Ao Mestre com carinho
Alguns presentes da vida fazem que as palavras faltem. Outros, por sua
vez, despertam a vontade de compartilhar sentimentos com o mundo. Pois
bem.
Apesar de brilhantemente representada pela madrinha e educadora
Lúcia Xerez, foi com tristeza que não consegui participar do lançamento
da obra “Ipu em Fotografias”, do professor Francisco Melo. Fiquei
realmente chateada (e ele sabe), mas nesta vida devemos abraçar os
compromissos com dedicação e o enfrentamento ao tráfico de pessoas, mais
uma vez, foi minha missão do dia.
Não participei da memorável
noite, não tive a honra de aplaudir mais um marco cultural de Ipu,
porém, em algumas horas, o livro já estava em minhas mãos. Sim, as
emoções mudaram e agora, felizmente, ali estava ele: autografado, com
aquele cheiro de novo e fresquinho como o pão que deixam amarrado no
portão da minha avó logo cedo.
Hoje, 17 de janeiro de 2016, uma
passageira observou minhas leituras nos balanços da “Princesa dos
Inhamuns” e logo perguntou se eu era parente do autor. Imediatamente,
respondi com orgulho “Sou fã!” e minha mãe, Eulene Xerez, também
replicou com um imediato “Fui aluna dele”. Coleciono as obras do grande
Mestre, bem como algumas publicações da Academia Ipuense de Ciência,
Letras e Artes em lugar especial na biblioteca. Os livros ficam juntos,
acessíveis e, sem dúvida, possuem a capacidade de aliviar angustias
cotidianas com o poder do teletransporte para a “Terra de Iracema”.
Destaco, ainda, que guardo com cuidado relevante exemplar da “Revista
Acadêmica da AILCA”, presente da Acadêmica Francisca Ferreira, prima e
outra grande escritora ipuense.
É difícil apontar a beleza das
pedras preciosas: são muitas cores, brilhos e lapidações especiais.
Assim também são os livros do Professor Mello e, sem dúvida, existe
muito encanto nas poesias que retratam o amor dedicado à sua esposa, nos
versos sobre as belezas da terra ou nas muitas linhas que enaltecem o
valor das coisas simples. É um dos poucos autores que me faz sentir
saudade do que não vivi.
Porém, especialmente hoje, vou ousar.
Ainda com aquele sentimento no coração após aproveitar alguns dias dos
festejos de janeiro, com o devido respeito aos outros primores
publicados, compartilho: “Ipu em Fotografias” já tem espaço no meu
coração como o MEU PREFERIDO.
A obra possui uma rica introdução de
Luís Pessoa Aragão com informações indispensáveis aos que amam e desejam
saber mais sobre o Ipu, mas as surpresas não param nas primeiras
páginas. Cada folha é uma emoção que muda a forma de ver e,
principalmente, sentir a cidade, suas pedras, suas árvores, mas,
principalmente, suas pessoas. Caro leitor, é impossível devorar o livro
em poucos minutos pois estamos diante de uma densidade literária que
indaga a todo instante “De onde você vem? Pra onde você vai?”.
“Ipu
em Fotografias” tem muito de talento, mas exala, ainda, o trabalho, a
dedicação permanente de uma pessoa que ama o que faz e faz o que ama. É
perceptível todo o cuidado na compilação das informações, organização e
tratamento das imagens. E que imagens! (Suspiros)
As cartas de
amor são secretas e privilégio de poucos. “Ipu em fotografias” é uma
verdadeira declaração pública de amor ao Ipu, seus filhos e amigos.
Já aguardo o próximo volume
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