domingo, 31 de janeiro de 2016

Matinê no Clube Artista.
Velho Clube Artista!
Jamais se apagará de nossa memória. Eram as matinês que sempre aconteciam aos domingos. Iniciava sempre depois da duas da tarde e se prolongava até às dez da noite.
Uma diretoria composta de grandes amigos que eram pessoas interessadas pelo desenvolvimento de nossa terra.
Como sempre aquela separação social, quebrada pelos frequentadores da “elite” do Grêmio. Era muito bom. Tomávamos muitas das vezes as oportunidades dos associados do CA.
E tome música bebida e suor. Estava no auge do melhor conjunto musical do Ipu os Cometas. E festa continuava. Ao lado um botequim servindo uma Cerveja quente, pois, eram colocadas em um alguidar (de barro) somente para esfriar. Não tinha geladeira e o jeito era daquele jeito mesmo. No mesmo alguidar eram colocadas garrafas de Cinzano, Martine (o vermute) e a tradicional Genebra. Formidável, excelente. Vez por outra ou quase sempre se evaporava um cheiro desagradável que exalava suor, óleo de coco e o perfume Royal brear.
Assim mesmo a dança continuava. As cabrochas embaladas nas doces músicas dos Cometas bailavam de canto a canto com seus pares.
Ao terminar íamos para as guloseimas das bancas que faziam o sereno, comer uma panelada ou uma “peruzada” com farinha e tudo mais.
Fim de festa, rumo incerto, mas na maior parte das vezes a direção era nossas casas.
Saudades de ti Artista, saudade de tuas tardes dançantes chamadas de MATINÊS.









sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Churrascaria o Teixeira.
Após ter chegado do Rio de janeiro no final da década de 1960, o ipuense Francisco Teixeira Gomes montou uma sortida mercearia no Bairro Pereiros. Com o passar dos anos o comércio cresceu e pessoas do centro da cidade passaram a frequentar o comércio, sobretudo por causa da cerveja gelada e do tira-gosto. Chico Teixeira já era conhecido de muitos dos seus frequentadores devido o mesmo já ter trabalhado no Alabama Bar de propriedade do Senhor Amadeu Feitosa.
Um certo dia, os bancários Tarcísio "Bem Te Vi" e Zé Cesar Tavares, saíram em um Jipe pela cidade e passarem por uma mercearia do Bairro dos Pereiros daí Tarcísio disse "olha ali naquela bodega, tem uma geladeira!". Os bancários desceram e perguntaram se tinha cerveja, o comerciante colocou prontamente em cima do balcão uma garrafa coberta de gelo. E em meio ao tilintar, as iguarias de avoantes e torremos uma amizade foi selada. Quinze dias depois o local já era o preferido para o Happy Hour da turma do Banco do Brasil.

Tirando a Palhoça da Bica e o Pavilhão Bar que era comandado por Florival do Vale, o Teixeira passou a ser uma das opções, sobretudo noturnas, dos homens de posse e boêmios. Milton Pereira, Francisco Aragão, Dr. Célio Marrocos, Fernando Fontenelle, Gerardo Madeira, Chiquinho Soares, José Arteiro e os irmãos Helder (O Valette) e Irã Belém Rocha eram figuras carimbadas.
Com o passar dos anos a mercearia foi ficando pequena. Em outubro de 1972, um espaço maior foi fundado o qual evoluiria para a Churrascaria o Teixeira. Com os anos, o local também era o preferido da juventude ipuense, sobretudo nas noites dos finais de semana. Além das luzes coloridas, as caldeiras de ferro com suas almofadas, o som das FMs de Fortaleza, as paqueras dos jovens ipuenses, as rodas de bate papo e os bailes com os Satélites, o Bar do Teixeira, como assim era também também chamado, marcaria uma geração de ipuense nos anos 70 e 80.
Mas falar no Teixeira, também é falar dos carnavais ipuenses nas noites de sexta e nas tardes mominas no pós banho na Bica do Ipu. é também falar nas recepções de casamento, nas festas de quinze anos e nos banquetes de término de curso escolar.
Em 2002 o comercio foi fechado. E infelizmente o comerciante Francisco Teixeira deixou o nosso convívio em setembro de 2011.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Edifícios com Nomes de Ipuenses.

1.   Patronato Sousa Carvalho. Uma homenagem família Sousa Carvalho por haver concedido verbas suficientemente capazes de construir o nosso Patronato. Foram os irmãos Milton, Nilo e Raul de Sousa Carvalho, foram os seus verdadeiros construtores da portentosa obra que hoje é um marco na nossa história.

2.   Auditório Nilo Carvalho. Recebeu esse nome por ter sido o Sr. Nilo Carvalho quem concedeu a verba suficientemente capaz para construção do mesmo.

3.   Hospital e Maternidade Dr. Francisco Araújo. Médico filho de Ipu adquiriu verbas para a construção da maternidade, hoje Maternidade Hospital e Maternidade Dr. Francisco Araújo.


4.   Salão Paroquial José Euclides. Foi o patrono maior das verbas para construção do Salão Paroquial de nossa Ipu, muito especialmente do Salão que deveria servir para as atividades da paróquia e na realidade tem uma outra utilidade, completamente adversa às causas da igreja - a Câmara Municipal.

