sábado, 9 de abril de 2016

No Tempo das Cirandas nas Calçadas.

No teu ontem te revejo, com aquela criançada que em noites de luar se divertiam e cantavam doces cantigas de Roda, brincadeiras das mais dolentes pela sonoridade harmoniosa de suas canções.
Nas Ruas Calçadas a história viva de um povo, que em dias que não retornam, viveram quimeras nas rodas, nas calçadas com aquela conversa alegre e sadia.
Não só amigos, as Rodas se revestiam de pessoas que constituíam o mundo intelectual não só de Ipu, mas, com pessoas da circunvizinhança ou de outras paragens que se instalavam e eram logo incluídos no nosso meio por serem pessoas pacatas e respeitadoras aos costumes da terra e de um Povo bom.
Nas curvas de tuas Ruas as marcas da história, que canta e exala através de tuas Mungubeiras o perfume agridoce de tuas flores inebriando o ambiente.
Calçada de minha Rua ou da Rua de D. Valdemira (minha tia) onde está impregnada a história contada pelos meus antepassados, hoje emudecem e guardam no sacrário da vida a cantiga de Roda mais bonita, o perfume mais doce de tuas árvores a narração mais perfeita da tradição do teu Povo.
A roda na calçada do Historiador Intelectual da cidade Joaquim de Oliveira Lima começava cedo nas bocas de noite.

Freqüentavam aquela roda na calçada o anfitrião Lima, Abdoral Timbó, Arcelino dos Correios, Dr. Félix Aragão, Dr. Evangelista, Pedro Tavares, Dr. Thomaz Corrêa, Edgard Corrêa, Prof. Bruno de Aguiar, Antonio Pereira de Farias, Chico Carneiro, Oscar Coelho, Zeferino de Castro e outros tantos que fogem da memória agora, ali de tudo um pouco, política partidária local, Estadual e Nacional e até decidiam tudo dentro de um clima de muita lealdade e amizade.

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