LIRISMO DE VOCÊ.
Debulhar teu nome
Dentro
da noite vegetal
E,
no silencio,
Apalpar,
os filamentos,
De
tua sombra.
O
teu corpo é um ventre,
Que
se alteia,
Como se abre uma orquídea
Como
uma ostra se fecha.
Na
penugem vegetal da noite,
Os
teus cabelos,
Escorem-me
dos dedos,
E me
apontam o longo mar.
(Não
esse, mas aquele),
que
me revelaste quando teu corpo,
(era
um estuário de espumas).
mas,
onde, agora
a
fibra da flor fragmentada,
no
limo de tua lágrima?
Mas,
agora, onde a polpa,
De
teus lábios em inexaurível sede,
Despedia
de bússola,
Em
que se arraigam
As
raízes, as perdidas palavras,
O
verbo asfixiado,
A
nudez pressentida
Debulhado
o teu nome,
O
vegetal da noite,
É
tudo o que o mar não anuncia:
As
ondas do corpo,
A
luz que se apaga,
Os
fantasmas enrodilhados,
Em teu ventre de sal.
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