5.   Escola Delmiro Gouveia.

6.   Escola Deputado Murilo Rocha Aguiar.

7.   Fórum Municipal Dr. Francisco Pereira Pontes.

8.   Edifício do Fórum Dr. Antônio Carlos de Martins Mello

9.   Escola Thereza Odete de Araújo Corrêa.

10.               Escola Professora Maria Eunice Martins.

11.               Escola Professora Maria Valdemira Coelho Mello.

12.               Escola Mons. Gonçalo Lima

13.               Escola Auton Aragão.

14.               Escola Valdemira Coelho.

15.               Centro Maternal D. Luiza Távora.

16.               Casa de Cultura Professora Valderez Soares.

17.               Ginásio Coberto Abdoral Timbó.

18.               Estádio Municipal Antonio Pereira de Farias.

19.               Parque de Exposição Edgard Corrêa.

20.               Emergência Dr. Thomaz de Araújo Corrêa.

21.               Centro Social Urbano Prof. Gonçalo Pereira de Farias.

22.               Usina Kened Kedow.



Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho a ação.
E,quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.
(Mahatma Gandhi).




 ONTEM VILA NOVA


Transpondo o centro da cidade chegava-se rapidamente à "Rua da Mangueira". Se andássemos mais um pouco, encontraríamos a "Grota das Cunhãs". Num retorno, rumo ao centro, cairíamos na Vila Nova. Local de amores livres e sensuais, uma página que não podemos apagar da história de Ipu, que hoje, talvez, não dê mais frutos e frutas que o próprio tempo acabou.
Formada por casinholas, quase todas de taipa, a Rua da Mangueira levou este nome por possuir uma grande mangueira de porte avantajado, situada na rua do mesmo nome. No ano de 1968, na Administração do Prefeito Rocha Aguiar foi extinta a via, tomando o nome de Rua Antônio Memória, hoje urbanizada e bonita.
A Grota das Cunhãs também fugiu do cenário do “amor livre” do Ipu. Tomou grande impulso e hoje consideramos ser uma área nobre da cidade. A Vila Nova, ou simplesmente Vila, hoje ainda existem alguns casebres, mas já rodeados por prédios públicos e casas residenciais de portes elegantes.
A velha Timbauba que testemunhou muitos romances, de amores passageiros resistiu ao tempo até os anos de 2001.
As marafonas da época não podem esquecer-nos da: Sergina, Chica e Tereza Bival, Chica Bival, Maria Tamboril, Chica Branca, Tereza Cena, Bezerra de Ouro e outra tantas que continuam no caleidoscópio da vida. Lembro-me, para se ter acesso à Vila, era preciso transpor um bom matagal, uma vereda entre o “mata-pasto” para alcançar as festas nas noites de sextas-feiras. Um “samba” dos mais animados e intensos.
Para lá rumava uma juventude sem opção e os feirantes que se preparavam para a famosa feira de Sábado.
E já nas caladas da noite era ouvido a distancia o saxofone do Zé Ribeiro, a bateria do Veadinho, o banjo do Escoteirinho, o Piston do Chico Hermeto e as Maracas bem ritmadas do Tomaz Bezerra. Era uma noite de sonhos e quimeras, onde só o amor ,prevalecia, fonte de uma juventude sonhadora que esperava um porvir de realizações. O Ipu ainda não possuía luz elétrica de Paulo Afonso. Era a iluminação hidráulica do Pé da Serra, que ofuscava somente as primeiras horas da noite. Em noites de luar a lanterna branca do espaço, com sua claridade argêntea iluminava o caminho dos transeuntes. Em noites de escuro o medo, vendo-se ao longe as lamparinas com aquela luz avermelhada na amplidão deserta da aventura. O firmamento parecia mais perto de nós, com o cintilar constante das estrelas. Em cada rua uma espreita; em cada esquina, um receio maior ainda. São as coisas da noite recobertas de mistérios. Enfim, um silêncio profundo... Uma voz, um violão: é a serenata! A festa do “amor livre” terminara. Começara o momento mais romântico dos enamorados. Já madrugada e os pássaros, com o seu trinado, avisam que a noite acabou.      


