FORMAÇÃO ECLESIÁSTICA
A sua freguesia, sob a invocação de São Sebastião do Ipu foi criada pela Lei Provincial de nº 2037 de 27 de outubro de 1883, quando desmembrada da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos.
No Ipu foi edificada uma Capela de pequeno porte em 1780, tinha a frente virada para o poente, pois se tratava apenas de um local para orações, o contrario da que vemos hoje virada totalmente para o Nascente. Em janeiro de 1780 foram doadas as terras que serviram de Patrimônio para Capela sob a proteção de São Sebastião, por João Alves Fontes, as terras do Santo como ficou conhecida tem uma légua de comprimento do Riacho Ipuçaba a começar na Bica, e meia légua para cada lado do referido riacho, limitando-se ao Sul com as terras do Sítio São Mateus, ao Norte com as terras do Sítio Ipuzinho. Por Portaria de 29 de agosto de 1856, do Juiz de Direito Dr. Vitoriano do Rego Toscano Barreto determinou que fosse feita à demarcação da referida légua de terra servindo de Título ao Patrimônio do glorioso São Sebastião.
Os festejos de São Sebastião acontecem de 10 a 20 de janeiro de cada ano reunindo os filhos da terra mesmo aqueles mais distantes. Neste período acontecem leilões, barracas, bailes e as tradicionais novenas celebradas na Igreja Matriz.
Outra Festa Religiosa que se realiza é a de São Francisco, também com um novenário de 25 de setembro a 04 de outubro, é grandemente celebrada pelos fieis de Ipu.
Quando Ipu foi elevado à categoria de Vila, transferiu-se para Freguesia de Ipu o Padre Francisco Correa de Carvalho e Silva que era vigário Colado da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos, veio para Ipu com mesma função que exercia na Matriz de São Gonçalo, nomeado a 17 de agosto de 1842; tomou posse na freguesia a 13 de junho de 1843. Padre Corrêa faleceu em Ipu a 13 de junho de 1881, e os seus restos mortais se encontram sepultados no Altar-Mor da Igrejinha de Nossa Senhora do Desterro, portanto, padre Corrêa não foi o primeiro vigário de Ipu.
Padre Corrêa foi quem realizou a primeira Festa de São Sebastião em Ipu, no ano de 1860.
O primeiro vigário de Ipu foi o Padre João José de Castro, era um sacerdote zeloso, fez uma reforma na Igrejinha e foi o programador da festa de inauguração da Estação Ferroviária em 1894, falecendo em Ipu no mesmo ano.
O segundo vigário de Ipu foi o Padre Francisco Máximo Feitosa Castro o seu paroquiato foi de 1894 a 1911.
Terceiro vigário Padre Dr. Aureliano Mota, irmão de Leonardo Mota, grande folclorista do Ceará.
Iniciou a construção da atual Igreja Matriz de Ipu, realizando a benção da PEDRA FUNDAMENTAL.
Quarto vigário Monsenhor Gonçalo de Oliveira Lima, assumiu a paróquia em 09 de abril de 1916. Mons. Gonçalo ao contrario de muitos era considerado na sua Diocese-Sobral como a “Flor do Clero”, pelo seu extraordinário conceito junto aos seus paroquianos e ao Bispado a quem pertencia. Faleceu em 11 de outubro de 1955, o seu jazigo perpetuo encontra-se no consistório da Igrejinha. Monsenhor Gonçalo era filho de Ipu e nasceu em 09 de janeiro de 1884.
Quinto vigário, Monsenhor Francisco Ferreira de Moraes, seu paroquiato durou 52 anos.
O sexto vigário é o atual pároco Padre Raimundo Nonato Timbó, assumiu a Paróquia de São Sebastião de Ipu em 09 de dezembro de 1999. Deixou de realizar a Festa do Padroeiro em virtude de um Baile que acontecera durante o período do Novenário, sendo celebrado apenas um tríduo, ficando assim quebrado uma tradição de 140 anos (ano 2000 d.C.). Contudo vem fazendo uma excelente administração à frente da Paróquia de Ipu.
A solenidade da benção da Pedra Fundamental da Igreja Matriz de Ipu data de 18 de outubro de 1914.
O arquiteto que projetou a Matriz de Ipu foi o ipuense Dr. Arquimedes Memória. A Benção solene da Igreja foi feita pelo Frei José Maria de Sá Leitão, acompanhado do Padre José Bezerra Coutinho e o vigário de Nova Russas na época Padre Francisco Ferreira de Moraes.
O primeiro Padre a celebrar sua primeira Missa no novo Templo foi o filho da terra Padre Antonino Cordeiro Soares.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Formação Eclesiástica de IPU
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