Palavras do Autor.
Queremos iniciar este trabalho descritivo de nossas Ruas e Praças, de
uma cidade que recebe atualmente nomes aleatórios e até mesmo exóticos
esquecendo aqueles que sempre identificaram esta urbe condignamente. Sem
nenhuma identificação com aqueles ou aquelas que contribuíram na nossa formação
sócio cultural, econômica e muito especialmente os que levaram o nome desta
Nação Tabajara aos mais longínquos rincões deste País.
Precisamos resgatar as memórias de ipuenses que inegavelmente nortearam suas vidas dedicando com muita estima e
deferência a nossa história.
As ruas constituem um relicário de nossas alegrias e
tristezas. O sacrário de nossas recordações. O ponto de referência de nossa
cidadania. O primeiro beijo, a bodega da esquina, o bêbado, o intelectual, o
filosofo de pé de balcão, o catecismo que passam no caleidoscópio da nossa imaginação.
A rua é o museu dos nossos sentimentos. Testemunha silenciosa dos nossos sonhos
e frustrações. Os seus moradores embalam o saudosismo em tudo que se passou.
Não esquecendo que as ruas inspiram, funcionam como
musa junto à
árvore plantada e que serviu de abrigo para o primeiro encontro, para o
primeiro abraço, para o primeiro afago, para o encontro de seresteiros que
varavam as madrugadas em serenatas, tendo somente a lua como companheira.
Estamos cumprindo a vontade do meu Pai João Anastácio Martins que em vida
manifestou este grande desejo de ver o nome de nossas Praças e Ruas editadas em
livros ou em revistas, considerando de grande importância para os filhos da
Terra, tendo o nome de seus parentes e amigos ostentando o nome de nossas
artérias.
Uma homenagem a Joaquim
de Oliveira Lima que foi o precursor dessas denominações quando ocupou o
cargo de interventor em nossa cidade a partir de 1932.
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