domingo, 24 de janeiro de 2016


Histórico da Paróquia de São Sebastião do Ipu

A história da Paróquia de São Sebastião remete ao início do século XVIII.
     Em 1712 foi criado pela Junta das Missões da Diocese de Pernambuco o Curato do Acaracu (forma antiga de Acaraú), cujo território compreendia toda a porção noroeste da Capitania do Ceará, desde o Rio Parnaíba até o Rio Acaraú; abrangia toda a Serra da Ibiapaba, Meruoca, Sobral e o sertão do vale dos rios Acaraú e Macaco
     Por outro lado, os padres da Companhia de Jesus - jesuítas -, sob a direção da Junta das Missões do Maranhão, já realizavam um trabalho de catequese junto aos índios Tabajaras, na serra da Ibiapaba, havendo fundado a Aldeia da Ibiapaba nas cercanias da atual cidade de Viçosa do Ceará. Faziam-se presentes ainda no vale do Rio Coreaú, catequizando os índios Aconguaçus e construindo uma capela no lugar chamado Ibuaçu, atual distrito de Araquém, na cidade de Coreaú.
     A Ibiapaba foi objeto de um conflito de jurisdição entre a Junta das Missões do Maranhão e a Junta das Missões da Diocese de Pernambuco. Ambas requisitavam o direito de catequizarem os índios da região. O processo ocorreu em Portugal e foi determinado que, os jesuítas não poderiam ultrapassar o rio Inhuçu (próximo a São Benedito). Dessa forma, a Ibiapaba foi dividida em duas partes: ao norte, sob a jurisdição dos jesuítas, tínhamos o que se chamou de Serra da Ibiapaba; ao sul, ficava a imensidão habitada por índios bravios e de uma inóspita chamada de Serra dos Cocos. O conjunto da cordilheira era chamado, a essa época, simplesmente de Serra Grande.
     Em 1722, enquanto a questão com os jesuítas arrastava-se, o Padre João de Matos Serra, do Curato do Acaracu, enviou para a Serra dos Cocos, frei José da Madre de Deus, da ordem dos Carmelitas, com a missão de construir uma capela sobre a serra, com a finalidade de evitar o avanço dos jesuítas em direção ao sul da Ibiapaba.
     Frei José veio conversar com o Capitão José de Araújo Chaves, dono da sesmaria das Ipueiras (hoje cidade de Ipueiras), pedindo-lhe que cedesse um terreno nas partes serranas, de suas terras para a construção da dita capela. O capitão, por sua vez, cedeu não e tão somente um, mas dois terrenos, exigindo que fossem construídas duas capelas, uma na serra e outra no sertão. Ele também escolheu os padroeiros. A capela do sertão seria dedicada a Nossa Senhora da Conceição e a da serra a São Gonçalo do Amarante.
     O padre carmelita deu prioridade à construção da capela serrana, mas acabou tendo que fugir das perseguições movidas pelos jesuítas. Deixou, no entanto, a capelinha inacabada, mas já servindo para as celebrações que eram raras nessa época em virtude da distância imensa que os padres tinham que percorrer. No máximo, os devotos podiam confessar-se e comungar uma vez por ano, quando pela capela passava um padre que ministrava a "desobriga", aproveitando também o ensejo para realizar todos os batismos, crismas e casamentos necessários. Diz-se que era comum as crianças se batizarem com até doze anos de idade em alguns pontos da Serra dos Cocos, dada a distância e o longo tempo que ficavam sem receber a visita de padres. Estes, por sua vez, enfrentavam toda sorte de perigos em cavalgadas intermináveis, subindo e descendo serras, percorrendo sertões, sujeitos a emboscadas de índios e saqueadores.
     A capelinha de São Gonçalo foi escolhida, em 30 de agosto de 1757, para matriz da Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos. Desde então, o povoado ao seu redor passou a chamar-se de Matriz de São Gonçalo e hoje se chama simplesmente "Matriz" é um distrito do município de Ipueiras.
     O território da Freguesia de São Gonçalo era imenso. Compreendia as atuais cidades de Ipueiras, Guaraciaba do Norte, Ipu, Poranga, Nova Russas, Ararendá, Tamboril e Hidrolândia totalizando uma extensão de quarenta léguas.
     No final do século XVIII, o povoado do Campo Grande, atual Guaraciaba do Norte, encontrava-se mais desenvolvido do que a Matriz de São Gonçalo, ao mesmo tempo em que ficava mais próximo de outros pontos também em desenvolvimento, como Viçosa e Sobral. Por este motivo, os padres da imensa Freguesia acabaram preferindo residir no Campo Grande, deixando em segundo plano a matriz.
     Por outro lado, bandos violentos agitavam a serra em constantes brigas de família, ensanguentando a Ibiapaba e, principalmente, o povoado da Matriz de São Gonçalo.
     Em 12 de maio de 1791, o território da Freguesia de São Gonçalo emancipou-se politicamente com a criação da Vila Nova d'El Rey. Para sede da vila foi escolhido o povoado do Campo Grande, o que aumentou o isolamento da Matriz de São Gonçalo.
     Ainda no final do século XVIII, no arraial do Ipu, foi doado por D. Joana de Paula Vieira Mimosa uma légua de terra para constituir o patrimônio de São Sebastião. E foi construída a primeira igreja no centro do quadro formado pelas casas do arraial. Essa primeira igreja tinha a frente voltada para o poente.  Era de taipa servindo apenas para as celebrações do Natal e Ano Novo. 
     A 26 de agosto de 1840, a sede da Vila Nova d'El Rey foi transferida para o Ipu, tomando o nome de Vila Nova do Ipu Grande. Por volta de 1845, chega a Ipu o último curador da Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, o padre Francisco Corrêa de Carvalho e Silva. Ao que sabemos, foi o primeiro padre a fixar residência no Ipu. Sua justificativa para não morar na sede da Freguesia era o fato de haver encontrado a igreja de São Gonçalo em péssimo estado de conservação, com paredes ruindo, o que impossibilitava seu uso para as celebrações. A providência que tomou foi a de mandar demolir a antiga igreja para que fosse construída outra. Enquanto isso conseguiu autorização para transferir as alfaias e ornamentos para a capela de São Sebastião do Ipu.
     A construção da atual igreja da Matriz arrastou-se por muitos anos. Enquanto isso resolveu o Padre Corrêa demolir também aquela primitiva capela que havia no Ipu e mandou construir a atual igrejinha.
     Dessa forma, a capela da igrejinha remonta à segunda metade do século XIX, sendo, portanto a primeira igreja do Ipu.
     O Padre Corrêa faleceu no Ipu a 13 de junho de 1881, sendo nomeado para seu sucessor o Padre João José de Castro. No entanto, em 27 de outubro de 1883, a antiga Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos foi extinta, sendo criadas em seu lugar as Freguesias de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras e a de São Sebastião do Ipu. A igreja de São Gonçalo passou a ser capela da Freguesia de Ipueiras.
     O Padre João José de Castro foi, dessa forma, o primeiro pároco do Ipu, visto que o Padre Corrêa era vigário Colado da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos e fora transferido para Ipu com a mesma função.
     Em 1886, o Ipu foi elevado à categoria de cidade. A economia e a cultura desenvolviam-se e o padre João de Castro, além de seu trabalho pastoral, atuou em outros âmbitos, tendo sido fundador e primeiro presidente do Gabinete Ipuense de Leitura e organizado a festa de inauguração da Estação da Estrada de Ferro de Sobral, em 1894, ano em que veio a falecer.
     A seguir, veio o Padre Máximo Feitosa de Castro, permanecendo no Ipu de 1894 a 1911. Priorizando o trabalho pastoral, funda o Apostolado da Oração e duas Conferências Vicentinas.
     O Padre Aureliano Mota chegou ao Ipu em 1911 para suceder o padre Máximo Feitosa. Percebendo o crescimento econômico do Ipu e a posição privilegiada da cidade, tratou de chamar para cá seu irmão, o jurista, folclorista e escritor Leonardo Mota. Permaneceu à frente da Freguesia de São Sebastião por apenas cinco anos, o suficiente para idealizar a construção de uma igreja matriz que deveria ser a maior e mais bela de toda a região norte. A planta foi feita pelo ipuense arquiteto Arquimedes Memória e a pedra fundamental lançada em 1914. O jornal O Rebate, de Sobral, noticiou o fato na edição de 24 de outubro de 1914 com as seguintes palavras: "Com desusada solenidade realizou-se domingo ultimo, no Ipu, a benção da primeira pedra fundamental da nova igreja-matriz “daquella cidade, grandioso empreendimento que pretende levar a effeito, ali, o seu actual vigario, padre dr. Aureliano Mota." (ortografia da época)
     Com a transferência do Padre Aureliano para Quixeramobim, foi designado para o Ipu o Padre Gonçalo de Oliveira Lima, assumindo a Paróquia em 09 de abril de 1916. Continuou a construção da matriz a qual, devido às suas grandes dimensões, levou 26 anos para ser concluída. Padre Gonçalo enfrentou dificuldades, como as grandes secas de 1919 e 1932, quando foi criado em Ipu um campo de concentração para os flagelados, aos qual o padre deveria prestar auxílio espiritual.
   Por duas vezes assumiu cumulativamente as paróquias de Ipu e Guaraciaba do Norte, sendo a primeira de 12 de junho de 1920 a 02 de dezembro de 1922 e a segunda de 26 de junho de 1923 a 28 de outubro de 1925.
   Em 1947, o então Monsenhor Gonçalo entregou a paróquia ao Padre Francisco Ferreira de Moraes. Este tomou posse no dia 10 de janeiro daquele ano e permaneceu à frente da Paróquia de São Sebastião do Ipu por mais de cinquenta anos.
  
