quinta-feira, 7 de maio de 2015


Alberto Aragão. Satírico e muito gaiato vivia a pregar peças no seu irmão o Comerciante e piega Milton Aragão. Ainda solteiro Alberto que era um grande boêmio, um grande seresteiro nos seus tempos de jovem chegando muitas das vezes tarde da noite, resolveu certa vez chegar mais cedo. Milton muito rezador mesmo no escuro se levantava e beijava uma Santa que se encontrava na parede. Alberto assistindo costumeiramente aquela cena que acontecia diariamente trocou a Santa por um chinelo e Milton ao acabar as suas orações foi direto no local do quadro e beijou demoradamente os sujos dos chinelos do Alberto.
Alberto era possuidor de outros dotes acima citados, era Jornalista Correspondente dos Diários Associados na Década de 1960.
Uma de suas notícias impactuosas foi à descoberta de uma Botija nas margens do Rio Juré, no Município de Pires Ferreira que motivou o Programa do Flavio Cavalcante na TV-TUPY do Rio de Janeiro enviar a nossa Ipu o Repórter Kleber Yoli, que levou o Sr. Antonio Pinto de Oliveira (O Tonho) a dar uma entrevista no Programa boa Noite Brasil Outra notícia não menos impactuante foi de uma cobra gigante que descera na bica se enrolando no pescoço de um banhista, o que veio prejudicar grandemente o pouco turismo do Ipu por algum tempo.  
Alberto ainda noticiou a má qualidade da água da Ipu ainda nos anos setenta tendo como Manchete no Jornal Correio do Ceará o seguinte: “Água de Ipu - Copo de Ameba”. Outro reboliço na cidade, pois, não era tanto assim.
Citamos ainda outra Manchete nos Diários Associados, que não sei por que ele usou o termo CARDUME, quando Ipu numa Boca de Noite teve uma invasão de Borboleta, são aquelas que aparecem no inicio do inverno. A Manchete foi assim estampada “Ipu é invadido por um CARDUME de Borboletas”. Ora, cardume nós sabemos do que se trata.

Milton Aragão. Comerciante de uma BODEGA onde eram vendidas muitas bugigangas. Eram ali vendidos: Fitas em todos os matizes, Bicos Bordados, Fitilhos, Cadarços, Estampas de Santos, Tintas a óleo, Catecismos, Livros de Orações, Velha Carta de Abc. O Livro Nordeste, Terços e Rosários, Óculos de Grau e muitas outras mercadorias. Mas, Milton quando chegava às 17 horas quando fechava a sua Loja ao dar a volta na fechadura com uma enorme chave ficava empurrando com as duas mãos verificando a trancadura das mesmas. Certa vez seu irmão Alberto com o auxilio do Antonio Martinzão, num pequeno descuido do Milton  conseguiram tirar uma trava que ficava numa porta-janela. Qual não foi o susto de Milton quando foi fazer a verificação se tudo estava fechado e ao empurrar a porta à mesma se abriu deixando o Milton numa inferneira e tremenda agonia admitindo de imediato que fosse um larápio que tivesse se escondido dentro do seu estabelecimento comercial, chamou muito gente fez um alarme dos diabos, entram vários homens inclusive eu participando da trupe que imaginariamente deveria pegar o ladrão, nada, foi encontrado, pois fora uma brincadeira de dois dos seus amigos já citados no início deste texto. 

Major Odulfo Carvalho. Figura impoluta de nossa cidade. Comerciante abastado e um destacado cidadão de nossa cidade. Quando aposentado dedicou-se ao jogo de Damas, Gamão e Xadrez na sua ou em outras calçadas ou até mesmo debaixo do tamarindeiro.
Era um tanto nervoso quando perdia uma partida, e quando os seus amigos os mesmos que participavam do jogo lhe fazia alguma galhofa ele não tinha alternativa senão dar o DEDO. Era formidável. Todos queriam ver o seu Odulfo Carvalho nessa situação.



Nenhum comentário:

Postar um comentário