Timbauba da Rua do Curral, na Vila Nova. Ainda vislumbramos o velho casebre do Bar da Sergina.
ONTEM VILA NOVA
Transpondo o centro da cidade chegava-se rapidamente à "Rua da Mangueira". Se andássemos mais um pouco, encontraríamos a "Grota das Cunhãs". Num retorno, rumo ao centro, cairíamos na Vila Nova. Local de amores livres e sensuais, uma página que não podemos apagar da história de Ipu, que hoje, talvez, não dê mais frutos e frutas que o próprio tempo acabou.
Formada por casinholas, quase todas de taipa, a Rua da Mangueira levou este nome por possuir uma grande mangueira de porte avantajado, situada na rua do mesmo nome. No ano de 1968, na Administração do Prefeito Rocha Aguiar foi extinta a via, tomando o nome de Rua Antônio Memória, hoje urbanizada e bonita.
A Grota das Cunhãs também fugiu do cenário do “amor livre” do Ipu. Tomou grande impulso e hoje consideramos ser uma área nobre da cidade. A Vila Nova, ou simplesmente Vila, hoje ainda existem alguns casebres, mas já rodeados por prédios públicos e casas residenciais de portes elegantes.
A velha Timbauba que testemunhou muitos romances, de amores passageiros resistiu ao tempo até os anos de 2001.
As marafonas da época não podemos esquecer-nos da: Sergina, Chica e Tereza Bival, Maria Tamboril, Chica Branca, Tereza Cena, Bezerra de Ouro e outra tantas que continuam no caleidoscópio da vida. Lembro-me, para se ter acesso à Vila, era preciso transpor um bom matagal, uma vereda entre o “mata-pasto” para alcançar as festas nas noites de sextas-feiras. Um “samba” dos mais animados e intensos.
Para lá rumava uma juventude sem opção e os feirantes que se preparavam para a famosa feira de Sábado.
E já nas caladas da noite era ouvido a distancia o saxofone do Zé Ribeiro, a bateria do Veadinho, o banjo do Escoteirinho, o Piston do Chico Hermeto e as Maracas bem ritmadas do Tomaz Bezerra. Era uma noite de sonhos e quimeras, onde só o amor ,prevalecia, fonte de uma juventude sonhadora que esperava um porvir de realizações. O Ipu ainda não possuía luz elétrica de Paulo Afonso. Era a iluminação hidráulica do Pé da Serra, que ofuscava somente as primeiras horas da noite. Em noites de luar a lanterna branca do espaço, com sua claridade argêntea iluminava o caminho dos transeuntes. Em noites de escuro o medo, vendo-se ao longe as lamparinas com aquela luz avermelhada na amplidão deserta da aventura. O firmamento parecia mais perto de nós, com o cintilar constante das estrelas. Em cada rua uma espreita; em cada esquina, um receio maior ainda. São as coisas da noite recobertas de mistérios. Enfim, um silêncio profundo... Uma voz, um violão: é a serenata! A festa do “amor livre” terminara. Começara o momento mais romântico dos enamorados. Já madrugada e os pássaros, com o seu trinado, avisam que a noite acabou.
ONTEM VILA NOVA
Transpondo o centro da cidade chegava-se rapidamente à "Rua da Mangueira". Se andássemos mais um pouco, encontraríamos a "Grota das Cunhãs". Num retorno, rumo ao centro, cairíamos na Vila Nova. Local de amores livres e sensuais, uma página que não podemos apagar da história de Ipu, que hoje, talvez, não dê mais frutos e frutas que o próprio tempo acabou.
Formada por casinholas, quase todas de taipa, a Rua da Mangueira levou este nome por possuir uma grande mangueira de porte avantajado, situada na rua do mesmo nome. No ano de 1968, na Administração do Prefeito Rocha Aguiar foi extinta a via, tomando o nome de Rua Antônio Memória, hoje urbanizada e bonita.
A Grota das Cunhãs também fugiu do cenário do “amor livre” do Ipu. Tomou grande impulso e hoje consideramos ser uma área nobre da cidade. A Vila Nova, ou simplesmente Vila, hoje ainda existem alguns casebres, mas já rodeados por prédios públicos e casas residenciais de portes elegantes.
A velha Timbauba que testemunhou muitos romances, de amores passageiros resistiu ao tempo até os anos de 2001.
As marafonas da época não podemos esquecer-nos da: Sergina, Chica e Tereza Bival, Maria Tamboril, Chica Branca, Tereza Cena, Bezerra de Ouro e outra tantas que continuam no caleidoscópio da vida. Lembro-me, para se ter acesso à Vila, era preciso transpor um bom matagal, uma vereda entre o “mata-pasto” para alcançar as festas nas noites de sextas-feiras. Um “samba” dos mais animados e intensos.
Para lá rumava uma juventude sem opção e os feirantes que se preparavam para a famosa feira de Sábado.
E já nas caladas da noite era ouvido a distancia o saxofone do Zé Ribeiro, a bateria do Veadinho, o banjo do Escoteirinho, o Piston do Chico Hermeto e as Maracas bem ritmadas do Tomaz Bezerra. Era uma noite de sonhos e quimeras, onde só o amor ,prevalecia, fonte de uma juventude sonhadora que esperava um porvir de realizações. O Ipu ainda não possuía luz elétrica de Paulo Afonso. Era a iluminação hidráulica do Pé da Serra, que ofuscava somente as primeiras horas da noite. Em noites de luar a lanterna branca do espaço, com sua claridade argêntea iluminava o caminho dos transeuntes. Em noites de escuro o medo, vendo-se ao longe as lamparinas com aquela luz avermelhada na amplidão deserta da aventura. O firmamento parecia mais perto de nós, com o cintilar constante das estrelas. Em cada rua uma espreita; em cada esquina, um receio maior ainda. São as coisas da noite recobertas de mistérios. Enfim, um silêncio profundo... Uma voz, um violão: é a serenata! A festa do “amor livre” terminara. Começara o momento mais romântico dos enamorados. Já madrugada e os pássaros, com o seu trinado, avisam que a noite acabou.
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