   Em dezembro de 1999, foi tornado vigário emérito por decisão de então Bispo da Diocese de Sobral, D. Aldo Pagotto. Em seu lugar, assumiu a Paróquia a então vigário diocesano Padre Raimundo Nonato Timbó de Paiva, o qual dirige a Paróquia atualmente.
Nas virtudes podemos verificar a dedicação de cada Sacerdote no mister de suas atividades sacerdotais. Eles não se prendiam tão somente a função de fazer a cúria de suas ovelhas, mas, se integravam substancialmente as atividades sociais da cidade, econômicas e políticas.
Os vigários que por aqui passaram foram de uma dedicação e muito esmero  às causas de todo Município com muita seriedade e respeito a todos.
Distinguimos aqui a passagem luminosa do filho de Ipu o Reverendíssimo Mons. Gonçalo de Oliveira Lima que durante o seu paroquiato foi um exemplo de Fé dignidade e amor à família de sua terra. Considerado pela Diocese da Sobral em que pertencia como a “Flor do Clero”. Porque Flor do Clero representava esta indicação pelos seus méritos de conceito, dignidade, respeito e convivo de extrema honradez com os seus paroquianos.
Durante o seu Paroquiato em Ipu, realizou grandes reformas na Igrejinha que mais tarde se tornara Igrejinha de Nossa Senhora do Desterro. As Festas em louvor a S. Sebastião tinham uma conotação altamente religiosa e espiritual, fazendo com que todo Povo do Município participasse das homenagens ao Santo Padroeiro. As novenas recebiam um fluxo de cristãos de todas as paragens e os filhos da terra que residiam fora prestigiavam aos movimentos relacionados com a Festa.
Resignou-se em 1948, quando chegava à idade provecta sendo substituído pelo no Padre Francisco Ferreira de Moraes em 09 de janeiro de 1949, que dissonantemente acabou com os festejos do Padroeiro, uma nota triste para os ipuenses e marcante para todos até os dias atuais e bastante comentada e escrita pelo Dr. Augusto Passos em um de seus livros.

Mons., Gonçalo celebrava diariamente na Igrejinha após a sua resignação às 06 horas da manhã e aos domingos mantinha o mesmo horário. Muito frequentada as missas do Monsenhor Gonçalo.

