CINE TEATRO MODERNO
(Prof. Francisco Mello)
Uma Cena da Peça “Toutinegra do Moinho”. Encenando
Gerando Aires, Valderez Soares e Chico Lima. (Foto acervo Prof. Mello).
A construção do Cine Teatro Moderno data do
ano de 1942.
Uma iniciativa do virtuoso sacerdote Padre
Caubí Jardim Pontes, uma personalidade que conquistou com muita facilidade a
amizade do povo ipuense.
A finalidade da Construção do Cine era
promover o Teatro as Artes e o Cinema, e um
local para reuniões da sociedade, encontros das associações católicas, enfim
todos os seguimentos de nossa sociedade tinham acesso ao moderno Cine.
O povo de Ipu
atendendo ao pedido do Padre Caubí fez doações e foi construído o prédio do
Cine Teatro Moderno do Ipu.
O Cine serviu inicialmente para encenação de
peças Teatrais. No seu interior o piso era em declive para que a platéia
tivesse uma visão perfeita das apresentações de palco.
Ali foram levados
a efeitos peças Teatrais das mais variadas como: “A TOUTINEGRA DO MOINHO” “O
FILHO DO MONTANHEZ”, a comédia “UM CASAL E MEIO” “OS DOIS SARGENTOS”, todos
encenados por um grupo Teatral do Ipu criado pelo próprio Padre Caubí.
Festivais foram um sem números ali
realizados. Sessões reuniões cívicas, palestras etc., não existia local melhor,
dada à condição arquitetônica do mesmo.
Existia espaço
para tudo, um palco cuja ribalta tinha o formato de uma casa com uma sala de
visitas em destaque.
Existia um porão e no seu interior, eram
guardados os cenários e outros objetos pertencentes ao teatro.
Existiam dois “Sotões” o 1o
ficava acima do palco onde funcionava os
estúdios da Amplificadora de São Sebastião; o outro ficava na entrada do prédio
planejado para abrigar a futura Rádio do Ipu. Serviam também para projeções de
filmes que marcaram uma época que jamais esqueceremos. Os avisos dos filmes
eram feitos através da Amplificadora e de uma “Tabuleta” que era colocada num
poste de ferro em frente ao Bar Cruzeiro. Os filmes que mais nos recorda são:
“Durango Kid”, “O Gordo e o Magro”, “Os Peles Vermelhas” e outros tantos. Foram
vários os encarregados do Cine: Alberto Aragão, Antonio Carvalho Martins,
Antonio Henrique, João Batista Roque e mais alguns. Os filmes eram em Preto e
Branco e a música que tocava no início de cada sessão cinematográfica era
Dominó.
Entre o palco e a platéia existia um local
reservado para Banda de Música que fazia uma tocata antes e nos intervalos,
entre um ato e outro de uma Peça Teatral.
O Cine Moderno nos
traz grandes recordações dos nossos tempos de menino adolescente, que de nada
esquecemos até hoje.
Foi mais um que foi destruído. Acabou o nosso
sonho, acabou o nosso CINE MODERNO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário