alegre e saudosa...
Das serenatas,dos amores,na memória.
Da Dalinha Catunda,poetisa mimosa.
(alberynunes-28/07/16)Tianguá,Ceará


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Crônica Saudades

Cerca de 1510 crônica Crônica Saudades
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...


terça-feira, 26 de julho de 2016

Dia dos Avós
Próximo Dia dos Avós 26 de Julho de 2016 (Terça-feira)
O Dia dos Avós é comemorado anualmente em 26 de julho.
Popularmente, o Dia Mundial dos Avós também é conhecido como Dia da Avó ou Dia da Vovó, no Brasil.
O objetivo deste dia é homenagear e agradecer toda a consideração e carinho que os avós dão aos netos.
Os avós são os "responsáveis" em mimar e auxiliar os netos nas suas travessuras. Costuma-se dizer que os avós são os "segundos pais” das crianças.
No Dia Mundial dos Avós, normalmente, os netos aproveitam para presenteá-los ou fazer bonitas homenagens, como forma de agradecimento por toda a atenção e carinho recebido dos avós.
Mensagens para o Dia dos Avós
Queridos avós, não sei como conseguem me aturar, mas sei que eu não conseguiria ficar longe de todo o carinho e dos conselhos que vocês me dão. Muito obrigado por serem tão presentes em minha vida! Amo vocês!
Vovó e Vovô, dizem que os avós são nossos "segundos pais" e com certeza vocês são muito mais do que isso! São meus pais, irmãos e melhores amigos! Feliz Dia dos Avós! Amo muito vocês!
Quando eu crescer quero ser tão divertido, apaixonado e carinhoso para os meus netos como você é para mim, vovô!
Para mim, o Dia dos Avós é todos os dias! Amo muito vocês, meus velhinhos!
Às vezes, posso não saber demonstrar o tamanho do meu amor por vocês… Mas, tenho a certeza, após todos esses anos, que é um dos mais fortes que eu jamais imaginaria poder existir! Obrigado por tudo!
Origem do Dia dos Avós
O Dia Mundial dos Avós (também conhecido por Dia da Vovó no Brasil) é celebrado em 26 de julho em homenagem à Santa Ana e São Joaquim, os avós de Jesus Cristo, considerados os padroeiros de todos os avós pela Igreja Católica.
No dia 26 de julho de 1584, o Papa Gregório VIII canonizou os avós de Jesus Cristo, por isso a escolha desta data para a celebração.
Atividades para o Dia dos Avós
Você pode surpreender os seus avós (avó ou avô) com diversas atividades divertidas para comemorar esta data. Por exemplo:
  • Preparar um almoço especial;
  • Fazer piquenique no parque, praia ou na serra;
  • Fazer uma reunião de família e homenagear os avós;
  • Passar o dia ouvindo as histórias da vovó ou do vovô;
  • Cozinhar com os avós;
  • Pescar com o vovô;
  • Relembrar momentos felizes com os avós olhando um álbum de família;
  • Escrever uma poesia ou mensagem especial para os avós;
  • O mais importante: estar presente com seus avós e fazer algo que seja divertido para ambos.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

"O Mecanismo da Vida Consciente" – o Livro
Carlos Bernardo González Pecotche
Por que são poucos os que realmente triunfam e muitos os que tropeçam com enormes dificuldades na luta pela vida? Há um mundo complexo e em permanente mudança desafiando professores e alunos. Cada vez mais as organizações e a vida exigem competências essenciais que nem sempre estão sendo adquiridas na experiência acadêmica; são habilidades que determinam o êxito na profissão, nas relações sociais e em todos os demais campos da nossa existência.
Você, professor, exerce um ofício de forte influência na formação dos seres humanos. Mas cabe uma pergunta: será que a missão de educador se resume a ministrar bem as disciplinas que lhe cabem ou pode assumir um significado ainda mais elevado para a sua vida e para os alunos que cruzam o seu caminho?
Como se tornar um educador inspirador que fará enorme diferença no destino de seus alunos? Como despertar as habilidades superiores da alma e desenvolver o potencial humano? Como encontrar respostas capazes de explicar a vida?
Essas questões são aprofundadas no livro: O Mecanismo da Vida Consciente. Descubra os recursos fundamentais que trazemos dentro de nós, que podem ser experimentados e comprovados. Esse livro apresenta o humanismo em sua concepção essencial, que é: “O ser racional e consciente que realiza em si próprio as excelências de sua condição de humano e de seu conteúdo espiritual na base de uma incessante superação. O humanismo logosófico parte do próprio ser sensível e pensante, que busca consumar dentro de si o processo evolutivo que toda a humanidade deve seguir”. O que pode significar esses elevados conhecimentos para aqueles que querem se aperfeiçoar na inesgotável arte de pensar, aprender e ensinar?


