quarta-feira, 13 de março de 2013


AO TOQUE

De repente afastou-se de mim,
Como um felino,
E penetrou-me fundo com um olhar,
Morno e certeiro, enquanto suas mãos,
Delicadas desabotoavam,
Os botões de minha camisa.
O ultimo deles foi arrancado,
Num gesto brusco,
E duro no ato,
Que me incendiaram arrepios.
Apressei-me em colar,
A sua nudez,
À minha,
Sem tirar os olhos da magia,
Daquela hipnose!
Os mamilos descobriram na minha pele,
Outra onda de arrepios,
Aconteceu,
Como se a pele,
Fosse saltar do meu corpo,
De fogo.
Tinha febre e sentia,
Muita fome.
Nossos beijos mais pareciam,
Disputas de lábios molhados,
E invasão de línguas ávidas.
No ritual único,
Dos amantes.
Fechamos uma sincronia perfeita,
Perante a escultura do mundo,
Personificada no eu da vida,
Ou dos outros.
Quando encantadora,
Caminhou nua,
Fazendo o galopar,
Das imensas doçuras,
Que não pude fugir.
Entre os beijos,
Que loucos, foram acontecendo,
Até dizer,
E...
Falar para o eterno,
Que a doce paixão,
Acabou...  

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