02 de Novembro
A Notícia e o Comentário Bíblico
1. No dia 2 de novembro se celebra o culto aos mortos ou o dia de
Finados. Qual a origem do culto aos mortos ou do dia de Finados?
O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi
introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny
na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos,
conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de
todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o
dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja
Católica.
2. Como chegou aqui no Brasil essa celebração de 2 de novembro ser
celebrado o dia de Finados?
O costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido para o Brasil
pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são
decorados com flores, e milhares de velas são acesas.
3. Tem apoio bíblico essa tradição de se rezar pelos mortos no dia 2 de
novembro? Como um cristão bíblico deve posicionar-se no dia de Finados?
Nada de errado existe quando, movidos pelas saudades dos parentes ou
pessoas conhecidas falecidas, se faz nesse dia visita os cemitérios e até mesmo
se enfeitam os túmulos de pessoas saudosas e caras para nós. Entretanto,
proceder como o faz a maioria, rezando pelos mortos e acendendo velas em favor
das almas dos que partiram tal prática não encontra apoio bíblico.
4. A maioria das pessoas que visitam os cemitérios no dia de Finados
está ligada à religião católica. Por que os católicos fazem essa celebração aos
mortos com rezas e acendendo velas junto aos túmulos?
Porque segundo a doutrina católica, os mortos, na sua maioria estão no
purgatório e para sair mais depressa desse lugar, pensam que estão agindo
corretamente mandando fazer missas, rezas e acender velas. Crêem os católicos
que quando a pessoa morre, sua alma comparece diante do arcanjo São Miguel, que
pesa em sua balança as virtudes e os pecados feitos em vida pela pessoa. Quando
a pessoa não praticou más ações, seu espírito vai imediatamente para o céu,
onde não há dor, apenas paz e amor. Quando as más ações que a pessoa cometeu
são erros pequenos, a alma vai se purificar no purgatório.
5. Existe base bíblica para se crer no purgatório, lugar intermediário
entre o céu e o inferno?
Não existe. A Bíblia fala apenas de dois lugares: céu e inferno. Jesus
ensinou a existência de apenas dois lugares. Falou do céu em Jo 14.2-3 e falou
do inferno em Mt 25.41.
6. Segundo a Bíblia o que acontece com os seres humanos na hora da
morte?
No livro de Hebreus 9.27 se lê que após a morte segue-se o juízo. E
Jesus contou sobre a situação dos mortos Lc 16.19-31. Nessa parte bíblica
destacamos quatro ensinos de Jesus: a) que há consciência após a morte; b)
existe sofrimento e existe bem estar; c) não existe comunicação de mortos com
os vivos; d) a situação dos mortos não permite mudança. Cada qual ficará no
lugar da sua escolha em vida. Os que morrem no Senhor gozarão de felicidade
eterna (Ap 14.13) e os que escolheram viver fora do propósito de Deus, que
escolheram o caminho largo (Mt 7.13-14) irão para o lugar de tormento
consciente de onde jamais poderão sair.
7. Fora a crença sobre o estado dos mortos de católicos e evangélicos,
existem outras formas de crer sobre a situação dos mortos. Pode indicar algumas
formas de crer?
Sim.
A) Os espíritas crêem na reencarnação. Reencarnam repetidamente até se
tornarem espíritos puros. Não crêem na ressurreição dos mortos.
B) Os hinduístas crêem Na transmigração das Alma, que é a mesma doutrina
da reencarnação. Só que os ensinam que o ser humano pode regredir noutra
existência e assim voltar a este mundo como um animal ou até mesmo como um
inseto: carrapato, piolho, barata, como um tigre, como uma cobra, etc.
C) Os budistas crêem no Nirvana, que é um tipo de aniquilamento.
D) As testemunhas de Jeová crêem no aniquilamento. Morreu a pessoa está
aniquilada. Simplesmente deixou de existir. Existem 3 classes de pessoas: os
ímpios, os injustos e os justos. No caso dos ímpios não ressuscitam mais. Os
injustos são todos os que morreram desde Adão. Irão ressuscitar 20 bilhões de
mortos para terem uma nova chance de salvação durante o milênio. Se passarem
pela última prova, poderão viver para sempre na terra. Dentre os justos, duas
classes: os ungidos que irão para o céu, 144 mil. Os demais viverão para sempre
na terra se passarem pela última prova depois de mil anos. Caso não passem
serão aniquilados.
E) Os adventistas crêem no sono da alma. Morreu o homem, a alma ou o
espírito, que para eles é apenas o ar que a pessoa respira, esse ar retorna à
atmosfera. A pessoa dorme na sepultura inconsciente.
