quinta-feira, 14 de maio de 2015

NA ESCARPA DA IBIAPABA
(Eunice Martins)
Na languidez da tarde já finda
Na amplidão da terra que se deita
No horizonte sem fim deste universo
Minh'alma se debruça e se deleita...
Vejo um tapete escuro que se estende
Feito de sombras das nuvens que passeiam
Pelo céu suave desta tarde
E os doces pensamentos meus vagueiam...
Contemplo a quietude do sertão ao longe
Cortado pelos trilhos que se perdem
Na distancia de um mundo tão agreste
Enquanto raios dourados se despedem...
Maravilhosa visão desde crepúsculo
No espelho das águas tão paradas
No silêncio das matas tão sombrias
Na beleza das casas alpendradas...
Do alto desta serra verdejante
Nos confins deste horizonte que me encanta
Meus sentimentos se movem e se confundem
E um sonho adormecido se levanta...
Muitos anos atrás vivi um sonho
E em busca deste sonho caminhei
Tentei chegar até estas alturas
Mas o meu sonho nunca alcancei...





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