quinta-feira, 18 de abril de 2013



Ipu suas Origens!
Era o Ipu com suas casas baixas com calçadas altas, que ao lusco-fusco as famílias existentes no pequeno núcleo, colocavam cadeiras nas calçadas para um “bate-papo” amigo com os vizinhos.
Era o Ipu dos coronéis:
·         Cel. José Liberato de Carvalho
·         Cel. Félix José de Sousa
·         Cel. Pedro Aragão
·         Cel. Liberalino Dias Martins
À sombra do velho tamarineiro muitos deles se reuniam para o tradicional jogo de “cartas de baralho”.
Era o Ipu que ainda conservava a beleza do luar, refletindo suavemente sua claridade argêntea na encantadora Bica que se desprende da Ibiapaba.
Era o Ipu das noites bonitas, das velhas valsas, das serenatas de amor, corações que cantavam ao dedilhar violões, na quietude das noites.
Era o Ipu do piar saudoso do passaredo, ao pôr do sol.·.
Era o Ipu do Quadro da Igrejinha, da rua da goela , casas de taipas e casarões dos coronéis espalhados pelas imediações daquele núcleo.
Era o Ipu das famílias de destaque:
Família Coelho, na pessoa de General Coelho, que aqui se localizou vindo de Portugal.
Família Sousa, na pessoa do Cel. Felix José de Sousa.
Família Aragão, oriunda da província de Aragon, na Espanha.
Família Martins, tronco da família – Cel. Manuel Martins Chaves, de Penedo (Alagoas) colono português de largas posses.
Família Oliveira Lima  - origem Tenente Coronel José Soares de Sousa Fogo – Tenente Coronel – título adquirido na Guerra do Paraguai. Veio Evangelina imediações de Ipu.
Famílias – troncos de uma grande geração.
Era o Ipu, dos lampiões de gás localizados nas entradas da vila-cidade e quatro lampiões na Igrejinha.
Quantos acendedores de lampião tiveste...
Era o Ipu que começava a ler sua primeira cartilha na escola do Professor Binga, do Mestre Antônio, do Professor Jorge Pinheiro, da Professora Raimunda Joana, etc.
Era o Ipu que ao badalar do sino da Igrejinha, despertava na esperança e acordava na fé.
Era o Ipu do glorioso São Sebastião – a figura imponente a bravura jovem, o grande soldado de Cristo, que se tornou Padroeiro desta terra.
Era o Ipu – do Pe. Francisco Corrêa de Carvalho e Silva – primeiro vigário desta gleba, que deixou o amor de Deus gravado no Tempo e estampado em cada página do evangelho da vida do povo simples.
Era o Ipu do Capitão Liberalino Dias Martins, negociante abastado, braço forte do Pe. Corrêa, que não media sacrifícios, dando tudo de si para dar grande esplendor e realce às solenidades em louvor a São Sebastião, sobressaindo a “entrega das noites” durante o novenário, que se vestiam de muita pompa.
Era o Ipu da primeira banda de música, organizada por R. da Silva Loureiro que animava as festas daquele pedacinho de chão, circundando de canaviais verde-pálidos.
A natureza, porem, foi lhe prodiga, emprestando-lhe certa graça, um quê de encanto, com a fertilidade de seus terrenos.
E o Ipu foi crescendo e abriu o grande livro de sua história nas páginas do tempo e escreveu um poema sobre o passado longínquo...

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