Pe.Cauby Jardim Pontes,
coadjutor nos anos de 1940 do Monsenhor Gonçalo de Oliveira Lima. Natural da
cidade de São Benedito, Pe Cauby era um sacerdote de punho firme e enérgico,
conhecido por sua postura conservadora no combate ao comunismo ateu.
Restaurador do Círculo Operário Católico de Ipu e um ativo incentivador da
Cruzada Eucarística. Em um de meus registros de pesquisa do livro de tombo da
Igreja de Ipu Monsenhor Gonçalo de Oliveira Lima nos diz:
"Pe. Cauby Pontes, que trabalhou comigo de 1942 a 1947, o qual, além de muitos outros benefícios, restaurou o Círculo de Operários, incentivou o catecismo e (ilegível) a cidade de uma amplificadora que, adquirido por subscrição popular, é propriedade paroquial."(1)
Como bem afirma nos escritos deixados por Monsenhor Gonçalo Lima no livro de Tombo da Igreja, Padre Cauby surge com a missão de “restaurar o Círculo Operário Católico”, vinculado ao corporativismo fascista e integralista do operariado cristão, além de contar com as diversas associações pias como a Congregação dos Moços Marianos e a Liga Feminina da Ação Católica.Entidades representativas e vigilantes no meio católico cearense.
Em entrevista realizada com a senhora Maria da Conceição Viana encontramos algo referente a memória de Padre Cauby. Em suas palavras é possível perceber algumas características relacionada a um homem de educação rígida e militar, praticante de educação física e que gostava de “raspar o rabo do seu cavalo” para sair desfilando pelas ruas da cidade.
...Ele era um rapaz muito alto, muito forte, musculoso, sabe?.. bonito, novo, sabe...Ele chegou aqui no Ipu para ajudar o Monsenhor Gonçalo Lima que estava velhinho, cansado...Ele tinha um cavalão alto, bonito e ele raspava (risos) o rabo do cavalo e deixava uma vassourinha na ponta [...] Ele fazia missa cinco horas da manhã e a Igreja ficava completamente cheia de gente e cantava todas as músicas. Tinha uma voz linda, forte sabe? Ele era um espírito avançado. Era, era (pausa) como se diz, tinha liderança....(2)
A figura do Assistente Eclesiástico constituía um dos importantes fatores de mobilização e propaganda ideológica do circulismo. De fato , agia como um dos mecanismos de controle social da Igreja, tendo um papel decisivo e doutrinário na vida cotidiana do “operariado” cristão. É o que diz Damião Duque de Farias em seu trabalho, “Em defesa da ordem” ao destacar o papel do Assistente Eclesiástico como figura de ação ofensiva no meio católico circulista.
[...] Na verdade, o Assistente Eclesiástico é o primeiro dirigente de qualquer das esferas do movimento circulista. Em última instância era ele quem definia a ação católica entre o operariado, o Estado e o patronato. Por isso mesmo era que seus nomes se sobressaíam entre os demais em todos os documentos e articulações realizadas...(3)
(1) Livro de Tombo da Igreja de Ipu. Ano de 1947.
(2)Entrevista concedida pela senhora Maria da Conceição Viana em 09/12/07. Ipu-Ce.
(3)Sobre a presença do Assistente Eclesiástico no circulismo ver FARIAS, Damião Duque de. Em defesa da Ordem. Aspecto da Práxis Conservadora católica no meio Operário em São Paulo (1930-1945)p.193
"Pe. Cauby Pontes, que trabalhou comigo de 1942 a 1947, o qual, além de muitos outros benefícios, restaurou o Círculo de Operários, incentivou o catecismo e (ilegível) a cidade de uma amplificadora que, adquirido por subscrição popular, é propriedade paroquial."(1)
Como bem afirma nos escritos deixados por Monsenhor Gonçalo Lima no livro de Tombo da Igreja, Padre Cauby surge com a missão de “restaurar o Círculo Operário Católico”, vinculado ao corporativismo fascista e integralista do operariado cristão, além de contar com as diversas associações pias como a Congregação dos Moços Marianos e a Liga Feminina da Ação Católica.Entidades representativas e vigilantes no meio católico cearense.
Em entrevista realizada com a senhora Maria da Conceição Viana encontramos algo referente a memória de Padre Cauby. Em suas palavras é possível perceber algumas características relacionada a um homem de educação rígida e militar, praticante de educação física e que gostava de “raspar o rabo do seu cavalo” para sair desfilando pelas ruas da cidade.
...Ele era um rapaz muito alto, muito forte, musculoso, sabe?.. bonito, novo, sabe...Ele chegou aqui no Ipu para ajudar o Monsenhor Gonçalo Lima que estava velhinho, cansado...Ele tinha um cavalão alto, bonito e ele raspava (risos) o rabo do cavalo e deixava uma vassourinha na ponta [...] Ele fazia missa cinco horas da manhã e a Igreja ficava completamente cheia de gente e cantava todas as músicas. Tinha uma voz linda, forte sabe? Ele era um espírito avançado. Era, era (pausa) como se diz, tinha liderança....(2)
A figura do Assistente Eclesiástico constituía um dos importantes fatores de mobilização e propaganda ideológica do circulismo. De fato , agia como um dos mecanismos de controle social da Igreja, tendo um papel decisivo e doutrinário na vida cotidiana do “operariado” cristão. É o que diz Damião Duque de Farias em seu trabalho, “Em defesa da ordem” ao destacar o papel do Assistente Eclesiástico como figura de ação ofensiva no meio católico circulista.
[...] Na verdade, o Assistente Eclesiástico é o primeiro dirigente de qualquer das esferas do movimento circulista. Em última instância era ele quem definia a ação católica entre o operariado, o Estado e o patronato. Por isso mesmo era que seus nomes se sobressaíam entre os demais em todos os documentos e articulações realizadas...(3)
(1) Livro de Tombo da Igreja de Ipu. Ano de 1947.
(2)Entrevista concedida pela senhora Maria da Conceição Viana em 09/12/07. Ipu-Ce.
(3)Sobre a presença do Assistente Eclesiástico no circulismo ver FARIAS, Damião Duque de. Em defesa da Ordem. Aspecto da Práxis Conservadora católica no meio Operário em São Paulo (1930-1945)p.193
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