O
D I A D A R A Ç A
Um dia nos foi dado
tema livre e cada um escreveria do que quisesse. Eu escrevi sobre preconceito.
Foram vários assuntos. A nossa colega: Yvonne escreveu sobre o dia da raça.
Achei um tema muito interessante e inteiramente desconhecido por mim.
Segundo ela, era uma
festa cívica e que era realizada no dia 4 de setembro, era uma comemoração
feita em todas ás escolas e, o ápice da festa acontecia no estádio do Vasco da
Gama, na Rua São Januário. – Era o “MARACANÔ da época. Isso acontecia no
primeiro meado do século XX. Ainda segundo ela, era uma festa pomposa, com
direito a hino nacional, desfiles, apresentações e até o presidente da
República se fazia presente, uma vez que éramos a Capital da República, o Distrito
Federal.
Tudo isso acontecia no
começo do século e como eu somente cheguei aqui na segunda metade, tudo aquilo
para mim era desconhecido.
Porém, aquela história
de hino nacional, me fez lembrar o civismo reinante no primeiro meado do século
XX, mesmo nas escolas particulares, e até mesmo naquelas escolinhas da roça,
era ensinado aos alunos todos os hinos. Havia frases inseridas naquelas árias,
que por si, falavam tudo: Hino da Independência, “ou ficar a Pátria livre ou
morrer pelo Brasil.” Hino Nacional, “e o sol da liberdade em raios fúlgidos,
brilhou no céu da Pátria nesse instante.” A canção do soldado, “nós somos da
Pátria a guarda...”
É, mas tudo aquilo era
civismo! Porém, O Dia da Raça? Não era um ato cívico? Clara que sim. No
entanto, que raça estava sendo homenageada naquela data?
Até século XV, cada raça tinha como
referências um continente. O continente europeu era composto quase em sua
totalidade pela a raça branca. O continente africano, a predominância era da
raça negra. A Ásia, -Oriente – a raça amarela. As Américas eram muito distantes,
considerando-se os transportes da época. Porém, as Américas também tinham suas
raças. O Brasil que também faz parte do continente americano tinha sua raça,
eram as indígenas.
O verdadeiro
brasileiro é o índio. – Caboclo - Como veio para cá os colonizadores europeus –
Brancos - e esses trouxeram como escravos nossos irmãos africanos. - Negros – Também
vieram para cá os orientais. – Amarelos –
O Brasil, esse país
abençoado por Deus, teve o grande privilégio de fazer a junção de todas essas
etnias, provando assim que os opostos se atraem.
Colocou nesse
caldeirão chamado Brasil: brancos, negros, amarelos e índios; e o resultado
dessa miscigenação não poderia ser melhor, em decorrência disso resultou no
povo brasileiro; admirado em todo o mundo pela sua beleza. Não é que sejamos
melhores ou pior que alguém, é que somos diferentes. E, assim sendo, no Brasil
só existe uma raça: a raça humana.
Acredito que era á
essa raça que homenageavam em quatro de setembro. Obrigado Yvonne, pela lição
de história e pela riqueza de detalhes como você descreveu essa festa que eu
desconhecia.
Do livro: “Fragmentos
de Uma Oficina Acadêmica”
De Amadeu Lucinda.
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