OS GRANDES ENSINAMENTOS DO MESTRE
Jesus não veio ao Mundo pelos justos, mas sim pelos
pecadores. Ele disse isso tantas vezes. Falava em parábolas para que, todos
entendessem.
A história do filho pródigo; aquele que depois de uma vida
mundana e cheia de pecados, volta. E o pai faz uma grande festa para recebê-lo,
e disse: o Céu tem muito mais alegria por um pecador que se redime de que por
todos os justos que já existem. Falou do pastor que tendo cem ovelhas, largou
as noventa e nove para ir atrás de uma que havia se desgarrado e fez a maior
festa ao encontra-la.
Nós cometemos um erro muito grande quando ao vir um irmão
errar; julgamo-lo e condenamo-lo.
Quando Jesus delegou poderes a Pedro para perdoar aos irmãos
que errasse, disse: o que ligares na terra eu ligarei no Céu e o que desligares
na terra eu os desligarei no Céu.
Pedro então perguntou: quanta vez deve perdoar ao irmão que
errar? Até sete vezes? Eu não diria sete, mas setenta vezes sete, disse Jesus.
Em nossas palavras, para Jesus o perdão é infinito.
Nós, os seres humanos apesar de termos consciência de que não
somos perfeitos, vivemos correndo atrás da pessoa perfeita, como se ela
existisse.
Nosso companheiro ou companheira tem que ser perfeito; quando
nós mesmos sabemos que não somos. Mas achamos que isso é normal.
Nossos filhos para nós tem que serem perfeitos; quando todos
os dias veem dezenas de coisas erradas nos filhos dos outros e esquecemos que
nossos filhos para os demais são os filhos dos outros.
Os nossos pais tem que serem perfeitos. Nós podemos errar. Eles
não. Aliás, entre os pais existe uma coisa inusitada. Se a mãe comete um
deslize ou uns. É perdoado pelos filhos. O pai não; esse não pode errar, ele é
o exemplo. Julgamos e quase sempre baseados na Bíblia, isso sem conhecermos esse
livro santo ou sem entender seus ensinamentos.
Isso me fez lembrar um fato acontecido comigo. Fui a um
congresso sobre direitos humanos que se realizou na cidade de Várzea Alta no
Espírito Santo. Fui como delegado da Diocese de Nova Iguaçu. Eu comandava umas
dezesseis pessoas. Lá nos encontramos com gente de todo o Brasil. O meu grupo
compunha-se de um Juiz, um Promotor, dois professores universitários, e alguns
advogados e assistentes sociais e alguns leigos como eu. Saí-me muito bem.
Aprendi muito e fui destaque em alguns assuntos sendo elogiado pelo o Juiz e o
promotor.
Esse congresso era ministrado por dois líderes religiosos: um
padre haitiano homem culto e meu amigo, falava dezoito idiomas e membro da ONU e
hoje vive na Alemanha. O outro era um pastor de Foz do Iguaçu e radicado em
Brasília e também membro da ONU.
No dia do encerramento foi feito uma grande festa numa
churrascaria da cidade. Música, comida e bebida a vontade. Afinal era a ONU que
estava bancando. Eu fui dançar com uma assistente social do meu grupo e da
cidade de Mesquita. Terminando uma música a convidei me acompanhar numa cerveja.
Estamos sentados numa mesa numa pequena sala e quando me apareceu vindo do
salão principal uma companheira que pelo que percebi sua religião não permitia
festas.
Foi logo me dizendo: Amadeu, se Jesus chegasse aqui agora
ficaria extasiado com o que eu vi.
- O que foi que você viu de tão estarrecedor que assustaria a
Jesus? Perguntei.
- Ví o padre e o pastor dançando.
- Dançando um com o outro?
- Não, com as garotas.
- Nesse caso Jesus ficaria muito feliz. Festa é alegria e
Jesus é alegria. Você que em sua religião condena quem bebe, quem dança,
condena festas, você conhece a Bíblia? Aonde foi que Jesus fez seu primeiro
milagre? Eu disse: foi numa festa, foi nas bodas de cana;
Jesus transformou água em vinho para que os que ainda não haviam bebidos
bebessem. Se ele não quisesse que ninguém bebesse, teria transformado vinho em
água, Ele fez justamente o contrário. Falei aquilo por que percebi que não era
a dança do padre ou do pastor que ela estava censurando, mas sim a minha
cerveja.
Amadeu Lucinda – 15/05/2013
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