Bem-vindos à ciência da vida!
Faça uma boa leitura e conte-nos a sua história.
Sua participação no concurso é apenas o início de novas conquistas.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

                      História da Família Carvalho. 

CARVALHO: Sobrenome de origem toponímica foi extraído da vila da mesma designação, na diocese de Coimbra, e adotado por Gomes de Carvalho, que viveu em meados do séc. XIII, e que foi pai de Fernão Gomes de Carvalho.
Usava este último por armas em inícios do séc. XIV um escudo carregado por uma caderna de crescentes.
No séc. XVI, de acordo com o Livro do Armeiro-Mor e o "da Nobreza e Perfeição das Armas", usavam as armas que aqui se descrevem.


Brasão da Família Carvalho

Armas: De azul, com uma estrela de ouro de oito raios, encerrada numa caderna de crescentes de prata.
Timbre: Um cisne de prata, membrado e armado de ouro, com a estrela do escudo no peito.

 



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigo!!!
A qualquer hora em que bateres a minha porta, o meu coração também se abrirá.
A qualquer hora em que chamares, eu me apressarei.
A qualquer hora em que vieres, será o melhor tempo de te receber.
A qualquer hora em que te decidires, estarei pronto para te seguir.
A qualquer hora em que quiseres beber, eu irei a fonte.
A qualquer hora em que te alegrares, eu bendirei ao Senhor.
A qualquer hora em que sorrires, será mais uma graça que o Senhor me concede.
A qualquer hora em que quiseres partir, eu irei a frente nos caminhos.
A qualquer hora em que cantares, eu estenderei os braços.
A qualquer hora em que te cansares, eu levarei a cruz.
A qualquer hora em que te sentires triste, eu permanecerei contigo.
A qualquer hora em que te lembrares de mim, eu acharei a vida mais bela.
A qualquer hora em que partires, ficarás com a lembrança de uma flor.
A qualquer hora em que voltares, renovarás todas minhas alegrias.
A qualquer hora que quiseres uma rosa, eu te darei toda roseira.
Eu te digo tudo isso, porque não posso imaginar uma amizade que não seja total, de todos os instantes e para todo bem.

domingo, 17 de julho de 2016

Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007.

Fortaleza: Estátua de Iracema


O monumento foi erguido na praia do Mucuripe em 1965 e o autor da obra é o escultor Corbiniano Lins. É uma homenagem ao romance do escritor cearense José de Alencar "Iracema", que narra a história do romance entre "a virgem dos lábios de mel" Iracema e o português Martim Soares Moreno. Segundo a lenda, o lugar em que foi enterrada passou, mais tarde, a se chamar Ceará.
Timbaúba da Rua do Curral, na Vila Nova. Ainda vislumbramos o velho casebre do Bar da Sergina.

