sexta-feira, 17 de abril de 2015

O SENADOR CATUNDA

●Catunda era inimigo do padre Correa e ambos eram liberais!!!

O Senador Joaquim de Oliveira Catunda, um Pinto de Mesquita que se fez liberal e depois republicano [...]. Era homem de muito talento, poliglota e autodidata, imaginoso e aristocrata.
Foi professor primário no Ipu, no inicio da sua vida pública, quando, então, escreveu a famosa biografia do último vigário colado da freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, o padre Francisco Correia de Carvalho e Silva, político sertanejo dos mais astuciosos e petulantes em seu tempo. 56.

OBS: Catunda foi quem escreveu a biografia do padre Correa; se ambos eram liberais, que porra é essa? Nertan Macedo não poderia ter se enganado; o que nos deixa sem uma explicação convincente para um ataque tão virulento ao padre do Ipu. (poderia ser algo pessoal, intimo? Ou nesta época o padre era Conservador?)

Catunda nasceu na então povoação, hoje cidade, de Santa Quitéria, no Ceará, em 2 de dezembro de 1834, filho do Capitão Antônio Pompeu de Souza Catunda. 57.

Estudou [...] no Liceu do Ceará, tendo, nesse intuito, ido, em 1849, para a casa do seu tio e padrinho, o Senador Thomaz Pompeu de Souza Brasil.


Matriculo-se na Escola Militar, em 1857 [...].

Pretendendo, depois, um emprego público, foi nomeado segundo escriturário da Alfândega da Corte, por concurso, em 1862, e primeiro escriturário da Alfândega do Ceará, em 1864.
No ano seguinte, foi nomeado Oficial-Maior da Secretaria do Governo, em 1879, Secretário do Tribunal da Relação.


●Catunda morreu em 1907, como senador na República. Vê-se a facilidade com que estas elites se adaptaram aos novos tempos.

Antes da quedada Monarquia e depois da morte do seu tio, o Senador Pompeu, aderiu às idéias republicanas, fundando com outros companheiros o Centro Republicano do Ceará, do qual era presidente na data da proclamação da Republica, em 15 de Novembro e 1889.
Eleito Senador Federal, em 1890, faleceu no exercício de suas funções legislativas, pois for sempre sucessivamente reeleito, no dia 28 de julho de 1907, vitimado por uma gripe intestinal. P. 57.

● Livro de Catunda: “Estudos de História do Ceará”.

Como historiador – o Joaquim Catunda é autor dos “Estudos de História do Ceará”, reeditado em 1919 [...].
Anticatólico, responsabiliza, na introdução [...] o dogmatismo cristão pela quebra de continuidade no conhecimento da evolução humana.
Através dos séculos, o dogma, diz ele, serviu apenas para afadigar o espírito humano “no acanhado âmbito das concepções semíticas, cerradas pela Igreja e pelas fogueiras do Santo Oficio as avenidas que conduzem ao conhecimento científico das coisas”.

Ele representa o clássico cientificismo do século passado, o que, entretanto, não anula certa originalidade de Joaquim Catunda ao abordar coisas, fatos e homens da sua terra natal.


●Opinião de Catunda sobre a gênese do cearense: “preguiçosos, vagabundos e pederastas”.


Não tinha também muitas ilusões acerca do homem cearense, rebento do português predatório e dos tubinambás afeitos ao roubo, preguiçosos e salteadores, vagabundos e guerreiros, que “cultivavam com tal excesso o vício da pederastia que se pode considerar como uma das causas do pouco desenvolvimento da população” (referia-se à população do tempo do povoamento).
...Os índios cearenses não tinham moral nem senso de propriedade. Eram bebedores inveterados, comedores de piolhos e barro, exibicionistas sinistros, faladores em excesso. P. 58.

...”Se a raça fosse capaz de governo regular teriam (eles, os índios) chegado ao regime parlamentar, não por amor da loquacidade vã que tanto apaixona as raças interiores, e aos espíritos vulgares nas raças superiores”. 59.

Sempre a maltratar os índios, fala o Senador, com simpatia e admiração, dos jesuítas Francisco Pinto e Luiz Figueira, os dois grandes missionários da Ibiapaba, o primeiro dos quais assassinado pelos selvagens da região.

