sábado, 20 de abril de 2013


MUNGUBEIRA.

Á memória do Prof. Moacir Timbó.


Francisco das Chagas Soares.

Erguia-se a Mungubeira sonolenta
Frente ao Colégio e junto à velha Igreja
Abrigando na sombra benfazeja
A estudantada alegre e rumorenta

Aos golpes do machado, na tormenta,
O caule em dor se estorce, geme e arqueja.
Afinal, indo ao chão, range e estrondeja.
Toda a vasta ramagem opulenta.·.

Exposta ao Sol e ao fogo, ressequida,
A Mungubeira adusta é destruída
Na ardência da implacável combustão.

Predestinada ao bem deu sempre amor,
A Mungubeira difundiu calma e frescor.
E teve, em recompensa, a ingratidão!

Fortaleza, junho de 1994.

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