                             ONTEM VILA NOVA

Transpondo o centro da cidade chegava-se rapidamente à "Rua da Mangueira". Se andássemos mais um pouco, encontraríamos a "Grota das Cunhãs". Num retorno, rumo ao centro, cairíamos na Vila Nova. Local de amores livres e sensuais, uma página que não podemos apagar da história de Ipu, que hoje, talvez, não dê mais frutos e frutas que o próprio tempo acabou.
Formada por casinholas, quase todas de taipa, a Rua da Mangueira levou este nome por possuir uma grande mangueira de porte avantajado, situada na rua do mesmo nome. No ano de 1968, na Administração do Prefeito Rocha Aguiar foi extinta a via, tomando o nome de Rua Antônio Memória, hoje urbanizada e bonita.
A Grota das Cunhãs também fugiu do cenário do “amor livre” do Ipu. Tomou grande impulso e hoje consideramos ser uma área nobre da cidade. A Vila Nova, ou simplesmente Vila, hoje ainda existem alguns casebres, mas já rodeados por prédios públicos e casas residenciais de portes elegantes.
A velha Timbauba que testemunhou muitos romances, de amores passageiros resistiu ao tempo até os anos de 2001.
As marafonas da época não podem esquecer-nos da: Sergina, Chica e Tereza Bival, Chica Bival, Maria Tamboril, Chica Branca, Tereza Cena, Bezerra de Ouro e outra tantas que continuam no caleidoscópio da vida. Lembro-me, para se ter acesso à Vila, era preciso transpor um bom matagal, uma vereda entre o “mata-pasto” para alcançar as festas nas noites de sextas-feiras. Um “samba” dos mais animados e intensos.
Para lá rumava uma juventude sem opção e os feirantes que se preparavam para a famosa feira de Sábado.
E já nas caladas da noite era ouvido a distancia o saxofone do Zé Ribeiro, a bateria do Veadinho, o banjo do Escoteirinho, o Piston do Chico Hermeto e as Maracas bem ritmadas do Tomaz Bezerra. Era uma noite de sonhos e quimeras, onde só o amor ,prevalecia, fonte de uma juventude sonhadora que esperava um porvir de realizações. O Ipu ainda não possuía luz elétrica de Paulo Afonso. Era a iluminação hidráulica do Pé da Serra, que ofuscava somente as primeiras horas da noite. Em noites de luar a lanterna branca do espaço, com sua claridade argêntea iluminava o caminho dos transeuntes. Em noites de escuro o medo, vendo-se ao longe as lamparinas com aquela luz avermelhada na amplidão deserta da aventura. O firmamento parecia mais perto de nós, com o cintilar constante das estrelas. Em cada rua uma espreita; em cada esquina, um receio maior ainda. São as coisas da noite recobertas de mistérios. Enfim, um silêncio profundo... Uma voz, um violão: é a serenata! A festa do “amor livre” terminara. Começara o momento mais romântico dos enamorados. Já madrugada e os pássaros, com o seu trinado, avisam que a noite acabou.      


terça-feira, 12 de julho de 2016

Hábeas Pinho
Do Poeta
Ronaldo Cunha Lima
Certa noite, de lua cheia os seresteiros da cidade de Campina Grande, estavam saudando a lua, fazendo uma romântica serenata... lá pras duas da madrugada, surge uma roda policial a época chefiada pelo então Cap. Luiz de Barros, que, alegando perturbação do sossego público, proíbe a serenata... não adiantaram os apelos, alegações, etc... O violão foi para a delegacia...
No dia seguinte, foram os boêmios procurar o Dr. Ronaldo Cunha Lima. Advogado militante, pedindo sua interferência para liberar o violão. O Dr. Ronaldo procurou o Juiz, Arhur Moura, então titular da 2ª Comarca de Campina Grande, pedindo que autorizasse a soltura do pinho... o Dr. Juiz sabendo que o brilhante advogado era Poeta, pediu que fizesse a petição em versos.... O Dr. Ronaldo Cunha Lima não se fez de arrogado... foi a maquina, e requereu o HÁBEAS- CORPUS DO VIOLÃO...

O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção,
Não é faca, revolver, nem pistola,
É, simplesmente, doutor, um violão...

Um violão, Doutor, que em verdade.
Não matou, nem feriu um cidadão,
Feriu sim, a sensibilidade.
De quem o ouviu vibrar na solidão!

O vilão é sempre uma ternura,
Um instrumento de amor e de saudade,
O crime a ele nunca se mistura,
De quem ouviu vibrar na solidão!