8. Como se dará a ressurreição de todos os mortos?
Jesus ensinou em Jo 5.28,29 que todos os mortos ressuscitarão. Só que
haverá dois tipos de ressurreição; para a vida, que ocorrerá mil anos antes da
ressurreição do Juízo Final. A primeira ressurreição se dará por ocasião da
segunda vinda de Cristo, no arrebatamento.
02 de Novembro
Dia de Finados: Origem Provável no Povo Celta
A associação do dia
de finados com tristeza pela lembrança daqueles que já morreram e os cemitérios
lotados com toda aquela vibração que vai desde aqueles que fazem preces em
silêncio até a histeria dos mais exaltados, tem uma origem bem anterior a citada
pelo catolicismo. Sua origem mais provável vem da cultura do povo Celta, que
habitava no início o centro da Europa, mas entre o II e o I milênios a.C. (1900
- 600 a.C.) foram ocupando várias outras regiões, até ocupar, no século III
a.C., mais da metade do continente europeu.
Os celtas são
conhecidos, segundo as zonas que ocuparam, por diferentes denominações:
celtíberos na Península Ibérica, gauleses na França, bretões na Grã-Bretanha,
gálatas no centro da Turquia, etc. e tem como característica religiosa a
concepção reencarnacionista.
Segundo diversas
fontes sobre o assunto, o Catolicismo se utilizou da data, que já era usada
pelos Celtas desde muitos séculos atrás, para o dia da reverências aos mortos.
Para os Celtas, dia
31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo, quando se iniciava o
período denominados por nós de outono e de inverno, tempo este que nesta região
a colheita tinha acabo de se encerrar e de ser estocada, especialmente para os
meses frios e escuros do inverno neste período nesta região.
Na celebração do
fim de um ano (31 de outubro no hemisfério norte e dia 30 de abril no
hemisfério sul) e início do outro ano (1 de novembro), acreditava-se que este
seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados e os desencarnados
e nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato também, cada um
levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em gomos de bambu, a
fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir.
Alguns textos falam
que nesses dias de festas, as luminárias eram feitas com abóboras esvaziadas e
esculpidas com o formato de cabeças, isto para indicar o caminhos àqueles que
eles acreditavam serem visitados por seus parentes e receber o perdão daqueles
a quem eles haviam feito sofrer, além de ter o significado de sabedoria pela
humildade para saber pedir perdão e como prova de vida além da vida.
Este ciclo se
encerra e um novo se iniciasse em outra da importante, dia 01 de maio no
hemisfério norte, que era o dia do início dos trabalhos para a nova plantação e
colheita de un novo ciclo que iniciava.
Com o domínio
desses povos pelo Império Romano, rico em armas e estratégias de guerras e
conquistas e pobre em intelectualidade, as culturas foram se misturando e
expandindo com todo o Império, que mais tarde viria a ser - e o é até hoje - a
sede do Império Católico ou da Religião Católica, hoje fixada no Estado do
Vaticano, na área urbana de Roma, Itália. do No México, o dia dos mortos é uma
celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro.
começa no dia 1 de novembro e coincide com as tradições católicas do dia dos
fiéis defuntos.
É uma das festas
mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus
parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces, os
preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.
Segundo prega a
tradição da Igreja Católica, o Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de
finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de
Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos,
visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.
No século V, a
Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais
ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo
Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos.
Desde o século XI
os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a
comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual, que até
então era comemorado no dia 1 de novembro, passa a ser comemorado em 2 de
novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.
A história real nos
mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de dor e lamúria após o
advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das filosofias
reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como o fim de um
período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual), só tem a
celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que se foram do corpo
carnal e continuam sua vida verdadeira, cada um na sua condição de elevação
espiritual.
Por isso, o Dia de
Finados hoje em dia em nosso pais ainda é um dia de vibrações muito negativas,
pois a maioria Cristã em nosso país e em boa parte do mundo é católica e
evangélica, mantendo - na sua grande maioria - pesares em suas preces com
evocações saudosistas e egoístas pelos que já "partiram", querendo
que de alguma forma retornem ou dêem algum "sinal de vida", não
entendendo muitas vezes "porque foram abandonadas" e coisas do tipo,
que só fazem sofrer os espíritos que já desencarnaram, especialmente àqueles
que ainda se mantêm presos por laços pouco evoluídos aqui junto aos encarnados,
muitas vezes ainda até ligados ao corpo que já praticamente não existe mais.
Assim, nós como
espíritos, façamos preces e vamos manter uma boa vibração por aqueles que
desencarnaram e sofrem com a dor daqueles que os pedem de volta, pelos
desencarnados que não se perceberam dessa nova situação ainda e pelos
encarnados que também sentem a falta daqueles que já estão no plano espiritual.
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