sábado, 30 de maio de 2015

E o Vento Não Levou (Ao cinquentenário de Ipuarana)

José Júlio Martins Torres

Ipuarana querida,
Pedaço da minha vida,
Teus alunos onde estão?
Um vento forte os levou,
Pelo mundo os espalhou,
Muitos não sei como vão.
Querida Ipuarana,
Foste então mãe cigana,
Filhos no mundo espalhaste?
Eu fui muito mais que isto,
Dei-lhes o amor de Cristo
Que espalham por toda parte
No Brasil e exterior
Já mostraram seu valor,
Em tudo se destacaram.
No meu jubileu de ouro
Ganhei um belo tesouro:
Muitos aqui retornaram.
Eu nem sei quantos vieram,
Mas sei que todos trouxeram
Muito amor no coração.
Felizes se abraçaram...
E muitos até choraram,
De tão grande a emoção.
Brincaram como crianças,
Desenterraram lembranças
Dos dias da mocidade.
Mocidade franciscana,
Vivida em Ipuarana,
Que em todos deixou saudade.
Saudade: das brincadeiras,
Dos pés de jambo e palmeiras,
Do majestoso Tambor;
Também dos ensinamentos
Ministrados com talento,
Dedicação e amor.
Vi que aprenderam a lição.
Em toda parte que estão,
Sei que ali também estou.
Vi que a parte franciscana,
Herdada de Ipuarana,
Esta o vento não levou...
José Júlio Martins Tôrres (1990)
(Tôrres: Ipuarana: 1964 a 1967)

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