O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas, que povoam a vida,
E sufocam as suas próprias dores!

O violão é música é canção,
É sentimento, é vida, é alegria,
É pureza é néctar que extasia,
É a dor espiritual do coração!

Seu viver, como o nosso, é transitório,
Mas seu destino não se perpetua,
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório!

Mande soltá-lo pelo amor da noite,
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o temo açoite
De suas cordas leves e sonoras!

Libere o violão, Doutor Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito,
É crime, porventura, o infeliz,
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?

Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores
Perambular na rua o desgraçado
Derramando na praça suas dores?

É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento,
Juntada desta aos autos nós pedimos,
E pedimos, também, DEFERIMENTO...

O Juiz, para não ficar por baixo, deu no verso o seguinte despacho:
Para que eu não carregue
Remorso no coração
Determino que entregue
A seu dono o VIOLÃO!











·          
"Recebo a petição escrita em verso,
E despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no cartório, um violão.

Emudecer a prima e o bordão
Nos confins de um arquivo, em sobra imerso,,
É desumana e vil destruição,
De tudo que há de belo no universo.

Que seja solto, ainda que a desoras,
E volte à rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.

Se grato for, acaso, que lhe fiz,
Noite de lua; plena madrugada,
Venha tocar `porta do juiz.!
·          


domingo, 10 de julho de 2016

José Liberato Filho.
A crônica veste-se de pesado crepe rememorando os dias desse pranteado moço José Liberato Filho que, em vida tão curta, deixou traços luminosos de seus desenvolvidos intelectos.
Finalizando este capitulo em que fica descrito no desenvolvimento das letras da terra. Não pode o cronista esquecer o nome querido de um malogrado filho do Ipu, prematuramente roubado do numero dos vivos quando lhe sorriam doces e fagueiras, vinte e duas primaveras, cheias de esperanças e ilusões e da ardência peculiar aos jovens de sua idade.
José Liberato morreu aos 22 anos, como Acadêmico de Direito, deixando regular bagagem de escritos publicados em jornais, principalmente no Jornal do Ceará, do qual era assíduo colaborador, ao tempo da direção do pranteado cearense Waldemiro Cavalcante.
Cultivou a poesia com esmerado gosto, e, já doente, internado no hospício de Parangaba, escreveu o soneto abaixo, talvez seus últimos ensaios nas letras.
Causa-nos dó recordar esses versos sentimentais em que o desventurado ipuense, alterado embora em suas faculdades mentais, implorava á santa e extremosa mãe sua cura, rogava um paliativo para o seu cruel sofrimento, amenizando as suas dores, nas grades do asilo:
Á MINHA MÃE
Ai minha mãe, ai santa criatura,
Consolo que me foste em vida outrora,
Que inda me alenta nesta desventura,
Cuja lembrança a minha dor minora.

Espero que do céu uma luz pura,
Uma benção sagrada que avigora
Venha trazer-me o balsamo da cura,
Venha fortalecer-me a alma que chora.

Desprende das paragens luminosas,
Implorando d'entidades poderosas
Melhora a este teu filho humilde e crente.

Ai, quebra deste quarto as portas duras,
Com lugares mais livres me protejas,
Que aspiro agora mesmo reverente.
***
Quão varia e cruel é a sina!...
«E é isto a vida!...
É assim o destino!».


