quinta-feira, 3 de julho de 2014

O   D I A   D A   R A Ç A

Um dia nos foi dado tema livre e cada um escreveria do que quisesse. Eu escrevi sobre preconceito. Foram vários assuntos. A nossa colega: Yvonne escreveu sobre o dia da raça. Achei um tema muito interessante e inteiramente desconhecido por mim.
Segundo ela, era uma festa cívica e que era realizada no dia 4 de setembro, era uma comemoração feita em todas ás escolas e, o ápice da festa acontecia no estádio do Vasco da Gama, na Rua São Januário. – Era o “MARACANÔ da época. Isso acontecia no primeiro meado do século XX. Ainda segundo ela, era uma festa pomposa, com direito a hino nacional, desfiles, apresentações e até o presidente da República se fazia presente, uma vez que éramos a Capital da República, o Distrito Federal.
Tudo isso acontecia no começo do século e como eu somente cheguei aqui na segunda metade, tudo aquilo para mim era desconhecido.
Porém, aquela história de hino nacional, me fez lembrar o civismo reinante no primeiro meado do século XX, mesmo nas escolas particulares, e até mesmo naquelas escolinhas da roça, era ensinado aos alunos todos os hinos. Havia frases inseridas naquelas árias, que por si, falavam tudo: Hino da Independência, “ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil.” Hino Nacional, “e o sol da liberdade em raios fúlgidos, brilhou no céu da Pátria nesse instante.” A canção do soldado, “nós somos da Pátria a guarda...”
É, mas tudo aquilo era civismo! Porém, O Dia da Raça? Não era um ato cívico? Clara que sim. No entanto, que raça estava sendo homenageada naquela data?
 Até século XV, cada raça tinha como referências um continente. O continente europeu era composto quase em sua totalidade pela a raça branca. O continente africano, a predominância era da raça negra. A Ásia, -Oriente – a raça amarela. As Américas eram muito distantes, considerando-se os transportes da época. Porém, as Américas também tinham suas raças. O Brasil que também faz parte do continente americano tinha sua raça, eram as indígenas.
O verdadeiro brasileiro é o índio. – Caboclo - Como veio para cá os colonizadores europeus – Brancos - e esses trouxeram como escravos nossos irmãos africanos. - Negros – Também vieram para cá os orientais. – Amarelos –
O Brasil, esse país abençoado por Deus, teve o grande privilégio de fazer a junção de todas essas etnias, provando assim que os opostos se atraem.
Colocou nesse caldeirão chamado Brasil: brancos, negros, amarelos e índios; e o resultado dessa miscigenação não poderia ser melhor, em decorrência disso resultou no povo brasileiro; admirado em todo o mundo pela sua beleza. Não é que sejamos melhores ou pior que alguém, é que somos diferentes. E, assim sendo, no Brasil só existe uma raça: a raça humana.
Acredito que era á essa raça que homenageavam em quatro de setembro. Obrigado Yvonne, pela lição de história e pela riqueza de detalhes como você descreveu essa festa que eu desconhecia.

Do livro: “Fragmentos de Uma Oficina Acadêmica”

De Amadeu Lucinda.

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