Não faltara a Joaquim Catunda desembaraço e firmeza para criticar as origens do seu povo cearense. Tais origens se revestiam de péssimos antecedentes e predicados.
“Foi a indústria pastoril [...] que povoou os sertões do Ceará. Crioulos portugueses das possessões africanas e das capitanias vizinhas se estabeleceram à margem do Pageú, do Pacoti e pequenos vales do Jaguaribe, do Acaraú e de outros rios. Nobilitou a coroa de Portugal o casamento de seus súditos com mulheres indianas, e a mestiçagem cresceu com rapidez prodigiosa. A mulher cearense é de fecundidade pouco comum”.
Dirá ele [...] da terra, que ela “foi também o refúgio de malfeitores, ladrões e vadios das capitanias vizinhas, onde já os inquietava a polícia. Essa estranha população vivia nos bosques, caçando e furtando gados...” p. 59.

●Catunda criticando a organização política e judiciária do Ceará (na república?):

Ao comentar depois a tentativa de organização política e judiciária do Ceará, não perde Catunda a oportunidade de, maliciosamente, recordar que os primeiros senadores eleitos “representavam o adiantamento intelectual da Capitania – somente um sabia ler e escrever”, mas, apesar disso, “não consta de documentação nem diz a tradição que nos tempos coloniais houvesse falsificação de ata eleitoral ou compra de votos”... p. 60.


●Compra de voto no inicio da república (?):

...“não consta de documentação nem diz a tradição que nos tempos coloniais houvesse falsificação de ata eleitoral ou compra de votos”... p. 60.

OBS: Ora, a necessidade da compra do voto, ou do “falseamento” das eleições, retrata justamente a crescente dificuldade destes grupos em manter o domínio, pois antes simplesmente não havia disputa.




OS CORONÉIS DE SANTA QUITÉRIA


A pequena Santa Quitéria é a cidade dos Pinto de Mesquita, no alto sertão norte do Ceará. 61.
Quem a viu, numa noite, adormecida à luz mortiça dos seus postes, ou sob um claro luar, não a esquecerá mais.

E, dede então, desde aquele recuado tempo, Santa Quitéria foi sempre dominada e governada pelos Pinto de Mesquita, que nela subsistem, que nela se reproduzem, na cidade, nas fazendas, nos povoados do município, ora com sobrenomes diferentes como Catunda, Pompeu e Magalhães, ora, e com maior freqüência, com o velho sobrenome originário do Minho. 61.

Vão assim realizando, através do processo agregativo e ininterrupto da comunidade parental, o sonho dos fundadores da cidade, que a desejavam destinada a perpetuar-lhes o nome e a tradição.


Santa Quitéria sempre foi, como dissemos, um domínio, um feudo dos Pinto de Mesquita. Estes, numerosos e influentes embora, mantiveram-se, pelo tempo a fora, ordeiros e pacíficos. A cidadezinha, familiar e endogâmica, não registra, na sua história, as façanhas e os dramas sangrentos, tão comuns a outras cidades e municípios sertanejos, de crônica avermelhada e bulhenta. 62.

Curioso: essa linha de comportamento social, característica da região, da qual Sobral é a expressão mais legítima, é motivo de pilheria para o resto do Ceará. Quem vai aos Estados Unidos de Sobral – dizem – tem que tirar passaporte e comprar dólares...
Uma única vez tiveram os Pinto de Mesquita de apelar para as armas.


●Assalto à Santa Quitéria (1825):

...quando a então povoação de Santa Quitéria foi assaltada, em abril de 1825, por um grupo de facínoras, chefiado por Benedito Martins Chaves, da célebre família Chaves do Coronel Manoel Martins Chaves [...] e aparentado dos Feitosas dos Inhamuns.

Visavam os salteadores, que, antes, já haviam investido contra Vila Nova D’El Rey (hoje Guaraciaba) e ameaçado a Vila do Sobral, saquear as casas de residência e propriedade do rico Capitão-Mor Antonio Pinto de Mesquita e seu genro, o Coronel Vicente Alves da Fonseca, mas estes, prevenidos em tempo, os repeliram, fazendo-os recuar numa noitada de nutrido e impetuoso tiroteio, no qual foram mortos dois dos do grupo assaltante, saindo outros feridos.