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Francisco de Assis Martins


Muitos não entenderam, ou sequer compreenderam as razões rígidas e abstrusas porque foram desativados os trens de passageiros da antiga RVC, atual RFFSA. O povo, massa sensível e indefensável, foi o grande prejudicado. Os tecnocratas de plantão, pouco se lixaram em subtrair das massas mais uma prerrogativa das já tenras e precárias da sua cidadania: o transporte coletivo ferroviário. Esta medida estúpida e impenitente foi uma falha terrível e hedionda da administração pública. Comparar as ferrovias a dinossauros inúteis e deficitárias em relação às rodovias é realmente uma chalaça de muito mau gosto, só arquitetada por burocratas sevadijas e de má índole. Querem uma prova: no primeiro mundo das ferrovias é prioridade nacional, pois tanto servem para o transporte dos mais humildes, como dos mais abastados. O que falta aos nossos administradores estatais é tão somente esta simples e chã trilogia: ética, técnica e competência gerencial. Estas férulas políticas não nos vão desviar do assunto pautado. De logo, podemos afirmar que somos um aficionado pelas estradas-de-ferro. Essa querência tem muito a ver com a nossa cidade natal, que cresceu e se desenvolveu sob a influência do trem. Uma viagem ferroviária do Ipu a Fortaleza, ou vice-versa, durava 8 horas. Apesar das sacudidelas do comboio, podíamos nos movimentar livremente de um para os outros vagões e encontrarmos tempo para papear, ler e até dormir. Frequentemente incursionávamos até o vagão-restaurante, não apenas para matar a sede e a fome, mas para conversar com amigos. Os tempos passam, mas as lembranças ficam. E não há como esquecermos aquele panorama vivo e exuberante, que desfilava pelas janelas amplas e arejadas dos vagões. Até parecia cena cinematográfica, numa pantomima dos elementos em festa. Afinal, bica à vista e a locomotiva numa rápida e declinante tangente, emitia repetidos apitos, e com a sinfonia metálica dos breques em desaceleração, anunciava a sua próxima parada: a bela e arquitetônica gare Ipuenses.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O ÚLTIMO BOLERO

        O Grêmio Recreativo Ipuense revestia-se da maior suntuosidade para receber a fina flor da  sociedade dos anos dourados. De imponente construção e de impressionante luminosidade o clube abria suas largas portas para a realização dos bailes tradicionais da cidade. Ao som de valsas e boleros as damas rodopiavam no salão com elegantes cavalheiros. Do lado de fora as modistas admiravam embevecidas o fruto de seus trabalhos que emolduravam a silhueta das lindas donzelas de outras épocas. O “sereno” também era composto de damas do passado que recordavam com saudades seus amores e suas ilusões que se perderam no tempo. Muita gente curiosa e bisbilhoteira se aproximava das janelas para constatar se o casal dançava colado ou se o cavalheiro beijava furtivamente o rosto de seu par. Tudo era puro e simples mergulhado na poesia de um tempo romântico em que a vida marchava ao compasso dos sonhos e devaneios. Os vestidos soirée realçavam a cintura das jovens e senhoras. Saias rodadas, cortadas em godê duplo, abertas pelo poder das anáguas de renda que faziam o corpo flutuar na cadência de uma música inesquecível. Saudades do meu vestido coral, de cânhamo, italiano, modelo trapézio, que fazia realçar a minha juventude. A orquestra, de ritmo lento e cadenciado era um verdadeiro sonho. Eram orquestras, contratadas de Parnaíba, Sobral ou Fortaleza. A estrada de ferro facilitava a vinda dos rapazes de Ipueiras, Nova Russas e Reriutaba. Os jovens de Guaraciaba desciam a Serra Grande em carros fretados. Tudo era ternura numa época em que se respirava PAZ. Os anos dourados eram tecidos  de luz de amor de mistérios e de encantamentos… Depois surgiu o incomparável conjunto: OS COMETAS, formado por músicos e cantores ipuenses. Foi a nossa época de ouro. As festas e as serenatas ecoavam na verde serrania sob os acordes da canção da BICA.
        Ipu é uma cidade linda porém sem memória. O prédio suntuoso entrou em decadência e foi descaracterizado perdendo totalmente a beleza de sua arquitetura.
        Do Grêmio Recreativo de outrora só restou a saudade. As relíquias do Gabinete Ipuense de Leitura ainda estão guardadas na Biblioteca Francelina Martins de Araújo, nas dependências da Escola de Ensino Fundamental e Médio Auton Aragão. O prédio do Palacete de Iracema foi vendido e o tempo levou o que existia de cultura e de história de um povo. Hoje ainda ouço os acordes de uma melodia que para mim é a lembrança viva do último bolero: (“SOLAMENTE UNA VEZ”).