Sistematicamente tomava o seu Café Matinal num local reservado na Sacristia, que servia também para suas orações confissões e outros afazeres da Igreja. O café era levado pelo seu auxiliar Joaquim que carinhosamente era chamado por ele mesmo de MANSO.

Costumeiramente mandava tocar a Hora do Ângelus exatamente às seis horas da tarde. O seu Sacristão Francisco Alves d Sousa (Chico do Padre) alias essa alcunha devia-se ao Chico ser um dos ajudantes do Monsenhor Gonçalo que lhe trouxe do Recoló para aqui trabalhar.
Todos que ouviam o sino da Igrejinha tocando naquele momento rezavam as Nove Ave Marias que eram rigorosamente tocadas naquele momento. Alguns até se ajoelhavam. Cena bucólica inserida de uma religiosidade palpitante nos corações dos paroquianos, evidentemente católicos.

Na Poliantéia em homenagem a Emídio Barbosa que havia falecido tragicamente, quando uma parede da sua casa de comercio desabou matando-o imediatamente. fez brilhante discurso enaltecendo o homenageado de forma precípua e verdadeira e condizente com sua indubitável vida de cidadão honrado e digno.

Na política partidária do IPU. Era Udenista de tradição, mas sem esbanjar publicamente a sua preferência partidária. Fazia uma política de pé de ouvido com os seus amigos e compadres como ele gostava de chamar.
Mons. Gonçalo uma vez se portando ao relógio da matriz que comumente batia desorganizadamente assim falou: “este é como do tempo do lero - lero”, O que era o Lero-lero? Uma Música carnavalesca que falava de coisas
Esbodegadas, desalinhadas, etc. e etc.

Um Ipuense fervoroso e bairrista com a sua terra não gostava quando desaprecia do cenário comercial ou qualquer coisa assim dizia logo: “O Ipu é a Terra do bom principio”.

Quando da chegada da Coluna Preste aqui no Ipu, na madrugada do dia 13 de janeiro de 1926, estava o Monsenhor a celebrar a missa costumeira, das seis horas da manha. A polução ao tomar conhecimento da chegada dos “Revoltosos”, compareceram a missa pouquíssimas pessoas, ficando a Igreja quase vazia. O seu sacristão era o senhor Manoel do Céu e ao terminar a missa um soldado da Coluna vai até a sacristia e pergunta ao seu Manoel do Céu – me informe onde fica a Delegacia e onde se encontra o Delegado? O velho sacristão responde incontinentemente quem sabe é o compadre vigário, e não deu outro o soldadadão foi de encontro ao Monsenhor e fez a mesma pergunta e calmamente Monsenhor responde: “não sei não, mas o sei sacristão disse Mons.”. Mais calmo ainda “olhe o meu compadre sacristão é um homem muito bom e não gosta de dar repostas negativas”. Enquanto isso seu Manoel do Céu tremia de medo apagando as velas do Altar. (Antônio Marrocos – Coluna Prestes no Ipu).

Ainda no que se refere à coluna Preste Mons. Gonçalo teve uma importantíssima função quando os Revoltosos procuraram saber quem o representante do Banco do Brasil que era o seu irmão Joaquim de Oliveira Lima. Pois bem eles fizeram seu Joaquim abrir o sua comercio de lá tiraram vários produtos inclusive câmara de ar e uma parte em dinheiro mesmo porque o seu Lima não forneceu o saldo verdadeiro.
Já no Gabinete de Leitura Mons. Esteve presente mandando lhe servir Café e uma boa água que deixou o Tem. João Alberto satisfeito, deixando ate o mesmo uma inscrição no livro de visitas do Gabinete. Despediram-se e disseram que iam dormir na Viração um sitio de propriedade do Mons. Não deu outra tiraram o leite das de todas as vacas que eram muitas de propriedade do Monsenhor Gonçalo, quando os Vaqueiros chegaram para fazer a ordenha não existia mais nada.·.

Piedoso e caridoso, costumeiramente mandava chamar os seus compadres em sua residência e agradava com produtos da lavra de suas terras.

Foi o criador e incentivador da Criação do Patronato. Um Colégio que indubitavelmente vem ao longo dos seus sessenta e um ano mantém um nível de escolaridade invejável não deixando nada desejar com as Escolas da Capital.
Fez a benção juntamente com outros sacerdotes da Pedra Fundamental da Nova Igreja Matriz e do Patronato Sousa Carvalho com também da Capela de Nossa Senhora das Graças no Patronato Sousa Carvalho.

Mons. Gonçalo curou por várias vezes a Paróquia de Campo Grande, hoje Guaraciaba do Norte. Em Santa Quitéria foi vigário e depois fez por varias vezes o curato daquela Paróquia. Um prova incontestável de sua capacidade e zelo expressivo pelo seu Sacerdócio.

Pelo seu comportamento frente à Diocese com suas prestações de contas escritas caracterizando assim um sacerdote de zelo ilimitado e exemplar pastor de almas que sempre foi.

Tenho um orgulho de felicidade muito grande de ter sido o seu Acolito por mais de 04 anos, e mais, ajudei a sua última Missa.

Mons. Gonçalo que já vinha sentindo alguns problemas cardíacos não celebrava no altar - mor e sim no altar do Coração de Jesus que fica quase na nave da igreja.