●Governador sugere a eliminação de criminosos:

...José Felix de Azevedo e Sá [governador da província] [...] oficiou, em 27 de abril de 1825, ao chefe de polícia, [...]: p. 62.
‘”Tendo chegado ao meu conhecimento o insulto feito na povoação de Santa Quitéria às autoridades da mesma povoação por Benedito Martins Chaves e outros de seu grupo, a ponto de atacar com armas e fazer fogo contra as pessoas e residências do Capitão-Mor do distrito, Antônio Pinto de Mesquita e Comandante do mesmo distrito, Coronel Vicente Alves da Fonseca, que estavam acompanhados de alguns cidadãos pacíficos que se tinham armado para se defenderam do premeditado insulto de Benedito, não havendo morte alguma [...] da parte dos pacíficos cidadãos, e sendo antes morto dois e feridos outros, dos agressores, e cumprindo-me primeiro dever guardar a ordem e tranqüilidade dos povos desta Província, pó-los ao abrigo de malvados e assassinos de que tanto se acha infestada esta província, já pelo desleixo de alguns Comandantes, ordeno a V. S.ª que preste todo auxilio ao sobredito Capitão-Mor e Comandante para a captura dos bandidos Benedito e seus companheiros, e lhe recomendo haja de empregar toda a diligência possível para prendê-los e remetê-los com toda segurança para as cadeias desta capital, podendo fazer-lhes fogo no caso de que façam a menor resistência, pois a sociedade, bem longe de perder com aniquilação destes e outros semelhantes, lucra consideravelmente com a restituição da sua tranqüilidade, tão atroz e injustamente roubada. [...]”. 63.

OBS: O ataque estendeu-se a Sobral, Santa Quitéria e Campo Grande; haveria nele alguma conotação política? Não sei, mas não podemos descartá-lo.

Passando esse acidente da sua história, retomou Santa Quitéria a sua marcha para o progresso, lento sem dúvida, como o de todas as velhas cidades sertanejas, mas impulsionado, sempre, pelo trabalho pacifico e a solidariedade parental dos seus habitantes.

●Seca de 1877:

[Antonio Bezerra, em 1883, passando por Santa Quitéria diz:]

“Assentada sobre a margem ocidental do rio Jucurutu, numa planície em forma de ângulo que descreve o rio deste lado, conta a Vila de Santa Quitéria umas cento e vinte casas distribuídas na longa praça em cujo centro se acha a igreja matriz, em três ruas das quais a melhor e mais bem edificada corre à esquerda do templo em rumo de Sul e Norte, e ainda em outras com largos intervalos em sentido contrário atravessando estas. Um edifício elegante quase vê ao lado oriental da praça, destinado à servir para a Câmara Municipal e Intendência, está abandonado à falta de um pequeno auxilio dos cofres provinciais. É pena; não há outro melhor em outra parte. Está traçado com todas as regras da arte. [o prédio foi concluído em 1888] O mercado no extremo sul da rua mais extensa, não está inda concluído, mas no que se há feito apresenta quartos de frente elevados que prometem, na conclusão, um excelente edifício. Perto daqui, levantam-se novas casas, pelo que noto que a vila se estende para este lado. É a primeira localidade que se lembrou de construir, depois da seca de 1877. A vila apresenta perspectiva alegre e como sertão o seu território é um dos mais produtivos da província. P. 63-64.

OBS: Vê-se claramente que a seca já havia se transformado numa “oportunidade” aos políticos daquele momento; a conclusão destas obras sempre está ligada às estiagens. O progresso, com a instalação de prédios públicos nesta área, está irremediavelmente ligado às verbas das secas.

OBS: Já havia intendências em 1883? Ou era só uma meta? Isso quer dizer que a maturação institucional não fora abortada com a instalação da república (1889).


●Bailes e festas de elite:


Algumas coisas do passado já não existem em Santa Quitéria. Deixaram, porém, forte memória naquela terra.
Animados bailes do sobrado da Intendência encerrando, com as suas valsas, chotes e quadrilhas, tradicional festa de junho, a mais importante e ruidosa que se celebrava na cidade e que atraía famílias da melhor sociedade de Sobral e de outras cidades vizinhas. P. 64.


