Joaquim de Oliveira Lima
Biografado por
Francisco de Assis Martins.
(Prof.
Melo)
Nasceu
em Ipu aos nove (09) de agosto de 1894, filho de Joaquim de Oliveira Lima e
Joana Gonçalves Lima. Aos 11 anos de idade seguiu para Santa Quitéria, em
companhia do seu Irmão Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, então vigário daquela
cidade. Estudou algum tempo em S. Quitéria e em março de 1907, trasferiu-se
para Fortaleza, onde continuou seus estudos na Fênix Caixeiral, onde mais tarde,
ou seja, no dia 02 de abril de 1913 recebeu o título de sócio efetivo da Fênix
e no ano de 1914 foi diplomado pela Fênix Caixeiral no Curso de Contabilidade.
Terminado
os seus estudos, voltou para sua terra natal IPU, aonde chegou no dia 30 de
abril de 1917, passando logo em seguida a pertencer à sociedade “Lima &
Cia”, do seu tio Gonçalo de Oliveira Lima, conhecido também como Gonçalo
Manoel.
Como
dirigente da firma tinha todo conceito do alto comércio de Sobral e de
Fortaleza, como do comércio local, com uma grande fluência de fregueses na sua
loja que era de Tecidos.
No
dia 03 de junho do ano de 1917, conheceu Gessy Coelho com quem trocou juras de
amor, filha de José Euclides Coelho e Osória Sales Coelho tinha encontrado o
seu príncipe encantado; passaram a namorar, noivando no dia 27 de abril de
1919, casando-se no dia 06 de setembro no mesmo ano de 1919.
Residiu
por vários anos na Praça São Sebastião.
Resalte-se
que para cada uma dessas datas ele compunha uma Valsa, pois era um músico por
excelência.
Em
seguida abriu outra firma, também de tecidos, tendo a frente da mesma o seu
cunhado João por nome Bataclan Araújo Chaves. Deixando o ramo de tecidos abriu outra
firma, desta feita um Armazém de Ferragens e outros produtos com o nome de Lima
& Cia.
Foi
nomeado Interventor Federal de Ipu, no dia 30 de outubro de 1930 pelo Capitão
Roberto Carneiro de Mendonça. Neste período veio a seca de 1932. Joaquim Lima
passou a dirigir o Campo de Concentração de Ipu na localidade de Espraiado,
distante 02 km da cidade sendo ali o acampamento dos flagelados vindos de
várias partes do Estado do Ceará. Foi uma passagem difícil para aquela época,
mas mesmo assim Lima conseguiu dirigir o referido Campo de Flagelados com êxito
e dignidade. Dirigiu dentro desse mesmo período a Prefeitura Municipal de
Ipueiras.
Foram
muitas as obras realizadas na sua administração citamos aqui apenas algumas.
Construiu
a Cadeia Pública onde hoje é Casa de Cultura Professora Valderez Soares e fez
uma remodelação no antigo prédio onde hoje é a Prefeitura Municipal de Ipu.
Construiu
o Matadouro Público e a Aguada Pajeú. Criou várias Escolas Municipais na sede e
nos Distritos. Cuidou do Riacho Ipuçaba dando um tratamento todo especial a
nossa principal fonte de água. Deu preferência especial a manutenção das ladeiras
e estradas do interior do Município. Calçamentou várias ruas e praças de nossa cidade.
Deu destaque para limpeza Pública e especialmente ao Mercado.
Historiador
por excelência fez o primeiro traçado do Município de Ipu com todas as ruas,
praças e Distritos.
Como
Prefeito Interventorial fez a denominação de várias Ruas de nossa Ipu.
Passou o
cargo de interventor ao Dr. Luiz Gonzaga da Silveira, no dia 24 de abril de
1935. Fez Bodas de Ouro como confrade da Conferencia de São Gonçalo. Ocupou
também o cargo de Tesoureiro da Sociedade de Proteção a Maternidade e a
Infância de Ipu. Membro fundador do Gabinete de Leitura Ipuense, e do Grêmio
Recreativo Ipuense. Dirigiu ainda o coro Santa Cecília. Como músico tocava
Flauta Transversal e Harmônio. Foi compositor de várias Valsas, Polcas e
Marchas, inclusive uma Marcha Grave (Fúnebre) intitulada Desilusão que foi
executada no seu enterro. Faltaram-lhe com a devida gratidão imortalizando o
seu nome em uma de suas Ruas, Praças e Avenidas, mesmo porque Joaquim Lima foi
o primeiro Prefeito que mais designou Ruas, Praças e Avenidas em nossa Cidade.
Faleceu vítima de ataque cardíaco no dia 16 de agosto de 1967.
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