quarta-feira, 2 de novembro de 2011


Leonardo Mota

Leonardo Mota (Pedra Branca, Ceará, 10 de maio de 1891 - 2 de janeiro de 1948) foi um escritor, professor, advogado, promotor de justiça, secretário de governo, tabelião, jornalista e historiador. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Ceará no ano de 1916.

Muito cedo mudou-se de sua terra natal junto com sua família. O interesse de Leonardo Mota pelo sabedoria sertaneja teve início quando foi morar na cidade de Ipu, Ceará, onde a convite de seu irmão Cônego Aureliano Mota, dirigiu um Instituto Educacional.

Membro da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará, Leota (era assim que gostava de ser chamado), "cresci nas banhas e encurtei no nome." Era um nome requisitado para proferir palestras para platéias de estudiosos e interessados folcloristas. Era também um animador de rodas de amigos e intelectuais da antiga praça do Ferreira (coração da cidade de Fortaleza), para essa platéia declamava versos e contava histórias e pequenas anedotas.

"Fui um intransigente na defesa do sertão esquecido, do sertão caluniado e só lembrado quando dele se quer o imposto nos tempos de paz ou o soldado nos tempos de guerra. E fui sobretudo, contra o labéu de cretinice do sertanejo nordestino que orientei a minha documentada contradita: em todo o meu "Cantadores" e nas conferências que proferi, de Norte a Sul, pus o melhor dos meus empenhos em fazer ressaltar a acuidade, a destreza de esperíto, a vivacidade da desaproveitada inteligência sertaneja, de que os menestréis plebeus são a expressão bizarra e esquecida, apesar de digna de estudos."

O "último boêmio do Ceará" ou "judeu errante do folclore nacional", como se intitulava, publicou: "Cantadores" (1921), "Violeiros do Norte" (1925), "Sertão Alegre" (1928), "No Tempo de Lampião" (1930), "Prosa Vadia" (1932) e "Padaria Espiritual" (1938). "Adagiário Brasileiro" foram reconstituídos pacientemente por seu filhos Moacir e Orlando Mota e publicados anos depois.

Em sua terra natal Pedra Branca, existe uma biblioteca em sua homenagem e um monumento na praça que também leva seu nome, em frente ao local onde existiu a casa onde o "Princípe dos folcloristas brasileiro" nasceu um dia. No dia 20 de fevereiro de 1952, por iniciativa do Intituto do Ceará, foi batizada de com o nome do escrito uma rua de Fortaleza.

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