terça-feira, 22 de setembro de 2015

José Artur Alves Pereira (Tutu). Folclorista de nossa cidade gostava de contar histórias mirabolantes sem que tivéssemos que relacioná-las seriam inúmeras. Dentre as muitas histórias selecionamos duas.
Certa vez discutiam, os dois irmãos Mestre Ângelo e Artur comentavam e até apostavam quem atirava melhor; e no auge da discussão resolveram marcar uma um duelo, cada um com um revolver nas mãos, foram para um lugar a esmo e preparam o duelo. Ficaram de costas e contaram dez passos, ao sinal se viraram e olhos fechados atiraram uma no outro. Depois do disparo, ficaram abrindo lentamente os olhos e o observaram que nenhum tinha sido atingindo por uma bala, de repente viram no ar as duas balas detonadas se encontrando e fazendo força para passar uma pela outra. Eram dois bons atiradores acredite se quiser. O tiro foi tão certeiro que fizeram com que as balas se encontrassem.

Numa outra investida de Artur, quando de uma de suas namoradas que residia na cidade de Ipueiras. Estava muito doente. Moribunda mesmo. Quando por volta de seis horas da tarde recebeu pelo telégrafo da Estação uma mensagem que a sua bela amada estava prestes a partir. De imediato procurou um transporte encontrando somente um bom cavalo que lhe foi cedido pelo Sr. Cajão. Preparou o animal, montou-se e partiu em direção as Ipueiras para o derradeiro Adeus, Ipueiras dos Mourões ou simplesmente Ipueiras.
Em determinado local de uma passagem de nível vinha um trem cargueiro e que demoraria muito a passagem do comboio, não hesitou fez uma oração a São Cipriano e o trem abriu-se meio a meio permitindo assim ao nosso bom amigo Artur uma rápida passagem para que conseguisse a tempo chegar aos últimos suspiros de sua bem amada.
Ao chegar à beira do seu leito exclamou STELA, e ela MEU AURTUR e num gesto lânguido triste e de profunda saudade partiu para eternidade. Ainda disse: ADEUS ATUR NUNCA TI ESQUECEREI.


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