quinta-feira, 20 de outubro de 2011


SOMBRAS

Sombras surgindo de alvoradas frias

Numa eclosão de dúbias silhuetas

Surgem da luz estrelas e cometas,

Flutuantes, exóticas, vazias.

Sombras bailando em siderais

Ao som furtivo de idéias - trombetas,

Entre perfumes de rosas violetas:

Sombras jogando para o céu magias.

E entre as evoluções daquelas sombras,

Brotam canções surdinas das alfombras

De nebulosas níveas e estalares...

E as sombras virginais rodam graciosas,

Ao ritmo das ardentes nebulosas,

Abrindo os braços como nenúfares...

Francisco Mello

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