Sacerdote de aprimoradas virtudes e de brilhante inteligência faleceu no dia 11 de outubro de 1955, tendo deixado viva lembrança em todos quantos conheceram.
Mons. Gonçalo se encontra sepultado na Sacristia de Igrejinha de Nossa Senhora do Desterro.
Existe hoje na nossa cidade uma grande Escola funcionando no Alto da Boa Vista que leva o seu nome.
Foi um exemplo a ser seguido.

O seu sepultamento se deu em meio a uma grande multidão, várias representações cívicas, eclesiásticas e militares conduziram o seu féretro até a igreja Matriz de São Sebastião de Ipu onde se iniciaram os funerais, sendo cantada a antífona pelos Sacerdotes que solenemente conduziam o cerimonial do saudoso Mons. Gonçalo.

Estiveram presentes, Padres José Palhano que oficiou os solenemente os funerais do Monsenhor juntamente com outros padres. Padre Antonino Soares Cordeiro, Pe. Otacílio Carneiro, Pe. Francisco Ferreira de Moraes, Mons. Sabino (de Sobral) e Padre Jose Aristides Cardoso.
Entoaram o canto Miserere na encomendação do corpo do Monsenhor na Igreja Matriz. Em seguida o corpo foi levado em meio a uma multidão incalculável para sua ultima morada. Antes do sepultamento ouviu-se o brilhante discurso do Sr. Miranda, gerente do Banco do Brasil que eloquentemente representava naquele momento toda sociedade ipuense que mergulhada em lágrimas se despediam do seu pastor tão querido e tão amado.
A Banda de Música na parte detrás da Igrejinha onde se encontra sepultado Mons. Gonçalo, na Regência do Mestre João Louro executava solenemente a Marcha Fúnebre de autoria do seu irmão Joaquim de Oliveira Lima SAUDADE ETERNA.

Tudo consumado!
No seu tumulo apenas as flores e as lagrimas dos seus entes queridos e todo o Povo de Deus ali prestavam a sua homenagem póstuma rezando piedosamente em memória daquele que fora o ORIENTADOR, CONFESSOR, CONSOLADOR, afinal um pastor que inegavelmente jamais teremos na nossa IPU> 

Foram Padres Coadjutores de Ipu;

Padre José Aristides Cardoso foi o primeiro Coadjutor de Ipu, no vigariato do Mons. Gonçalo de Oliveira Lima.
Atividades pastorais e outras; Vigário Cooperador do Ipu, em 1939, cujo vigário era Monsenhor Gonçalo de Oliveira Lima. Vigário de Reriutaba, do ano seguinte até oito de abril de 1943. Veio para Sobral, exerceu o magistério no Colégio Sobralense por três meses. De julho a dezembro do mesmo ano, esteve em Acaraú, como vigário cooperador do pároco: Padre Sabino de Lima. Depois vai para Massapê-CE, função que exerceu com muito zelo, até 31 de dezembro de 1948. Voltou a residir em Sobral, em 1949 (foi aí que eu o conheci), assumindo a capelinha do Colégio Santana e o magistério no Seminário São José, dedicando-se também à regência do Coral do Seminário. Dos fins de 1948 para início de 1952, foi Ecônomo do Seminário. De 1952 a 1956, Vigário Auxiliar de São Benedito com o Vigário Padre José Bezerra Coutinho. De 1957 a 1968, Vigário de Ibiapina - CE, pela primeira vez; posse no dia 30 de janeiro; tendo renunciado a 24 de março do mesmo ano. Após dois anos em Martinópolis, retornou a Ibiapina, a 13 de janeiro de 1957. De 1969 a 1971, Diretor do Ginásio em Guaraciaba, dando assistência à paróquia de Carnaubal, que estava vaga. De 1971 a 1975, Vigário de Cariré. De 1976 a 1992, Vigário de Carnaubal, CE, na Diocese de Tianguá. De 1992 até hoje, Vigário emérito de Carnaubal, residindo em sua terra natal. Em reconhecimento dos bons serviços prestados à Igreja, a Santa Sé o agraciou com o título de Monsenhor.

Seu pensamento pessoal: "Meu sacerdócio foi baseado na obediência aos meus superiores; no meu itinerário sacerdotal procurei sempre fazer o bem para a glória de Deus e salvação das almas".


O Segundo coadjutor de Monsenhor Gonçalo de Oliveira Lima foi O Padre Cauby Jardim Pontes, que assumiu as suas funções logo depois do Padre Cardoso no inicio do Ano de 1943.
Padre Cauby, foi no Ipu um empreendedor. Construiu o Cine Teatro Moderno, animou grandemente as Associações Pias e a Cruzada Infantil. Criou o Grupo Teatral Ipuense e revolucionou contra os comunistas na pessoa do Madureira, expulsando de uma vez por todas de nossa cidade. Um pool de amplificadoras foi levado o afeito com varias cornetas espalhadas em diversas partes da cidade, onde se escutava de qualquer parte da nossa cidade. Criou programas e mais badalado era o Programa A Hora da Saudade com a participação de Cantores e Músicos da Terra. Era filho de São Benedito. Na sua terra natal fez a melodia do Hino da cidade em 1936.

Padre Eudes Fernandes, passou por aqui nos anos 1953/1954

Padre Francisco de Assis Lopes Ordenou-se em Sobral no dia 23 de outubro de 1955. Celebrou a primeira Missa em Bela Cruz no di 01 de novembro de 1955, em seguido foi nomeado Coadjutor de Ipu.

Padre Antônio da Silveira Bastos, foi Cooperador de Ipu nos anos de 1960/1961, deixou Ipu para assumir a Paróquia da cidade de Frecheirinha.

