Sua Benção, Mãe!
Ocimar Barbosa
A
origem do “Dia das Mães”, data do início do Século XX, por meio de um
drama vivido por Anna Jarvis, uma jovem dos Estados Unidos que perdeu
sua mãe e entrou em estado de depressão. Suas amigas, para consolar a
jovem, resolveram então promover uma grande festa onde seriam
homenageadas todas as mães, vivas e mortas. Com isso, a festa se
espalhou pelo país e foi instituída nos Estados Unidos pelo presidente
Woodrow Wilson no dia 9 de Maio.
A festa em homenagem às mães se
propagou rapidamente por todo o mundo, sendo festejada sempre no mês de
maio. Em Portugal, o “Dia das Mães” é festejado no primeiro domingo do
mês e no Brasil é comemorada no segundo domingo.
Mãe tem uma
profissão por natureza: é sábia! Em torno dela, o clã molda seus valores
espirituais e humanos. Dela, fez-se o prisma sagrado da família de onde
dividem-se os feixes de luz para o universo, afinal, todas os corações
de mães do mundo, unidos, fazem suportáveis as dores e agruras da vida
terrena.
Quando Deus disse “Que se faça a Luz!”, provavelmente fez
nascer a Mãe de Si mesmo. E o incriado então compreendeu a naturalidade e
a beleza do ato do nascimento. Vendo-se como Criatura, sorriu com
certeza ao ver diante de si que o próprio Universo desenvolve-se pelo
encontro dos astros em explosões de luz. Até as estrelas são mães.
Mãe
é protagonista e não figurante. A novela que sua vida desenvolve tem
capítulos às vezes de fatos dramáticos, outras de exultante euforia.
Sofre em silêncio perante os atos de incompreensão, mas sua compaixão é
humana, seu perdão é divino, seu coração é transcendente.
Seja ela
mãe idosa que já sente a contagem regressiva do fechar de cortinas do
seu script no palco da existência; seja ela a jovem mãe, muitas vezes
menina profanada e tolhida de viver uma infância como todas as demais,
quando passa a ter nos braços não a boneca que embala sua inocência, mas
um novo ser saído de seu ventre, e que a torna santa.
A mãe de
numerosa prole, a mãe que enfrenta a cruel indiferença dos poderes
constituídos, que busca água nos açudes, que reza pela colheita, e
planta pela sobrevivência de seus pequenos rebentos. Que chora quando os
filhos pedem mas a panela está vazia .
Mãe que é avó e são chamadas
“mães duas vezes”. Infinitas são as ocasiões em que estão próximas dos
netos, participando ativamente de sua educação. Por outras vezes,
assumem diretamente, no lugar da filha ausente ou falecida, acolhendo os
netinhos como seus filhos. Que coração é esse que suporta tanta dor e
ainda consegue bater em favor da vida de outros?
Mãe nobre, que
exerce com sabedoria a criação de seus filhos e ainda encontra um tempo
para, em seus atos sublimes de filantropia e amor materno-universal,
ajudar outras mães menos favorecidas pela sorte.
Mães negras, índias,
brancas, orientais, mãe adotiva, de todas as religiões, de todas as
cores e luzes, de todos os universos, de todos os sonhos, de todos as
experiências, de todas as necessidades, de todas as missões, de todos os
filhos, mãe de todos os dias.
Claro, pois assim como em todas as manhãs temos o Sol nascendo no Leste, todos os 365 dias do ano são “Dias das Mães”.
Peçamos sua Benção! Sempre!
Mãe…São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!
(Mário Quintana)
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