Não
tardou e tivemos outro monumento em cima do lago que havia sofrido algumas
modificações. Um pedestal foi edificado para que fosse fincada uma estátua
moderna e grande, era uma Iracema diferente
daquelas que conhecíamos na história de José de Alencar.
Uma oferta do então Prefeito de Fortaleza Cel. Murilo
Borges, que resolveu homenagear José de Alencar no centenário do seu romance
Iracema, colocando em Ipu, lugar onde nasceu Iracema e em Fortaleza na praia
que leva seu nome a mesma estátua, só que mais completa com o Guerreiro Branco,
Japi e tudo mais, para confirmar a lenda que “Iracema
tomava banho na Bica do Ipu e ia enxugar os cabelos em
Messejana-Fortaleza”.
Continha
a seguinte inscrição numa placa de Bronze aposta na parte inferior do Pedestal:
Homenagem do
Prefeito de Fortaleza, Murilo Borges, ao lugar onde nasceu Iracema - Ipu, e a
cidade onde viveu Iracema-Fortaleza.
Estava,
pois perpetuado o nosso mito maior, a única do mundo que conhecemos em toda sua
história.
A IRACEMA a única existente no mundo inteiro é do IPU.
A
estátua de Iracema a primeira foi esculpida pelo Pernambucano Corbiniano Lins.
Foi
escolhida em Concurso Público em 1965 por ocasião do Centenário do Romance de
José de Alencar. (Almanaque do Ipu 1961.)
A
segunda foi obra de Zenon Barreto, feita de Bronze, ela é denominada de Iracema
Guardiã e está na Praia de Iracema desde 1966.
A
terceira estátua de Iracema foi esculpida por Descartes Gadelha, foi inaugurada
em 2002 na Praia Formosa no Centro da Fortaleza.
Na
Lagoa de Mesejana está a quarta estátua de Iracema, desde o ano de 2004.
.
DN.
–(25 de junho de 2005) (Caderno Cidade pág. 14)
Mais
uma vez a Avenida
de Iracema, sofre estranhas e
esquipáticas modificações, desta vez a mais ridícula de todas já verificadas. A
Iracema foi quebrada a marretadas e marteladas, os seus restos que chamamos
aqui de mortais passaram de mão em mão como prova de um assassinato cultural
dos mais indignos que uma cidade pode sofrer. Estava, pois a Avenida que leva o
nome da Índia
Iracema transformada em falsos canteiros
de rosas que nunca existiram. Os arbustos vegetais que lá existiam foram
tragados por um aterramento sem precedentes e sem técnica nenhuma. Mataram
todas as plantas. Algumas esculturas foram colocadas na Praça, mas sem aquele
toque de um escultor de fino acabamento. E lá está uma Índia ficou por muito
tempo e um Guerreiro Branco, sem aquela expressão indígena muito despolida de
suas características que nada ou quase nada representa a lenda verdadeira e
mitológica de Iracema de José de Alencar.
Não
houve restauração da Praça ou Jardim de Iracema, fizeram um calçadão, colocaram
as estátuas do nosso Mito Maior IRACEMA e a do Guerreiro Branco e um grande
calçadão, descaracterizando assim toda sua originalidade.
Não
sabemos até quando iremos tolerar essas influencias aculturada e desprovidas de
um conteúdo histórico capaz de representa dignamente a nossa cidade.
Mas
mesmo assim vamos deixar aqui a nossa homenagem, a um memorial que um dia quem
sabe não seja distante, volte a ostentar a nossa Praça para encantamento e
felicidade de todos nós.
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