quarta-feira, 16 de julho de 2014

NA PRAÇA DO RELÓGIO EM SÃO BENEDITO
Hoje minha amiga Antonia Medeiros de São Benedito, postou uma foto de um carro estacionado na entrada de uma rampa destinada aos cadeirantes, naquela cidade. E quando foi acionada para tirar o carro Dalí, aquela senhora dona do carro virou uma fera.
Isso me fez lembrar um caso acontecido comigo também na mesma cidade: nos fins dos anos sessenta, estava de passeio nos Morrinhos na casa de meu sogro. E fui na companhia de um sobrinho do meu sogro e que era inspetor de trânsito em Fortaleza,e também estava de férias, era: (O MOURÃO) fomos á feira de São Benedito. Talvez nessa mesma praça, onde hoje existe essa rampa, ali tinha um pé de benjamim fixo ladeado por quatro tábuas que além de proteger a árvore, também serviam de bancos. Eu e o Mourão aproveitamos aquela sombra e aquele banco e sentamos para um gostoso papo, uma vez que ambos fomos criados naquelas paragens, conhecíamos aquela feira desde criança, e hoje um morava no Rio de Janeiro e o outro em 


Fortaleza
Naquela árvore estava pregada uma tabuleta escrita na mesma a seguinte frase: “Proibido amarrar animais” . Enquanto nós conversávamos chegou um caboclo dos lados do Pacujá, montado numa linda mula, ele depois de desmontar amarrou a mesma naquela árvore.
O caboclo ainda estava ali quando apareceu três homens elegantemente vestidos, e um deles se identificou que era o prefeito. E foi logo pagando uma geral no pobre caboclo que com toda humildade só ouvia.
- Como poderemos ter uma cidade bonita? Com uma gente dessas? Que quase amarrou seu burro na placa? E se dirigiu a mim e ao Mourão, acreditando que iríamos indossar aquele ato de agressão banal. Eu me dirigi á ele e perguntei:
- Senhor prefeito, o senhor perguntou ao cidadão se ele sabe ler? Primeiro, dê-lhe escolas e o ensine a ler para depois cobrar.
Nessa hora o caboclo respirou, sentiu-se amparado e disse: moço eu não sei ler.

Amadeu Lucinda. Um contador de causos.

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