●Colégio em Santa Quitéria e região em 1900:


O colégio do padre Tabosa (anos 1900-1904), o primeiro estabelecimento de ensino secundário que se instalou ao norte do Estado, de tanta significação para o tempo e o meio e que, numa pequena vila sertaneja, manteve sessenta e três alunos internos vindos de Sobral, Ipu, Crateús, Ipueiras, Itapipoca, Tamboril e outras localidades.

...o que mais se recorda e se venera em Santa Quitéria são as figuras austeras dos seus coronéis, uma legião de oficiais da Guarda Nacional que ali acampou para comandar, não soldados mas vaqueiros.

●A sede da Guarda Nacional? (pode ser, pois a cidade era muito influente no século XIX).

O pequeno burgo dos Pinto de Mesquita era, na verdade, o Quartel-General da velha e desaparecida Guarda Nacional no Ceará.
Certo, esses coronéis não comandavam corpos de tropas e aguerridos batalhões.

●Manipulação de eleitores:

A patente, ornada com a chancela oficial, dava-lhes, além de tudo – porque se não tinha comando militar, validamente o exerciam através da ascendência sobre a parentela numerosa, os vaqueiros e agregados, e chefiando as massas eleitorais que faziam marchar para as batalhas das urnas, tão acesas e atritantes como os entreveros de campo.

●Festas e fardão da Guarda:

Nos dias e nas festas de gala e nas procissões religiosas, os coronéis quiterenses vestiam o seu solene “croisé” (sic) de lapelas de seda e alguns deles ostentavam a sua farda de oficial da Guarda Nacional, enfeitada de dragonas e alamares.


Só o que não mudou foi o domínio que ali exercem os Pinto de Mesquita.
Nenhum alienígena será capaz de arrebatar-lhes o comando.
O partido do governo e o da oposição constituem grupos organizados e dirigidos pelos homens do clã.
Nem foi para outra coisa que um filho do patriarca do Jucurutu Velho fundou aquela cidadezinha sertaneja. P. 66.

Fortaleza, Ceará.
Março a julho de 1967.




APÊNDICE


NOTAS DE UM CADERNO DE LEMBRANÇAS DO SENADOR THOMAZ POMPEU DE SOUZA BRASIL, INICIADAS QUANDO AINDA ESTUDANTE DO SEMINÁRIO DE OLINDA


●Viagem de Santa Quitéria a Recife: 72 dias de viagem.


“Saí de minha casa [em Santa Quitéria] para Pernambuco, no dia 15 de julho de 1836, de Sobral no dia 23, do Ceará (Fortaleza) no dia 10 de agosto, cheguei no Recife no dia 27 de setembro, entrei no Seminário no dia 10 de outubro. [...]

●Santa Quitéria não ficava “no Ceará” (o Ceará era Fortaleza).


Saí de Pernambuco a 23 de novembro de 1843, cheguei em Santa Quitéria, muito doente de sezões, já ordenado sacerdote, a 12 de dezembro. Fui ao Ipu, a 10 de janeiro de 1844, andei por São Gonçalo [...], e voltei a Santa Quitéria a 8 de fevereiro. Fui para Sobral em princípio de março, onde fui convidado para defender uma causa civil no Ipu, para ali fui em princípio de abril. Saí para Santa Quitéria em junho, e dali para o Ceará, em julho, voltei do Ceará em fim desse, fui para Sobral em 2 de janeiro de 1845, e dali para o Ceará, passando por Santa Quitéria em 8 de janeiro. Cheguei ao Ceará a 18 do mesmo mês, com intenções de embarcar para Pernambuco. Fiquei aqui [...] quando aceitei o cargo de professor de Geografia e Diretor do Liceu”. P. 72.

Nasci a 6 de junho de 1818, em Santa Quitéria da Comarca de Sobral, Província do Ceará, filho legítimo do capitão Thomaz de Aquino Souza e Jeracinaa Isabel de Souza, [...]

Tive a notícia da morte de meu pai (em Recife), no dia 24 de dezembro de 1839 [...] . Morreu em Vila Nova [...] longe de casa, de sua família, longe de mim, seu filho mais caro. [...].


