NA
ESCARPA DA IBIAPABA
(Eunice Martins)
Na languidez da tarde já
finda
Na amplidão da terra que
se deita
No horizonte sem fim deste
universo
Minh'alma se debruça e se
deleita...
Vejo um tapete escuro que
se estende
Feito de sombras das
nuvens que passeiam
Pelo céu suave desta tarde
E os doces pensamentos
meus vagueiam...
Contemplo a quietude do
sertão ao longe
Cortado pelos trilhos que
se perdem
Na distancia de um mundo
tão agreste
Enquanto raios dourados se
despedem...
Maravilhosa visão desde
crepúsculo
No espelho das águas tão
paradas
No silêncio das matas tão
sombrias
Na beleza das casas
alpendradas...
Do alto desta serra
verdejante
Nos confins deste horizonte
que me encanta
Meus sentimentos se movem
e se confundem
E um sonho adormecido se
levanta...
Muitos anos atrás vivi um
sonho
E em busca deste sonho
caminhei
Tentei chegar até estas
alturas
Mas o meu sonho nunca
alcancei...
Nenhum comentário:
Postar um comentário