Padre Francisco Fulton de Paula Bezerril
Nasceu em São Benedito – CE em 23 de outubro de 1929. Ordenou-se em Sobral – CE aos 8 de dezembro de 1956. É filho de: José Fialho Fontenelle Bezerril e de Zélia de Paula Bezerril. Casou-se com Zenaide de Vasconcelos Bezerril. Reside em Fortaleza. Foi coadjutor no Ipu no ano de 1959.

Padre Francisco das Chagas Martins Ordenado Sacerdote no dia 08 de dezembro de 1956 na Catedral de Sobral por D. José Tupinambá da Frota e cantou sua primeira missa na Igreja Matriz de São Sebastião de Ipu, no dia 09 de dezembro de 1956.
Começou sua vida de trabalho, sendo Coadjutor da Paróquia de Ipu até 1959.
Foi nomeado Vigário de Mons. Tabosa em 20 de dezembro de 1959 até 1961.
Em 1961, a 22 de janeiro foi nomeado vigário de Reriutaba, onde permaneceu até 04 de abril de 1965.
Volta a Ipu e permaneceu de 1965 até 1967.
Como professor lecionou no Ginásio Ipuense as disciplinas de Latim e Francês.
Foi orientador da Cruzadinha Eucarística de Ipu por todo tempo que permaneceu em sua cidade natal o Ipu.

Tomou posse na Paróquia de Viçosa do Ceará no dia 22 de janeiro de 1967 até 2002.

Padre Francisco Alves Magalhães.
Data de nascimento: 12/01/1970
Local de Nascimento:Alcântara
Ordenação Diaconal:
Ordenação Sacerdotal: 04/09/1999
Provisão e outras atividades:
Uso de Ordem (Reitor do Seminário Diocesano de Sobral)
Histórico Pastoral:
- Reitor do Seminário da Diocese de Sobral, em Fortaleza
Vigário Paroquial na cidade de Ipu.
Pároco na cidade de Santo Antonio do Arataiaçu, Pároco de Meruoca, Pároco da Igreja dos Apóstolos em sobral e atualmente Pároco da Igreja do Coração de Jesus em Sobral.

Padre Emanuel Franklin. O Padre Emanuel Franklin Leitão Júnior nasceu em Fortaleza em 22 de janeiro de 1977, mudando-se para Sobral aos sete anos juntamente com toda a sua família. Estudou nos primeiros anos de vida no colégio Dom Bosco, em Fortaleza. Mudando-se para Sobral, ingressou no colégio Santana, ali permanecendo até a conclusão do segundo grau. Iniciou sua caminhada religiosa aos 14 anos, como coroinha na Igreja São Francisco, onde, percebendo sua vocação para a missão maior de servir à Igreja de Cristo, rumou dois anos depois para Roma onde permaneceu por quase 5 anos. Na cidade santa padre Emanuel estudou Filosofia e iniciou Teologia. Retornando ao Brasil, foi para Minas Gerais onde concluiu Teologia. Ordenou-se sacerdote no dia 20 de março de 2006 na Catedral de Sobral. No dia seguinte à sua ordenação, celebrou sua primeira missa na Paróquia de Ipu, onde serviu como diácono. Sua primeira experiência pastoral como sacerdote foi a área  pastoral de Pires Ferreira, ficando lá ate  assumir a Paróquia de Meruoca no  da 03 de fevereiro de 2008. Administrador zeloso e de visão, restaurou a maioria das capelas da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição nos distritos e sítios, fez reformas na casa paroquial e construiu três apartamentos ao lado do patronato. Como sacerdote de Cristo vem dinamizando as diversas Pastorais, dando uma atenção especial a cada uma, buscando perceber suas carências e dando-lhes suporte para bem funcionar. Deu novo impulso a Pastoral Litúrgica, sendo criado mais um grupo de canto em seu paroquiato. Também, atendendo aos apelos de muitos fiéis, instituiu a Procissão dos Passos, uma das mais belas demonstrações de fé. Atualmente, além de pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Meruoca é representante do clero da Diocese de Sobral, vice-presidente da Comissão do regional Nordeste I e Coordenador da Região Pastoral de Meruoca.

Padre Jacó Sidarta Vieira foi vigário Paroquial de Ipu, nos anos de 2004/2005, atualmente é Pároco de Morrinhos.

Padre José Bonifácio Fonseca Matos. Padre Bonifácio foi ordenado sacerdote no dia 14 de setembro de 2008, dia da Exaltação da Santa Cruz, pelas mãos do então bispo da diocese de Sobral, CE, Dom Fernando Saburido, O.S.B (atual arcebispo de Olinda e Recife).

Padre Marcone, O Padre José Marcone Martins é filho de Coreaú, foi ordenado no dia 08 de Agosto de 2009 na Igreja de Nossa Senhora da Piedade em Coreaú-CE, foi ordenado Diácono e Padre pelo Bispo Dom Antônio Fernando Saburido
E por fim o Padre Fábio Gomes Ferreira Aconteceu nesta sexta feira (08),de março de 2010, em Macaraú, distrito de Santa Quitéria, a ordenação presbiterial do diácono Francisco Fábio Gomes Ferreira. A cerimônia teve início às 09h00min horas, na capela de Santana e foi presidida por Dom Odelir José Magri, Bispo da Diocese de Sobral, em evento que contou com a participação de vários padres e diáconos, além de um grande número da fies da Igreja Católica. A capela de Santana, em Macaraú, pertence à Paróquia de Cariré. (Atual Vigário Paroquial de Ipu.)

