Velha Ponte Seca
Ponte Seca dos idílios
Pecaminosos, sem
brios,
sob os dormentes dos
trilhos
doces soluços e mios
Noites escuras sem
lua,
sem claridade inimiga,
pouca conversa ou
cantiga,
só minha imagem e a
tua
Nada de luzes modernas
sem turbação de
passantes
negro contorno de
pernas
trabalho ardente de
instantes
todos só cantam
purezas
quero cantar os
pecados
que ficarão
registrados
pois têm também suas
belezas
Depois se cala o que
foi
depois vá tudo prá
breca
depois que Deus me
perdoe
as noites da Ponte
Seca...
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