sábado, 3 de julho de 2010

Casos de Ipu.

O Assassinato de Cesário Patrício
Que havia tirado a vida de um compadre seu Coronel Antonio Rodrigues Veras, residente em Nova Russas, a pauladas e estava cumprindo sentença na Cadeia Publica de Ipu. Numa noite a viúva do coronel resolveu vingar a sua morte mandando a Ipu cinco cangaceiros de nomes: José Barroso, Plácido Barroso, José Moreira, José Mourão e Afro Leôncio. Vieram de Nova - Russas num trole da Estrada de Ferro de Sobral que obrigaram dois trolista da referida estrada a comandar o veículo até Ipu, onde entraram a noite, procurando a casa do Carcereiro José Macário de Sousa Lima determinando-o a abrir a Cadeia donde retiraram os três presos, Cesário, Chiquinha, amasia do Coronel e seu irmão. Cesário foi amarrado e colocado em cima do trole que rumara para Nova - Russas juntamente com os outros presos, e já nas imediações de Charito o trole por ordem de um dos cangaceiros, José Barroso abraça, afaga e beija Cesário, dizendo-lhe: “sabes que vai morrer meu bichinho” e em seguida sem nenhuma resposta de Cesário coloca o cano do seu Rifle no ouvido de Cesário e atira pelo afeito do disparo o corpo do moribundo rolou do trole e caiu a certa distância, sendo completado em seguida pelo próprio José Barroso que desfecha seu rifle de 12 tiros todo no corpo da vitima. José Mourão por sua vez disparou alguns tiros em Cesário.
O cadáver foi colocado na Estação Ferroviária de Nova-Russas e à tardinha foi sepultado por pessoas do Povo.

Passaram ainda o seguinte Telegrama:
Presidente do Estado vg Chefe de Policia vg Dr. José Aciolly vg Capitão Peregrino – Fortaleza - CE - Para vingar morte nosso prezado amigo Coronel Antonio Rodrigues vg acabamos de matar seu assassino

José Barroso
Plácido Barroso

Os Cangaceiros ainda queriam a Cabeça do Promotor de Justiça Dr. Augusto Passos. Não se consumou o crime porque o velho Vicente Bode, perambulante da noite estava nas imediações da residência do Dr. Augusto e disse que o mesmo havia viajado a Sobral há dois dias.

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Uma história bastante triste e revoltante foi uma que ouvimos do Papai, do Frei Agostinho, Frade Carmelita que após a festa de nossa Senhora dos Prazeres, em Campo-Grande, hoje Guaraciaba do Norte, realizava uma passeata religiosa quando foi fortemente interrompida por algumas pessoas que não concordavam com o ato religioso chegando a levar o Frade à prisão e espancando-o com toda sorte e malvadeza.
Depois de preso pelos homens da lei representados por um Capitão, Inspetor de Quarteirão, 01- Farmacêutico e outros, passaram a espancar e maltratar o Frade miseravelmente.
O Frade recebeu pancadas fortíssimas no seu rosto. Um deles chegou a urinar na tonsura do Sacerdote misturando em seguida a Urina com areia Um outro quando o Frei tomava um caldo remetido a prisão por pessoas caridosas, foi bruscamente arrancando de suas mãos uma tigela do alimento e oferecido ao Frei esterco de cavalo, fazendo-o comer as fezes do animal. Conta à história que todos que maltrataram o Frade Agostinho receberam os castigos divinos.
O Frade depois de libertado dirigiu-se a Ipu e aqui chegando foi recebido pelo Pe. Corrêa que de imediato realizou a excomunhão e conseqüentemente amaldiçoou todos aqueles envolvidos no Caso do Frade.
Alguns deles ainda foram a Recife retirar as penas impostas pela Igreja do Ipu na pessoa do Pe. Corrêa recebeu a penitencia para se desculparem ou pedir perdão durante um cerimonial na Igreja o que não aceitaram. Todos foram castigados, vejam só o que aconteceu: ao que dera um pontapé no Frei atingindo a sua testa, braço e perna, o seu fim foi triste ficando imóvel o braço e a perna que batera no Frade e a testa constantemente batendo contra os objetos; o outro que deu fezes de cavalo ao Frade morreu comendo restos fecais de animais.
Outra história foi de um Padre que não sabemos o seu nome, levou uma surra de alguns populares da cidade de Ipueiras, e ao se despedir da cidade em foco e ao acabar de transpor o Rio Jatobá que corta a cidade pegou os chinelos que havia tirado para passar a água, depois da travessia e de posse das duas alpargatas, batendo contra uma pedra disse: “Ipueiras tu haverás de virar POEIRA”.
Não é uma história, mas um apêndice no que diz respeito ao Vigário Colado de Ipu, Pe. Francisco Correia de Carvalho e Silva.

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