segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Ao Mestre com carinho

Alguns presentes da vida fazem que as palavras faltem. Outros, por sua vez, despertam a vontade de compartilhar sentimentos com o mundo. Pois bem.
Apesar de brilhantemente representada pela madrinha e educadora Lúcia Xerez, foi com tristeza que não consegui participar do lançamento da obra “Ipu em Fotografias”, do professor Francisco Melo. Fiquei realmente chateada (e ele sabe), mas nesta vida devemos abraçar os compromissos com dedicação e o enfrentamento ao tráfico de pessoas, mais uma vez, foi minha missão do dia.
Não participei da memorável noite, não tive a honra de aplaudir mais um marco cultural de Ipu, porém, em algumas horas, o livro já estava em minhas mãos. Sim, as emoções mudaram e agora, felizmente, ali estava ele: autografado, com aquele cheiro de novo e fresquinho como o pão que deixam amarrado no portão da minha avó logo cedo. 
Hoje, 17 de janeiro de 2016, uma passageira observou minhas leituras nos balanços da “Princesa dos Inhamuns” e logo perguntou se eu era parente do autor. Imediatamente, respondi com orgulho “Sou fã!” e minha mãe, Eulene Xerez, também replicou com um imediato “Fui aluna dele”. Coleciono as obras do grande Mestre, bem como algumas publicações da Academia Ipuense de Ciência, Letras e Artes em lugar especial na biblioteca. Os livros ficam juntos, acessíveis e, sem dúvida, possuem a capacidade de aliviar angustias cotidianas com o poder do teletransporte para a “Terra de Iracema”. Destaco, ainda, que guardo com cuidado relevante exemplar da “Revista Acadêmica da AILCA”, presente da Acadêmica Francisca Ferreira, prima e outra grande escritora ipuense. 
É difícil apontar a beleza das pedras preciosas: são muitas cores, brilhos e lapidações especiais. Assim também são os livros do Professor Mello e, sem dúvida, existe muito encanto nas poesias que retratam o amor dedicado à sua esposa, nos versos sobre as belezas da terra ou nas muitas linhas que enaltecem o valor das coisas simples. É um dos poucos autores que me faz sentir saudade do que não vivi. 
Porém, especialmente hoje, vou ousar. Ainda com aquele sentimento no coração após aproveitar alguns dias dos festejos de janeiro, com o devido respeito aos outros primores publicados, compartilho: “Ipu em Fotografias” já tem espaço no meu coração como o MEU PREFERIDO.
A obra possui uma rica introdução de Luís Pessoa Aragão com informações indispensáveis aos que amam e desejam saber mais sobre o Ipu, mas as surpresas não param nas primeiras páginas. Cada folha é uma emoção que muda a forma de ver e, principalmente, sentir a cidade, suas pedras, suas árvores, mas, principalmente, suas pessoas. Caro leitor, é impossível devorar o livro em poucos minutos pois estamos diante de uma densidade literária que indaga a todo instante “De onde você vem? Pra onde você vai?”.
“Ipu em Fotografias” tem muito de talento, mas exala, ainda, o trabalho, a dedicação permanente de uma pessoa que ama o que faz e faz o que ama. É perceptível todo o cuidado na compilação das informações, organização e tratamento das imagens. E que imagens! (Suspiros)


As cartas de amor são secretas e privilégio de poucos. “Ipu em fotografias” é uma verdadeira declaração pública de amor ao Ipu, seus filhos e amigos. 
Já aguardo o próximo volume

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