Padre Zenobio Gomes Silveira. Pe. Raimundo Nonato apresenta à comunidade o seu novo cooperador no seu ministério pastoral, Pe. Zenobio Gomes Silveira que foi nomeado Vigário Paroquial pelo período de dois anos. Com esta apresentação, Pe. Zenobio tomou posse do seu ofício com a leitura da carta pontifícia datada de 04 de Agosto de 2009, Assinada por Dom Antonio Fernando Saburido, Bispo administrador Diocesano de Sobral.
  
ARQUIVOS: Prof. Francisco Mello
FONTES: ARAUJO, Pe Francisco Sadoc. História Religiosa de Guaraciaba do Norte. Fortaleza: Imprensa Oficial do Ceara, 1988.
MELLO, Maria Valdemira Coelho. O Ipu em três épocas. Fortaleza: Popular Editora, 1985.
MENEZES, Antônio Bezerra. Notas de Viagem. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1965.
SOUSA, Eusébio de. Chronica do Ipu. In: Revista do Instituto do Ceará. t.XXIX, 1915, pp 157-243.



sábado, 23 de janeiro de 2016

                                                               Paróquia do Ipu.
Apresentação.

Nasce neste opúsculo uma dissertação de tudo que possamos dizer de uma obra que se propôs a relatar tudo sobre a nossa Igreja Católica no Ipu, desde os seus primórdios até os dias atuais.
Um compendio que fala de tudo desde os seus princípios aos dias que hoje vivemos.
Não obstante as caracterizações dos dias vividos desde o inicio do século XVIII quando perpetrava no então Arraial onde a Portuguesa Joana de Paula Vieira Mimosa, como uma desbravadora e Catequista doou uma légua de terra que recebera das Cortes Portuguesas para servir ao orago que se criara em seguida dedicado a São Sebastião de quem seu esposo Joao Alves Fontes era devoto assim conta a nossa história.
                                 
Na obra encontramos uma pesquisa afeita as verdadeiras e bem colhidas histórias da nossa vida religiosa de nossa cidade.
Atenho-me a maneira como aqui estar descrito sobre todos os fatos e acontecimentos religiosos sobre a nossa Paroquia de São Sebastião.

Os primeiros padres que aqui curaram em forma de Missões que os ancestrais chamavam de Missionários vindos de Acaraú e consequentemente de Viçosa, eram Frades, Sacerdotes da Ordem dos Seculares e até mesmo alguns Jesuítas.
O cuidado e zelo que aqui esteve como Vigário Colado Padre Francisco Corrêa de Carvalho e Silva sendo o precursor firme e determinado a comandar um rebanho de fieis por mais 40 anos.
A cada instante da leitura desta obra encontramos a clareza e a verdade de pensamentos e muito especialmente das informações aqui contidas verdadeiramente relatadas sob uma ótica de uma pesquisa minuciosa que não deixa nenhuma tendência para que possamos questionar ou duvidar de qualquer fato aqui descrito.
É com afável e indescritível satisfação que aqui coloco nesta obra de tão valioso e inestimável valor o que formalizou o Padre Raimundo Nonato em tão importante instrumento de pesquisa para os nossos porvindouros.
Sem sombra de dúvidas está posto um trabalho dignificante para todos nós.
Uma pesquisa realizada sob as inspirações do abnegado e dileto Pároco de nossa Ipu que meticulosamente passou para esta enobrecedora e notável Obra Prima de um valor que não estimamos tão facilmente pela interação que se estende aos mais longínquos recantos de nossa Paroquia do Ipu.
A Fortaleza imbatível de um sacerdote que rebanhou muitos que haviam se afastado do templo sagrado de Deus.
Empreendedor, construindo em quase todas as localidades de nosso Município o Templo Cristão como forma de difundir e incutir em nossos corações a fé Cristã que se encontrava tão desfalecida em nossa Terra.
Orgulho-me não de vaidade, mas um orgulho de felicidades de hoje esta aduzindo esta valiosa e incalculável sabedoria para todos nós.
Tenho certeza que o canto da Graúna no talhe das palmeiras aguçou a verve tão proeminente de nosso extremoso e querido Padre Nonato nas linhas que discorreu neste manual de lições de conhecimento sobra à Vida Religiosa da Terra de Iracema e de São Sebastião.
A verve espontânea aqui descrita do nosso Pároco concerne puramente um sentimento de Amor e de felicidade a todos nós.
Você caro leitor vai encontrar nas páginas deste Livro o significado real e verdadeiro de nossa história do nosso Povo.
As bênçãos de Deus advirão e haverão que nos entremeados de nossas vidas sejam perenes e benfazejas a todos que respiram o Ar da religiosidade repleta daquilo que chamamos AMOR-PAZ.
Que os respingos da majestosa Bica do Ipu, sejam um conforto aspergido e abençoado de Deus, na sua Onipotência, Onisciência e Onipresença.
E ao canto pachorrento desta cascata Maravilhosa (Que Chamamos Bica) te damos graças, e te bendizemos por tão meritória obra sobre tudo de nossa vida religiosa.
Ipu (CE) 08 de julho de 2012
Francisco de Assis Martins                          
(Prof. Mello)