Aquarela.
Francisco Mello
Foi uma noite encantadora aquela
Das estrelas, qual mágica reponte.
A luz, como se fosse argêntea fonte
Jorrava linda em fundo de aquarela.
Saída da cortina de um monte
De negras nuvens, na celeste umbela,
A luz bailarina meiga e bela
Saltou para ribalta do horizonte...
E toda envolta em renda argentinada,
Deixando ver do corpo o doce encanto
Dançou “ballet” no céu de canto a canto
E mal rompido o claro da alvorada
Aos aplausos dos astros, reverentes,
Despediu-se e sumiu-se no Poente.
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