quinta-feira, 10 de julho de 2014

Filhos e filhas,

A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia.Retira-te satanás!Nunca me aconselhes coisas vãs.É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
Começo esta mensagem com a oração de São Bento, que celebraremos na próxima sexta-feira (11). Ele é o fundador da ordem dos beneditinos que tem como lema Ora et Labora, ou seja, Reza e Trabalha. São Gregório, no livro dos Diálogos, descreve São Bento como um homem que recebeu o dom da sabedoria desde sua mais tenra idade e insiste sobre um carisma que era peculiar a Bento: o discernimento dos espíritos.
Durante sua vida, utilizando-se de seu dom do discernimento, São Bento encontrou três brechas por onde o Inimigo pode entrar em nosso coração, lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É nestas brechas que precisamos de mais vigilância. Explico aqui rapidamente, mas no DVD II Retiro Nacional Evangelizar é Preciso, este tema pode ser aprofundado.
Primeira brecha: A COBIÇA
É a idolatria das coisas. Por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o apego às coisas da terra. São Bento coloca como símbolo desta brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Nesta brecha a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso conquistar uma atitude de oblação, de generosidade e desapego.
Segunda brecha: A VAIDADE
É a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de fraternidade com o próximo e pensa apenas em si mesmo. É fazer tudo só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos outros, elogiado, ter status, ser admirado. Aqui São Bento usa o símbolo do Pavão. É preciso reorientar esta necessidade natural e boa de ser reconhecido e amado. É dizer com sua vida e todo o seu coração: “Senhor, vosso é o Reino, o Poder e a Glória. Se na primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória, nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo. Para isso é fundamental a mansidão e a simplicidade.
Terceira brecha: O ORGULHO
É querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria de “si mesmo”. Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia. O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o homem se separa de Deus e procura sua independência. É necessário perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus nos dá a graça da humilhação (cf. Eclo 2) como uma espécie de exercício para crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho.
Que São Bento nos ajude em nossa luta diária contra o mal.
Aproveito essa mensagem para reforçar que, em virtude da Final da Copa do Mundo no próximo domingo (13), depois de uma conversa com o Padre Eduardo Dougherty, fundador da Associação do Senhor Jesus, foi cancelado o evento Louvemos o Senhor. E aproveitando o assunto Copa gostaria de convidá-los a rezar pela paz e mansidão nos estádios e nas ruas. Que a frustração pela derrota da seleção brasileira não acabe em atos de vandalismo e violência.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

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