quinta-feira, 12 de junho de 2014

O S I N V I S Í V E I S
Ser invisível atordoa. Foi essa a reportagem da Folha de São Paulo em 22 de fevereiro de 2005.
Contava a história de um jovem, estudante de psicologia da USP. Ele se infiltrou entre os garis e vestiu-se como tal, passou despercebido nos corredores da universidade pelos colegas e até mesmo pelos professores.
Isso o assustou. E como a psicologia é o estudo da mente humana, ele encontrou nesse episódio uma boa matéria para aprofundar seus estudos e conhecimentos e defender sua tese de doutorado.
Muito bem! Não houve ali nem um caso de excepcionalidade. Todos nós somos invisíveis e até transparentes. O que nos faz visível é a comunicação, é a fala. Ao falar com alguém nos revelamos. Ás vezes um uniforme identifica uma classe: estudantes de certa escola, militares de uma corporação. Porém, ao vestirmos como pessoas comuns são todos invisíveis; no trem, no ônibus, no metrô, no cinema, no teatro, no campo de futebol. Em todos esses lugares somos apenas números.
Somos todos invisíveis. As exceções são uns poucos televisáveis, artistas de novelas ou dos telejornais que invadem nossas casas todos os dias, esses sim quando são encontrados na rua, todos os conhecem. Os demais todos invisíveis.
Quando na condução, não sabemos quem é a pessoa que está sentada do nosso lado. A condução está cheia! Muita gente. Quem são eles? De onde virão? Para onde irão? Porque vieram? E porque vão? Como serão seus nomes?
Todos invisíveis! O que nos revela é a comunicação. Comunique-se e se revele. Ou sejas invisível! A escolha é sua.
USP – Universidade de São Paulo.
Amadeu Lucinda

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