domingo, 10 de janeiro de 2016

Jorge Lima Para mim, depois de muito ler sobre o episodio do ataque do Coronel João Martins e seus homens ao destacamento policial do Ipu em 1914 e sobre o ataque do reforço policial enviado de Sobral à fazenda Jaçanã, chego à conclusão de só existiu uma motivação para tudo aquilo: POLITICA. João Martins não me parece ter sido um simples valentão, mas um homem formado naquela ética do coronelismo, onde o coronel tem a obrigação moral de defender os seus familiares e agregados. Foi exatamente isso que ele fez ao atacar o Ipu para desagravar o sobrinho Osório Martins. No entanto, não parecia dado à violencia gratuita. Tinha certa elegância, mas, acima de tudo, não levava desaforo para casa. Acontece que com a queda de Franco Rabelo, governador do Ceará, em 1914, começou uma onda de perseguição aos rabelistas com muitas prisões arbitrarias e invasão de residências para busca de armas. Temia-se uma reação dos partidários de Rabelo e imaginava-se que tivessem rifles escondidos em suas casas. A justificativa para o ataque á Jaçanã foi a suposta existência ali de um arsenal rabelistas. Daí a sena de destruir por meio do fogo


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