Apresentação.
Memórias que o Tempo não Apaga.
Parada em Cada Estação.
A história é testemunha do passado,
luz da verdade,
vida da memória,
mestra da vida,
anunciadora dos tempos antigos.
Memória é uma palavra que me acompanha sempre. Carrega o meu espirito das
coisas do passado, sempre com admoestação de historiar o certo, com um
sentimento profundo de um saudosista e romântico, pois assim me considero,
Graças a Deus.
Em minhas mãos uma obra que se intitula “Memorias que o Tempo não se
Apaga”, de autoria de um literato conhecido por muitos como Padre Tula; um
homem versátil, dinâmico e acima de qualquer coisa um Sacerdote de Deus.
No seu livro ele consegue com maestria passar para os leitores a
história da ESTRADA DE FERRO DA ZONA NRTE DE NOSSO ESTADO, dentro de uma pureza
de sentimento e sensibilidade, que com certeza será extasiante para quem possa
ler.
Padre Lula traz a Lume a história da Ferrovia contada minunciosamente
através de seus poemas e escritos outros, perpetuação da memoria do que foi e
que poderá ser a Estrada de Ferro da Linha Norte.
Partilhamos aqui uma frase de um livro de nossa autoria que diz: Nos
Trilhos que ainda perduram em nossos pensamentos está à história de uma vida de
muitos que por eles percorreram.
Percorri muitas vezes nesses trilhos que nos deixa uma saudade imensa. E
o trem ia, e ia mesmo dobrando a primeira curva e que víamos a cortina
altaneira de nossa Ibiapaba, sumindo,
sumindo até desaparecer de nossa vista.
Atenho-me e ressalto quando Padre Tula percorreu todo o percurso pelos
trilhos da saudade de todo o itinerário do nosso saudoso Trem da Zona Norte,
conhecido por alguns ou por muitos como o P-05 e P-06 era a codificação que
davam as idas e vindas do Trem. P-05 quando partia de Fortaleza a Crateús e P-06
quando voltava para Fortaleza.
Reveste-se o livro com relatos precisos e exatos, pois o Pe. Tula nas
suas andanças fez minuciosa pesquisa em cada Estação, fotografando todas e com
suas respectivas histórias.
Histórias contadas na simplicidade de seus versos cadenciados, mas de um
conteúdo extraordinariamente expressivos e verdadeiros e de muito conteúdo,
assim pude analisar.
Na sua trajetória, eis aí o que ele chama de PARADA EM CADA ESTAÇÃO. Foi
ai que observei que até mesmo aquelas que não restaram nem os seus alicerces,
ele documentou mostrando o lixo contido no local.
Traz no âmago do livro a persistência do autor em documentar todas as
estações da LINHA NORTE, indo até o limite do Ceará com o Piaui. Contou-me que
não foi fácil, mas concluiu com dignidade mostrando um verdadeiro amor imbuído
daquela paz do dever cumprido.
Na sua verve traduz uma vontade sem limites a volta do Trem de
Passageiros da Linha Norte.
Já foi cognominado como: o Padre do Trem, O Padre Tula tem a Cara do
Trem e outros e mais outras titulações.
Resta-me portando dizer, afirmar e confirmar que este livro é uma
história viva dos nossos trens, de nossas viagens, e de nossa saudade a cada
partida.
A estudantada não ficará, tenho certeza mais, a mercê de não ter onde
pesquisar sobre os nossos Trens de Passageiros, pois o livro traduz a história
real dos nossos trens.
Velho trem! Será que ainda voltará?
Coloque na cabeceira de sua cama este livro e reveja através de suas
páginas escritas de tão valorosa obra, como eram os nossos TRENS DE PASSAGEIROS.
Ipu-CE10 de setembro de 2014
Francisco de Assis Martins.
(Prof. Mello)
Da Academia Municipal de Letras do Estado
do Ceará- ALMECE.
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