sábado, 12 de setembro de 2015


CINE TEATRO MODERNO
 (Prof. Francisco Mello)


Uma Cena da Peça “Toutinegra do Moinho”. Encenando Gerando Aires, Valderez Soares e Chico Lima. (Foto acervo Prof. Mello).

A construção do Cine Teatro Moderno data do ano de 1942.

Uma iniciativa do virtuoso sacerdote Padre Caubí Jardim Pontes, uma personalidade que conquistou com muita facilidade a amizade do povo ipuense.

A finalidade da Construção do Cine era promover o Teatro as Artes e o Cinema, e um local para reuniões da sociedade, encontros das associações católicas, enfim todos os seguimentos de nossa sociedade tinham acesso ao moderno Cine.
O povo de Ipu atendendo ao pedido do Padre Caubí fez doações e foi construído o prédio do Cine Teatro Moderno do Ipu.
O Cine serviu inicialmente para encenação de peças Teatrais. No seu interior o piso era em declive para que a platéia tivesse uma visão perfeita das apresentações de palco.
Ali foram levados a efeitos peças Teatrais das mais variadas como: “A TOUTINEGRA DO MOINHO” “O FILHO DO MONTANHEZ”, a comédia “UM CASAL E MEIO” “OS DOIS SARGENTOS”, todos encenados por um grupo Teatral do Ipu criado pelo próprio Padre Caubí.
Festivais foram um sem números ali realizados. Sessões reuniões cívicas, palestras etc., não existia local melhor, dada à condição arquitetônica do mesmo.

Existia espaço para tudo, um palco cuja ribalta tinha o formato de uma casa com uma sala de visitas em destaque.
Existia um porão e no seu interior, eram guardados os cenários e outros objetos pertencentes ao teatro.

Existiam dois “Sotões” o 1o ficava acima do palco onde funcionava os estúdios da Amplificadora de São Sebastião; o outro ficava na entrada do prédio planejado para abrigar a futura Rádio do Ipu. Serviam também para projeções de filmes que marcaram uma época que jamais esqueceremos. Os avisos dos filmes eram feitos através da Amplificadora e de uma “Tabuleta” que era colocada num poste de ferro em frente ao Bar Cruzeiro. Os filmes que mais nos recorda são: “Durango Kid”, “O Gordo e o Magro”, “Os Peles Vermelhas” e outros tantos. Foram vários os encarregados do Cine: Alberto Aragão, Antonio Carvalho Martins, Antonio Henrique, João Batista Roque e mais alguns. Os filmes eram em Preto e Branco e a música que tocava no início de cada sessão cinematográfica era Dominó.
Entre o palco e a platéia existia um local reservado para Banda de Música que fazia uma tocata antes e nos intervalos, entre um ato e outro de uma Peça Teatral.

O Cine Moderno nos traz grandes recordações dos nossos tempos de menino adolescente, que de nada esquecemos até hoje.
Foi mais um que foi destruído. Acabou o nosso sonho, acabou o nosso CINE MODERNO.          
        
    




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