domingo, 3 de julho de 2016

VIOLÕES QUE CHORAM          

 
Ah! Plangentes violões dormentes, mornos.
Soluços ao luar, choros ao vento.
Tristes perfis, os mais vagos contornos·.
Bocas murmurejante de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo
Noites de solidão, noites remotas.
Que nos azuis da fantasia bordo
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações à luz da lua
Anseio dos momentos mais saudosos
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons  dos  violões vão soluçando
Quando os sons dos violões nas cordas gemem
E vão dilacerando e deliciando
Rasgando as almas que nas sombras tremem

Harmonia que pungem que laceram
Dedos nervos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de delicias geram
Gemidos prantos que no espaço morrem.

E sons noturnos e suspiradas mágoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas
Noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs,vulcanizadas.


Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar convulso
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso

Que esses violões nevoentos e tristonhos
São ilhas de degredo atroz, funéreo                                    
Para onde vão, fatigados no sonho
Almas que se abismaram no mistério.


                            Cruz Sousa (Poeta Negro)
XIMENES DE ARAGÃO

Antiga e nobre família de cristãos-novos estabelecida em Portugal, proveniente da Espanha. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Fernão Ximenes, aprisionado pelos portugueses na batalha de Toro [02.03.1476]. Estabeleceu residência, depois da guerra, na Covilhã, onde deixou geração do seu cas. com Joana Nunes de Aragão. Entre os descendentes do casal, registram-se: I - o neto, Duarte Ximenes de Aragão [c.1499-], tendo estudado em Coimbra, sem notícias de sua formatura. Em 1530 vivia em Lisboa. Deixou geração do seu cas., c.1523, com Izabel Rodrigues da Veiga, filha do Dr. Rodrigo a Veiga; II - o neto, Fernão Ximenes, irmão do anterior. Um dos primeiros jesuítas portugueses; III - a neta, Maria Ximenes de Aragão, irmã do anterior. Instituidora de um morgado. Com geração do seu cas. com seu tio André Ximenes, irmão de Sebastião Ximenes de Aragão, prior da Romanha em Florença; IV o neto, Jerônimo Ximenes de Aragão, irmão dos anteriores. Com geração do seu cas. com Izabel de Mendonça; V - o neto, Luiz Ximenes de Aragão, irmão dos anteriores. Com geração; VI - o bisneto, Fernão Ximenes de Aragão [1524 - 1600, Florença], filho do item I. Rico mercador em Antuérpia, de lá fugiu para Florença, devido às perseguições do duque de Alba. Em Florença foi Cavaleiro de S. Stefano, e recusou o título de Marquês. Em 15.08.1588 o papa Sisto V concedeu-lhe e aos seus irmão breve de motú próprio declarando os Ximenes cristãos-velhos, incorporando-os á sua própria família, os Peretti, e dando-lhes suas armas, e proibindo que se indagassem sobre suas origens judaicas (Dória, Barata, Nazareth e outros - Os Herdeiros do Poder, XXI); VII - o bisneto, Rui Ximenes de Aragão [c.1526 - 1581, Antuérpia], filho do item I. Grande comerciante. Com geração do seu cas. com sua prima Graça Rodrigues de Évora [c.1530-1601], judaizante, filha do comerciante Manuel Rodrigues de Évora (Dória, Barata, Nazareth e outros - Os Herdeiros do Poder, XXI); VIII - o bisneto, Tomás Ximenes de Aragão [1534, Lisboa - d.1593], filho do item I. Foi o maior contratador de pimenta de seu tempo, controlando o tráfico desta especiaria, junto com os parentes d´Elvas. Homem riquíssimo. Doou, em 1566, a Lisboa, a quantia de 100:000$00, para amenizar a fome da população, na crise dasquele ano. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real. Com geração do seu cas. com Teresa Vasques d´Elvas, cristã-nova, filha do cristão-novo Antônio Fernandes d´Elvas, tesoureiro da infanta D. Maria, filha do Rei D. Manuel (Dória, Barata, Nazareth e outros - Os Herdeiros do Poder, XXI); IX - o bisneto, André Ximenes de Aragão [c.1528 - 1619], filho do item I. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real. Cavaleiro da Ordem de Cristo [1596].. Com geração (Dória, Barata, Nazareth e outros - Os Herdeiros do Poder, XXI); X - o quinto neto, Duarte Ximenes de Aragão (correção: casado com Catarina da Veiga), bisneto do item VII. Dela descendem alguns Ximenes de Aragão do nordeste brasileiro, por seu cas. com Felipa de Abreu (correção: casou com o irmão Gaspar Ximenes!); XI - a sexta neta, Maria Ximenes de Aragão, filha do item X. Dela descendem alguns Ximenes de Aragão do Ceará, por seu cas. com Antônio Fernandes Caminha de Medina, natural de Lisboa. Foram senhores do engenho Araripe, no Ceará (correção: em Pernambuco!); XII - a sexta neta, Lourença de Aguiar Dias Ximenes, irmã da anterior. Com numerosa