Minha Serra
Morre a última nuvem no arrebol,
Morre de saudade de mil saudades o Sol,
Que, fugindo, tinge o poente de um traço ureflamejantante
Com a mesma cor de fogo que do Levante
Já era noite. Olhei minha serra. Toda enrolada.
A vi, no manto da noite que descia
Olhei lá de casa e vi bem da calçada:
A minha serra era um gigante enorme que não se bolia.
Olhei a minha serra e tive e tristeza,
Porque não sei como ela ficou assim,
Pois na manha passada cheia de alegria,
Sorria sempre. Estava alegre envolta de cetim,
A envolvia de nevoa branquinhas, um véu mais nobre
Do que o véu dagora que encobre.
Pe. Francisco Assis Soares
(Parnaíba –PI)
Morre a última nuvem no arrebol,
Morre de saudade de mil saudades o Sol,
Que, fugindo, tinge o poente de um traço ureflamejantante
Com a mesma cor de fogo que do Levante
Já era noite. Olhei minha serra. Toda enrolada.
A vi, no manto da noite que descia
Olhei lá de casa e vi bem da calçada:
A minha serra era um gigante enorme que não se bolia.
Olhei a minha serra e tive e tristeza,
Porque não sei como ela ficou assim,
Pois na manha passada cheia de alegria,
Sorria sempre. Estava alegre envolta de cetim,
A envolvia de nevoa branquinhas, um véu mais nobre
Do que o véu dagora que encobre.
Pe. Francisco Assis Soares
(Parnaíba –PI)
(Fonte Jornal dos Tabajaras, Março/Abril de 1996)
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