sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cidade de Delmiro Gouveia - AL





HISTÓRIA DA CIDADE DE DELMIRO GOUVEIA

Delmiro Gouveia, história e vida
Estrela foi a mais antiga marca dos carretéis de linha produzidos na Companhia Agro Fabril Mercantil de Delmiro Gouveia. Ao chegar à terra de Delmiro, uma estrela ainda brilha neste Sertão, embora no dia 10 de outubro de 1917 um tiro certeiro tenha tentado apagá-la. Delmiro Gouveia foi assassinado, mas sua história ainda ilumina o Sertão. Uma viagem até Delmiro Gouveia representa um vôo para viver e apreciar a história de Alagoas, que foi escrita por Delmiro. É trilhar pelo turismo cultural e histórico, embora a cidade só agora esteja acordando para se tornar um roteiro turístico na região. A história de Delmiro é o principal atrativo da cidade. Este cidadão nasceu no Ceará, progrediu na cidade de Recife, viajou pela Europa, mas foi em Alagoas que realizou uma parte de seus sonhos. Construiu a fábrica de linhas e foi pioneiro na primeira hidrelétrica no Nordeste, utilizando a força do Rio São Francisco. O Rio São Francisco hoje não é o mesmo da época de Delmiro, mas a força de sua beleza ainda resiste ao tempo e a certos descompassos, como a falta de investimentos. O Velho Chico não morreu, seu coração pulsa na então Vila da Pedra, hoje a encantadora cidade batizada com seu nome, para vislumbrar e desbravar as belezas do Sertão. Usina AngiquinhoNão pense duas vezes: arrume as malas e viaje 300 km até Delmiro Gouveia, parada obrigatória para todos. Ao desembarcar nessa terra, siga com passos firmes até a Usina Angiquinho. A Angiquinho ainda está lá, embora um pouco esquecida, aguardando ser tombada pelo Estado, esperamos que isto em breve se concretize, para que a história alagoana seja vitalizada. Mas enquanto o tombamento não acontece, Angiquinho é o lugar ideal para apreciar o imponente Velho Chico. Alguns turistas se dão ao prazer de caminhar pelas rochas do rio, como Sérgio Santos, 35, que treina esportes radicais na usina. Ele afirma que o lugar é um paraíso, o caminho certo para viver fortes emoções e descobrir deliciosas cachoeiras. Só que para chegar às fontes cristalinas, vale o equilíbrio e não temer a altura entre as rochas, com direito a ser recompensando ao vislumbrar as belezas ocultas entre o Velho Chico e as rochas, uma reserva especial para os olhos. Outras trilhas na cidade abrem novos horizontes para a história, como o Museu de Delmiro Gouveia, que funciona na antiga estação ferroviária Great Western, construída por ordem do Imperador Dom Pedro II, que abriga documentos, objetos e fotografias de Delmiro Gouveia. Em Delmiro Gouveia, além dos atrativos históricos, merece destaque a organização e limpeza da cidade, que está no caminho certo, para quem deseja investir no turismo. A culinária em Delmiro é supimpa, com o cardápio tradicional oferecendo bode guisado ou assado e carneiro. Imperdível mesmo são os doces, que se encontram nos bares, lanchonetes e restaurantes. Eles têm sabor caseiro, sem conservantes, como a goiaba em calda, banana em rodelas e o doce de leite, uma produção de dar água na boca. A casa onde morou, e foi assassinado, Delmiro Gouveia, não existe mais. No lugar foi erguida uma cruz com a seguinte frase: “Aqui o evangelizador dos sertões e fundador da Pedra, Delmiro Gouveia, tombou mortalmente ferido pela bala homicida de sicários assalariados no dia 10 de outubro de 1917”. A bala atingiu todos os alagoanos, mas a história, a cidade e o Velho Chico ressuscitaram o herói do Sertão. Uma viagem a Delmiro Gouveia serve para desbravar as belezas da região que há mais de 100 anos encantou Delmiro, levando-o a escrever nestas terras áridas que o Sertão é viável, só é preciso plantar novas sementes. Saiba mais Usina Angiquinho e o Velho Chico, em Delmiro Gouveia • O primeiro nome dado à cidade de Delmiro Gouveia foi Pedra e o povoado se constituiu a partir de uma estação da estrada de ferro da então Great Western. • A denominação Pedra veio das grandes rochas que existiam junto da estação. • Em 1903 chegou à região, vindo de Recife (PE), o cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se estabeleceu vendendo couro de bovinos e pele de caprinos. Ficando conhecido com o rei da pele. • O mercado Derby, em Recife, também foi obra pioneira de Delmiro Gouveia, primeiro estabelecimento comercial da capital, que vendia produtos pela metade do preço, funcionava 24 horas por dia. Também contava com hotel, parque de diversão e restaurantes. Foi incendiado em 2 de janeiro de 1900. • A 26 de janeiro 1913 capta a energia hidrelétrica na queda do Angiquinho, da cachoeira de Paulo Afonso, tendo então energia elétrica para mover as máquinas da fábrica de linhas que vem a inaugurar no ano seguinte. • Em 1914 instalou uma fábrica de linha com o nome de Companhia Agro Fabril Mercantil, atraindo para a região muitos moradores e trazendo o desenvolvimento. • Em 1921, Delmiro Gouveia conseguiu dotar o lugar de energia elétrica e água canalizada, vindos da cachoeira de Paulo Afonso. A vila operária recebeu o nome de Pedra, a “Pedra de Delmiro”. • Em oito anos de trabalho, Delmiro Gouveia construiu um empório industrial de 2.500 operários. • Na Vila da Pedra, além da fábrica estava localizada a vila operária, havia cassino, capela, quartel, fábrica de gelo, lavanderias, grandes armazéns e 258 casas. • Em 1930 - Na vila da Pedra, os maquinismos eram lançados no penhasco do Rio São Francisco. • Em 1992, o grupo Carlos Lyra, de Alagoas, adquiriu o controle acionário da Multifabril Nordeste S/A, mudando a denominação da firma para fábrica da Pedra S/A – Fiação e Tecelagem.

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