terça-feira, 31 de agosto de 2010

Iracema

Iracema, de Zenon e Virgílio
O poeta Virgílio Maia visitou o local da criação da estátua e, encantado com a magnitude da obra, não conteve a pena e versejou com tudo. Eis, a seguir, Iracema
(Sobre uma escultura de Zenon Barreto):

Este arco retesado são as dunas
Da praia cearense à noite clara,
É o horizonte do mar, vela enfunada
É o seio nu da tabajara nua.

Vem de tribo remota para as ruas
Da Praia de Iracema com seus nomes
Das gentes que sofreram, ao tempo nômade,
À passagem do branco, sorte crua.

Olhando o nosso chão ela nos mira.
Em gesto de humildade ela se alteia.
Tão despedida de veste, nos consola.

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