descendência do seu cas. com Domingos de Santiago Montenegro, membro da antiga família Montenegro (v.s.), de origem espanhola, estabelecida em Pernambuco; XIII - o sétimo neto, João Batista de Abreu Ximenes de Aragão, filho do item XI. Senhor do Engenho Araripe. Casado com Sebastiana Tavares Cabral; XIV - o sétimo neto, Luiz Fernandes Caminha de Medina, filho do item XI e irmão do anterior. Casado com Francisca de Mendonça Uchoa, filha de Francisco Vaz Carrasco e de Antônia de Mendonça Uchôa; XV - o sétimo neto, João Dias Ximenes de Galego, filho do item XII. Senhor do Engenho Araripe. Com geração do seu cas., em Goiana, PE, com Sebastiana Tavares Cabral [c.1715, Goiana, Pernambuco - 18.05.1791], neta de Sebastião Leitão de Vasconcelos e de Inez de Souza, que vão registrados na família Jorge de Souza (v.s.), do Rio Grande do Norte; XVI - o oitavo neto, Tomé Ximenes de Aragão [c.1745-], filho do item XV. Emigrou para o Araripe, no sopé da parte Sul da Chapada do mesmo nome, no Ceará. Deixou numerosa descendência do seu cas., em Araripe, com Margarida Nunes Barbosa; XVII - o oitavo neto, Manuel Ximenes de Aragão, filho do item XV e irmão do anterior. Mudou-se para Ribeira do Acaraú, Rio Grande do Norte, onde casou, em 1781, na Capela de Nossa Senhora do Rosário, Riacho Guimarães, com Antônia Maria Madeira da Páscoa, nascida em Novembro de 1763, filha de José da Páscoa Loreto e de (casado a 15 de Fevereiro de 1763, na Capela de Nossa Senhora do Riacho Guimarães) Josefa Madeira. O casal, em 1798, foi residir no Sítio Boa Vista, situado na Serra do Rosário, Ceará; XVIII - o décimo primeiro neto, Capitão José Raiumndo de Aragão [c.1828-], bisneto do item XVII. Deixou numerosa descendência do seu primeiro casamento, em 1853, com sua prima Maria Isabel de Souza, filha do coronel Felix José de Souza, da Fazenda Boa Vista, no Ipú, e membro da antiga família Souza Oliveira (v.s.), do Rio Grande do Norte. Deste casal descende o artista e empresário Renato Aragão; XIX - o décimo segundo neto, Acácio Aragão de Souza Pinto [02.08.1888, Sobral, CE -], terceio neto do item XVI. Bacharel em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Magistrado. Juiz e Desembargador; XX - o comerciante Roberto Ximenes de Aragão [30.07.1900, Sobral, CE -], prefeito Municipal de Alcântars, CE. XXI - o décimo terceiro neto, Jarbas Cavalcanti de Albuquerque, quarto neto, ao mesmo tempo, dos itens XVI e XVII. Natural de Sobral, CE. Oficial do Exército. Genealogista. Comandante-Aluno [1922]. Medlha de ouro Duque de Caxias e Barão do Rio Branco, alcançadas no final do curso. Ingressou na Escola Militar do Realengo [1923]. Instrutor de Educação Física do Colégio Militar do Rio [1930]. Auxiliar de Ensino do Colégio Militar [1931]. Major [04.02.1938]. Tenente-Coronel [12.06.1942]. Fiscal do Pessoal do Colégio Militar do Rio [1942-1944]. Professor de Catedrático de Português do Colégio Militar do Rio [1945]. Coronel [10.04.1951]. General-de-Brigada [14.12.1956]. Chefe do Departamento de Ensino do Colégio Militar [1957]. General-de-Divisão. Casado, a 20.02.1956 com Luiza Bittencourt, alta funcionária do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, filha de Álvaro Guedes Bittencourt e de Carmina Pinto. Cabe registrar, ainda, que o genealogista, Jacinto Leitão Manso de Lima, em sua obra setecentista, Família de Portugal [entre 1720 e 1750], trata rapidamente desta família, ao falar dos Uchôas (v.s.). Tratando da descendência de Duarte Rodrigues Uchôa, cita seu filho, Manuel Vaz de Gusmão Uchôa, que se trasferiu para o Brasil e casou-se, na cidade da Bahia, em 01.08.1632, com Ângela Ximenes de Lacerda, filha do capitão Antônio Lopes de Carvalho e de Inês Lopes Ximenes. Entre os descendentes do casal, registra-se: I - a filha, Maria de Gusmão, que foi batizada na Sé da Bahia [Salvador] em 05.09.1633. Deixou geração do seu cas., na mesma cidade, em 02.02.1651, com o licenciado Manuel Correia Ximenes, natural de Lisboa, filho de Paulo Ximenes, morador em São João da Praça, e de sua mulher, Maria Correia; II - o neto, (nome ilegível), filho da anterior, batizado na Sé da Bahia em 11.03.1653, e falecido solteiro, sem geração; III - o neto, Antônio Correia Ximenes, irmão do anterior, que foi batizado na Sé da Bahia em 17.08.1664, e falecido sem geração. Observação: essas informações, deixadas por Manso de Lima [c.1740], são de grande importância para os estudiosos da genealogia baiana, ampliando ainda mais os estudos feitos por Frei Jaboatão, cujo Catálogo Genealógico é posterior [década de 70 do século XVIII]. Não encontramos referências a estes antigos brasileiros em Jaboatão, assim como, não constam em Borges da Fonseca, em sua Nobiliarquia Pernambucana, também da década de 70 do século XVIII.


