sexta-feira, 11 de julho de 2014

OS GRANDES ENSINAMENTOS DO MESTRE

Jesus não veio ao Mundo pelos justos, mas sim pelos pecadores. Ele disse isso tantas vezes. Falava em parábolas para que, todos entendessem.
A história do filho pródigo; aquele que depois de uma vida mundana e cheia de pecados, volta. E o pai faz uma grande festa para recebê-lo, e disse: o Céu tem muito mais alegria por um pecador que se redime de que por todos os justos que já existem. Falou do pastor que tendo cem ovelhas, largou as noventa e nove para ir atrás de uma que havia se desgarrado e fez a maior festa ao encontra-la.
Nós cometemos um erro muito grande quando ao vir um irmão errar; julgamo-lo e condenamo-lo.
Quando Jesus delegou poderes a Pedro para perdoar aos irmãos que errasse, disse: o que ligares na terra eu ligarei no Céu e o que desligares  na terra eu os desligarei no Céu.
Pedro então perguntou: quanta vez deve perdoar ao irmão que errar? Até sete vezes? Eu não diria sete, mas setenta vezes sete, disse Jesus. Em nossas palavras, para Jesus o perdão é infinito.
Nós, os seres humanos apesar de termos consciência de que não somos perfeitos, vivemos correndo atrás da pessoa perfeita, como se ela existisse.
Nosso companheiro ou companheira tem que ser perfeito; quando nós mesmos sabemos que não somos. Mas achamos que isso é normal.
Nossos filhos para nós tem que serem perfeitos; quando todos os dias veem dezenas de coisas erradas nos filhos dos outros e esquecemos que nossos filhos para os demais são os filhos dos outros.
Os nossos pais tem que serem perfeitos. Nós podemos errar. Eles não. Aliás, entre os pais existe uma coisa inusitada. Se a mãe comete um deslize ou uns. É perdoado pelos filhos. O pai não; esse não pode errar, ele é o exemplo. Julgamos e quase sempre baseados na Bíblia, isso sem conhecermos esse livro santo ou sem entender seus ensinamentos.
Isso me fez lembrar um fato acontecido comigo. Fui a um congresso sobre direitos humanos que se realizou na cidade de Várzea Alta no Espírito Santo. Fui como delegado da Diocese de Nova Iguaçu. Eu comandava umas dezesseis pessoas. Lá nos encontramos com gente de todo o Brasil. O meu grupo compunha-se de um Juiz, um Promotor, dois professores universitários, e alguns advogados e assistentes sociais e alguns leigos como eu. Saí-me muito bem. Aprendi muito e fui destaque em alguns assuntos sendo elogiado pelo o Juiz e o promotor.
Esse congresso era ministrado por dois líderes religiosos: um padre haitiano homem culto e meu amigo, falava dezoito idiomas e membro da ONU e hoje vive na Alemanha. O outro era um pastor de Foz do Iguaçu e radicado em Brasília e também membro da ONU.
No dia do encerramento foi feito uma grande festa numa churrascaria da cidade. Música, comida e bebida a vontade. Afinal era a ONU que estava bancando. Eu fui dançar com uma assistente social do meu grupo e da cidade de Mesquita. Terminando uma música a convidei me acompanhar numa cerveja. Estamos sentados numa mesa numa pequena sala e quando me apareceu vindo do salão principal uma companheira que pelo que percebi sua religião não permitia festas.
Foi logo me dizendo: Amadeu, se Jesus chegasse aqui agora ficaria extasiado com o que eu vi.
- O que foi que você viu de tão estarrecedor que assustaria a Jesus? Perguntei.
- Ví o padre e o pastor dançando.
- Dançando um com o outro?
- Não, com as garotas.
- Nesse caso Jesus ficaria muito feliz. Festa é alegria e Jesus é alegria. Você que em sua religião condena quem bebe, quem dança, condena festas, você conhece a Bíblia? Aonde foi que Jesus fez seu primeiro milagre? Eu disse: foi numa festa, foi nas bodas de cana; Jesus transformou água em vinho para que os que ainda não haviam bebidos bebessem. Se ele não quisesse que ninguém bebesse, teria transformado vinho em água, Ele fez justamente o contrário. Falei aquilo por que percebi que não era a dança do padre ou do pastor que ela estava censurando, mas sim a minha cerveja.

                                                                    Amadeu Lucinda – 15/05/2013

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