●Endogamia clãnica:


Casou minha mana Maria [Joaquina de Souza Magalhães], no dia 5 de julho de 1838, com o meu primo João Antônio de Mesquita Magalhães. Soube disto em Olinda, no dia 6 de setembro do mesmo ano. Casou-se, no dia 19 de julho de 1838, o meu mano [Antônio Pompeu de Souza Catunda] com a irmã do meu dito primo e cunhado, dona Inocência Pinto de Mesquita, filha legítima do meu tio capitão Ludovico Pinto de Mesquita, e soube em 6 de setembro do mesmo ano. P. 74.

OBS: Questões que podemos tirar daí:
a) Endogamia;
b) A demora na chegada das notícias;

●Pompeu torna-se padre e advogado:

Ordemou-me Diácomo, no dia 19 dede março de 1840 [...] o Exmo. Bispo D. João da Purificação [...] Cantei missa [...] no dia 18 de setembro de 1841. [...].
Tomei o grau de bacharel formado em ciências jurídicas e sociais a 24 de outubro de 1843 [...]. p. 73.

OBS: Estas eram estratégias da família para preservar postos de poder na Igreja, no judiciário e na política.


●Fala dos exames que prestou para ingressar no seminário, e para o curso de direito:

[Latim, aritmética, francês, inglês, Cronologia e História].


●Filhos “bastardos” do padre Pompeu:


Fui provido nas Cadeiras de Geografia e História e Diretor do Liceu do Ceará, em 18 de maio de 1842, com muita pouca vontade de minha parte, e só para anuir aos desejos de minha família que não queria que eu continuasse fora do Ceará. Neste mesmo ano, a 3 de agosto, tendo sido eleito 1º suplente de Deputado Geral, com a morte do Ver. Costa Barros, [...] passei a ocupar o seu lugar no Parlamento, e fui depois eleito deputado provincial. Em 1º de setembro de 1846, nasceu o meu primeiro filho que foi batizado pelo vigário Justino, sendo padrinho o Dr,. Lima; morreu a 6 de dezembro do mesmo ano. Em 11 de novembro de 1842, às 9 horas da noite, nasceram gêmeos dois filhos meus, um do sexo masculino, o outro do feminino, o primeiro [...] faleceu a 14 de junho de 1850. [...]. p. 75.

OBS: Repare que ele encara com a maior naturalidade o fato de ter filhos (só não aparece o nome da esposa; o que evidencia que a profissão de vigário não era levada muito a sério (era só uma questão de poder) e que a mancebia o incomodava, pois nada nos diz do nome de sua esposa, que lhe gerava “filhos naturais” e bastardos e um casamento “ilegítimo”.

● Tereza de Souza Acioly, filha de Pompeu e esposa de Acioly:

Minha filha Maria [Tereza de Souza Acioly] nasceu a 11 de novembro de 1849, foi batizada pelo vigário Carlos augusto Peixoto de Alencar, forma seus padrinhos seus tios, meu cunhado Coronel João Antônio de Mesquita Magalhães e minha irmã Maria Joaquina de Souza Magalhães [...]. O meu filho Hildebrando nasceu a 11 de dezembro de 1853, [...] foi batizado em casa, [...] foram padrinhos o Dr. Vicente Alves de Paula Pessoa e a minha sobrinha Joana de Oliveira Catunda, filha do meu irmão Antônio Pompeu de Souza Catunda, no dia 2 de janeiro de 1854.” P. 76.

THOMAZ POMPEU DE SOUZA BRASIL (DR.)

Filho do Senador Thomaz Pompeu de Souza Brasil, nasceu em Fortaleza a 30 de junho de 1852.

Depois de formado em 1872, assumiu a redação do “Cearense” ao lado do pai, de José Pompeu e João Brígido.

De 1878 a 1886 foi eleito e reeleito deputado à Assembléia Geral Legislativa, [...].

Em 1880 [...] a 8 de julho desse mesmo ano fundou , João Lopes,Julio César e João Câmara , a “Gazeta do Norte”, órgão dos liberais Pompeus.

● O Pompeu - filho - residente da província do Ceará:

Ao deixar a administração da Província, como vice-presidente que sucedeu ao presidente Henrique d’Avila, apresentou importante Relatório sobre a Assistência Pública em 1888 e 1889. p. 79.



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