Retire a parte que interessa dos Ximenes de Aragão e você terá as respostas as suas perguntas!


Interessa-me o estudo sobre três membros da Família: DUARTE XIMENES DE ARAGÃO (casado com Catarina da Veiga e não com Felipa de Abreu (Soares) como consta acima!) E ANTÔNIO NUNES XIMEMES (não citado nesta relação!).

Quem casou com Felipa Soares (de Abreu) foi um irmão não documentado de Duarte chamado GASPAR XIMENES DE ARAGÃO.

Moradores em Pernambuco: ANTÔNIO NUNES XIMENES (parece ser um primo do ramo de Antuérpia), GASPAR XIMENES DE ARAGÃO (cc Felipa Soares de Abreu) E DUARTE XIMENES DE ARAGÃO (cc Catarina da Veiga).

Muito me ajudou a sua informação sobre Gaspar Ximenes Sanches, obrigado! Havia uma suposição, feita por um Historiador, de que Gaspar Ximenes de Aragão de Pernambuco seria este Gaspar Ximenes Sanches... Vemos que não!!!

Se encontrares alguma coisa sobre quaisquer destes 03 membros da Família...
Agradeço a ajuda!

Quaisquer dúvidas, estou à disposição!

Um grande Ano Novo a todos!
Abçs
Fábio