sábado, 2 de maio de 2015

MEMÓRIAS QUE O TEMPO NÃO APAGA
 “PARANDO EM CADA ESTAÇÃO”
JUSTIFICATIVA: MINHA VIDA, UM APITO E UM SUSTO
A razão deste trabalho
Quero agora explicar
Pois o trem em minha vida
Dar sentido eu contar
Foi por causa de um apito
Que eu nasci para ficar
Minha Mãe estava grávida
Já bem perto de dar a luz
E morando em Caucaia
Com o Papai que a conduz
Numa casa da cidade
Cai a tarde e o sol reluz
Minha avó não desejava
Neto dela aqui nascer
Pois Caucaia tinha fama
De matar e de morrer
Matar um no mesmo dia
E deixar dois pra fazer
Mas chegou aquela hora
Minha Mãe chamou atenção
Está na hora de parir
Romeu traga a condução
Pois não dar para esperar
Veja a minha aflição
E Papai foi apressado
Procurar uma condução
Pra levar mamãe ao parto
Pois em Caucaia, nasce não
Cumprindo obediente
Da Vovó a decisão
Mas Papai custou demais
A Encontrar a condução
Minha sempre sofrendo
Com a mão no coração
Eis que chega as seis horas
Bate o sino na estação
Era o trem que já chegava
Pois vinha de Fortaleza
Trazendo os passageiros
E os operários com certeza
Ao chegar perto de casa
Surge a grande surpresa
Maria fumaça tocou
Seu apito estridente
Minha Mãe tomou um susto
Que trincou até o dente
Naquela nascia
Um menino sorridente
E Papai chegou depois
Com a condução na frente
Pra levar Mamãe parir
E ele vinha sorridente
Quando disse à mamãe
Vamos logo minha gente
Mas Mamãe falou pra ele
A cabeça já passou
O resto vai mais depressa
Foi o trem que apitou
Romeu eu tomei um susto
E o menino já passou
Pelo pito de um trem
Eu sou, pois, um ser vivente
Fui nascido em Caucaia
Sou um homem resistente
Muitos anos aqui eu moro
Ficarei mais permanente
É por isso a paixão
Que tenho à ferrovia
Pois o trem está em mim
Desde o dia em que eu nascia
Para todos este trabalho
Que escrevo com alegria

Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário


Nenhum comentário:

Postar um comentário