No Tempo das Cirandas nas
Calçadas.
No teu ontem te revejo, com aquela criançada que em noites de
luar se divertiam e cantavam doces cantigas de Roda, brincadeiras das mais
dolentes pela sonoridade harmoniosa de suas canções.
Nas Ruas Calçadas a história viva de um povo, que em dias que
não retornam, viveram quimeras nas rodas, nas calçadas com aquela conversa
alegre e sadia.
Não só amigos, as Rodas se
revestiam de pessoas que constituíam o mundo intelectual não só de Ipu, mas,
com pessoas da circunvizinhança ou de outras paragens que se instalavam e eram
logo incluídos no nosso meio por serem pessoas pacatas e respeitadoras aos costumes
da terra e de um Povo bom.
Nas curvas de tuas Ruas as marcas da história, que canta e exala
através de tuas Mungubeiras o perfume agridoce de tuas flores inebriando o
ambiente.
Calçada de minha Rua ou da Rua de D. Valdemira (minha tia) onde
está impregnada a história contada pelos meus antepassados, hoje emudecem e
guardam no sacrário da vida a cantiga de Roda mais bonita, o perfume mais doce
de tuas árvores a narração mais perfeita da tradição do teu Povo.
A roda na calçada do Historiador Intelectual da cidade Joaquim
de Oliveira Lima começava cedo nas bocas de noite.
Freqüentavam aquela roda na
calçada o anfitrião Lima, Abdoral Timbó, Arcelino dos Correios, Dr. Félix
Aragão, Dr. Evangelista, Pedro Tavares, Dr. Thomaz Corrêa, Edgard Corrêa, Prof.
Bruno de Aguiar, Antonio Pereira de Farias, Chico Carneiro, Oscar Coelho,
Zeferino de Castro e outros tantos que fogem da memória agora, ali de tudo um
pouco, política partidária local, Estadual e Nacional e até decidiam tudo
dentro de um clima de muita lealdade e amizade.
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